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À mulher de César

por Pedro Silva, em 08.08.16

Imagem Crónica RS.jpg 

Decorria, em casa de Júlio César, no dia 1 de Maio do ano 62 a.C., a festa da Bona Dea  “Boa Deusa”, uma orgia báquica, reservada exclusivamente às mulheres. A celebração fora organizada por Pompeia Sula, segunda mulher de Júlio César, ao que consta, uma mulher jovem e muito bela. Acontece que Publius Clodius, jovem rico e atrevido, estava apaixonado por Pompeia, não resistiu: disfarçou-se de tocadora de lira e, clandestinamente, entrou na festa, na esperança de chegar junto de Pompeia. Porém, foi descoberto por Aurélia, mãe de César, sem que tivesse conseguido os seus intentos. Nesse mesmo dia, todos os romanos conheciam a peripécia e César decretou o divórcio de Pompeia. Mas César não ficou contra Publius Clodius, chamado a depor como testemunha em tribunal, disse que nada tinha, nem nada sabia contra o suposto sacrílego. Foi o espanto geral entre os senadores: “Então porque se divorciou da sua mulher?”. A resposta tornou-se famosa: “A mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita”. Esta frase deu origem a um provérbio, cujo texto é geralmente o seguinte: "À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

 

Sirvo-me desta pequena e muito breve introdução histórica para que os leitores e leitoras possam perceber o meu ponto de vista. Já sei que aos olhos de muito boa gente vou parecer mais um que defende a demagogia do impossível, mas fossem certos actores do nosso quadrante político pessoas sérias, responsáveis no e – sobretudo – honestas consigo e com os outros e não teríamos o problema que temos hoje em dia na nossa 3.ª República.

 

Se hoje em dia existe um descrédito muito grande da política é muito por culpa de situações análogas àquela do Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais que foi acompanhar um jogo da nossa Selecção no EURO 2016 por conta de uma Empresa com qual o Estado português tem um litígio judicial. O mesmo tipo de lógica se aplica ao deputado do PSD Cristóvão Norte.  Ao líder parlamentar do PSD Luís Montenegro. Ao vice-presidente do grupo parlamentar do PSD Hugo Soares e ao Deputado Campos Ferreira que foram a França assistir a jogos de Portugal com o patrocínio da GALP.

 

Quer se queira ou não o desempenho de qualquer cargo público traz sempre consigo uma séria responsabilidade. A responsabilidade de isenção. Bem sei que é difícil, mas o desempenho de funções de cargos de poder (seja em que País for) não é tarefa fácil, daí que somente alguns possam ocupar tais cargos. Ou melhor; era assim que a nossa classe política deveria pensar mas não pensa e é muito por causa disto que vamos assistindo a polémicas perfeitamente escusadas como as das viagens pagas a governantes. Estas polémicas que nada servem os interesses do nosso País, independentemente da complexidade e intervenientes, apenas servem os interesses de uma facção da Comunicação Social Portuguesa que vive e lucra com o escândalo.

 

Já vai sendo hora de se colocar um ponto final nesta forma de estar que destrói lentamente a nossa Democracia e a coloca cada vez mais em xeque. Recorde-se que estamos numa altura onde a Europa vai sendo abalada por extremismos que cada vez mais colocam em causa a paz que se conquistou no século passado. E não é assim muito complicado dar a volta a esta tal “forma de estar”. Basta que quem nos governa faça como a Mulher de César a quem não basta ser honesta, deve parecer honesta.

 

E já que aqui falei em honestidade e responsabilidade, acho ser meu dever alertar que o Governo que adicionou o coeficiente sol na determinação do IMI foi o Governo liderado pro Pedro Passos Coelho/Paulo Portas e não o actual. O que o actual Executivo de António Costa fez foi aumentar os valores do dito coeficiente. Dito de outra forma; a “Geringonça” não criou a Taxa7Imposto do Sol (falando num sentido mais prático para que todos entendam). Quem fez tal coisa foi o Executivo anterior cujas personagens tentam agora atirar com as culpas para cima da dita “Geringonça” porque o desespero já é mais do que muito e já todos percebemos que a Direita vai sofrer uma enorme derrota nas próximas Autárquicas.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra

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publicado às 16:42


De génio

por Pedro Silva, em 17.12.13

O actual Governo já nos habituou às suas apresentações fabulosas e às suas ideias fantásticas e revolucionárias. Tudo o que seja da autoria dos Gabinetes Ministeriais é um passo em frente na evolução do nosso País.

 

A última revolução tecnológica foi entretanto já anunciada e prende-se com um novo cartão multibanco que pode ser utilizado nos transportes. Trata-se do cartão Caixa Viva, um cartão multibanco que permite utilizar os transportes públicos naquela área.

 

Segundo o Sr. Secretário de Estado dos Transportes esta é “uma solução que faltava no conjunto de bilhetes disponíveis para os utilizadores dos transportes públicos”. “Os passes são para os utilizadores regulares, aqueles que são os utilizadores ocasionais têm os cartões pré-pagos que são disponibilizados nas máquinas, mas faltava-nos uma solução simples para os utilizadores de impulso, aqueles que são ocasionais, que vêm às áreas metropolitanas e não têm um bilhete regular”.

 

Sérgio Monteiro destacou ainda que este cartão irá também contribuir para diminuir a fraude nos transportes. Os utilizadores “passam a ter um instrumento de pagamento imediato, por isso, elimina a fraude. Aqueles que dizem que não sabiam onde pagar têm agora um cartão bancário, podem utilizar isso. Não chega, são precisas mais medidas, mas temos aqui hoje um passo, mas um passo importante para reduzir o nível de fraude”, afirmou o governante.

 

De génio. Com esta revolução nos transportes Públicos da capital o Governo de Portugal mata dois coelhos com uma cajadada só:

 

- Para a hemorragia de clientes que a Caixa Geral de Depósitos vêm sofrendo dado que ninguém está para pagar comissões e manutenções de conta a um Banco que é sustentado quase que exclusivamente pelo dinheiro dos contribuintes;

 

- e acaba de vez com as intrépidas viagens gratuitas do Nélson Arraiolos a Lisboa.

 

Bravo!!! Estamos tramados com génios destes. Não sei em que gaveta de um qualquer escritório tinham guardado esta malta visionária, mas não os voltem a colocar lá de novo. Quando Portugal deixar de ser um país temos de ter a quem agradecer pessoalmente.

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publicado às 18:42


Rosanilices

por Pedro Silva, em 11.09.13

Excerto de noticia publicada no site da Rádio Renascença

 

Vamos a chamar os bois pelos nomes. O único grande objectivo do Estado é o de acabar de vez com o Estado Social e abrir caminho ao Estado Neo Liberal onde os Cidadãos apenas tem a obrigação de pagar impostos, emolumentos e taxas.

 

As maravilhas que o Estado Português podia fazer na Educação, Saúde, Administração Interna e Justiça com este meio milhão de euros. Mas o Sr. Secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, prefere atirar esse meio milhão de euros pela janela fora numa altura em que temos todos de contar os cêntimos que temos na carteira.

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publicado às 18:00


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