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"The Death of Stalin"
Comédia, História - (2017)
Realizador: Armando Iannucci
Elenco: Steve Buscemi, Simon Russell Beale, Jeffrey Tambor
Sinopse: União Soviética, 1953. Após a morte de Josef Stalin (Adrian McLoughlin), o alto escalão do comitê do Partido Comunista se vê em momentos caóticos para decidir quem será o sucessor do líder soviético.
Critica: Filme muito interessante e, inclusive, engraçado q.b, mas peca por ser incompleto. Muito incompleto, porque uma caricatura é muito mais do que um conjunto de graçolas muito bem elaboradas. Uma caricatura no verdadeiro sentido do termo exige (entre outras coisas) uma cabal e extensa explicação do que está a acontecer e, mais importante do que tudo, proceder-se à devida identificação dos intervenientes de tal caricatura. Para mim que estou a ler as obras de Simon Sebag Montefiore sobre Estaline não me foi nada complicado perceber e apreciar a obra de Armando Iannucci, mas quem não o fizer terá imensas dificuldades em apreciar tão bom filme.
O argumento deste “A Morte de Estaline” está muito interessante. Mesmo muito interessante. Estou em crer que com este argumento o Realizador Armando Iannucci conseguiu fazer exactamente o que pretendia. O argumento desta sua prodição cinematográfica vai de encontro à caricatura que este pretende fazer ao antigo regime soviético e a um dos seus piores períodos. Gostei imenso da forma como Iannucci conseguiu caricaturar algo que é retratado em muitos documentários como o pior que a URSS ofereceu ao Mundo. Parabéns Armando Iannucci.
Sobre o elenco não me apraz dizer muito mais senão que esteve “normal”. Isto tendo em consideração aquilo que vou lendo nas já aqui citadas obras literárias. Também tendo em consideração o tipo de filme de que estamos a falar, não era, de todo, expectável que fosse brindado com interpretações fora do normal.
O que também está muito bom trabalhado é a banda sonora e os cenários que foram superiormente estudados e muito bem filmados. Mais uma vez tenho de dar os parabéns a Armando Iannucci e a toda sua equipa pelo excelente trabalho nestes dois importantes aspectos do cinema.
Concluindo; “A Morte de Estaline” de Armando Iannucci tem a minha profunda recomendação não obstante a lacuna fatal a que já aqui fiz referência.