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Artista: Michael Jackson
Álbum: Thriller
Ano: 1982
Letra: The Girl Is Mine
NOTA: Ontem não me foi possível manter a habitual publicação diária devido a um pequeno episódio gripal.
"Stand Up Guys"
Crime, Thriller - (2012)
Realizador: Fisher Stevens
Elenco: Al Pacino, Christopher Walken, Alan Arkin, Julianna Margulies
Sinopse: Val é um "gangster" da velha guarda acabado de sair da prisão após cumprir uma pena de quase três décadas. Doc, seu melhor amigo e velho companheiro de andanças, foi buscá-lo ao presídio e decide levá-lo para a noite, onde poderá saborear a liberdade recém-conquistada. A cumplicidade entre ambos mantém-se forte, e os dois acabam a reflectir sobre antigos elos de fidelidade e os dias de glória do passado.
Critica: Filmes de qualidade não – mesmo! – de ser complicados. E muito menos carregados de elenco e durar para ciam de um bom par de horas. Filmes de qualidade são aqueles que com pouco conseguem satisfazer, ao máximo, a nossa aposta na visualização de uma obra cinematográfica. Cinema é, acima de tudo, entretenimento. A arte vem depois. Muito depois. Este “Gangsters da Velha Guarda” do Realizador Fisher Stevens é um bom exemplo de tal. Trata-se de uma produção agradável e capaz de nos “prender” a atenção desde o seu início até ao seu término. Tudo graças a um número muito reduzido no que ao elenco diz respeito e a uma história simples (muito simples) que de tão bem produzida e pensada que está consegue cativar o gosto de qualquer um(a).
O argumento de “Gangsters da Velha Guarda” é simplesmente delicioso. Simplista. Muito simplista mas riquíssimo em emoções. Fisher Stevens teve aqui um trabalho tremendo em termo de qualidade. São poucas as vezes em que assisto a um filme com um argumento tão simplista e chego ao seu final extramente satisfeito. Este argumento tem um pouco de tudo, mas a parte cómica e o enredo são, para mim, as suas melhores partes. É sempre um prazer assistir a este tipo de cinema.
Al Pacino, Christopher Walken, Alan Arkin, Julianna Margulies é um elenco que dispensa apresentações. Não me apraz dizer outra coisa senão bravo a plenos pulmões. Um agradecimento especial a Al Pacino que demonstrou que o famoso provérbio de que velhos são os trapos é, de facto, uma tremenda realidade.
Quanto aos cenários, Fisher Stevens dá aqui uma tremenda lição aos seus colegas. É que é perfeitamente possível fazer-se um filme que se desenrola quase todo de noite para que o espectador perceba o que se está a passar! Afinal sempre há esperança para a malta de Hollywood! Agora falta é esta querer aprender alguma coisa…
Em suma; “Gangsters da Velha Guarda” tem a minha profunda recomendação. Assistam ao dito que eu garanto que não se vão arrepender!
"Red Sparrow"
Drama, Mistério, Thriller - (2018)
Realizador: Francis Lawrence
Elenco: Jennifer Lawrence, Joel Edgerton, Matthias Schoenaerts
Sinopse: Dominika Egorova é muitas coisas: Uma filha dedicada e determinada a proteger sua mãe a todo custo; Uma bailarina excecional cuja competitividade forçou o seu corpo e mente até ao limite; Uma especialista em sedução e combate. Quando ela sofre uma lesão que põe fim à sua carreira, Dominika e sua mãe enfrentam um futuro sombrio e incerto.
Critica: Confesso que sou o primeiro a desconfiar de uma produção cinematográfica altamente publicitada. E, mais uma vez, comprova-se esta minha desconfiança pois este “A Agente Vermelha” de Francis Lawrence é um fiasco. Trata-se de um filme com bastante potencial, mas as ideias pré concebidas são de tal ordem que este acaba por ser uma banalidade. No fundo, “A Agente Vermelha” acaba por ser algo que feito para alimentar as mentes mais fraquitas dos USA.. Existem séries (The Americans por exemplo) que exploram muito melhor e mais eficazmente a ideia base desta pobre produção cinematográfica de Francis Lawrence.
A trama que serve de base ao argumento deste “A Agente Vermelha” até que é interessante. Tal como a sua reviravolta final. Mas o “miolo” (que é como quem diz, o “grosso” da história) é, na sua crassa maioria, preconceituoso, desrespeitoso para com a capacidade intelectual do espectador e enfadonhamente chato (para não dizer que padece de uma falta de originalidade atroz). Esta coisa de que os Norte-americanos sãos uns Anjinhos e os Russos uns Demónios “já não cola”. Pelo menos para quem tem dois dedos de testa e sabe separar o trigo do joio. Temos então que o argumento de “A Agente Vermelha” tem uma boa base de trabalho, recorre á fundamentação histórica mas no essencial este transforma-se rapidamente numa história da carochinha. Pior do que isto só mesmo os “mega chatos” argumentos dos filmes do James Bond.
O elenco não está muito melhor do que o argumento. Confesso que gosto de ver Jennifer Lawrence a trabalhar, mas não vou dizer que a actriz esteve bem no desempenho do seu papel. A culpa não é sua. É antes de quem a mandou fazer a figura que faz durante o filme. A ideia com que fiquei é que o realizador Francis Lawrence apostou em grande na aparência da protagonista principal do que naquilo que é a razão de ser do cinema. Tal explica os momentos em que vemos Jennifer a murmurar qualquer coisa para quem está contracenar com ela no grande ecrã. E tal também explica, com certeza, a pobreza franciscana do restante elenco. Mau. Muito mau mesmo!
Os cenários e a banda sonora costumam “salvar a honra do Convento”, mas não neste “A Agente Vermelha”. Cenários mal filmados e pouco – ou nada! – diversificados. Muita confusão entre momentos, o que dificulta (ainda mais) a compreensão de uma história que é complexa no pior sentido. E nem vou aqui fazer referência ao exagero das cenas com pica luz… E dar pela Banda Sonora é que é uma tarefa, digamos, complicada.
Em suma; até que gostaria de recomendar este “A Agente Vermelha” por causa da sua excelente base histórica, mas não o posso fazer. Jennifer Lawrence merecia mais. Muito mais do que algo altamente publicitado que passa a imagem de algo que não é.