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Confesso que acho uma piada mórbida à classificação da escalada perigosa da extrema-direita na Europa (EU e não só dado que a Ucrânia é actualmente governada por neo nazis) como um não assunto. Um tabu sobre o qual é expressamente proibido opinar, expor, dissecar e, sobretudo, combater com urgência.
Na Hungria, País que certos dizem estar uma maravilha á face da Terra, o Jobbik de extrema-direita cuja fabulosa imagem dos seus militantes vemos em cima do texto conseguiu 18% dos votos nas últimas eleições. Em França o Partido de Marine Le Pen, também de extrema-direita, ganha força a olhos vistos e agora até governa certas Câmaras Municipais Francesas. Na Holanda recentemente o Primeiro-ministro veio pedir desculpas em público porque um Partido Holandês de extrema-direita cuja popularidade está em crescendo resolveu insultar a enorme comunidade Marroquina que reside no País.
Na Alemanha tomou-se a “fabulosa” decisão de se expulsar os emigrantes europeus que não conseguem arranjar emprego em solo Germânico, tendo o mesmo sucedido na Bélgica sob um enorme aplauso da população e dos simpatizantes da extrema-direita. Na Grécia o Partido Aurora Dourada, de extrema-direita, cada vez mais conquista eleitores e ganha um força tremenda nos corredores do Poder em Atenas. Em Inglaterra o caso da Portuguesa que ficou sem os filhos e o enorme corte que o actual Governo levou a cabo nas prestações sociais por causa dos emigrantes alimenta uma extrema-direita que dantes era vista como um inimigo mortal nas terras de sua Majestade.
E por aí adiante…
Continuemos a assobiar para o lado e a atirar farpas, pedras e sanções á Rússia de Putin e à Venezuela do maluco do Maduro.
Continuemos a ignorar a escalada desta maldita coisa que se chama extrema-direita.
Continuemos a pactuar e a proteger Regimes neo nazis como o da Ucrânia porque dá jeito.
Continuemos neste caminho fabuloso e daqui por uns tempos vamos todos repetir a gasta frase: A Humanidade não aprende nada com o Passado.
Ao abrir a homepage do Google (como faço sempre no PC do meu escritório) deparei-me com um doodle alusivo aos Jogos Olímpicos de Inverno com as cores da bandeira LGBT (imagem que vemos em cima).
Vim depois a perceber que tal tinha a ver com uma iniciativa que se sucede às manifestações em prol da homossexualidade que se têm repetido pela Europa e principalmente na Rússia.
Isto é tudo muito bonito. Porque se esta coisa da Homofobia fosse um exclusivo dos Russos eu ainda era como o outro e entendia. Entendia porque a Rússia sempre foi um País muito fechado em si mesmo e sempre que quis seguir um modelo mais ocidental foi preciso que os seus Governantes tomassem medidas radicais. Por exemplo; na Rússia Feudal era costume os Nobres usarem longas barbas e comerem com as mãos. Foi preciso o Czar Pedro o Grande decretar a obrigatoriedade de se cortar a barba e de se comer à mesa com os talheres sob a ameaça de ser aplicada a pena de morte a quem não o fizesse para que estes nada higiénicos costumes se extinguissem.
Só que a Homofobia não é um exclusivo do povo Russo. É verdade que por lá o radicalismo é de tal forma que ser-se Gay é proibido (ou para lá se caminha), mas cá pelo burgo também temos os nossos “Putins”.
Veja-se o que a Assembleia da República fez relativamente à co-adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Como se isto de constituir família não fosse um direito de todos nós independentemente da nossa orientação sexual.
É verdade que olhamos para estas iniciativas da Google e as apoiamos, mas depois no nosso País temos pessoas na nossa AR e nos Partidos que dizem que as crianças não podem ser co-adoptadas nem adoptadas por casais homossexuais porque isso não é natural e atenta contra os interesses da criança,
Será que somente os Russos e o Putin é que precisam deste doodle?