Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
imagem de zerozero
Portugal carimbou hoje o passaporte para os oitavos-de-final do EURO 2016 mas não está livre de críticas. Muito pelo contrário! Esta partida diante da Hungria mostrou-nos que Portugal é uma Selecção completamente perdida em campo quando a pressão é mais do que muita.
A equipa das Quinas entrou em campo decidida a dominar o jogo. O problema é que não demonstrou – nunca – como o queria fazer com a eficácia que se exige a um assumido candidato à vitória final. Já a Hungria mostrou que tinha a lição bem estudada. Na primeira parte a nossa Selecção entrou no jogo lenta e previsível. Atacava sempre pelas alas cruzando bolas para a área húngara onde os defensores magiares “lhes chamavam um figo”. Para mais é raro (mesmo muito raro) ver um jogador português com a bola na sua posse por mais do que alguns segundos dado que parecia que a boal tinha “picos” (aí está a incapacidade lusa de lidar com a pressão). João Moutinho. De quem se esperava lucidez e serenidade nas transições defesa/ataque simplesmente hoje não entrou em campo e fez uma péssima exibição depois de ter estado em bom plano diante da Áustria. Não era para admira5r que a Hungria tivesse entrado a ganhar no jogo…
O que se viu a seguir foi um autêntico “atira a bola ao muro” húngaro a ver no que aquilo ia dar. Felizmente deu no golo de Nani. Empate e serenidade. Pois sim! O nervosismo manteve-se e tal reflectiu-se no jogo da equipa de Todos Nós, jogo este que era cada vez mais à base do repelão e da jogada individual. Não me lembro de ver tanto passe para trás e para os lados da parte de uma equipa que dizia querer ganhar o jogo e conquistar o primeiro lugar do grupo.
Repito o que já venho aqui dizendo: se João Moutinho não está no seu melhor momento porque não apostar em Adríen Silva? Fernando Santos percebeu isto ao intervalo mas resolveu colocar o “Sr. 30 e não sei quantos milhões”… Resultado? Uma falta estúpida provocada pelo dito perto da grande área portuguesa, barreira mal colocada e Rui Patrício mal posicionado (o habitual diga-se de passagem): golo dos húngaros! Desde quando é que o Renato é um construtor de jogo? E já agora, desde quando é que Renato Sanches tem “estaleca” suficiente para entrar em campo e serenar a equipa para se “virar” um jogo que estava complicado? É que no Europeu não existe por lá um União da Madeira e outros do mesmo calibre.
Felizmente para todos nós Cristiano sentiu (mais do que todos os outros) este golo disparatado e resolveu “abrir o livro”. O Seleccionador – talvez orientado por uma qualquer luz divina - achou por bem fazer entrar Ricardo Quaresma para o lugar de André Gomes e colocar João Mário na posição onde ele rende a 100% (atrás dos avançados). Portugal continuou a jogar na base do repelão mas lá conseguiu “meter medo” aos húngaros e até poderia ter vencido a partida caso Fernando Santos tivesse tido mais uma ajuda da tal luz divina e tivesse feito entrar Danilo Pereira a tempo e horas de ajudar uma defesa lusitana que sempre que tinha de defender recuava quase até à baliza de Patrício. Como é óbvio a equipa do leste europeu colocou-se novamente em vantagem através de um golo ridículo, mas Cristiano Ronaldo lá voltou a fazer das suas com a ajuda de Quaresma & Companhia.
Em suma; Portugal empatou a três bolas e apurou-se para a fase seguinte. A Islândia derrotou a Áustria e desta forma evitamos os “Tubarões” que vão agora eliminar-se uns aos outros. Portugal tem o caminho quase aberto até à Final. Agora a pergunta é esta: É a jogar assim que vamos eliminar a Croácia e quem vier a seguir?
Chave do Jogo: Minuto 81, altura em que Danilo Pereira entra em campo para fazer “parelha” com William Carvalho no meio campo luso. A partir deste momento Portugal conseguiu gerir melhor o jogo se bem que ainda teve um tremendo “susto” quase na recta final do encontro.
Positivo: Cristiano Ronaldo. Apareceu finalmente quando tudo estava a correr mal a Portugal. A ele se deve o milagroso apuramento de Portugal para a fase seguinte do EURO 2016.
Negativo: Fernando Santos. Preparação débil (muito débil) de um jogo onde dizia conhecer bem o adversário e muita lentidão nas substituições.