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Como vem sendo hábito quando o Futebol Clube do Porto joga no Estádio do Dragão, marquei presença e assisti à partida ante o Sporting Clube de Braga.
O ambiente nas bancadas era tenso, muito tenso pois, como já aqui o disse, até o adepto mais pacato começa a perder a paciência com esta equipa. E não é para menos. Não há jogo nenhum em que a equipa Azul e Branca não troque a bola diante da sua grande área. Lopetegui parece exigir que na construção de uma jogada a bola tenha de passar pelos pés de todos os defesas que compõem a linha defensiva do FC Porto. E tal sucede quer se esteja a ganhar, a empatar ou a perder. Ora um Treinador mais atento, como foi o caso do Mister que orienta o Shakhtar e o que treina o SC Braga, rapidamente se apercebe que isto é uma tremenda falha que bem pressionada dá frutos para a sua equipa.
Basicamente foi isto que aconteceu no jogo ante o Sporting de Braga. O FC Porto marcou o seu golo e depois o tiki taka extremista do Basco deu o golo do empate aos Bracarenses. E só não deu mais porque em certas ocasiões o talento da defesa Azul e Branca e a sorte vieram ao de cima. Não admira, portanto, que no Dragão os nervos tenham estado à flor da pele. E estiveram de tal forma que o árbitro da partida era assobiado tomasse que decisão tomasse, se bem que Pedro Proença também fez muito para ser o protagonista (pela negativa obviamente) da partida.
Efectivamente isto assim não pode ser. O futebol do toca para trás e para os lados não nos leva a lado algum. E pior fica quando este tipo de futebol é levado ao extremo na defesa. Uma defesa que se preze “despacha” a bola para o meio campo de forma a não poder vir a ser pressionada pelo adversário.
Para além disto, este modelo radical de posse cansa imenso os Atletas, daí que seja necessário recorrer-se à tal rotatividade que muito boa gente critica. Julen Lopetegui que veja uns jogos do Real Madrid CF para ver o quão estapafúrdio é o seu tiki taka.
Mas pronto, mesmo com o radicalismo do Treinador Basco e os disparates da equipa de Arbitragem os Dragões venceram os Guerreiros do Minho e mantêm-se desta forma na perseguição ao SL Benfica.
Seria de uma importância extrema que na próxima semana o Futebol Clube do Porto jogasse outra vez para reforçar a moral que neste momento está “meio tremida”, mas vêm aí os compromissos da Selecção Nacional e há que respeitar e lidar com o calendário. Que corra tudo bem para que daqui por duas semanas se possa enfrentar o Sporting CP de olhos nos olhos num jogo de tudo ou nada. E já agora, se for possível o Dragão jogar sem o raio do tiki taka a malta agradece.
p.s. O FC Porto x SC Braga era considerado pela generalidade da Imprensa Desportiva, e não só, como sendo o jogo grande da Jornada 7 da nossa Liga, mas as rádios dedicaram quase 80% do seus relatos ao SL Benfica x Arouca… Depois os profissionais da Comunicação Social Portuguesa querem que os tratemos com respeito e dignidade.
A magia está de volta ao Dragão. Yacine Brahimi é sem sombra de dúvida a “ressurreição” de um Atleta que marcou para todo o sempre a História do Futebol Clube do Porto: Rabah Madjer! Brahimi joga, encanta, faz magia com a bola nos pés, marca golos, corre por todo o campo, em suma é um fabuloso “diamante Africano”. Não admira que a sua saída do Granada tenha sido tão mal aceite pelos Adeptos Espanhóis.
Quanto ao jogo em si. Ou melhor, quanto à “tareia” que os Dragões deram aos Bielorussos do BATE, há que dizer que foi uma lição de futebol. A Selecção Nacional Portuguesa deveria ver e rever este jogo mil e quinhentas vezes para ver se aprende de vez que os adversários só se tornam fáceis e acessíveis quando se dá o litro em campo. Foi esta, a meu ver, a chave do sucesso Portista neste jogo. Os seis golos Azuis Brancos foram fruto de trabalho e de muito, muito, muito, muito empenho.
Naturalmente que haverá agora quem desvalorize esta vitória Portista que é somente um novo recorde Portista nos jogos caseiros desde que a Champions adoptou o actual formato. Convêm não esquecer que Portugal é um País de invejosos e de Treinadores de Sofá que funcionam como os cataventos. Mas o importante é que os Dragões venceram, convenceram e estão em vantagem no seu Grupo da Liga dos Campeões dado que Atlethic Bilbao e Shakhtar Donetsk empataram.
Uma muito importante nota final para falar sobre Ricardo Quaresma. Simplesmente genial a exibição do “Ciganito” ante o BATE Borisov. O moço correu que se fartou, defendeu, atacou, recuperou bolas, fez assistências, ajudou os companheiros, mostrou-se inconformado quando algo não lhe corria bem, jogou nas faixas, no meio campo, etc. Em suma, este Quaresma dá um gozo tremendo ver jogar porque “deixou a pele em campo”! A terapia do banco que tem sido seguida por Julen Lopetegui tem feito bem ao moço. E ainda há para aí muito intelectual que se farta de chamar nomes ao Espanhol e de fazer dele um tremendo nabo futebolístico.
Venha o Boavista e o saudoso Dérbi da Invicta!