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Mais cedo ou mais tarde...

por Pedro Silva, em 03.01.21

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imagem retirada de zerozero

Quando questionado sobre o primeiro lugar da Liga NOS, o atleta do Futebol Clube do Porto Sérgio Oliveira disse mais ou menos o seguinte: “mais cedo ou mais tarde, vamos lá chegar”. Isto após a oitava vitória consecutiva dos Dragões na Liga NOS, marco importante mas que “nem arrefece, nem aquece” que o mesmo Sérgio Oliveira desvalorizou pois se não se revalidar o título, marcos e recordes são bonitos não servem para nada.

Isso tudo para aqui dizer que concordo com Sérgio Oliveira quando diz que o primeiro lugar da Liga NOS será do FC Porto. É uma questão de tempo e, sobretudo, de se manter e melhorar essa forma de estar em campo. Se os azuis e brancos conseguirem continuar a jogar desta forma, não complicarem o que é fácil (Sérgio Conceição dixit, novamente) e não se darem ao aso de cometer disparates tipo deixar os seus flancos completamente desertos na hora de defender uma transição rápida da equipa adversária e não surgirem lesões complicadas em jogadores ditos “nucleares” é perfeitamente possível revalidar o título.

Quanto ao jogo de hoje, sou da opinião de que o FC Porto jogou bem, mas esteve longe de ter sido perfeito. Gostei de ver a pressão que os dragões exerceram sobre a linha defensiva do Moreirense FC. E também gostei de ver a velocidade e capacidade de criação de linhas de passe de forma a que os portistas conseguissem, quase sempre, sair em velocidade para o ataque. Para mais, gostei mesmo muito de ver este FC Porto a procurar variar o seu estilo de jogo e em fazer circular o esférico por todo o relvado. Claro que durante os 90 e poucos minutos da partida momentos houveram em que a equipa pareceu perder “algum gás” e eu já aqui o disse – e repito – que gerir uma vantagem de uma bola a zero é perigoso… Tivesse o Moreirense uma linha avançada com maior qualidade e não sei se estaria aqui a dissecar um amargo empate…

Uma palavra para a equipa minhota.

Primeiro para dizer que não se percebe a razão pela qual esta equipa muda tantas vezes de Treinador ao longo da temporada. Ainda se fosse por maus resultados, entendia-se (digo eu), mas segundo o que vem a público não é esta a razão. Pelo que se vai falando “à boca cheia” tem a ver como facto de a direcção do Moreirense querer imiscuir-se à força no trabalho dos técnicos e a ser assim tal é, diga-se desde já, um profundo disparate. Especialmente se tivermos em linha de conta que os cónegos até que são uma equipa interessante que pratica bom futebol para equipa que tem como objectivo a manutenção. Isto tendo por base, obviamente, o que vi hoje.

Segundo, o Moreirense está longe de ter qualidade no seu plantel, mas bem orientado e bem trabalhado pode muito bem vir a ser uma equipa que possa lutar por algo mais do que o “meio da tabela”. Hoje vi esta mesma equipa dita “pequena” a ser inteligente e sagaz o suficiente para aproveitar os espaços que o FC Porto ia deixando em aberto na sua linha defensiva e, inclusive, vi esta mesma equipa a causar muitas dificuldades aos azuis e brancos quando descia em velocidade pelos flancos. Sinal de que este Moreirense FC não é assim tão mau como parece e que a vitória portista não terá sido assim tão simples não obstante o 3 a 0 final a favor dos azuis e brancos.

Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. Mais uma vez o incansável médio e capitão do Futebol Clube do Porto mostra a sua enorme qualidade. Um golo, uma assistência para golo e mais de uma meia dúzia de bolas recuperadas. Isto para alé,m de ser o criador de todo o futebol ofensivo do FC Porto.

Pior em Campo: Moussa Marega. Muito trapalhão na hora de dominar o esférico quando seguia em direcção à baliza dos cónegos. Muitas vezes mal posicionado no campo, o que “travou” e fez ”abortar” os ataques promissores dos Dragões. Mau jogo do Maliano que está num mau momento de forma. Vamos a ver se recupera rapidamente desta má fase.

Arbitragem: Arbitragem tranquila a de Manuel Mota e seus assistentes. Quando o árbitro não quer ter protagonismo e procura dialogar de forma calma e assertiva com todos, tudo corre pelo melhor. Já sobre o fora de jogo por 3cm que anulou o segundo golo do FC Porto, decisão correcta sendo que o único senão a apontar é que tal não aconteça nos jogos em que os “lesados” são SL Benfica e Sporting CP (vá se lá saber porquê).

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publicado às 23:45


22!!!

por Pedro Silva, em 23.12.20

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imagem retirada de zerozero

22.ª Supertaça Cândido de Oliveira. O Futebol Clube do Porto continua a ser o “papa supertaças” do futebol português. E desta vez para além de ter enriquecido o seu já vasto palmarés, os dragões souberam impor com mestria o seu futebol tendo, inclusive, “secado” por completo um Sport Lisboa e Benfica que praticamente resume o seu jogo ofensivo a um remate bem colocado ao poste de Marchesin num livre muito bem marcado por Grimaldo.

Grande jogo de futebol. E para um jogo ser bom, na minha opinião, não tem de ter muitos golos. Basta que ambas as equipas em campo mostrem saber e querer para que o equilíbrio de forças seja uma dominante. E realmente assim foi. Tanto Porto como Benfica mostraram respeito um pelo outro… Contudo os azuis e brancos tinham um trunfo na manga pois este “respeito” tinha sido treinado por Sérgio Conceição no Olival e por aí se explica – mais uma – vitória azul e branca na final da Supertaça Cândido de Oliveira.

Acredito que vá haver muito boa gente que irá criticar fortemente o SL Benfica por essa derrota. Obviamente que respeito a opinião de todos, contudo eu não penso da mesma forma. O Benfica fez o jogo que o FC Porto lhe permitiu fazer. E é face a tal que eu digo, mais uma vez, que Sérgio Conceição evoluiu como Treinador. Dantes não era grande simpatizante do Sérgio e daquela sua ideia de jogo de se “correr até cair para o lado” mesmo quando o resultado é favorável. Aquele Futebol Clube do Porto que tem de correr o triplo mesmo para controlar uma partida em que está em vantagem parece estar, cada vez mais, a chegar ao seu fim. E no seu lugar está a aparecer um Futebol Clube do Porto que sabe gerir os vários momentos de jogo e, consequentemente, o esforço do seu plantel. Foi preciso uma época diferente de todas as outras por causa da Covid para se chegar, finalmente, a um patamar onde a preparação e a racionalidade são a base de uma equipa que é grande e que se quer cada vez maior e mais vitoriosa tanto a nível interno como lá fora.

O senão que aponto ao Futebol Clube do Porto que hoje ofuscou por completo o rival de Lisboa reside no último passe. Ainda há muita trapalhice e alguma ansiedade no momento de fazer o passe final para o golo…

Apesar de tudo a verdade seja dita que tenho as minhas dúvidas de que tudo se desenrolasse desta forma caso esta partida tivesse sido disputada no início da época (como é habitual). De facto o Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição tem vindo a “amadurecer” o seu futebol, na Liga dos Campeões fez uma campanha muito boa e no nosso campeonato tem vindo a estabilizar, mas este é um processo que começou de baixo para cima… Recordo que agora os dragões conseguem impor a suas ideias e vencer os seus jogos, mas há uns meses atrás não era bem assim… Que o digam CS Marítimo, Sporting CP e Manchester City FC por exemplo.

Por isto, a Nação Azul e Branca pode - e deve – saborear aquele que é sempre uma vitória deliciosa. Pode e deve ficar esperançosa com o futebol que a equipa pratica neste momento, Mas não pode, nem deve “embandeirar em arco” e deixar-se levar pela “fanfarronice”. Campeonato é longo, o caminho para as vitórias tortuoso e muito exigente. E depois há que lidar com as palhaçadas que clubes como o Sporting Clube de Portugal tem feito nos bastidores que redundam em lideranças mentirosas e falsas.

Uma última palavra para Pepe. O homem tem mesmo 37 anos de idade? A forma como este anulou (com sucesso!) Darwin Núñez em velocidade é, no mínimo, impressionante!

Melhor em Campo: Futebol Clube do Porto. Quando toda uma equipa sabe na perfeição o que tem de fazer em campo, se posiciona de forma quase perfeita, demonstra um forte espirito de entreajuda e mantem tudo isto mesmo com as substituições e alteração de sistema táctico, é difícil escolhera um melhor em campo.

Pior em Campo: Nada a apontar-

Arbitragem: Na minha opinião (e pelo que ouvi de quem percebe destas coisas), Hugo Miguel e os seus assistentes estiveram bem na partida não tendo cometido erros graves e/ou grosseiros que tenham tido influência no resultado final.

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publicado às 23:16


Tranquilo...

por Pedro Silva, em 20.12.20

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imagem retirada de zerozero

Tranquilo. Jogo bem tranquilo este que o Futebol Clube do Porto realizou hoje no Estádio do Dragão. E isso por culpa do clube azul e branco e do adversário que demonstra – mais uma vez – o tremendo fosso entre equipas da Primeira Liga e da Segunda Liga. Alias, se bem me recordo este CD Nacional venceu a Segunda Liga e foi campeão na secretaria devido ao surto da Covid-19 que serviu de base a uma decisão que ainda hoje ninguém entende a razão de ser. decisão que já não interessa nada pois o futebol português é mesmo assim.

Indo ao jogo propriamente dito. Até vai parecer estranho o que vou escrever, mas esta foi uma partida que o FC Porto conseguiu controlar a seu bel prazer. Coisa rara neste dragão de Sérgio Conceição que tem sempre muitas dificuldades em gerir esforço e resultados mesmo quando o calendário assim o exige. De resto, este foi um jogo que culminou numa vitória fácil. A equipa madeirense praticamente não chegou a rematar à baliza de Marchesin (corrijam-me se estiver errado) e sempre que se aproximava da baliza portista, ou perdia a bola, ou se atrapalhava com a dita cuja ou então lá surgia um atleta de azul e branco vestido que tirava o esférico dos pés dos medianos jogadores do Nacional.

Em suma, num jogo em que o adversário se limitava ao “chutão para a frente e alguém que resolva”, o FC Porto esteve bem e venceu a partida com todo o mérito. Isso não obstante o simples facto de termos tido um FC Porto bem mais assertivo e dominador da primeira parte do que na segunda onde os dragões se limitaram a deixar o relógio correr. Nada a apontar a esta forma de estar até porque os tempos são complicados e há que gerir esforço para se fazer face, com a eficácia possível, a um calendário competitivo “bem apertado”, mas essa é uma atitude perigosa pois caso o Nacional fosse um pouquinho melhor em termos de qualidade e um golo teria feito “abanar” o Futebol Clube do Porto que teria de correr muito para vencer… Relembro que na próxima quarta-feira há jogo com o SL Benfica (final da Supertaça Cândido de Oliveira).

Ainda sobre o jogo de hoje, dizer que gostei imenso da exibição de Nanu. Sou suspeito pois não nutro simpatia alguma por Manafá, jogador que considero não ter qualidade alguma para jogar no Futebol Clube do Porto, contudo hoje vi um defesa lateral direito no verdadeiro sentido do termo e não um trapalhão que tem muito jeito para correr desde que não lhe coloquem uma bola nos pés. O único “pecado capital” (se é que lhe podemos chamar assim) de Nanu foi o último passe que sai sempre com muita força e os avançados tinham muita dificuldade em dominar a bola e rematar com sucesso para o fundo da baliza nacionalista.

As más notícias deste jogo são as lesões de Otávio e Corona. Lesões, segundo quem percebe do assunto, que resultam do tremendo desgaste a que os atletas têm sido submetidos num ano futebolístico muito atípico. Vamos a ver qual a gravidade das lesões e se na próxima quarta-feira vão poder jogar diante do SL Benfica. Mas não há que ficar preocupado com tal. Tanto o brasileiro como o mexicano são dois jogadores fundamentais na estratégia de Sérgio Conceição, mas o Futebol Clube do Porto é um clube profissional que sabe que tem de ter um plantel preparado para estas eventualidades.

Uma última nota. Não sou (nem quero!) falar sobre arbitragens, mas a grande penalidade de hoje a favor do Futebol Clube do Porto é – de longe! – bem mais evidente do que a fantochada que ontem deu a vitória ao Sporting CP… Vale a pena ter treinador e presidente a fazerem figurinhas tristes na Praça Pública. Não acabemos com estas coisas que não é preciso.

Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. O internacional português está a passar por um momento de forma genial. Comandou o meio campo portista e foi o principal responsável pela boa gestão do jogo que o Futebol Clube do Porto levou hoje a cabo. Vamos a ver se Sérgio Oliveira consegue manter esse seu bom momento para lá do Natal.

Pior em Campo: Zaidu. É, por vezes no melhor pano cai a nódoa. O internacional nigeriano fez hoje um jogo em que esteve muito mal. Não a defender pois o Nacional quase não atacou, mas sim a atacar. Hoje Zaidu fartou-se de “meter água” e se o flanco esquerdo do ataque portista não existiu foi muito por sua culpa.

Arbitragem: Dúvidas no segundo golo do FC Porto dado que parece ter havido falta de Diogo Leite no lance que deu origem ao golo de Marega. Tirando esse lance, arbitragem tranquila de Manuel Oliveira que não teve influência no resultado final.

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publicado às 22:10


Missão (quase) cumprida

por Pedro Silva, em 25.11.20

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imagem retrirada de zerozero

Em dia triste para a Nação Azul e Branca dado o falecimento de Reinaldo Teles, histórico dirigente do Futebol Clube do Porto que juntamente com Jorge Nuno Pinto da Costa criou esse mesmo FC Porto que é, tão-somente, a 3.ª equipa com mais participações na Liga dos Campeões e a única equipa portuguesa que conta no palmarés com todos os troféus internacionais de clubes, não se podia ter feito melhor homenagem a tão grande portista senão vencer (outra vez) um adversário de valor e muito – muito! – difícil como é o caso deste Marselha de André Villas-Boas.

Até o fabuloso “Deus do futebol”, Diego Armando Maradona, foi devidamente homenageado pelos Dragões com uma série bem interessante de jogadas criadas por Diaz e Nakajhima. O golo é o sal do futebol de facto, mas a finta/desmarcação é o açúcar que tanto nos delicia. Especialmente quando essa finta e a desmarcação resultam em lances de golo e/ou de perigo para a equipa adversária.

Já deu para perceber que gostei deste jogo. Claro que haverá quem tenha uma opinião diferente. Está no seu direito, mas eu gosto muito mais quando o Futebol Clube do Porto percebe qual o seu lugar e pratica um futebol que o ajude a vencer e alcançar os seus objectivos. O futebol pode até ser feio, desinteressante, recuado e perigoso mas a verdade é que somente em Manchester esta forma de estar não deu frutos porque o nome City pesa muito mais do que o nome Porto quando chegou a hora de o Homem do apito decidir.

Futebol de transições rápidas, muito corrido, defesa aguerrida e aproveitar ao máximo todo e qualquer lance de bola parada na área adversária para se colocar em vantagem não podem, a meu ver, ser considerados defeitos. Quem não tem cão, caça com gato e tem sido isto que Sérgio Conceição tem feito esta temporada na Liga dos Campeões. Resultado? 4 jogos, 3 vitórias, 9 pontos, 8 golos marcados, 3 sofridos e o apuramento para a fase a eliminar da UEFA Champions League quase garantido. Melhjor? Com o actual plantel, impossível! Digo eu.

Agora acho muita graça a quem comenta o futebol na rádio e televisão e fala em dois tipos de FC Porto. Um melhor na Europa do futebol e outro mais irregular na Liga NOS. Qual a grande diferença? Simples. Só não vê quem (maldosamente, talvez) não quer pois o Futebol Clube do Porto no nosso campeonato periférico joga contra “equipas pequenas”, já na Europa do futebol a equipa pequena é o próprio FC Porto não obstante o seu rico e vasto palmarés. Se olharmos bem, por exemplo, para o jogo de hoje rapidamente constatamos que em termos de plantel André Villas-Boas tem – de longe! – muito mais e melhor qualidade futebolística aos eu dispor do que Sérgio Conceição que para além de ter de comandar os Dragões tem ainda de aprimorar e fazer crescer jogadores como Zaidu (por exemplo) que há não muitas épocas atrás jogava no Mirandela.

Apesar de tudo essa vitória portista em França não me descansa na totalidade. É verdade que gostei do jogo praticado pelos azuis e brancos e que acho correcta a forma realista como Sérgio Conceição tem procurado abordar esses confrontos europeus, mas ainda vejo muitas lacunas nesta equipa. Especialmente nas laterais dado que a dupla Sarr e Mbemba é daquelas coisas que se mexer, estraga. Manafá continua a ser um trapalhão quer a atacar e a defender. Zaidu, não obstante a sua evolução, ainda tem muitas dificuldades na hora de defender e são ainda algumas as ingenuidades que podem vir custar caro ao FC Porto. Não foi por acaso que o Marselha hoje insistiu tanto no futebol ofensivo pelas faixas. E quase que marcou golo.

E já que falo aqui em trapalhões e trapalhadas, eu até que adoro Marega mas esse já vem há uns jogos a mostrar que luta muito, mas que faz pouco… E pelos vistos os ares do sul de França fizeram muito mal a Jesús Corona que realizou uma exibição desastrosa. Melhores dias virão. Ou se calhar melhores opções. Não sei bem dado que é Sérgio Conceição quem trabalha todos os dias com o seu plantel.

Em suma. Missão quase cumprida, homenagens prestadas e agora siga para os Açores onde à espera dos portistas vai estar um Santa Clara bem motivado que aposto que vai estar o jogo todo a defender o zero a zero.

Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. Ao contrário da maioria que fez de Zaidu o MVP desta partida, eu escolho o internacional português como o melhor deste jogo. Sérgio Oliveira está a atravessar um momento de forma estupendo e se já ninguém dá pela falta de Danilo é por culpa dele. Excelente a recuperar bolas, a distribuir jogo e a comandar todo o meio campo pprtista. Vamos a ver esta boa forma do Sérgio se mantêm para lá do Natal.

Pior em Campo: Jesús Corona. Mau, mau, mau, mau, muito mau e péssimo. Desconcentrado. Muito desconcentrado! Especialmente na hora de defender. Por um triz o internacional mexicano não fez um passe de morte que poderia ter dado o golo à equipa francesa que iria, com toda a certeza lutar pelo empate a 2 até ao fim. A atacar ninguém o viu. Corona (vulgo Tecacito) hoje não fez nada de jeito em campo. Há dias assim.

Arbitragem: Nada a apontar ao Sr. Andreas Ekberg e seus assistentes. Decisões correctas e acertadas tanto nas expulsões como na marcação da grande penalidade a favor do FC Porto.

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publicado às 21:58


(Quase) mais do mesmo

por Pedro Silva, em 08.11.20

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imagem retirada de zerozero

Quase que íamos vendo mais do mesmo. Dada a minha formação académica (não sou Treinador de futebol) não sou propriamente a pessoa mais indicada para estar aqui a falar sobre aquele que considero ser o maior problema do Futebol Clube do Porto mas acho que começa a ser gritante essa falta de capacidade de “dar a volta” a um problema que só não vê quem não quer.

Então é assim, qual o grande segredo para que equipas como o SC Portimonense possam vir ao Estádio do Dragão “bater o pé” aos Azuis e Brancos? Simples. Remeter-se à defesa e sair em transição rápida sempre que a equipa portista falhe um passe. Foi assim que a equipa algarvia se colocou hoje em vantagem e não tivesse aparecido Mbemba quase no final da primeira parte a empatar a partida a uma bola e não sei se estaria agora a falar sobre uma vitória dos Dragões por 3 bolas a 1 sobre o último classificado da Liga NOS.

O problema maior é que ninguém sabe ao certo o que se passa. E pelos vistos ninguém vai querer saber pois o Futebol Clube do Porto venceu e nada mais interessa. Esquecido vai ficar o facto de que é notório o trabalho de todos no clube dado que as rotinas de jogo estão lá e os atletas comandados por Sérgio Conceição sabem como quando e onde se devem posicionar mas, mesmo assim, basta aparecer pela frente uma equipa super defensiva que aposte nas transições rápidas e lá andamos todos com o coração nas mãos.

Olhando agora somente para o jogo de hoje. Primeiro que tudo tenho que dizer que gosto bem mais de ver um FC Porto a entrar em campo com dois avançados do que somente com Marega sozinho a ser apoiado ora por Diaz ora por Corona. Dois avançados (Marega e Taremi) apoiados por dois alas (Corona e Diaz) e apenas um médio a recuperar bolas no meio campo (Sérgio Oliveira) fazem com que seja possível criar triangulações que, quando bem trabalhadas, geram situações de golo como a que serviu para  que Sérgio Oliveira “sentenciasse” o jogo a favor dos portistas. Se calhar, digo eu, a solução para se defrontar e vencer equipas da nossa Liga do estilo desse Portimonense de Paulo Sérgio passa muito por aí.

Contudo repito a ideia que aqui deixei no início. Não sou a pessoa mais indicada para estar a aqui a dizer como deve Sérgio Conceição a fazer o seu trabalho, mas começo a ficar um pouco farto de ver o Futebol Clube do Porto a ter de correr atrás do prejuízo.

Na época anterior houve uma paragem forçada do nosso campeonato que beneficiou o clube azuis e branco, mas esta época a coisa pode não ser bem assim e como tal há que procurar corrigir o que estiver mal a tempo e horas. Para mais, esta coisa de “há um FC Porto na Champions e outro na Liga NOS” é uma treta do estilo “ceguinho que não vê o que não quer ver”.

Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. Especialmente a partir do momento em que deixou de ter de partilhar o meio campo com Uribe. Jogou e fez jogar, o internacional português fez um jogo tremendo. Trabalhou muito, lutou, criou situações de golo, fez duas assistências para golo e até marcou um golo. A ver vamos se essa boa forma de Sérgio dura para lá do Natal.

Pior em Campo: Entrar a dormir em campo. Começa a ser demais e quando é demais, é erro. Desta vez a coisa até que acabou por correr bem, mas isso de o Futebol Clube do Porto entrar em campo meio que adormecido na esperança que um lance fortuito resolva as coisas a seu favor pode mal. Não se aprendeu nada com a derrota de Paços de Ferreira?

Arbitragem: No geral o trabalho de António Nobre e seus Assistentes foi positivo. A verdade seja dita que os jogadores em campo não complicaram muito o trabalho da equipa de arbitragem. O único senão reside no golo anulado a Beto (seria o segundo de avançado do Portimonense) que de certeza que irá dividir a opinião dos especialistas em arbitragem.

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publicado às 19:54


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