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Este verão eu vou…

por Pedro Silva, em 08.07.18

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Ora bem, confesso que não sou mesmo nada dado a estas “coisas” das correntes, mas como me pediram com muito jeitinho e eu tenho uma enorme consideração e respeitinho pela pessoa que o fez, eis então que vou participar nesta “coisa”. Mas é só desta vez!

 

Ora bem. Primeiro que tudo tenho de dizer que eu e o Verão temos… Uma relação complicada! Por norma quando chega Maio - mês do meu «armageddon» pessoal por causa das alergias! – o meu maior desejo é que Setembro chegue depressa e fresco. Por esta pequena amostra já todos podem ver como adoro o Verão.

 

Posto isto, vamos lá ao «challenge» … O dito consiste em listar 10 actividades que tenciono fazer este Verão. Vai ser giro fazer tal coisa, vai…

 

- Reclamar o menos possível do calor. Verão é calor bem sei. Verão é sinónimo de estar de cu para o ar a tostar ao sol. Mas tenham lá santa pachorra porque nada disto é para mim. Eu sou mais dado ao frio e afins. Mas como tenho sempre a família por perto nesta época prometo que irei resmungar o menos possível. Não prometo é que seja eficaz no cabal cumprimento desta minha promessa. Adiante.

 

- Tentar sossegar. Já o disse. Calor não é para mim. E muito menos gosto de estar quieto no mesmo sítio horas a fio. Especialmente quando este sítio tem areia, vento e um sol tórrido a dar-me cabo da ”moleira”. Mas este ano vou tentar sossegar. Vai ser milésima vez que o tento. Quem sabe desta vez terei mais sorte.

 

- Tentar acabar as minhas leituras. Entre trabalho e as crises alérgicas para mim é sempre complicado ler um livro do princípio ao fim. Se eu conseguir cumprir à risca o ponto anterior, acredito que este Verão irei conseguir por a leitura em dia. E tenho mesmo muita coisa para recuperar!

 

- Abstrair-me dos putos mal-educados e barulhentos. Verão é – também – sinónimo de ter de aturar os putos mal-educados, mal habituados e mega barulhentos dos papás e mamãs que acham que por estarem de férias não tem de ter mão na sua prole. É mega irritante estar num determinado local a tentar relaxar e ter de levar com um puto que resolve andar em cima das mesas ou a brincar com as portas enquanto o pai e a mãe estão a esticar a perninha ao sol. Este ano vou ver se consigo mesmo não dar por estes “fabulásticos” fenómenos.

 

- Ignorar os “gordos” da praia. Coisa que mais me irrita é estar numa praia de grande vastidão, assentar o Guarda-Sol/Tapa-Vento e respectiva tralha de praia e passados uns minutos eis que tenho uma série de vizinhos que só não assentam arraiais em cima de mim porque é lata a mais.

 

- Ir a Espanha e trazer uma recordação (no verdadeiro sentido do termo!) do Real Madrid CF. Sempre que estou de férias aproveito para dar um “saltinho” a Espanha. O problema é que no sul do país dos «Nuestros Hermanos» ou és adepto dos dois clubes de Sevilha ou és banido. Fora que a família nem sempre tem muita paciência para ir comigo numa demanda em busca daquela sagrada loja que venda um qualquer artigo da equipa de Madrid. A ver se este ano tenho mais sorte.

 

- Quebrar a rotina. A malta cá de casa gosta muito de fazer sempre a mesma coisa nas férias. Vai ser tremendamente complicado, mas a ver se desta vez consigo acabar com este desespero de ir sempre ao mesmo sítio à mesma hora.

 

- Tentar não ter muitos problemas com a alergia. Para tal preciso – mesmo – de seguir à risca todos os pontos anteriores. Especialmente o ponto 1 e 2.

 

- Que mais dizer? Já nem sei… Gosto tanto do Verão que já nem sei que mais quero fazer nesta estação do ano. Talvez aproveitar melhor o dito… Mas já aqui falei nisto… Fico-me então por aqui. Quem não gostar que ponha na beira do prato (ora pois!).

 

Agora para terminar tenho de nomear mais dez desgraçados e desgraçadas para fazerem o mesmo que eu… Só trabalho!

 

Mas eu até sou boa pessoa e como tal só vou nomear uma única pessoa. A escolhida é… A Quarentona do blog mais vale uma boa quarentona! Agora não me deixes ficar mal!

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publicado às 21:32


De boas intenções está o inferno cheio

por Pedro Silva, em 19.02.18

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Aquando das tragédias que ocorreram no centro de Portugal por causa dos incêndios, tive a oportunidade de aqui alertar que a partir deste momento passaria a ser, de todo, impossível a governação de gabinete. Após os trágicos incêndios que devastaram Portugal a nossa classe de governantes não poderia mais limitar as suas decisões aos pareceres e demais opiniões científicas. Se esta quiser levar a cabo um urgente, claro e nítido (re)ordenamento do território, mais importante do que estudos e demais “papelada”, é saber como são as coisas no terreno. Contudo, pelo que tenho visto, lido e ouvido nos últimos tempos nada vai ser assim. Vai ser antes tudo como dantes como se o sucedido em Pedrógão Grande tivesse sido fruto da imaginação de algum opositor ao actual elenco governativo.

 

Difícil é não se perceber a razão pela qual escrevo tal.

 

Ora vejamos, qual (ou quais) a principal medida que este Governo diz ter preparado – ou estar a preparar – para combater, com eficácia, a desertificação do interior de Portugal? Até á data, não há notícia de tal. Inclusive o propalado programa de impulso e melhoria da ferrovia portuguesa está guardada na gaveta da secretária de um qualquer ministério do Terreiro do Paço.

 

Este Governo prevê criar (ou recriar) uma força que conheça as matas portuguesas e que tenha poderes de fiscalização e de actuação para poder actuar sobre os infractores (incendiários, abandono de terrenos, etc.)? Até ao momento não tem vindo a público alguma coisa sobre isto. O que ouvi falar foi nas tais “cabras sapadoras”, mas tal medida parece-me manifestamente insuficiente dado que a solução deste complexo problema não passa, somente, pelo uso de animais de pasto.

 

Após os grandes fogos do passado verão ouvimos da parte deste Executivo uma vontade imensa de reorganizar o território. Várias foram as medidas de intenção que tinham como principal objectivo o apuramento da quantidade de terrenos abandonados pelos seus proprietários e a determinação exacta de quantos destes terrenos são propriedade do Estado. Alguém sabe se esta medida passou da intenção aos actos? Em caso a afirmativo qual o estado desta operação?

 

Por último, e não menos importante, que medidas estão a ser tomadas e pensadas para penalizar fortemente quem (o Estado inclusive) não cumprir com o disposto na Lei sobre a obrigatoriedade de limpeza das matas e organização das florestas e demais terrenos de agricultura e pastoreio? Sobre este aspecto tem sido muito discutido na Praça Pública – mais um – corpo legislativo que obriga os municípios a fazer tudo isto sob pena de fortes penalizações. Mas estes problemas resolvem-se passando o ónus da fiscalização, ordenamento e fiscalização para quem no passado já mostrou não ter competência para tal?

 

Em suma; tudo está na mesma. E pelo que vou vendo e ouvindo, tudo vai continuar na mesma. O que nos vale a nós, portugueses, é que o que havia para arder nas áreas ditas críticas já ardeu. Fogos com a intensidade dos do último verão só ocorrerão daqui por uns anos quando todos nos lamentarmos - outra vez - de que de boas intenções está o inferno cheio.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (19/02/2018)

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publicado às 21:30


Hora Garfield (119)

por Pedro Silva, em 13.12.17

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Hora Garfield (118)

por Pedro Silva, em 07.12.17

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Hora Garfield (60)

por Pedro Silva, em 20.10.16

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