Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
"Pirates of the Caribbean: Dead Men Tell No Tales"
Acção, Aventura, Fantasia - (2017)
Realizador: Joachim Rønning, Espen Sandberg
Elenco: Johnny Depp, Javier Bardem, Brenton Thwaites
Sinopse: Esta emocionante aventura encontra o Capitão Jack Sparrow numa maré de azar. Os ventos da má sorte começam a soprar ainda com mais força quando os fantasmas dos marinheiros mortos, liderados pelo terrível Capitão Salazar, escapam do Triângulo do Diabo, empenhados em matar todos os piratas - especialmente Jack. A única esperança de sobrevivência de Jack Sparrow, encontra-se no Tridente de Poseidon, mas para o encontrar tem de criar uma aliança com Carina Smyth...
Critica: Eu sempre disse que as sequelas são um problema. Especialmente quando alguém se aproveita de algo original para criar uma série interminável de mais do mesmo. “Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias” é, efectivamente, mais do mesmo. Perdeu a graça ver as aventuras do famoso Capitão Jack Sparrow porque estas já se parecem – em demasia – com as que teve de enfrentar num passado não muito distante. Para se fazer um filme apelativo não basta aproveitar as personagens, mudar o nome e estilo do “mau da fita”. Não é desta forma que se aproveitam os milhões da Disney meus caros Joachim Rønning e Espen Sandberg.
“Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias” tem, (pasme-se) um argumento. Só que é um argumento um tudo ou nada parecido com os anteriores. E acreditem que estou a ser muito simpático quando afirmo tal coisa sobre o tal de “argumento”. É que aquilo que a dupla de Realizadores Joachim Rønning e Espen Sandberg conseguiu criar é - nada mais, nada menos - do que uma história onde um morto vivo quer vingar-se do Capitão Jack Sparrow. Onde é que eu já vi isto com uma espécie de crustáceo holandês gigante?
Passemos ao elenco. Quer dizer? Que Johnny Depp tem jeito para o disfarce. O homem até que interpreta bem o seu papel, mas voltamos ao problema do argumento: mais do mesmo Johnny? Citando Homer Simpson: boooooooring. O mesmo se aplica ao restante elenco e sua interpretação digna de um qualquer teatro infantil.
Os cenários, efeitos especiais e banda sonora até que não estão maus. Em muitos aspectos estes até que roçam o bom, mas padecem do mesmo problema do argumento. São chatos como tudo e contribuem para que “Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias” seja por mim considerado um filme chato e repetido.
Em suma; “Piratas das Caraíbas: Homens Mortos Não Contam Histórias” tem a minha recomendação somente para quem for um fã incondicional da saga e gostar de ver coisas repetidas até à exaustão.
Drama, História - (2016) "Silence"
Realizador: Martin Scorsese
Elenco: Liam Neeson, Andrew Garfield, Adam Driver, Tadanobu Asano
Sinopse: Ambientada no Japão no século XVI, a história trata de missionários portugueses que viajam ao país oriental para confortar convertidos locais e impedir que senhores feudais torturem padres cristãos - maneira local encontrada para tentar expulsar do Japão os catequistas europeus.
Critica: Se dúvidas haviam de que Martin Scorsese é um fantástico contador de histórias este seu “Silêncio” dissipou-as todas. Estamos perante uma produção fantástica! Uma obra-prima (mais uma) de um Realizador do qual sou cada vez mais um fervoroso adepto. Este é um dos melhores filmes que vi da autoria de Martin Scorsese. “Silêncio” tem tudo aquilo que um apreciador de cinema exige.
O argumento deste filme é simplesmente divinal. Estudado ao pormenor e muito atento ao pormenor, o argumento desta fantástica obra cinematográfica é capaz de “prender” a atenção de qualquer um desde o seu primeiro instante ao último. Uma coisa que apreciei bastante foi a rigidez histórica, rigidez que obrigou Scorsese a ter de estudar a fundo a época cuja história nos pretende contar e a verdade seja dita que o realizador se esmerou neste ponto. Nada - mesmo nada – é deixado ao acaso e o resultado é um argumento fantástico que tem de tudo. Uma lição para a Academia de Hollywood que anda agora a promover tretas sem gosto nem sal mas com muita música.
Ao passarmos para o elenco não fiquemos com a ideia de que o filme perde qualidade. Muito pelo contrário! Pode não ser um elenco carregado de nomes sonantes e de caras bonitas (isto é para o bailarico de que Hollywood adora), mas o elenco deste “Silêncio” está simplesmente divinal (tal como os eu argumento). Liam Neeson e Adam Driver interpretam as suas personagens de uma forma fantástica, mas a grande vedeta é mesmo Andrew Garfield que “arrasa por completo a concorrência”. “Papelaço”! É isto que Andrew Garfield faz em “Silêncio”. Uma palavra de apreço também para Tadanobu Asano que esteve ao nível fantástico de Andrew Garfield sem no entanto ter sido brilhante ficando por um muito – muito – bom.
Os cenários e banda sonora estão ao nível do filme em causa. Ou seja; estão excelentes. Já aqui o disse e repito, Martin Scorsese é um fantástico contador de histórias e para o ser está sempre muito atento aos pormenores, pormenores que fazem a diferença pela positiva neste seu “Silêncio”. Os cenários estão espectaculamente bem filmados e a banda sonora está ao nível dos melhores filmes de sempre do mundo do cinema.
Em suma, Silêncio de Martin Scorsese tem a minha elevadíssima recomendação. Numa altura em que se anda a perder tempo com musicais, este “Silêncio” é uma tremenda pedrada no charco do marasmo em que estão envolvidos os próximos prémios da Academia.
Crime, Drama (2001) - "Edges of the Lord"
Realizador: Yurek Bogayevicz
Elenco: Haley Joel Osment, Willem Dafoe, Liam Hess, Richard Banel
Sinopse: Um rapaz judeu de 11 anos é separado de sua família durante a Segunda Guerra Mundial. Escondido dentro de um saco de batatas, é levado para uma pequena vila na Polaca, onde é adoptado por um fazendeiro católico.
Critica: Começo pela classificação que dou a esta obra da de Yurek Bogayevicz: Muito Bom. Podia atribuir um excelente, mas falta algo mais para que possa colocar este filme no meu tipo de excelência se bem que estamos perante uma obra cinematográfica que me tocou na Alma em muitos aspectos.
Primeiro que tudo um grande aplauso da minha parte para o argumento. Sou um grande apreciador de filmes cuja temática versa sobre a 2-ª Guerra Mundial, mas este “Filhos do Mesmo Deus” ficou-me na memória por ser uma produção que mostra o outro lado da Grande Guerra sem se perder em romantismos exagerados.
Basicamente esta produção de Yurek Bogayevicz mostra-nos o lado humano e desumano da Guerra na Sociedade Civil que na altura era ainda bastante “atrasada” quando comprada com a dos dias de hoje, para além que este filme passa uma mensagem que continua a ser actual e fá-lo de uma forma sublime.
E a mensagem que o Realizador nos pretende transmitir passa com facilidade e toca-nos no espirito de uma forma profunda porque o elenco tem um desempenho a roçar a excelência. E mais admirado, pela positiva claro está, fico com tal desempenho quando reparo que a maior parte das cenas são trabalhadas por crianças/adolescentes. As personagens adultas têm um papel quase residual se bem que são importantes para que percebamos a história no seu todo. Só por isto já vale mesmo a pena perder um pouco do nosso tempo a ver este “Filhos do Mesmo Deus”.
Quanto aos cenários, não estão nada de especial se bem que pecam um pouco pela falta de diversidade mas não é nada que retire o excelente brilho que este filme tem. São cenários simples e rústicos, ideal para a história que nos querem contar mas bem que +poderia ser um pouco mais diversificado e não tão escuro em certos momentos.
Por tudo o que já aqui escrevi trata-se, sem sombra de dúvida, de um filme que recomendo vivamente.
Animação, Aventura (2014) - "Astérix: Le domaine des dieux"
Realizador: Louis Clichy, Alexandre Astier
Elenco: Roger Carel, Lorànt Deutsch, Laurent Lafitte, Alexandre Astier
Sinopse: Estamos no ano 50 A.C., e toda a Gália está ocupada pelos romanos... Toda? Não! Porque uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses resiste ainda e sempre ao invasor. Exasperado com a situação, Júlio César decide mudar de tática. Já que os seus exércitos são incapazes de se impor pela força, será a civilização romana, ela própria, que irá seduzir os bárbaros gauleses. Será então necessário construir ao lado da aldeia um condomínio residencial, luxuoso, destinado a proprietários romanos: "O Domínio dos Deuses".
Critica: Começo pela nota como habitual, e a esta obra de Louis Clichy e Alexandre Astier dou-lhe um Satisfaz. Isto porque, na sua generalidade, Astérix: O Domínio dos Deuses segue à risca o Ditado Português “muita parra e pouca uva”, ou seja; muito marketing mas pouco para oferecer.
O filme em si não está mau. Para quem gosta dos livros do Astérix (como é o meu caso) tem como clara obrigação ver este filme, contudo fica inteiramente dispensado de ficar agradado com o dito porque este não traz nada de novo. A novidade está mesmo no facto de ser o primeiro Astérix que nos é apresentado em 3D.
Obviamente que Astérix: O Domínio dos Deuses consegue sacar-nos umas boas gargalhadas. Já a BD da mesma personagem faz o mesmo sem ter de recorrer à famosa técnica das 3 Dimensões, técnica esta que passou a ser moda quando o Mundo do Cinema não tem mais nada para nos oferecer. Pessoalmente esperava um pouco mais dado o “estardalhaço” que foi sendo feito um pouco por todo o lado.
Em termos de argumento não há muito a dizer senão que não se inventou muito. Os realizadores Louis Clichy e Alexandre Astier tentaram seguir mais ou menos à risca o livro onde o Herói Gaulês vive a mesma aventura, tendo sido somente levado a cabo uma ou outra pequena alteração para que o filme durasse um pouco mais. Nada que lhe retire qualidade, mas também não lhe acrescentou nada mais.
Em jeito de conclusão; trata-se de um filme que recomendo aos fãs das histórias de Astérix (como é o meu caso). Quem não gostar das aventuras do pequeno Gaulês não irá com certeza achar muita graça ao filme.
E já agora, se porventura forem assistir ao Astérix: O Domínio dos Deuses procurem a versão original com legendas em Português. Ver isto dobrado em Português é uma agonia e uma Dor imensa para a Alma, para além de que retira toda a graça que o filme tem.
Drama, Guerra (2014) - "The Water Diviner"
Realizador: Russell Crowe
Elenco: Jai Courtney, Olga Kurylenko, Russell Crowe, Isabel Lucas
Sinopse: O agricultor australiano Connor viaja para Istambul para descobrir o destino dos seus filhos, desaparecidos em combate, e aí estabelece uma relação com uma bela mulher turca, dona do hotel onde fica hospedado. Agarrando-se à esperança, e com a ajuda de um oficial turco, Connor parte numa viagem por todo o país, para descobrir a verdade sobre a sorte dos seus filhos.
Critica: Ao que parece nestas duas semanas tenho “andado com a pontaria afinada”. Isto porque o “A Promessa de Uma Vida” será o segundo filme ao qual atribuo um Excelente!
Admito que quando “retirei ” o dito da minha videoteca que estava algo receoso, mas rapidamente percebi que esta fabulosa obra de Russell Crowe viria a ser das melhores “coisinhas” que vi em cinema.
Em termos de argumento, pedra chave desta fabulosa produção, este está simplesmente genial, cativante, bem pensado e, mais importante que tudo, cientificamente estudado dado que assenta em factos reais da História Mundial. Assistir ao “A Promessa de Uma Vida” é muito mais do que estar a apreciar uma simples obra de ficção. È muito mais do que isto. É aprender um pouco da nossa história com alguma ficção, drama e romance pelo meio. Pessoalmente agrada-me imenso esta difícil técnica de filmagem que quando é bem, aplicada dá origem a obras geniais como esta da autoria de Russell Crowe.
Relativamente ao elenco, tendo em consideração as psiques da época em que tudo se desenrola tenho de dizer que trabalharam bem. Não são excelentes mas também estão longe de ser medianos. Falta uma certa carga dramática à personagem principal que em muitos momentos revela um excesso de calma, mas tirando este pequeno grande pormenor posso afirmar que em termos globais o elenco é bom e traz algo de muito positivo ao filme.
Temos portanto que este é um filme de excelência que recomendo. Vejam-no, sintam, e acima de tudo aprendam alguma coisa com ele, Acreditem que vale mesmo a pena!