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Este é, sem sombra de qualquer dúvida, daqueles jogos muito complicados de se comentar. Isto porque o empate diante do Tondela é algo de difícil de se diferir dado que já todos sabiam (Nuno Espírito Santo e jogadores inclusive) que se fosse dada a oportunidade à equipa de Petit de jogar para o “pontinho” que esta não ia desperdiçar a oferta. E realmente assim foi. Sou da opinião de que hoje o FC Porto perdeu dois pontos porque foi “morcão” (como se diz cá pela terra).
Tudo começou com a escolha de campo. Rúben Neves (Capitão?) teve a oportunidade de escolher de que lado ia começar o Dragão. Escolheu precisamente o lado onde os Portistas tinham de lidar com um sol que lhes dava mesmo de frente. Já o Tondela teve sempre o sol pelas costas, factor que possibilitou à equipa do centro do país fazer o seu jogo e, em certos momentos, atacar com perigo a baliza de Iker Casillas. Não foi, portanto, de estranhar que na primeira parte os Dragões tivessem tido tantas dificuldades a atacar e – em certos momentos – a defender.
O que também não se percebeu muito bem (pelo menos eu não percebi) foi a opção táctica de Nuno Espírito Santo (NES) para esta partida. Sabendo de antemão que o Tondela tem o estilo muito próprio do seu treinador (tudo à defesa, muita porrada e bola para a frente que o jogo é do campeonato), por que razão NES apostou num 4x4x2 que afunilava por completo o ataque portista? Os laterais Layún e Telles, bem marcados pelos jogadores do Tondela e o seu “autocarro”, praticamente não se viram e quando apareciam era para fazer o mesmo de sempre: cruzamento para a área e seja o que Deus quiser. Realmente não percebi qual foi a ideia de NES. Ideia esta que se demorou imenso tempo a corrigir.
Por perceber fica também a aposta de Brahimi no onze inicial em detrimento de Óliver Torres. Brahimi é um atleta de qualidade que tem um enorme defeito: fintas. O argelino perde-se muitas vezes em fintas em vez de soltar a bola a tempo de desmarcar o seu colega de equipa. Foram vários os momentos em que se Brahimi tivesse simplesmente tocado a bola para o lado para que André Silva marcasse o golo. Este erro foi - também ele - corrigido tardiamente, pois com a entrada de Oliver para o lugar de Brahimi o jogo do FC Porto melhorou bastante mas já o CD Tondela estava “carregado” de confiança.
Em suma; o pecado capital do Futebol Clube do Porto na partida de hoje foi o de ter dado confiança ao seu adversário. E não foi por falta de aviso que o Dragão cometeu tal disparate… Mas pronto, o que está feito, feito está. Agora é seguir em frente e aprender com os disparates (disparates que já começam a ser demasiados).
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum do jogo as equipas tiveram um lance que tivesse feito pender a vitória para os eu lado.
Arbitragem: Não creio que tenha sido pela exibição de Hugo Miguel e sua equipa de arbitragem que os Dragões deixaram 2 pontos e, Tondela. Acho que o árbitro deveria ter sido muito mais rigoroso no que ao “teatro” que os jogadores do Tondela se fartaram de fazer durante o jogo. Parece-me que ficou uma grande penalidade por marcar a favor do FC Porto após carga de um defensor do Tondela sobre Boly, mas este lance é alfo duvidoso e acontece numa zona complicada para se ajuizar com total certeza.
Positivo: Iker Casillas. Decisivo num lance em que o avançado do Tondela que seguia isolado poderia ter colocado a equipa da Beira em vantagem.
Negativo: Nuno Espírito Santo. Preparou mal a equipa, delineou mal a estratégia para o jogo e demorou demasiado tempo a corrigir os erros.
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Antes de mais queria deixar aqui uma nota sobre o horário das transmissões televisivas dos jogos de futebol. Onde é que raio a SPORTTV me vai buscar as 19H de uma Segunda-feira para se transmitir um jogo da nossa Liga? Perfeitamente inadmissível! Não sei porquê carga de água a Liga Portuguesa de Futebol Profissional alinha neste tipo de tratamento discriminatório: sim, discriminatório porque para esta malta existe o adepto assinante da SPORTTV, o Adepto da Rádio e o Adepto do Estádio. Tudo nesta ordem! E os Clubes lá aceitam tal coisa pois há muito que gastaram o dinheiro das transmissões ou não fosse a gestão no mundo do futebol uma espécie de circo sem fim. Adiante.
Quanto ao jogo em si que dizer? Bem pouco mais senão que isto parece nunca mais acabar. A equipa do Futebol Clube do Porto precisa de um enorme reset porque esta não sabe mais o que é jogar como uma equipa.
Quando fiz a antevisão deste FC Porto x CD Tondela disse que o Dragão nunca se rende, mas pelos vistos o Dragão rende-se mesmo. E fá-lo da pior maneira possível passando uma imagem terrível que deixará marcas por algumas temporadas. Isto a não seu que na próxima época se faça algo de profundo no Clube Azul e Branco mas tendo em consideração o “acomodamento” dos actuais Dirigentes Portistas e a forma como estes anularam a possibilidade de terem concorrência no próximo acto eleitoral não me parece que este exigido reset surja já na próxima temporada.
Quanto ao jogo em si que culminou com uma humilhante derrota caseira dos Dragões penso que não há muito mais a acrescentar ao que já venho dizendo.
A equipa hoje voltou a “ligar o chip Lopeteguiano”. O FC Porto deixou que o jogo se desenrolasse por si só esperando que uma jogada de rasgo individual resolvesse a contenda a seu favor e quando se apanhou a perder foi “o ai jesus” com ninguém a saber muito bem o que fazer em campo. A única execpção foi Danilo Pereira que, mais uma vez, mostrou estar acima de todos os seus colegas de equipa.
Sinceramente não percebo porquê insiste José Peseiro em Aboubakar. O Jogador está em clara baixa de forma e não é opção para ninguém pelo que não lhe faria mal nenhum passar uns tempos pelo banco de suplentes. Acredito que Suk e a sua raça teriam causado muito mais mossa a um organizado Tondela que já em Alvalade tinha mostrado que não era uma equipa fácil.
De resto nada mais há a acrescentar a não ser que o Tondela venceu bem. Obviamente que teve a sorte do jogo do seu lado e o Futebol Clube do Porto não teve sorte nenhuma.
E já agora, quando um moralizado Jesús Corona falha golos de baliza aberta é porque está na hora de se rever a parceria com a Doyen.
Chave do Jogo: Apareceu ao minuto 59´, altura em que Luís Alberto marcou o único golo da partida, golo que deu a vitória aos Tondelenses. Até esta altura a partida estava algo “insossa” mas a partir daí o CD Tondela passou a pegou nas “rédeas” da partida e acabou a gerir a sua vantagem em pleno Estádio do Dragão.
Positivo: Danilo Pereira. Bem que poderia colocar aqui a vitória do CD Tondela mas prefiro destacar o “norte” de Danilo Pereira no meio de um enorme “desnorte” chamado Futebol Clube do Porto.
Negativo: Futebol Clube do Porto. Uma equipa que joga em sua casa ante o último classificado que está particamente condenado á descida de divisão tem a obrigação de dar mais. Muito mais se quiser ser encarado como crónico candidato ao Título.
Por questões meramente profissionais apenas pude seguir com olhos de ver a segunda parte do Boavista FC 0 x FC Porto 2. A primeira parte desta partida segui via rádio mas estou seguro quando afirmo que Julen Lopetegui está a melhorar e a perceber como tem de estar no futebol português. Demorou mas finalmente o Basco está a melhorar no que à gestão do seu plantel diz respeito e apenas tem de melhorar na questão da posse. Vamos por partes.
Esta partida no Bessa tinha dois grandes obstáculos para os Dragões: Chuva e um Relvado sintético. Ora tal exigia um Porto combativo que tentasse fazer um jogo rápido para que a bola circulasse por todos os sectores como tanto gosta Julen. Mas não foi isto que aconteceu.
Durante quase 80 minutos tivemos um FC Porto lento, chato e previsível que perante uma equipa Boavisteira fechada na sua defesa não soube, em momento algum, imprimir um pouco de velocidade para que a posse da bola fosse algo mais do que o toca para trás e para os lados. Não sur+reendia ninguém o empate a zero ao intervalo.
E foi aqui que Lopetegui mostrou estar a fazer os possíveis para melhorar o seu desempenho enquanto Treinador do Clube Azul e Branco. Fazer entrar Tello e Brahimi na segunda parte foi uma excelente jogada que trouxe velocidade e criatividade ao jogo. A velocidade de Tello acabou por dar a vitória e os três pontos ao Futebol Clube do Porto.
Só lamento que Julen Lopetegui tenha necessitado de tanto tempo para saber como deve estar numa equipa como o Futebol Clube do Porto. Vamos a ver se ainda vai a tempo de conquistar o Título de Campeão desta Época, se bem que não me agrada nada isto de ter de esperar por desaires alheios…
Ainda sobre o jogo do Bessa queria deixar aqui duas notas finais:
- José Ángel está a demonstrar claras dificuldades em se adaptar ao Dragão. Por pouco o Espanhol não fazia um tremendo disparate defensivo que quase dava golo ao Boavista FC. E se os Axadrezados tivessem marcado golo era o valha-me Deus para dar a volta ao jogo. Confesso que esperava mais de Ángel, se bem que compreendo que a falta de jogos o impeça de ir melhorando;
- Casemiro tem mesmo de jogar de início? É que Rúben Neves é o Jogador perfeito para o estilo de jogo que Lopetegui tanto gosta. O moço sabe como pautar o jogo e tem uma capacidade de passe fabulosa. Não gosto de comparações mas Rúben faz-me lembrar o Xavi do tempo do FC Barcelona de Pep Guardiola. Merecia, e deveria, jogar mais vezes. O jogo do Futebol Clube do Porto agradece.
Venha o Sporting CP!