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imagem retirada de zerozero
Vencer primeiro e convencer depois. Esta parece ser mesmo a ideia chave do técnico Sérgio Conceição para esta época. Confesso que até que sou apologista desta forma de estar no futebol pois, para mim, a conquista dos três pontos é muito mais importante do que a preocupação de se proporcionar um bom espectáculo a quem segue a partida.
Contudo existem limites. Limites razoáveis tais como (por exemplo) o saber-se controlar o jogo para se evitar que mesmo com menos um elemento em campo a equipa adversária consiga criar lances de real perigo para a baliza de Casillas. Este tal limite razoável de se controlar a posse da bola – e por conseguinte o jogo – também podia, e deveria na minha opinião, ser aplicado por este Futebol Clube do Porto desde o minuto inicial de cada jogo… Com tal podia (talvez) evitar-se as situações de grande calafrio com as quais Iker lidou hoje com uma mestria exemplar. Tal fica ainda mais difícil de se entender se tivermos em linha de conta que hoje os Dragões tiveram Óliver Torres em campo, pelo que não se percebe (pelo menos eu não percebo) a tremenda dificuldade que os azuis e brancos tem de controlar um jogo em que o adversário é de qualidade inferior. Um problema que tem sido recorrente esta temporada, diga-se de passagem. Somente no terceiro golo portista é que vi futebol no verdadeiro sentido do termo. Os outros dois golos foram, quando muito, fruto de erros da equipa moscovita que os atletas do FC Porto souberam - e bem - aproveitar.
Apesar de as razões - válidas - de queixa serem uma realidade, a verdade é que o Futebol Clube do Porto venceu hoje o Lokomotiv fora de portas e está com “um pé” na fase seguinte da UEFA Champions League e ainda tem fortes possibilidades de vir a vencer o grupo. Por isto espero que esta táctica do “tudo para a frente em busca do golo e o resto que se lixe” continue a colher os seus frutos até o apuramento portista para a fase seguinte da prova milionária ser uma realidade…
MVP (Most Valuable Player): Héctor Herrera. Confesso que me foi difícil encontrar o MVP portista deste jogo porque a equipa “brilhou” mais como um colectivo que foi fazendo o possível por vencer, mas o golo que Herrera marcou aliado a uma exibição q.b. no que ao capítulo do passe diz respeito fez com que lhe atribuísse este título.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum ambas as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse em definitivo para o seu lado.
Arbitragem: Arbitragem segura de Bobby Madden, que foi firme e correto ao assinalar os penáltis e ao expulsar Kverkvelia.
Positivo: Iker Casillas. Defendeu com grande mestria uma grande penalidade e esteve sempre bem nas situações de maior perigo para a baliza portista.
Negativo: “Para a frente e o resto que se lixe”. Esta filosofia de jogo de Sérgio Conceição só serve para criar dificuldades onde elas não existem.