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Reza a história da Humanidade que esta reage sempre mal, muito mal mesmo, a toda e qualquer mudança. Ainda o Homem estava a passar pelo processo evolutivo que culminou – até mais ver - no Homo sapiens sapiens e este já reagia com violência á mudança própria da passagem do tempo. Em suma, qualquer tipo de evolução sofreu, e sofre, sempre muita resistência da parte do Ser Humano.
Ora vêm isto a respeito da chegada da UBER ao nosso País. Desde que a empresa de transporte de pessoas chegou a Portugal que temos assistido a vergonhosas manifestações violentas e a actos criminosos que vão desde a extorsão à violência física e psicológica por parte dos taxistas. A cereja no topo deste triste bolo são as últimas declarações do Sr. Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, que são o corolário da incompreensão humana relativamente à evolução.
Confesso que compreendo a necessidade que o Governo tenha de saber agradar a “Gregos e Troianos” no actual “xadrez” político e que é fundamental captar o maior número possível de votos dado que não existem garantias totais de que António Costa se mantenha no poder durante os 4 anos da legislatura, mas existem limites para tudo. Para mais já vai sendo mais do que hora de o mercado de transporte de pessoas evolua.
Para além disto fica mal ao Sr. Ministro vir a público dizer que “É evidente. A UBER é ilegal”. E fica mal porque se passa a mensagem de que o que o Governo quer é cobrar à dita Empresa as taxas e taxinhas absurdas que aplica a quem tem um serviço de Táxis, porque ao Estado não lhe basta o pagamento obrigatório do Imposto Único Circulação (IUC), Seguro Automóvel e Imposto Sobre os Combustíveis.
Em vez de andarem a partir tudo, a bater em toda a gente e fazerem o impossível para que permaneça um certo corporativismo que roça o oportunismo e o ridículo os Taxistas bem que poderiam aproveitar a chegada da UBER para evoluir. È que eu, e outros como eu, já estamos um tudo ou nada fartos de ser aldrabados. Não é a primeira vez, nem será a última, que apanho um Táxi e o seu condutor anda devagar, devagarinho, para ter de parar em tudo quanto é semáforo para que o preço final do transporte seja do seu agrado… Isto quando me desloco a uma cidade que não conheço e o Taxista resolve ir pelo caminho mais longo para chegar ao destino que desejo. Situações que na UBER não acontecem dado que as viagens são pré-pagas.
Custa assim tanto evoluir?
Artigo publicado no Repórter Sombra
O actual Governo já nos habituou às suas apresentações fabulosas e às suas ideias fantásticas e revolucionárias. Tudo o que seja da autoria dos Gabinetes Ministeriais é um passo em frente na evolução do nosso País.
A última revolução tecnológica foi entretanto já anunciada e prende-se com um novo cartão multibanco que pode ser utilizado nos transportes. Trata-se do cartão Caixa Viva, um cartão multibanco que permite utilizar os transportes públicos naquela área.
Segundo o Sr. Secretário de Estado dos Transportes esta é “uma solução que faltava no conjunto de bilhetes disponíveis para os utilizadores dos transportes públicos”. “Os passes são para os utilizadores regulares, aqueles que são os utilizadores ocasionais têm os cartões pré-pagos que são disponibilizados nas máquinas, mas faltava-nos uma solução simples para os utilizadores de impulso, aqueles que são ocasionais, que vêm às áreas metropolitanas e não têm um bilhete regular”.
Sérgio Monteiro destacou ainda que este cartão irá também contribuir para diminuir a fraude nos transportes. Os utilizadores “passam a ter um instrumento de pagamento imediato, por isso, elimina a fraude. Aqueles que dizem que não sabiam onde pagar têm agora um cartão bancário, podem utilizar isso. Não chega, são precisas mais medidas, mas temos aqui hoje um passo, mas um passo importante para reduzir o nível de fraude”, afirmou o governante.
De génio. Com esta revolução nos transportes Públicos da capital o Governo de Portugal mata dois coelhos com uma cajadada só:
- Para a hemorragia de clientes que a Caixa Geral de Depósitos vêm sofrendo dado que ninguém está para pagar comissões e manutenções de conta a um Banco que é sustentado quase que exclusivamente pelo dinheiro dos contribuintes;
- e acaba de vez com as intrépidas viagens gratuitas do Nélson Arraiolos a Lisboa.
Bravo!!! Estamos tramados com génios destes. Não sei em que gaveta de um qualquer escritório tinham guardado esta malta visionária, mas não os voltem a colocar lá de novo. Quando Portugal deixar de ser um país temos de ter a quem agradecer pessoalmente.