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imagem retirada de zerozero
Quase que íamos vendo mais do mesmo. Dada a minha formação académica (não sou Treinador de futebol) não sou propriamente a pessoa mais indicada para estar aqui a falar sobre aquele que considero ser o maior problema do Futebol Clube do Porto mas acho que começa a ser gritante essa falta de capacidade de “dar a volta” a um problema que só não vê quem não quer.
Então é assim, qual o grande segredo para que equipas como o SC Portimonense possam vir ao Estádio do Dragão “bater o pé” aos Azuis e Brancos? Simples. Remeter-se à defesa e sair em transição rápida sempre que a equipa portista falhe um passe. Foi assim que a equipa algarvia se colocou hoje em vantagem e não tivesse aparecido Mbemba quase no final da primeira parte a empatar a partida a uma bola e não sei se estaria agora a falar sobre uma vitória dos Dragões por 3 bolas a 1 sobre o último classificado da Liga NOS.
O problema maior é que ninguém sabe ao certo o que se passa. E pelos vistos ninguém vai querer saber pois o Futebol Clube do Porto venceu e nada mais interessa. Esquecido vai ficar o facto de que é notório o trabalho de todos no clube dado que as rotinas de jogo estão lá e os atletas comandados por Sérgio Conceição sabem como quando e onde se devem posicionar mas, mesmo assim, basta aparecer pela frente uma equipa super defensiva que aposte nas transições rápidas e lá andamos todos com o coração nas mãos.
Olhando agora somente para o jogo de hoje. Primeiro que tudo tenho que dizer que gosto bem mais de ver um FC Porto a entrar em campo com dois avançados do que somente com Marega sozinho a ser apoiado ora por Diaz ora por Corona. Dois avançados (Marega e Taremi) apoiados por dois alas (Corona e Diaz) e apenas um médio a recuperar bolas no meio campo (Sérgio Oliveira) fazem com que seja possível criar triangulações que, quando bem trabalhadas, geram situações de golo como a que serviu para que Sérgio Oliveira “sentenciasse” o jogo a favor dos portistas. Se calhar, digo eu, a solução para se defrontar e vencer equipas da nossa Liga do estilo desse Portimonense de Paulo Sérgio passa muito por aí.
Contudo repito a ideia que aqui deixei no início. Não sou a pessoa mais indicada para estar a aqui a dizer como deve Sérgio Conceição a fazer o seu trabalho, mas começo a ficar um pouco farto de ver o Futebol Clube do Porto a ter de correr atrás do prejuízo.
Na época anterior houve uma paragem forçada do nosso campeonato que beneficiou o clube azuis e branco, mas esta época a coisa pode não ser bem assim e como tal há que procurar corrigir o que estiver mal a tempo e horas. Para mais, esta coisa de “há um FC Porto na Champions e outro na Liga NOS” é uma treta do estilo “ceguinho que não vê o que não quer ver”.
Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. Especialmente a partir do momento em que deixou de ter de partilhar o meio campo com Uribe. Jogou e fez jogar, o internacional português fez um jogo tremendo. Trabalhou muito, lutou, criou situações de golo, fez duas assistências para golo e até marcou um golo. A ver vamos se essa boa forma de Sérgio dura para lá do Natal.
Pior em Campo: Entrar a dormir em campo. Começa a ser demais e quando é demais, é erro. Desta vez a coisa até que acabou por correr bem, mas isso de o Futebol Clube do Porto entrar em campo meio que adormecido na esperança que um lance fortuito resolva as coisas a seu favor pode mal. Não se aprendeu nada com a derrota de Paços de Ferreira?
Arbitragem: No geral o trabalho de António Nobre e seus Assistentes foi positivo. A verdade seja dita que os jogadores em campo não complicaram muito o trabalho da equipa de arbitragem. O único senão reside no golo anulado a Beto (seria o segundo de avançado do Portimonense) que de certeza que irá dividir a opinião dos especialistas em arbitragem.
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Não me vou alongar muito sobre esta derrota do Futebol Clube do Porto em casa da equipa de Portimão. Não o vou fazer pelo facto de a minha equipa ter perdido. Quem me conhece sabe bem que não sou deste estilo. A razão pela qual não vou tecer um comentário muito alargado é porque estes jogos de pré época dizem tudo e ao mesmo tempo não dizem nada.
A ideia com que fiquei é que neste momento Sérgio Conceição parece (atenção ao “parece”) querer começar a nova época a jogar da mesma forma com que terminou a anterior. Pessoalmente até que gosto deste futebol mais pausado e cerebral, mas isto de se ter só o Danilo Pereira para a posição de Danilo Pereira é um problema… E hoje tal ficou bem patente. Sérgio Oliveira até que faz bem a dupla função de construtor de jogo/recuperador de bolas, mas hoje o moço mostrou não ter “gás” para uma parte inteira… Não fosse este um dos problemas do Sérgio e eu diria que é somente um “mal” da pré-época. E não. Agu não é alternativa para nada nem para ninguém… Há jogadores que por muito que “rodem” noutras equipas e campeonatos não deixam de ser o tal “caceteiro rasca” de equipa do meio da tabela para baixo.
Apesar de tudo esta nova versão do Futebol Clube do Porto não me pareceu assim tão má como o resultado final parece fazer crer. A verdade é que o Portimonense de António Folha soube aproveitar dois disparates da defesa azul e branca para se adiantar no marcador. E um destes disparates até que poderia ter sido evitado se Sérgio Conceição tivesse percebido que Chidozie é – cada vez mais – um caso perdido.
Vamos a ver como isto evoluiu. Gostei de ver alguns dos novos reforços da equipa B e fiquei com a clara ideia de que há um ou outro atleta dos portistas que necessita de um pouquinho assim de confiança (esta é para ti Adrián López).
Na próxima Sexta há mais…
MVP (Most Valuable Player): Diogo Leite. O tal moço que abdicou do Europeu de Sub. 17 para tentar ganhar um lugar no onze inicial do FC Porto. E pelo que vi fez uma excelente opção. A equipa portista conseguiu acalmar na segunda parte e “partir para cima” dos algarvios muito por causa da entrada deste jovem central para o eixo da defesa dos Dragões. Vamos a ver como vai isto correr.
Chave do Jogo: Inexistente. Penso que em momento algum deste jogo ambas as equipas goram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse, em definitivo, para o seu lado
Arbitragem: Nada a apontar. Arbitragem típica de jogo de pré temporada.
Positivo: Reforços da Equipa B. Bem sei que foi somente um jogo de preparação, mas confesso que gostei imenso de ver alguns dos hobens atletas que o FC Porto tem na sua equipa B. Espero que mutos deles acabem por fazer parte da equipa principal para a nova temporada.
Negativo: Os golos sofridos. Eu sei que estamos naquela altura da época em que dá para se disparatar á grande, mas vamos a ter tio Alex Telles. Quanto a Chidozie…, Nem vale a pena.
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No futebol a eficácia é a ”mãe de todas as vitórias”. Olhando para o jogo de hoje pode-se dizer que, em parte, o Futebol Clube do Porto venceu devido à grande eficácia que apresentou na hora de rematar à baliza da equipa algarvia. Contudo há que ressalvar um não menos importante aspecto. Este Sporting Clube Portimonense de Vítor Oliveira é uma desgraça total no que à sua linha defensiva diz respeito. Nada que não seja novidade, diga-se desde já. E também não é nada que possa “beliscar” – mesmo que minimamente – a forma como a equipa de Sérgio Conceição procurou resolver de imediato o jogo, dado que na próxima sexta há clássico no Dragão.
E pouco mais há a dizer sobre uma partida onde a equipa da invicta foi muito mais superior do que a equipa algarvia. Não será disparate algum dizer-se que os azuis e brancos fizeram o que tinham de fazer diante de uma equipa muito interessante. Embora eu não seja grande fã deste Portimonense, a verdade é que tenho de reconhecer que Vítor Oliveira tem ao seu dispor um conjunto de atletas de qualidade. Tivesse este SC Portimonense uma defesa em condições e não sei se por esta altura esta equipa de Portimão estaria a lutar por um lugar europeu. Bruno Tabata, Fabrício e Shoya Nakajima são a prova de que é possível contratar-se jogadores de enorme qualidade sem se ser dono e senhor de um orçamento muito grande.
Uma nota final para falar sobre Diogo Dalot. O “miúdo” jogou mais uma vez na posição de Alex Telles. Este até que imitou o brasileiro no que a assistir os seus colegas para o golo diz respeito, mas vamos a ter alguma prudência porque, relembro, a defesa da equipa da casa é um desastre a toda a linha. Não que isto retire mérito ao Diogo nas duas assistências que fez para golo (nem á boa exibição de Otávio) , mas nestas coisas do futebol é sempre importante manter-se o bom senso. Convêm não esquecer o “banho de realidade “ a que o Liverpool, sujeitou este FC orto. Para além disto, ainda faltam muitas jornadas para o fim desta temporada e não há indícios que os rivais de Lisboa abrandem na corrida pelo primeiro lugar da tabela classificativa.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. O avançado maliano pode, por vezes, aparentar ter “pés de chumbo” tal a dificuldade que demonstra no domínio da bola, mas este compensa esta sua lacuna com uma entrega e sentido de posicionamento inigualáveis. Marcou dois golos e cedo mostrou o caminho da vitória aos seus colegas de equipa. Um atleta útil que em boa hora ficou no Dragão.
Chave do Jogo: Veio com o terceiro golo dos azuis e brancos para resolver a partida a favor destes. Até ao minuto 44´ o SC Portimonense ainda foi dando alguma luta, mas após o terceiro golo sofrido a equipa de Vítor Oliveira perdeu por completo a esperança de fazer algo mais senão evitar uma forte goleada.
Arbitragem: Noite tranquila para Jorge Sousa em Portimão. Pese alguns erros pontuais de análise, o juiz portuense não teve qualquer influência no resultado do encontro e merece por isso nota positiva pelo trabalho no Municipal de Portimão.
Positivo: No aproveitar está o ganho. O FC Porto sabia que teria pela frente um adversário frágil na defesa e aproveitou tal para sair de Portimão com os três pontos que lhe permitem liderar, à vontade, a Liga NOS.
Negativo: Hernâni. O jovem extremo do Futebol Clube do Porto não consegue aproveitar as oportunidades que lhe estão a ser dadas. È verdade que falhou um grande golo, mas um extremo não vive somente da sorte e do “corre-corre” para cima e para baixo.