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Desonestidade intelectual

por Pedro Silva, em 30.01.17

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A semana passada teve como protagonista Donald Trump. Protagonista pelo lado negativo da questão ora pois. Contudo este protagonismo do Presidente Trump era mais do que esperado dado que Donald sempre disse que ia iniciar uma espécie de “desmontagem” da imagem democrática dos Estados Unidos da América. E os eleitores norte-americanos sabiam muito bem de tal e mesmo assim escolheram-no para seu líder, pelo que não creio que valha a pena estar a perder tempo a analisar a vontade soberana de um povo expressada de uma forma democrática. Prefiro antes centrar-me numa questão que parece ter sido - propositadamente - posta de lado. Talvez por não interessar porque se os comentadores tivessem optado por dissecar o tal assunto de certeza que muita coisa teria começado a mudar – para melhor – na nossa sociedade.

 

Sou da opinião de que se a semana anterior tivesse sido marcada pelo debate em torno do salário mínimo (o seu valor), condições de trabalho, direitos dos trabalhadores e demais temáticas em torno de tal a dita teria sido muito mais produtiva do que passar-se horas a fio a “desancar” em Trump.

 

Donald é um idiota mas a verdade seja dita que o patronato português e alguns comentadores como o escritor e jornalista João Miguel Tavares (por exemplo) são mais idiotas do que a idiotice de Trump. O sociólogo, deputado e activista do Bloco de Esquerda José Soeiro neste seu artigo de opinião (aconselho, desde já a sua leitura e divulgação) desmonta de uma forma categórica a estupidez das aqui referidas personagens, pelo que não vou desenvolver muito mais a temática.

 

Vou antes trazer a lume (repito) um assunto de uma importância tal que se tivesse sido devidamente debatido a nossa sociedade já teria começado a fazer algo por melhorar. Refiro-me à extrema necessidade de que a Concertação Social sentiu de em troca do aumento do salário mínimo ter de ser dada uma qualquer contrapartida ao patronato. Assim como se um direito adquirido após intensas lutas dos trabalhadores nos séculos passados tivesse de dar algo em troca para poder ser aplicado. Caricato para não dizer ridículo.

 

Desonestidade intelectual no seu melhor. Não existe outra forma de se descrever a postura dos representantes dos patrões na recente Concertação Social.

 

Bem vistas as coisas o aumento do salário mínimo (para lá de ser um direito inalienável dos trabalhadores) é uma benesse para toda a economia. Senão vejamos; o aumento do dito ordenado vai permitir um consequente aumento do poder de compra e este, por seu turno, vai fazer com que as empresas grandes/médias/pequenas tenham um aumento nos seus lucros. Dito de outra forma, ao se aumentar o ordenado mínimo vai-se “injectar” capital na economia possibilitando, desta forma, o seu crescimento.

 

Ora, estando o nosso país na frágil situação económica/financeira em que José Sócrates, Pedro Passos Coelho e EURO o deixaram não será do interesse de todos que o ordenado mínimo em Portugal já tivesse ultrapassado a barreira dos €1.000?

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (30/01/2017)

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publicado às 15:00


O Soldadinho de Chumbo

por Pedro Silva, em 05.11.13

Recordo-me de Pires de Lima como sendo um forte crítico da política do Executivo Passos/Portas (tal como fazia Polares Maduro) antes de o terem convidado a fazer parte deste.

 

Se Polares Maduro revela uma esperteza cínica e um discurso populista para que ninguém se lembre de que lado estava antes de ser Ministro, o mesmo não se pode dizer de Pires de Lima. O Centrista pode ter muito de bom gestor de empresas mas o discurso não é o seu forte e começo a pensar que se calhar como gestor este também não deve ser grande coisa.

 

Vêm isto a propósito do que este disse sobre a recomendação que a Organização internacional do Trabalho (OIT) fez a Portugal no que ao aumento do salário mínimo diz respeito.

 

Pires de Lima, como bom soldado que diz ser, “engole um sapo” e diz que não existem condições para se aumentar o salário mínimo porque a troika (sempre ela!) não deixa. E até vai mais longe e diz que as empresas não precisam de estar à espera de um aumento do salário mínimo da parte do Estado para fazerem tal coisa.

 

Pires de Lima pode ser um abastado bom soldado ao qual nada lhe falta e não se importar de “engolir sapos”, mas que eu saiba a OIT não vive num Mundo à parte e sabe muito bem qual a realidade Portuguesa porque os seus relatórios baseiam-se em dados estatísticos nacionais e europeus e para mais ainda está para vir empresa no Mundo que não estabeleça o valor dos ordenados dos seus funcionários em função da legislação criada pelo Governo/Assembleia da República e tabelas salariais, até porque para alguma coisa servem o Código de Trabalho e as Convenções Colectivas de Trabalho.

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publicado às 18:00


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