Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
imagem retirada de zerozero
Sobre o bronze português conquistado na Taça das Confederações apenas me apraz dizer que era escusado ter-se passado por tanto sofrimento.
Esta selecção do México costuma “perder gás” com o avançar da competição. Tal sucedeu nas duas edições anteriores da Copa América e nesta edição da Taça das Confederações, pelo que se exigia da parte da nossa equipa um outro tipo de comportamento. Hoje era jogo para Portugal dominar e vencer sem o menor dos problemas. Mas não. Portugal tinha de fazer o triste espectáculo do costume e sofrer até ao fim pela vitória final que lhe deu direito ao terceiro lugar do pódio desta prova.
Tal era escusado dado que o México não fez um jogo por aí além. Bastava que os comandados de Fernando Santos tivessem feito o sue trabalho de casa e teriam vencido o jogo com maior ou menor dificuldade. A prova de tal foi a forma como entraram na partida e a dominaram até ao estapafúrdio golo mexicano. Golo mexicano que, diga-se desde já, é fruto de um péssimo desempenho de Nélson Semedo. Alias, tanto Semedo como Eliseu estiveram muito abaixo do exigido para um defesa lateral da selecção nacional. E não, a expulsão justíssima de Semedo em nada tem a ver com a sua péssima exibição. É antes o resultado da impunidade caseira a que os atletas do Sport Lisboa e Benfica estão – mal - habituados.
Mas pronto, tudo acabou em bem e Portugal trouxe o bronze da Rússia. Espero é que no próximo ano a nossa selecção tenha os seus jogadores em melhor forma e que o seleccionador faça o devido trabalho de casa. Isto partindo, obviamente, do princípio de que Portugal consegue o apuramento para o Mundial da Rússia.
MVP (Most Valuable Player): Rui Patrício. O guardião luso esteve impecável na partida de hoje. Com um punhado de defesas impossíveis, Patrício foi o principal responsável pela conquista da medalha de bronze.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento alguma algumas das equipas foi capaz de criar um lance que colocasse um ponto final na partida a seu favor.
Arbitragem: Fahad Al Mirdasi realizou aquilo que se pode apelidar de arbitragem exemplar. Muito bem na decisão das expulsões e excelente na marcação das duas grandes penalidades a favor de Portugal. Para além disto o árbitro saudita soube utilizar na perfeição o ainda muito duvidoso sistema do vídeo-árbitro.
Positivo: Inexistente.
Negativo: André Silva. Hoje foi um dia não para o avançado português. Não pela grande penalidade falhada (Ochoa é um especialista nestes lances), mas sim pelo que não fez em campo.
imagem retirada de zerozero
O que dizer sobre esta eliminação de Portugal frente ao Chile? Que o trabalho de casa deveria ter sido feito.
Eu, ao contrário da equipa técnica e jogadores portugueses, fiz o meu trabalho de casa e sabia de antemão o que valia este Chile. Falamos de uma equipa que é sul-americana mas que em campo não se comporta como uma equipa sul-americana. Este Chile de Pizzi (obra de Sampaoli) é uma equipa cínica que sabe gerir os vários momentos do jogo com uma perícia fenomenal. Este Chile joga com três centrais que até são algo baixos, mas estes tem um sentido de posicionamento fabuloso que anula por completo a linha avançada da equipa adversária. Alias, é muito por causa desta fabuloso sentido posicional que a equipa chilena consegue gerir todos os momentos do jogo e fazer o que quer do jogo. A equipa técnica portuguesa – tal como eu - teve duas edições seguidas da Copa América para poder retirar estas notas sobre o seu adversário das meias-finais da Taça das Confederações. Não o fizeram, apostaram na sorte das grandes penalidades e a nossa equipa acabou por ser eliminada por uma equipa que é especialista nas grandes penalidades. Portugal caiu numa C(h)ilada porque quis.
Agora não adianta andar por aí com a conversa do eu teria tirado o André Silva e eu não o teria retirado, etc. Fernando Santos foi muito pouco racional nas substituições é um facto, mas o pecado capital da nossa selecção foi o de ter achado que lhe bastaria levar o jogo até às grandes penalidades para o vencer não querendo, em muitos momentos, resolver a partida nos noventa e poucos minutos. E nem vale a pena dizer mais nada pois tal seria andar a especular sobre o passado, e o futuro não se constrói olhando (exclusivamente) para o passado. Venha daí o honroso 3.º lugar da Taça das Confederações para que este grupo de trabalho ganhe ânimo pois o apuramento para o Mundial do próximo ano está ainda longe de estar garantido.
MVP (Most Valuable Player): André Silva. De todos os sus colegas de selecção, André Silva terá sido aquele que se destacou um bocadinho do mediano. Lutador (como sempre), pecou apenas na finalização mas contra uma equipa como este Chile é compreensível que um jogador em formação como o André Silva tenha tido mais “baixos” do que “altos” durante o jogo.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento alguma algumas das equipas foi capaz de criar um lance que colocasse um ponto final na partida a seu favor.
Arbitragem: Não se pode dizer que o árbitro e restantes auxiliares estiveram mal no jogo. A meu ver o Sr. Alireza Faghani e restante equipa procuraram sempre passar ao lado do jogo, mas bem que poderiam ter evitado alguma polémica se tivessem optado por recorrer ao tal de “vídeo-árbitro” em alguns lances.
Positivo: Inexistente.
Negativo: Fernando Santos. Em completo contraste com a partida anterior, o seleccionador nacional desta vez “mexeu” mal na equipa e terá sido muito por isto que Portugal acabou eliminado pelo chile nas meias-finais da Taça das Confederações.
imagem retirada de zerozero
Dominar, relaxar e ganhar. É assim que se pode descrever a vitória de Portugal sobre a Nova Zelândia. É um facto que a FIFA procurou dar oportunidade a outras selecções quando retirou a Austrália da zona de qualificação da Oceânia, mas depois vemos aquilo que esta Nova Zelândia é capaz e rapidamente percebemos que a medida não terá sido assim muito feliz. E nem vale a relembrar a participação do Taiti na Taça das Confederações de há quatro anos…
Ora sendo a equipa neozelandesa um conjunto de “bons rapazes”, nãos erai de esperar outra coisa senão uma vitória portuguesa. Claro que a displicência poderia vir a fazer mossa (o México que o diga), mas para quem viu o jogo rapidamente percebeu que com maior ou menor dificuldade Portugal ia vencer o jogo. Faltava era saber por quanto.
Contudo podemos, e devemos, realçar a displicência e lentidão de processo demonstrado pelo onze escalado por Fernando Santos nos primeiros minutos do jogo. Perante uma equipa que quando confrontada com a técnica da nossa selecção recorria, vezes sem conta, à violência seria de esperar que Portugal tivesse já um score bem volumoso no final da primeira parte, mas tal não sucedeu porque numa primeira fase os lusos andaram “devagar, devagarinho” e Cristiano e/ou Quaresma que resolvessem. Foi nesta mesma fase que reparei (outra vez) que a construção de jogo não pode ser entregue a João Moutinho…Sempre que a bola chegava aos seus pés o jogo ofensivo de Portugal “empanava” quase que por completo. Não fosse Danilo Pereira o jogador que é e acredito que Portugal chegaria ao intervalo a vencer somente por uma bola a zero.
Tirando a fase inicial da partida onde o jogo português pareceu ter andado meio perdido, tudo o resto correu de feição a Fernando Santos que conseguiu conquistar mais um dia de descanso e renovar o físico dos seus comandados. Só é pena que Pepe tenha tido uma entrada estúpida que o impede de disputar a fase seguinte… Mas quando se fala de Pepe já todos sabemos o “que a casa gasta”.
Agora venha Alemanha ou Chile. E não me venham cá com tretas porque tanto uma equipa como a outra equipa são difíceis. Relembro que Portugal vai disputar a meia-final de uma prestigiada competição.
MVP (Most Valuable Player): Eliseu. O açoriano não começou muito bem o jogo (tal como toda equipa portuguesa), mas rapidamente procurou sair do “marasmo” acabando por realizar uma excelente exibição. Especialmente no ataque onde esteve sempre muito perigoso nos cruzamentos para a área neozelandesa.
Chave do Jogo: Apareceu somente no minuto 80´ do jogo para resolver o dito a favor de Portugal. Até esta altura em que André Silva marcou o terceiro golo, a partida esteve longe de ficar resolvida. Não que a Nova Zelândia representasse um perigo real para os portugueses, mas sim porque um golo neozelandês poderia muito bem enervar uma equipa portuguesa que em muitos momentos do jogo revelou algumas dificuldades em impor o seu futebol.
Arbitragem: Não se pode dizer que o árbitro e restantes auxiliares estiveram mal no jogo. A meu ver o Sr. Mark Geiger e restante equipa procuraram sempre passar ao lado do jogo, mas se tivessem começado a sancionar mais cedo a excessiva dureza neozelandesa não teria vindo mal ao mundo.
Positivo: Fernando Santos (mais uma vez). O seleccionador nacional promoveu algumas alterações no onze inicial (especialmente em sectores chave) e deu-se bem com tais “mexidas”. Refrescou a equipa e ganhou o grupo. Muito bem Mister!
Negativo: A insensatez de Pepe. Já todos conhecemos Pepe, mas estando o jogo como esteva (decidido) era escusado o central ter feito o que fez para ver o cartão amarelo. Fica de fora das meias-finais e vai obrigar a que a dupla de centrai tenha de ser refeita.
imagem retirada de zerozero
Hoje em Moscovo assistimos às duas facetas da nossa selecção. Na primeira parte tivemos um Portugal autoritário que impôs o seu futebol a uma Rússia que está longe - muito longe mesmo - de ser aquela selecção que dominava o futebol europeu e que “dava cartas” nos Mundiais de futebol. Já na segunda parte os papéis inverteram-se dado que Portugal foi recuando no terreno de jogo e a Rússia aproveitou-se de tal para colocar em prática o seu simples futebol. Felizmente o “fantasma” do tempo de compensação não apareceu para assombrar Portugal, embora o dito até tenha tentado marcar presença.
Ora tudo isto para dizer que Portugal venceu e fez por isto, mas bem que poderia ter evitado a pobrezinha segunda parte com que nos brindou. Até que se compreende que se diga que o jogo não era fácil porque os russos jogaram em casa e tiveram (quase) sempre o apoio incondicional dos seus adeptos, mas tendo em consideração que esta equipa do leste da europa é tão limitada em termos técnicos e que o seu futebol é tão simples seria de esperar que Portugal impusesse o seu futebol com relativa facilidade. Especialmente se tivermos em linha de conta que as alterações que Fernando Santos promoveu foram muito boas. Adrien Silva no lugar de Moutinho era óbvio dado que Moutinho já é aquele “maestro” de outros tempos, contudo eu teria mantido Quaresma no onze inicial e retirado André Gomes para no seu lugar colocar o fabuloso Bernardo Silva, mas não foi isto que aconteceu e terá sido (talvez) muito por isto que Portugal realizou uma segunda parte tão pobrezinha. Muito bem vista foi a troca de Fonte por Bruno Alves tendo em consideração, repito, o futebol directo da equipa da Rússia, se bem que Pepe poderia ter deitado tudo a perder no último minuto de jogo num canto a favor dos russos.
Em suma, não obstante a dupla faceta que a equipa de Todos Nós mostrou hoje Portugal está com um pé e meio na fase seguinte da prova. Convêm é não encher o peito de ar e entrar com tiques de vedeta no próximo jogo diante da Nova Zelândia. O México está neste momento a fazer tal coisa e a pagar um preço bem cario por tal.
MVP (Most Valuable Player): Cédric Soares. O defesa lateral direito português realizou (mais um) excelente jogo. Fantástico na defesa e excelente no apoio ao ataque sempre que para tal era solicitado. Desta vez não marcou, mas Portugal bem que pode estar agradecido a Cédric pelo excelente desempenho em campo. Especialmente na segunda parte onde a “avalanche” ofensiva russa foi grande.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento alguma algumas das equipas foi capaz de criar um lance que colocasse um ponto final na partida a seu favor.
Arbitragem: Quando a equipa de arbitragem tem qualidade o vídeo árbitro torna-se completamente obsoleto. Foi o que aconteceu nesta partida. O único erro que se pode apontar ao árbitro foi o de não ter expulso Georgiy Dzhikiya por agressão a Pepe na segunda parte.
Positivo: Fernando Santos. O seleccionador nacional percebeu o que tinha de fazer após o frustrante empate com o México na jornada inaugural e apostou numa série de mudanças no onze inicial, mudanças estas que fizeram com que Portugal tivesse derrotado a Rússia.
Negativo: Falta de eficácia. Parece que a nossa selecção não se liberta do velho problema da falta de eficácia. Tantas e tantas oportunidades desperdiçadas na segunda parte. Tal poderia ter ditado o desfecho negativo desta partida. Felizmente a sorte protegeu a equipa lusa.
imagem retirada de zerozero
Parece gozo mas não é. Portugal tem mesmo o sádico prazer de andar sempre com a calculadora na mão no que a estas coisas do futebol diz respeito. A nossa Selecção sabia (ou pelo menos deveria saber) que a selecção do México é muito forte no ataque e algo mediano na defesa, mas mesmo assim a nossa equipa entrou em campo algo apática e em muitos momentos da primeira parte pareceu estar perdida em campo e, inclusive, deu-se mal com a pressão que os mexicanos iam fazendo no meio campo.
Obviamente que o facto de os habituais “pastéis de nata” de nome William Carvalho e André Gomes contribuíram, e muito, para o estado de coisas na primeira parte mas não foram os únicos a “ficar mal na fotografia”. A dupla de centrais lusa que no último Europeu deu muito boa conta de si não esteve lá muito bem na partida de hoje. Os dois golos sofridos são disto um bom exemplo. Tivessem Pepe e Fonte feito o seu trabalho como deve ser e pelo menos o último golo dos mexicanos não teria entrado… Tanto Fonte como Pepe tinham a obrigação de saber que o México é muito forte nos lances pelo ar.
Fernando Santos também não esteve nos seus dias. Por perceber fica a razão pela qual André Silva foi relegado para o banco em detrimento de Nani. Ainda se Nani tivesse tudo uma boa época no Valência… E que ideia foi aquela de retirar Quaresma do campo quando este poderia ter sido deveras importante na fixação dos rapidíssimos defesas laterais mexicanos? A única alteração em que Fernando Santos me pareceu ter estado bem foi na entrada de Adrien para o lugar de um fatigado João Moutinho. Em tudo o resto foi de uma nulidade sem sentido.
É verdade que Portugal melhorou muito na segunda parte (William começou - finalmente – a vir buscar bola à defesa e a apoiar os seus colegas da linha defensiva) e que impôs, com alguma dificuldade, o seu futebol perante um México sempre muito combativo e com um Guarda-redes inspirado, mas tivesse o onze luso feito o seu trabalho e não estaríamos agora a dizer que é fundamental vencer a Rússia para não se chegar à última jornada com o raio da calculadora numa mão e com o Terço na outra.
MVP (Most Valuable Player): Cristiano Ronaldo. Jogou e fez jogar. Marcou presença nos dois golos de Portugal e foi de todos os jogadores lusos aquele que pareceu sempre muito mais interessado em “dar o litro” pela nossa Selecção. Merecia uma vitória por tudo o que fez em campo mas, infelizmente, tal não foi possível. Que regresse – mais uma vez - em grande diante da Rússia!
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento alguma algumas das equipas foi capaz de criar um lance que colocasse um ponto final na partida a seu favor.
Arbitragem: Para quem diz que o vídeo árbitro é a oitava maravilha do Mundo ficou hoje demonstrado (mais uma vez) que tal não passa de uma tremenda treta facciosa! É incrível que os golos portugueses tenham suscitado sempre dúvidas ao árbitro. Já os golos dos mexicanos eram invariavelmente “claros como água”. Por explicar está a anulação do primeiro golo português… Obra do fabuloso vídeo árbitro! Tirando isto posso dizer que Néstor Pitana levou a cabo uma arbitragem razoável se bem que aqui e acolá tolerou o jogo violento dos mexicanos.
Positivo: Ricardo Quaresma O melhor em campo depois de Cristiano Ronaldo. Jogou, lutou e marcou um golo. Poderia ter marcado outro ainda na primeira parte mas a sorte não quis nada com ele. A manter Quaresma!
Negativo: André Gomes e William Carvalho (mais uma vez). A dupla “pastel de nata” do meio campo de Portugal. André Gomes mostrou – mais uma vez – porque é tão mal amado em Barcelona e William justificou a razão pela qual o Sporting CP teve a época que teve.