Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Acção, Comédia (2014) - "The Interview"
Realizador: Evan Goldberg, Seth Rogen
Elenco: James Franco, Seth Rogen, Randall Park
Sinopse: Dave Skylark e o seu produtor, Aaron Rapoport, são as caras de um popular talk-show - "Skylark Tonight". Quando descobrem que o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, é fã do programa, marcam uma entrevista com o próprio, de forma a se legitimarem como jornalistas. No momento em que Dave e Aaron se preparam para viajar para Pyongyang, os seus planos mudam com a CIA a recrutá-los? a eles, que são provavelmente os homens menos qualificados que se possa imaginar - para assassinar Kim Jong-un.
Critica: Antes de mais um importante ponto prévio para se evitarem discussões sem nexo; não estou aqui a debater, e muito menos a dissecar, o conteúdo político do filme. Muito menos tenho interesse algum em voltar a falar sobre a polémica em que este esteve envolvido. O que vou escrever daqui para a frente é somente a minha opinião na qualidade de cinéfilo e nada mais.
Vou começar pela nota e serei directo: mau. E não o considero mau pela sua história, mas sim pela forma como esta mesma nos é apresentada.
Eu até que gosto de filmes de comédia, e este “The Interview” de Evan Goldberg e Seth Rogen tem todos os ingredientes para ser um filme de sucesso no seu género. Só que uma série de erros atiram-no para uma certa banalidade que lhe retiram todo e qualquer interesse.
O primeiro grande erro no “Uma Entrevista de Loucos” reside na forma como se desenrola o filme.
O dito até que arranca bem, tem umas graçolas interessantes, tem cenas divertidas, polémica q.b. e a coisa vai melhorando até certo ponto. Depois de Aaron Rapoport se deparar com um tigre o filme começa a decair até chegar ao ponto de ser desinteressante e de não conseguir arrancar sequer um sorriso. Tal sucede porque o argumento deixa de ser rico para se centrar numa série interminável de clichés sem nexo que obrigam a que os Actores não façam algo de melhor do que aquilo que vamos vendo. Exigia-se mais, muito mais neste aspecto. E é uma pena que assim seja porque parece haver ali muito potencial por explorar.
O segundo grande erro reside no Elenco. Mas este erro está intimamente relacionado com o primeiro. Se os Realizadores não apostaram num argumento em condições, é natural que não possam exigir a quem contracena nesta sua produção que faça algo de jeito. Chega a ser triste ver James Franco, Seth Rogen e Randall Park a trabalhar em algo tão inócuo e vazio.
Quanto aos Cenários temos aqui o último grande erro. São de uma pobreza franciscana sem precedentes. Basicamente tudo se desenrola dentro de casas ou prédios com pouca, ou nenhuma, variante. Sou da opinião de que os Cenários são um ponto de extrema importância em qualquer filme pois são estes que colocam o espectador dentro da história que o Realizador nos quer contar.
Concluindo; trata-se de um filme que não recomendo mas que até gostaria de recomendar porque potencial o "The Interview" tem. Não teve é quem tivesse sabido explorar este potencial como deve ser.
Não. Não vou aqui opinar sobre o filme da autoria do Realizador Norte-americano David O. Russell, vencedor de alguns Óscares. Refiro-me antes à enorme golpada americana levada a cabo pela Sony numa promoção sem precedentes de um filme que a Produtora lançou recentemente.
Refiro-me, obviamente, ao Uma entrevista de loucos. Este filme foi marcado por uma polémica sem precedentes porque, ao que parece, foi alvo de censura pela Coreia do Norte. Segundo os Serviços Secretos dos Norte-americanos, o País mais isolado do Mundo e com recursos tremendamente escassos terá cometido a enorme proeza de levar cabo um ataque informático à Sony.
De certeza que a CIA recorreu à tortura para chegar a tão brilhante conclusão. É que, pasme-se, os Norte Coreanos não tem sequer meios suficientes para produzir electricidade, mas conseguem levar a cabo ataques informáticos. A título de exemplo diga-se que os Estudantes da única Universidade do País à noite estudam sob a luz de um par de candeeiros que estão situados na Praça principal da Capital Pyongyang.
Mas os tipos conseguiram levar a cabo ataques informáticos aos Estados-unidos sem a ajuda da China ou de outro qualquer seu Aliado… Quem o afirma com convicção é Barack Obama, Presidente dos Estados Unidos da América que agora lhe deu para tecer opiniões sobre cinema. Antes de ter debitado a sua “posta de pescada” sobre o filme que enfureceu o Regime Norte Coreano, Obama teve o cuidado de tornar publico os seus elogios a Boyhood do Realizador Richard Linklater. Obviamente que agora esta produção terá de “limpar” todos os Óscares da Academia claro está.
Quando toda esta polémica em torno do Uma entrevista de loucos rebentou li por esta internet fora muitos comentários de indignação e uma teoria da conspiração que envolvia Kim Jong-il e seus pares. Na altura fiquei de pé atrás e não reagi porque queria ver como ia esta novela terminar.
E acabou da forma que estava à espera… Afinal não passa tudo de uma jogada comercial de um filme que, segundo os especialistas, não é nada de especial… É como disse uma Norte-americana na televisão quando questionada sobre o dito filme: “Não tinha intenção de ver o filme, mas dada a polémica que se criou em torno do mesmo resolvi vir vê-lo”. E isto para não falar aqui no fenómeno IMDB.
Depois os terroristas são os outros.