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O Dragão e o Autocarro

por Pedro Silva, em 20.08.16

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imagem de zerozero

 

Se me pedirem para resumir o jogo do Futebol Clube do Porto ante o GD Estoril Praia eu diria o seguinte: o Dragão e o Autocarro. Nunca uma frase reflectiu tão perfeitamente o que aconteceu no Estádio do Dragão.
 
Eu já tinha ideia de que Fabiano Soares (Treinador do Estoril) era algo “limitado” como Treinador de futebol, mas nunca esperei que este fosse jogar “à antiga portuguesa” contra o Futebol Clube do Porto. É que o Estoril já deixou – há já uns anos a esta parte – de ser aquela “equipazinha” que lutava pela manutenção no escalão principal do nosso futebol. Uma vergonha que me custa a perceber. Sempre quero ver se o Fabiano vai colocar o seu grandioso “autocarro” diante da sua baliza quando tiver de medir forças com Benfica e Sporting. E também vou querer ver se o Guardião José Moreira vai estar tão inspirado como esteve diante do FC Porto (vai uma aposta” em como vamos ter “frango” na altura?).
 
Passemos então ao Futebol Clube do Porto (o que realmente interessa).
 
Da equipa Azul e Branca confesso que gostei de saber que Nuno Espírito Santo estudou o seu adversário. Se não de outra forma não se explicaria a sua opção por Ruben Neves em detrimento de Danilo Pereira. Rúben é um jogador mais “frágil” fisicamente que Danilo, mas tem um trato de bola e qualidade de passe bem superior à de Danilo e tal diante de uma equipa que só soube defender deu bastante jeito. Finalmente o FC Porto volta a ter um Treinador que estuda as equipas adversárias e assume riscos ponderados. Foram precisos dois anos de “Lopeteguice” e zero títulos para se chegar lá. Vamos a ver se esta postura se mantêm porque isto está ainda no início.
 
Outro aspecto que me agradou no FC Porto foi a sua capacidade de lutar pela vitória até ao fim com naturalidade. Era algo que já vinha fazendo falta ao Dragão. Já há duas temporadas que vinha vendo um FC Porto que tinha sempre uma tremenda dificuldade em impor com naturalidade o seu futebol. E quando o jogo era no Estádio do Dragão o cenário era terrível porque aos adversários bastava “fechar-se” na sua defesa e a Deusa da Fortuna fazia o resto. Um aspecto que Nuno tem vindo a trabalhar e que melhora de jogo para jogo.
 
Nuno tem vindo a apostar em alternativas ao habitual 4x3x3. Hoje vimos um 4x4x2 quando a equipa mais precisou de tacar dado que o nulo se mantinha ao intervalo e o Sporting CP já tinha ganho o seu jogo (com mais uma ajuda arbitral pois claro). É óbvio que o sistema alternativo não está ainda no nível exigido para poder ser eficaz, mas é sempre importante que Nuno “tenha na manga” trunfos que possa jogar sempre que o jogo assim o exigir.
 
Mas nem tudo foi bom.
 
Não percebi a entrada de Silvestre Varela para o onze inicial do FC Porto… Tal obrigou a que os Dragões tivessem jogado com menos um durante os primeiros 45 e poucos minutos do jogo.
 
O meio campo dos Dragões necessita – ainda - de ser muito mais agressivo na recuperação da posse da bola e, por último, é urgente melhorar o aproveitamento das bolas paradas porque isto de ter mais e 10 pontapés de canto nos 90 e poucos minutos de jogo e não aproveitar um que seja para marcar golo é constrangedor!
 
Chave do Jogo: Mais uma vez estou de acordo com o Jornalista do zerozero (Duarte Monteiro) que é da opinião que o lance que resolveu a contenda a favor dos Dragões apareceu ao minuto 84, altura em que Miguel Layún fez um cruzamento que André Silva – qual Fernando Gomes - aproveitou para fazer um belo golo de cabeça.

Positivo: André Silva. Para mim o Homem do Jogo pelo seu querer, raça e determinação. Um ponta de lança no verdadeiro sentido do termo que soube estar no lugar certo na hora certa. Positiva foi também a exibição da defesa Portista que (não obstante um disparate ou outro dos centrais e de Casillas) mostrou segurança e entrosamento.  

Negativo. Héctor Herrera. Pode parecer impressionante mas o mexicano não soube acertar um único passe e quando o cronómetro começou a “apertar” foi o primeiro a ”perder a cabeça”. Exige-se mais (muito mais) a um capitão do Futebol Clube do Porto. Mal esteve também um meio campo Azul e Branco que foi sempre muito passivo até à altura em que Nuno fez entrar Sérgio Oliveira e André André.
 
Artigo publicado em simultâneo no Blog A Mística Azul e Branca

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publicado às 23:55


A melhorar

por Pedro Silva, em 23.02.15

Por questões meramente profissionais apenas pude seguir com olhos de ver a segunda parte do Boavista FC 0 x FC Porto 2. A primeira parte desta partida segui via rádio mas estou seguro quando afirmo que Julen Lopetegui está a melhorar e a perceber como tem de estar no futebol português. Demorou mas finalmente o Basco está a melhorar no que à gestão do seu plantel diz respeito e apenas tem de melhorar na questão da posse. Vamos por partes.

 

Esta partida no Bessa tinha dois grandes obstáculos para os Dragões: Chuva e um Relvado sintético. Ora tal exigia um Porto combativo que tentasse fazer um jogo rápido para que a bola circulasse por todos os sectores como tanto gosta Julen. Mas não foi isto que aconteceu.

 

Durante quase 80 minutos tivemos um FC Porto lento, chato e previsível que perante uma equipa Boavisteira fechada na sua defesa não soube, em momento algum, imprimir um pouco de velocidade para que a posse da bola fosse algo mais do que o toca para trás e para os lados. Não sur+reendia ninguém o empate a zero ao intervalo.

 

E foi aqui que Lopetegui mostrou estar a fazer os possíveis para melhorar o seu desempenho enquanto Treinador do Clube Azul e Branco. Fazer entrar Tello e Brahimi na segunda parte foi uma excelente jogada que trouxe velocidade e criatividade ao jogo. A velocidade de Tello acabou por dar a vitória e os três pontos ao Futebol Clube do Porto.

 

Só lamento que Julen Lopetegui tenha necessitado de tanto tempo para saber como deve estar numa equipa como o Futebol Clube do Porto. Vamos a ver se ainda vai a tempo de conquistar o Título de Campeão desta Época, se bem que não me agrada nada isto de ter de esperar por desaires alheios…

 

Ainda sobre o jogo do Bessa queria deixar aqui duas notas finais:

 

- José Ángel está a demonstrar claras dificuldades em se adaptar ao Dragão. Por pouco o Espanhol não fazia um tremendo disparate defensivo que quase dava golo ao Boavista FC. E se os Axadrezados tivessem marcado golo era o valha-me Deus para dar a volta ao jogo. Confesso que esperava mais de Ángel, se bem que compreendo que a falta de jogos o impeça de ir melhorando;

 

- Casemiro tem mesmo de jogar de início? É que Rúben Neves é o Jogador perfeito para o estilo de jogo que Lopetegui tanto gosta. O moço sabe como pautar o jogo e tem uma capacidade de passe fabulosa. Não gosto de comparações mas Rúben faz-me lembrar o Xavi do tempo do FC Barcelona de Pep Guardiola. Merecia, e deveria, jogar mais vezes. O jogo do Futebol Clube do Porto agradece.

 

Venha o Sporting CP!

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publicado às 22:38


Poucas notas

por Pedro Silva, em 28.01.15

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É um facto que depois de uma derrota ganhar é o melhor dos tónicos. Mesmo que a vitória tenha sido num “jogo a feijões” como foi este ante a Académica de Coimbra. Sabe bem para o ego e aumenta a moral e confiança de todos os profissionais do Dragão que estavam de rastos após a estapafúrdia derrota do passado Domingo.

 

Contudo poucas notas se podem retirar desta partida. A que sobressai é que Paulo Sérgio terá, sem dúvida alguma, mais talento para Forcado que para Treinador de Futebol… A Briosa está uma desgraça e a culpa não é só dos Jogadores que na sua grande maioria são de uma qualidade muito, muito, muito mediana e estou a ser muito simpático quando afirmo tal coisa.

 

Quanto ao Futebol Clube do Porto, como já aqui disse, pouco há a dizer dado que este jogo não trouxe nada de novo. Deu para perceber que Lopetegui continua a teimar na posse pela posse e a equipa continua, e continuará, a jogar sempre da mesma maneira faça chuva, faça sol sendo que por vezes lá “apanha” com uma académica pela frente e vence ora apanha uma equipa mais matreira e bem preparada como o CS Marítimo e perde. Não percebo como é que o Tribunal do Dragão tem tanta paciência com o Basco… Fosse Paulo Fonseca a fazer tais proezas e por esta altura já era alvo de insultos, petardos, tarjas, perseguições e tudo mais.

 

O golo sofrido por Helton é ridículo. Onde estava José Ángel e onde estavam os centrais no golo dos Estudantes? A tomar um café na esplanada com certeza. Depois venham-me dizer que o actual plantel dos Portistas é o melhor de sempre.

 

Algumas notas finais para terminar:

 

- Jackson Martinez está a melhorar a olhos vistos e mostrou mais uma vez a Lopetegui que o seu lugar é na área e não nas faixas do ataque Azul e Branco;

 

- Evandro voltou a fazer um jogo excelente no meio campo. E anda o Treinador do FC Porto a apostar num “apagado” Herrera;

 

- Rúben Neves deveria ser titular no lugar de Casemiro. É de longe muito melhor do que o Brasileiro em todos os aspectos para além de ter uma visão de jogo fabulosa;

 

- Quintero jogando no meio campo em apoio ao avançado até oportunidade de golo sabe criar. Só um cego não vê tal coisa. Arranjem uns binóculos a Lopetegui;

 

- E, para terminar, Gonçalo Paciência, filho do “matador” Domingos Paciência (antiga Glória do FC Porto) é mais uma prova de que o Dragão também sabe formar Jogadores de excelência.

 

Venha o Paços de Fonseca. O tal que na passada Segunda-feira deu uma “Segunda Vida” a Lopetegui ao ter feito melhor que o Espanhol esta época no comando de uma equipa que luta pela manutenção.

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publicado às 23:28


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