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"What Happened to Monday"
Ficção Científica, Thriller - (2017)
Realizador: Tommy Wirkola
Elenco: Noomi Rapace, Willem Dafoe, Glenn Close
Sinopse: Num futuro não muito distante, um casal só pode ter apenas um filho para o controlo populacional da Terra. O Departamento de Alocação de Crianças é comandado por Nicolette Cayman (Glenn Close), que investiga casos suspeitos. Um desses casais acaba tendo sete gémeas, que precisam se manter escondidas. Cada uma é batizada com o nome de um dia da semana. Mas Monday desaparece, levando as irmãs ao desespero e o segredo da família fica ameaçado.
Critica: Ora aqui está o que muitos de nós buscamos num filme: entretenimento. Longe (muito longe embora com potencial para tal) de estar brilhante, esta produção de Tommy Wirkola até que é uma agradável surpresa no eterno” marasmo” copiador de Hollywood. Tivesse uma cena final com melhores actores e até que poderiam ter em cima da mesa um excelente filme baseado em algo que marcou a história da Humanidade no século passado.
O que este “Seven Sisters” tem de muito bom é o argumento. Trata-se de um argumento que tem de tudo um pouco, o que acaba por “prender” a nossa atenção desde o princípio ao fim da história. Algo que se deseja num argumento de um filme de qualidade. O facto de o Realizador se ter baseado em factos que marcaram – pela negativa – a história da Humanidade nos anos 80 do século XX contribui (muito) para que este “Seven Sisters” seja um filme “apetecível”. Neste aspecto dou os meus parabéns a Tommy Wirkola e equipa.
Já o elenco não consegue acompanhar, na t9otalidade, a excelência do argumento. Não que os protagonistas do filme não tenham sido bem interpretados pelo elenco (algo que, diga-se desde já, não era nada fácil), mas na recta final Glenn Close tem um desempenho demasiado “artificial”… Tal acaba por tirar muito do “brilho” que todo o restante elenco traz à história.
Nos cenários bem que Tommy Wirkola poderia ter trabalhado um pouco mais. Bem sei que a ideia foi a de transmitir a sensação de total imobilidade/incapacidade das protagonistas, mas não era preciso exagerar tanto. Especialmente se tivermos a falar de um filme que tem como pano de fundo um mundo próximo do fim. O mesmo digo da banda sonora que está um tudo ou nada fraquita.
Em suma, “Seven Sisters” tem aminha alta recomendação embora esteja longe de ser aquele filme que me tenha “marcado”.
"Death Note"
Fantasia, Terror, Mistério - (2017)
Realizador: Adam Wingard
Elenco: Nat Wolff, Willem Dafoe, Keith Stanfield
Sinopse: Light Turner encontra um bloco de notas sobrenatural e usa-o para matar, atraindo assim a atenção de um detetive, de um demónio e de uma colega da sua turma.
Critica: Interessante sem no entanto ser brilhante. Para mais estou em crer que para se apreciar estre “Death Note” versão norte-americana é estritamente necessário que se tenha visto o anime do dito que serve de base a esta produção de Adam Wingard.
Adam Wingard criou um filme ao qual lhe vão seguir umas quantas sequelas. Isto porque o Realizador optou por contar a história base do “Death Note” versão anime a uma velocidade atroz. Dito de outra forma; o argumento deste “Caderno da Morte” até que está interessante, cativante e - aqui e acolá – muito bem produzido, contudo este parece estar um tudo ou nada incompleto. Espacialmente na forma como tudo termina pois este vai ter uma série de sequelas que se não forem produzidas (não o serão seguramente) acabarão por estragar o que a saga “Death Note” tem de bom.
Relativamente ao elenco, confesso que não fiquei assim muito impressionado com o trabalho no geral de todos os intervenientes. Como conhecedor do anime “Death Note” fiquei um tudo ou nada desiludido com as perfomances de Nat Wolff e Keith Stanfield. Ao primeiro falta-lhe aquele “brilhozinho” que caracteriza o vilão da história e ao outro o seu pecado foi o de ter exagerado na interpretação da sua personagem. Tal terá sucedido por força das instruções do Realizador? Não sei, mas se o foi então bem que Adam Wingard poderia ter sido por outras instruções bem melhores tendo em consideração a base de trabalho que tinha em cima da sua mesa.
Nos efeitos especiais a minha crítica vai para o subaproveitamento de uma personagem que tem – e terá sempre – um papel fundamental na história do “Death Note” (seja qual for a sua versão). Pela sua importância na história, Ryuk merecia um papel de destaque muito maior do que aquele que vemos nesta versão do “Death Note”. Vejam o anime e ficarão a perceber porquê razão afirmo tal coisa.
A banda sonora também podia - e deveria - estar bem melhor. Filme que quase não tem banda sonora é uma seca. Não fosse o argumento ser razoavelmente bom…
Concluindo; “Caderno da Morte” de Adam Wingard tem a minha recomendação não obstante alguns “equívocos” que lhe retiram a boa qualidade que poderia ter.
Crime, Drama (2001) - "Edges of the Lord"
Realizador: Yurek Bogayevicz
Elenco: Haley Joel Osment, Willem Dafoe, Liam Hess, Richard Banel
Sinopse: Um rapaz judeu de 11 anos é separado de sua família durante a Segunda Guerra Mundial. Escondido dentro de um saco de batatas, é levado para uma pequena vila na Polaca, onde é adoptado por um fazendeiro católico.
Critica: Começo pela classificação que dou a esta obra da de Yurek Bogayevicz: Muito Bom. Podia atribuir um excelente, mas falta algo mais para que possa colocar este filme no meu tipo de excelência se bem que estamos perante uma obra cinematográfica que me tocou na Alma em muitos aspectos.
Primeiro que tudo um grande aplauso da minha parte para o argumento. Sou um grande apreciador de filmes cuja temática versa sobre a 2-ª Guerra Mundial, mas este “Filhos do Mesmo Deus” ficou-me na memória por ser uma produção que mostra o outro lado da Grande Guerra sem se perder em romantismos exagerados.
Basicamente esta produção de Yurek Bogayevicz mostra-nos o lado humano e desumano da Guerra na Sociedade Civil que na altura era ainda bastante “atrasada” quando comprada com a dos dias de hoje, para além que este filme passa uma mensagem que continua a ser actual e fá-lo de uma forma sublime.
E a mensagem que o Realizador nos pretende transmitir passa com facilidade e toca-nos no espirito de uma forma profunda porque o elenco tem um desempenho a roçar a excelência. E mais admirado, pela positiva claro está, fico com tal desempenho quando reparo que a maior parte das cenas são trabalhadas por crianças/adolescentes. As personagens adultas têm um papel quase residual se bem que são importantes para que percebamos a história no seu todo. Só por isto já vale mesmo a pena perder um pouco do nosso tempo a ver este “Filhos do Mesmo Deus”.
Quanto aos cenários, não estão nada de especial se bem que pecam um pouco pela falta de diversidade mas não é nada que retire o excelente brilho que este filme tem. São cenários simples e rústicos, ideal para a história que nos querem contar mas bem que +poderia ser um pouco mais diversificado e não tão escuro em certos momentos.
Por tudo o que já aqui escrevi trata-se, sem sombra de dúvida, de um filme que recomendo vivamente.
Drama, Thriller (2009) - "Laffaire Farewell"
Realizador: Christian Carion
Elenco: Diane Kruger, James Stewart, Willem Dafoe
Sinopse: O Caso Farewell começa em 1981, depois da invasão da União Soviética ao Afeganistão. As relações entre os Estados Unidos da América e a União Soviética estão no seu ponto mais frágil em mais de uma década. Um simples homem de negócios Francês residente em Moscovo, Pierre Froment, estabelece uma ligação indesejada com Grigoriev, um destacado oficial do KGB desencantado com aquilo em que o ideal Comunista se tornou às mãos de Brezhnev (antigo Presidente da União Soviética 64-82). Grigoriev começa por passar informação altamente confidencial acerca da rede de espiões Soviéticos nos Estados Unidos. Atormentado pelo medo de pôr a sua mulher e filhos em risco, e ao mesmo tempo pela vontade de saber mais, Forment, leva os documento até ao governo Francês. Rapidamente a informação chega à Casa Branca e leva o regime Soviético ao ponto de ruptura, obrigando o KGB a intensificar os seus métodos na busca desta fuga de informação, colocando ambos os homens e as respectivas famílias num perigo extremo.
Não se deixem enganar pela origem Francesa do filme. Trata-se de uma produção excelente e muito realista que mostra o Mundo dos Tempos da Guerra Fria e o que de mau e bom tinham ambos os lados do conflito. Este filme conseguiu "prender-me" até ao fim dado que emoção é coisa que não falta. Acabou por ser muito melhor que um tal "Argo" dado que em nenhum momento o seu Realizador tentou rebaixar qualquer uma das facções.