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imagem retirada de zerozero
Resultado final justo. Acima de tudo. É isto que me vêm à cabeça quando reflicto sobre esse Sporting CP 2 x FC Porto 2 da Liga NOS. Nenhuma das equipas mereceu verdadeiramente vencer embora em muitos momentos a equipa de Sérgio Conceição tenha estado bem por cima do Sporting pachorrento e de jogo previsível de Rúben Amorim.
É por aí mesmo que vou começar. Essa ideia de jogo de Rúben Amorim é interessante. Dá gosto ver uma equipa que gosta de ter a bola no pé e no momento certo fazer a desmarcação para o golo. É uma ideia interessante, bem trabalhada e com bons jogadores para tal que funciona. O problema do actual Sporting é mesmo este: não tem jogadores para jogar dessa forma. E é por isto que, em parte, me pareceu que o clube azule branco perdeu hoje 2 pontos na corrida pelo título.
O FC Porto tinha a obrigação de ter vencido esse Sporting Clube de Portugal se tivesse feito por isto. Bastava ter continuado a dominar o jogo não obstante a necessária, e nada criticável, gestão de esforço do plantel por parte de Sérgio Conceição. E não necessitava de continuar a atacar e a manter a posse da bola até porque na segunda parte muitos foram os lances de perigo que o FC Porto criou à baliza de Adán em várias transições rápidas.
Contudo a verdade seja dita. Os Dragões conseguiram impor o seu futebol e, em muitos momentos, foram bem superiores aos Leões de Alvalade e controlaram a partida. Ofensivamente a equipa da Invicta foi muito superior à da capital portuguesa e em muitos momentos conseguiu quase colocar um ponto final na partida. Mas o recuo da equipa portista no terreno do jogo, mesmo que intencional e procurando manter a vantagem no marcador através de lances de transição rápida, a verdade é que ou tudo corre pelo melhor ou então um asneira/desconcentração deita tudo por terá… Foi o que aconteceu com Zaidu a perder uma bola que acabou na baliza de Marchesin…
O problema de se gerir o esforço de um plantel (algo que é necessário, diga-se desde já), de se recuar propositadamente e se expor ao risco de querer gerir uma vantagem de um golo pode correr muito bem e o treinador é elogiado pela sua capacidade táctica, ou acontece a Zaidu, dá-se força e coragem à equipa adversária e depois no final empata-se porque sim. Face a tal, posso dizer que o Futebol Clube do Porto ganhou um ponto em Alvalade.
Em suma, o empate era o resultado que me tinha passado pela cabeça. Os jogos entre os ditos “grandes” do nosso futebol não costumam decidir campeonatos. Por norma é nos jogos com as equipas ditas mais acessíveis que se ganham ou se perdem campeonatos. O problema maior do Futebol Clube do Porto foi o de ter perdido na última jornada diante do CS Marítimo… Por isso, siga para a frente porque não há outro caminho.
Melhor em campo: Pepe hoje esteve simplesmente imperial em campo. Bom posicionamento, muita garra tanto a defender como a atacar e capacidade de liderança fantástica. Quem diria que Pepe é um veterano do nosso futebol?
Pior em campo: Manafá. Depois de alguns jogos a um nível muito razoável, eis que o lateral direito do FC Porto volta a ser aquilo que sempre foi. Mau atacar e péssimo a defender. Foi pelo seu flanco que o Sporting criou muitos lances de perigo.
Arbitragem: Luís Godinho teve uma prestação que é muito habitual no nosso campeonato. Muitas faltas, “faltinhas” e “faltonas” acompanhado de uma pantufada de cartões amarelos como se fosse essa a postura normal de um árbitro internacional. Quanto ao lance da Granfde Penalidade por suposta falta de Zaidu sobre Pedro Gonçalves, na minha opinião esse foi bem anulado pelo VAR. Em suma, arbitragem mediana. Ao nível do “normal” do nosso campeonato.
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Não me vou alongar muito porque estes jogos de preparação dizem tudo e não dizem nada. Os atletas escolhidos pelos respectivos selecionadores optam por “tirar o pé” neste tipo de partidas e este Portugal x Croácia não foi execpção. E é natural que tal suceda dado que estamos numa fase inicial da época, as competições europeias de clubes estão aí à porta e a Liga das Nações só arranca para portugueses e croatas na próxima segunda-feira.
Contudo este foi um jogo que deu para se retirar algumas ilações.
A primeira ilação que retiro é que a nossa selecção continua a acusar sempre o mesmo problema nos golos sofridos. A defesa por si só não pode fazer tudo. É preciso que o meio campo recue para, desta forma, “tapar” os espaços que a nossa linha defensiva não consiga – naturalmente – tapar. Quando a equipa adversária ataca não o faz somente com os jogadores avançados… Os da sua linha média também o fazem. E em certos momentos até os da sua linha defensiva. Pelo que é normal que quando se defenda seja necessário faze-lo em bloco. Algo que me parece natural. Mas pelos vistos para Fernando Santos não o é porque já não é a primeira vez (e pelos vistos não será a última) que a equipa de Todos Nós sofre golos como o que sofreu hoje. Façam tal coisa diante da Itália e depois venham-me cá com o discurso moralista do costume de que jogamos mais do que eles, mas não fomos eficazes.
A segunda ilação que retiro é que Bruma não consegue mesmo aproveitar as oportunidades que têm sido dadas. Hoje não foi execpção. Trapalhão a todos os níveis e egoísta q.b. na hora de desmarcar um colega de equipa. Muitas vezes um simples tocar a bola para o lado é bem melhor do que andar a correr para cima dos adversários com a bola nos pés para depois a perder. Neste aspecto Rony Lopes, embora tendo jogado pouco, esteve bem melhor.
A terceira ilação é que se Fernando Santos não começar a escolher os seus eleitos em função do seu clube, Portugal tem ali um bom lote de jogadores que lhe podem garantir uma boa participação na Liga das Nações e um apuramento tranquilo para o próximo EURO. Vamos a ver como esta parte se vai desenrolar se bem que me parece importante não se insistir em casos perdidos como Gélson Martins e Renato Sanches (por exemplo).
MVP (Most Valuable Player): Rúben Dias. Ao contrário do habitual, Rúben esteve muito bem hoje. Sempre “muito certinho” no que ao desempenho do seu papel de defesa central. Para quem é muitas vezes acusado de ser um “brutamontes”, Rúben esteve muito bem. O melhor em campo na minha perspectiva.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum ambas as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse, em definitivo, para o seu lado.
Arbitragem: Javier Estrada decidiu bem sempre que foi chamado a intervir no encontro. Os amarelos que mostrou ao longo da partida foram perfeitamente justificados e, portanto, nota positiva para o árbitro espanhol.
Positivo: Sérgio Oliveira e Rony. Estiveram pouco tempo em campo, é um facto, mas o tempo que estiveram em campo foi o suficiente para vermos a equipa portuguesa a jogar - bem - melhor.
Negativo: Golo sofrido. Nunca é demais repetir que esta forma de se sofrer golos tem de ter um ponto final. No relvado uma equipa de futebol é composta por 11 jogadores onde todos defendem e atacam.
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Aconteceu mais depressa do que eu pensava. O Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição perdeu pela primeira vez e já há quem lhe faça o “funeral” europeu. Postura irritante? Sim com certeza. Adeptos portistas que nunca estão bem com o que têm e é muito por culpa disto que as coisas estão como estão no reino do Dragão.
Mas entremos agora no jogo propriamente dito para nos focarmos naquilo que realmente interessa. O que falhou nesta partida caseira diante do Beşiktaş JK? Simples. Preparação. Sérgio Conceição, treinador inexperiente no que à Champions diz respeito, entendeu que para se derrotar a equipa turca de Ricardo Quaresma e Pepe bastaria fazer o que faz normalmente na Liga NOS.
Dito de outra forma, para Sérgio bastaria ao FC Porto fazer o habitual corre-corre até se cair para o lado que os golos da vitória acabariam por aparecer. Saiu-lhe o tiro pela culatra pois nas andanças europeias não se defrontam “equipazinhas” que se remetem à defesa à espera do milagroso pontinho… O Beşiktaş JK – equipa matreira que conta com jogadores experientes - aproveitou-se da habitual “pujança” que os portistas tanto admiram e aproveitou-se do “vamos todos para cima deles” para em três contra ataques fazer os três golos que ditaram a derrota dos azuis e brancos. Claro que podemos (e devemos) tudo aquilo que o meio campo portista não fez e os disparates que a dupla de centrais Felipe/Marcano fizeram durante o jogo, mas não é por mero acaso que Sérgio Conceição reconheceu o seu erro crasso no final do jogo.
Agora é que vamos todos ver daquilo que o Sérgio é capaz enquanto treinador de uma equipa como Futebol Clube do porto. O reconhecimento público do seu erro é - para mim - meio caminho andado para que a falsa partida do FC Porto na Liga dos Campeões desta época seja ultrapassada no Mónaco, mas os próximos jogos diante de Rio Ave e Portimonense terão, sem sombra de dúvida, muita influência naquilo que pode (ou não) suceder no principado daqui por duas semanas. Não é por mero acaso que venho dizendo que Sérgio Conceição tem – ainda - muito trabalho pela frente.
Vamos a ver o que vai acontecer. Eu acredito que hoje treinador e equipa aprenderam uma valiosa lição, mas não convêm embandeirar muito em arco porque já há quem esteja a condenar o FC Porto à Liga Europa.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Longe de ter sido brilhante, o malaio do FC Porto foi o único que procurou incomodar a defesa turca. Um oásis de força num tremendo deserto de ideias de nome Futebol Clube do Porto. Merecia ter sido mais feliz nas vezes em que conseguiu levar a bola até à baliza de Fabri.
Chave do Jogo: Dizer que houve um lance que tenha resolvido a contenda a favor de um dos lados é, na minha perpesctiva, um tremendo exagero tendo em consideração a forma como os azuis e brancos não entraram em campo. Por isto, chave do jogo inexistente dado que ao Beşiktaş JK bastou-lhe gerir a intempestiva e pouco racional forma de estar em campo deste FC Porto numa partida da Liga dos Campeões.
Arbitragem: Nada a apontar ao Sr. Anthony Taylor e restante equipa. Não realizaram um trabalho exemplar, mas não foi por causa destes que os Dragões perderam.
Positivo: Ricardo Quaresma. Um Profissional que deu tudo em campo pelo seu Beşiktaş JK mas que não absteve de dizer publicamente que este foi o jogo mais complicado da sua Vida pois teve de defender o clube onde trabalha contra o clube que ama.
Negativo: Meio campo do FC Porto. Danilo Pereira, Oliver Torres e restante malta que jogou no meio campo. Futebol não é só atacar. Há que defender e recuperar bolas!