Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Kristalina Georgieva é hoje em dia o olho de um “furacão” de corrupção, compadrio, aldrabice e outras coisas tais que fazem da política a pior coisa que o Mundo já viu.
Este dito “Furacão” nos últimos anos tem estado a destruir – de forma lenta e progressiva – o projecto europeu. E pelos vistos não faz intenções de se ficar por aí dado que o tal “Furacão” - criado pelo Partido Popular Europeu (PPE), liderado por Angela Merkel e seus irredutíveis apoiantes – se prepara agora para fragilizar (ainda mais) uma instituição internacional que cada vez tem menos credibilidade junto de Estados e Cidadãos. Falo, com toda a certeza, da Organização das Nações Unidas (ONU).
Passo a explicar.
Desde a sua formação que a ONU tem sido vista mais como uma instituição de boas intenções do que uma instituição de acção. Isto porque não obstante todos os Países do Mundo terem assento na sua Assembleia-Geral, quem realmente comanda os destinos da dita instituição é o Conselho de Segurança. Este Conselho é composto por 15 membros, sendo que 5 dos seus membros são permanentes e tem poder de veto. São eles; Estados Unidos, França, Reino Unido, a Rússia e a República Popular da China. Os demais dez membros são eleitos pela Assembleia Geral para mandatos de dois anos. Acrescente-se que uma resolução do Conselho de Segurança só é aprovada se tiver a maioria de 9 dos quinze membros, inclusive os cinco membros permanentes. Um voto negativo de um membro permanente configura um veto à resolução. O Conselho de Segurança e esta sua forma de funcionar foram de uma importância vital durante o período da Guerra Fria. Período onde foi fundamental manter um certo equilíbrio de forças entre as duas super potências da altura (USA e URSS).
Com o final da Guerra Fria não faz sentido algum manter-se o panorama funcional que perdura na ONU onde a transparência é algo de raro (muito raro mesmo). A organização é hoje vista como uma tremenda anedota onde os mais poderosos ditam a sua Lei. A injustificada invasão do Iraque à revelia do Direito Internacional foi a cereja no topo do bolo do ridículo em que caiu a ONU.
O actual processo de eleição do novo Secretário-Geral das Nações Unidas está, na minha opinião, a ser mediatizado porque os membros da aqui referida organização perceberam que há que mudar algo para que a ONU não se torne numa réplica da falhada Sociedade das Nações. E a verdade seja dita que – embora não sendo perfeito – o processo eleitoral do novo Secretário-Geral da ONU até que estava a decorrer dentro daquilo que se denomina de “normalidade democrática”.
Estava. Pelos vistos a Direita Europeia, não satisfeita com a destruição que tem feito num projecto europeu que demorou décadas a evoluir, eis que esta se serve do pior que existe no Mundo da Política para se chegar à frente com uma sua “Candidata”. E este “chegar-se à frente” não teria mal nenhum se tivesse sido feito em igualdade de armas e circunstâncias. Dito de outra forma; Kristalina Georgieva deve passar pelo mesmo escrutínio a que todas as outras candidaturas foram submetidas até ao momento.
Fica mal – muito mal - ao PPE e a Angela Merkel (mais uma vez) darem uma de “eu quero, posso e mando”. Mas a verdade seja dita que não seria de esperar outro tipo de postura da parte de gente que esta semana vai fazer o impossível para que a sua política seja sancionada por uma Europa dominada por eles próprios.
Um aparte; há por aí uma certa ala dita “feminista” que defende a eleição de Kristalina Georgieva porque entende que é chegada a hora de uma mulher ocupar o cargo de Secretário-Geral da ONU. Confesso que nada tenho contra a ideia de uma mulher poder ocupar o dito cargo. Agora a mulher que venha a ocupar o dito cargo deve demonstrar que tem capacidade para o fazer e, até prova em contrário, Kristalina Georgieva mão demonstrou ter capacidade para outra coisa senão ser uma marioneta na mão de Angela Merkel e seus apoiantes.
Artigo publicado no Repórter Sombra (03/10/2016)
Estou farto, mais que farto da politiquice! Vem tal a propósito do facto de António Costa ter assumido publicamente a sua vontade de liderar o partido Socialista.
Não me vou meter para aqui a dizer quem é melhor ou pior. As coisas são o que são, António José Seguro é um Homem do aparelho, sem lugar na Praça Pública, movido pelos interesses do tal aparelho do qual é proveniente e tem uma tremenda dificuldade em lidar com os seus Camaradas de Partido. Já António Costa é o oposto dado que é uma figura pública muito conhecida, a sua opinião sobre a realidade actual do País é mais do que conhecida, tem trabalho feito em vários Governos PS/Câmara Municipal de Lisboa e não é uma figura que possa facilmente ser controlada pelo aparelho do PS.
Será pelo exposto natural que a Populaça tenha muito mais confiança em António Costa do que em António José Seguro.
Contudo é preciso termos em linha de conta que quando o Governo de Sócrates caiu António Costa remeteu-se ao esquecimento. E é preciso também recordar que na altura os Pesos Pesados do Partido Socialista não “se chegaram à frente” e até apoiaram o actual Secretário-geral do Partido. Só agora, depois de Seguro ter desempenhado o papel de “carne para canhão” é que se lembraram que afinal o Seguro não é lá muito seguro e há que colocar à frente do PS um Homem forte da Política Nacional.
Onde estava este Homem forte quando o Partido precisou dele? Aparece agora estilo Messias depois de duas vitórias eleitorais do Partido Socialista (Autárquicas e Europeias). Faz lembrar aqueles treinadores que deixam o Clube, o seu sucessor ganha Títulos e eles ainda vêm dizer que o mérito não é de quem lhes sucedeu mas sim deles próprios que já não lá estão.
È por causa destes “joguinhos” e do facto de os Políticos e restante pessoal á sua volta mudar de opinião como quem muda de cuecas que eu não tenho vontade alguma de voltar a participar na Política. Este tipo de coisas dá asco ao mais pobre dos Cidadãos!
Entretanto o circo pós Europeias segue o seu curso normal. Depois admiram-se que o pessoal se esteja a borrifar para a Europa, Parlamento Europeu e restante tralha desta União Europeia do Tratado de Lisboa.