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Não me vou alongar muito neste meu comentário às audições parlamentares que estão a ser feitas sobre o caso BES (Banco Espírito Santo). E não o vou fazer porque, como disse ontem e muito bem António Lobo Xavier no “Quadratura do Círculo”, o objectivo das mesmas é o de tentar atacar o Governo e a forma como lidou com o processo da falência do BES.
Para mais já toda a gente percebeu que o que levou à queda do Banco foi uma tremenda “luta de galos” entre os primos por um de5terminado poleiro. Não fosse isto e o Banco ainda estaria de pé e aclamado com um dos Melhores do País e do Mundo.
Agora não posso, mais uma vez, olhar para todo o circo mediático que se montou em torno destas audições. Tudo se sabe, tudo se expõe, ouvem-se/lêem-se ataques pessoais, surgem mentiras, temos meias verdades misturas com verdades absolutas e, pior que tudo, está-se a lavar muita roupa suja numa espécie de jogo do empurra como se a Assembleia da República fosse um Tribunal onde se está a discutir a culpabilidade de Ricardo Salgado e seus colaboradores na falência daquele que já foi um dos maiores Bancos privados Lusos.
Pergunto-me como fica a Justiça no meio de tudo isto?
Isto porque se no futuro Salgado conseguir provar a sua inocência na barra dos Tribunais, como ficará a Justiça Portuguesa? Mal, muito mal porque por muitas “voltas que se dê à rotunda” Portugal não é nem nunca será como os Estados Unidos da América no que ao Direito diz respeito.
Como tal nunca é demais pedir, mais uma vez, alguma idoneidade e razoabilidade à nossa Comunicação Social (CS) que tanto gosta destes pseudo Julgamentos Públicos onde tudo se diz mas nada se apura. Já vai sendo hora da nossa CS crescer um pouquinho e acabar com os seus degradantes e deploráveis Circos,
Recordam-se com toda a certeza daquilo que escrevi sobre o BES e da solução para a crise do mesmo. Ora aí está a confirmação de tudo o que aqui escrevi sobre o caso:
E o bolo não ficaria perfeito sem a dita cereja. Ora vejamos qual a sanção que supostamente vai ser aplicada a Ricardo Salgado:
O Homem nem vai dormir porque não o vão deixar ser Banqueiro durante 10 anos.
Continuo a achar uma piada mórbida ao “jogo do empurra” que a Comunicação Social tem vindo a fazer. Então na RTP tem sido um fartote a defesa da rápida nacionalização do Banco com a excessiva dramatização de uma situação que foi criada pelos Privados e que deveria ser resolvida pelos ditos da Família.
E já agora, também tem sido deveras engraçado reparar que aquando da nacionalização do BPN meio mundo “caiu em cima” de Sócrates e Vítor Constâncio, mas no caso do BES para este mesmo meio mundo o actual Presidente do BDP é uma joia de profissional que não deu conta daquilo que se passava no Grupo Espirito Santo por obra e graça da lentidão de reacção do sistema de regulação financeira nacional e internacional…
P.S: Segundo os especialistas na matéria a nacionalização do BES é uma inevitabilidade. Já segundo os mesmos a nacionalização do BPN foi um assalto aos contribuintes que se entregou de mão beijada aos Angolanos. Deve ser porque são situações tecnicamente diferentes e complexas.
Penso que não vale a pena escrever mais nada.
Apenas acrescento que o cavalheiro em questão certa vez esqueceu-se de declarar 8,5 Milhões de euros ao Fisco e só se lembrou deles aquando de um certo, mas não muito distante, perdão fiscal.
Bora lá nacionalizar o BES e companhia!