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SMS da semana

por Pedro Silva, em 17.01.21

Marta Temido.png

in: O Jornal Económico (17/01/2021)

Conheço Marta Temido. Dona de uma Humanidade e humildade fantásticas. Coisas raras na classe política dos nossos tempos. Até se me atrevo a dizer que deste Governo liderado por António Costa, Marta Temido é a única Ministra digna deste nome sendo tudo o resto um "grupinho" de vaidosos desconectados da realidade que fizeram - e fazem - da política a sua única profissão.

Subscrevo o apelo de Marta Temido. Mas não alinho na sua ideia de que os únicos irresponsáveis com responsabilidade pelo actual estado de coisas sejam os cidadãos.

O Governo e actual Presidente da República tem também uma tremenda quota parte de culpa em tudo o que de mau está a suceder no nosso Serviço Nacional de Saúde.

Desde o verão de 2020 que venho dizendo que é preciso cautela. Que não se deve baixar a guarda. Que pelo sim e pelo não, havia que preparar tudo e todos para o pior em vez de se embarcar no "deixa andar" e no vir para a Comunicação Social com um frasco da vacina na mão como se de a solução final se trate...

Ontem o Sr. Presidente da Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública, Dr. Ricardo Mexia, disse o seguinte:

Ricardo Mexia.png

in: Lusa - ECO.PT

De facto há na população portuguesa quem seja irresponsável e se "esteja a marimbar" para isto, mas quem tem responsabilidades tal como Marta Temido, o Ministério da Saúde, Governo de António Costa, Presidente da República e Comunicação Social não podem - nem devem! - dar uma de Pilatos...

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publicado às 23:02


Da paranóia

por Pedro Silva, em 15.12.20

imagem crónica RS.jpg

Se há coisa que me mais me tem assustado nesta pandemia não é o facto de estarmos a enfrentar uma doença desconhecida que tem ceifado Vidas de todas as faixas etárias. E muito menos me assusta a mais do que provável exploração que a indústria farmacêutica fez, faz e fará de um problema que se nota à escala global. Todos sabemos que os países e Estados que tiverem maior capacidade financeira tem acesso privilegiado a soluções que outros países e estados onde a pobreza sistémica é uma realidade por força dos interesses dos países e Estados mais ricos.

O que me assusta verdadeiramente é que o Mundo, mais concretamente o Ocidente, a Europa e, no caso do meu país (Portugal), não ter a mínima e manifesta capacidade de se organizar minimamente para aquilo que é uma guerra contra um inimigo perigoso de facto mas que pode muito bem ser controlado e, a seu tempo e com muito custo, derrotado.

É medonha a forma quase que infantil como os nossos governantes não conseguem pensar a médio e longo prazo, ficando – sempre – pelas intervenções curtas que lhes garantem estabilidade e votos para poderem dar continuidade à sua governação. E não lhes interessa, ou parece não interessar, que continuem a falecer pessoas quando as suas mortes podiam (e deviam) ter servido para a necessária recauchutagem de um sistema que se fez obsoleto em nome de uma paranóia tal em torno de um rigor financeiro que serviu, serve – e pelos vistos – servirá os interesses de alguns.

Numa guerra, mesmo nas indesejadas como a que estamos a viver, existem baixas. É um facto incontornável que cidadãos, pessoal médico, polícias, administrativos, etc. serão vítimas fatais desta guerra contra a Covid-19. Não há volta a dar dada a força e capacidade de mutação do raio do vírus. E face a tal o que tem feito a classe política europeia (a portuguesa inclusive)?

Tem procurado levar a cabo políticas que permitam a que os profissionais de saúde tenham mais e melhores condições de trabalho?

Já foram aprovadas e aplicadas medidas tais como fiscalização apertada e coimas pesadas para Lares de Idosos, Centros de Dia e locais de trabalho onde a higiene e segurança não existem?

Foi disponibilizada verba e logística para a modernização de Centros de Saúde, Hospitais, Edifícios públicos, Esquadras, Tribunais, Prisões e demais infraestruturas estatais que foram construídas nos anos 80 do século passado e assim permaneceram?

A resposta é um redondo não! Nada se fez e nada se fará. Tudo o que tem sido feito pelos Estados europeus (Portugal incluído) cinge-se, única e simplesmente, ao ataque cerrado e cego aos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos em nome da saúde pública. A criação de estigmas e de frases feitas do tipo “estão pessoas a morrer nos Hospitais, como tal não podem haver festejos” tem sido uma constante.

Já dizer-se que morrem pessoas nos Hospitais porque esses não tem capacidade de resposta adequada aos tempos que correm é algo que parece “queimar uns quantos fusíveis” dos ditos Catedráticos da Saúde que atiram com tais frases feitas para a Praça Pública não com o objectivo de acalmar e sensibilizar a população mas sim de causar ainda mais pânico e divisões numa população que deveria, acima de tudo, estar unida contra um inimigo comum.

Agora acena-se com a vacina como se de uma solução miraculosa se trate. Chama-se à atenção de que a dita não será suficiente, o que é verdade pois algo que é feito à pressa e sob uma tremenda pressão (do sector financeiro especialmente) não poderá – nunca – ser a solução do grave problema mas sim mais um problema suave que juntará ao já existente problema da Covid.

Artigo publicado no site Repórter Sombra (15/12/2020) 

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publicado às 21:30


Uma moeda tem sempre dois lados

por Pedro Silva, em 09.10.14

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Muito boa gente pode não gostar mas qualquer assunto, tal como as moedas, tem sempre dois lados e quando os analisamos devemos ver sempre os dois lados da questão e não somente aquele que nos toca no coração. Vêm isto a respeito da Auxiliar de Enfermagem Espanhola que foi infectada com ébola e a forma como as Autoridades e População Espanhola estão a reagir ao sucedido.

 

Segundo o que se tem dito sobre o assunto tudo terá, supostamente, começado porque a Senhora violou o protocolo de segurança aquando da prestação de cuidados médicos ao Pároco que estava infectado com o vírus mortal. E ao que parece esta mesma Sra. terá entrado e saído do quarto sozinha, quando o tal protocolo obriga a que entrem sempre duas pessoas para tal efeito. Para além disto tem também sido veiculado que quando a Sra. Teresa Romero Ramos se deslocou ao Hospital uma primeira vez não terá dado conta ao Clínico que a observou e medicou de que tinha estado em contacto com um doente infectado com ébola.

 

Temos portanto que neste caso, até prova em contrário, houve negligência grosseira da parte da Auxiliar de Enfermagem. E o que resulta de tal é uma tremenda balbúrdia com muito radicalismo à mistura da parte das Autoridades e População Espanholas neste caso. Vamos por partes.

 

É verdade que o Ministério da Saúde Espanhol não agiu correctamente em todo este processo. Foi notório que cedeu á imensa pressão internacional que se abateu sobre Madrid assim que o caso se tornou público. Rapidamente começou o “jogo do empurra” da parte dos Agentes Sanitários dos Nuestros Hermanos na tentativa de manter o seu lugar.

 

Mas também é verdade que a culpa do abate do pobre cão de nome Excalibur, animal de estimação da Sra. Teresa Romero e Marido, e da forma radical como o problema tem sido tratado pelas Autoridades Espanholas também pode ser imputável à Sra. porque, como já aqui disse atrás, a dita foi imprudente e pouco profissional. Por terra caem desta forma as acusações de que só os Governos Central e Regional de Madrid estiveram mal em toda esta história.

 

E lamenta-se o aproveitamento político desta questão que levou a situações violentas e a palavras de ordem caricatas onde se chegou a desejar a morte da Sra. Ministra da Saúde no lugar do cão. E muito menos se entende porquê raio a mesma Ministra é “acusada” de ter um Jaguar na sua Garagem como se isto de ter um carro topo de gama fosse um acto tão irresponsável como não seguir o protocolo de segurança de doenças infecciosas.

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publicado às 11:54


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