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Em Roma sê romano?

por Pedro Silva, em 30.10.18

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Numa altura em que no mundo da política – quase – todos os debates se centram na elaboração, analise e discussão dos orçamentos dos Estados-membros da União Europeia para o próximo ano, eis que em Itália assistimos a um filme (estilo drama) já antes visto. Quase que se me atrevo a dizer que é uma espécie de «Déjà vu», mas não o faço porque a Itália está longe (muito longe) de ser a Grécia.

 

Acredito que com tanto alarido (e justificado, diga-se desde já) em torno da eleição do político fascista jair Bolsonaro, já ninguém sem recorde que a Europa tem hoje em mãos um tremendo problema. O governo italiano resolveu afrontar a Europa dos burocratas dizendo publicamente, e por mais do que uma vez, que quem manda na elaboração do seu orçamento é a Itália e os italianos. E fê-lo de uma forma aberta, agressiva e sem pudor algum.

 

Resta-nos perceber a razão para tal comportamento. Algo que cá pelo nosso país ainda não se fez. Tal será assim talvez pelo facto de Mário Centeno ter sido “apanhado” com sucesso na ratoeira que o eurogrupo lhe montou há uns tempos atrás. E é claro que a natureza política do actual elenco governativo transalpino de extrema-direita incita a que quem opine procure a justificar o problema com a natureza política do tal elenco. Pessoalmente - como apreciador de um bom desfaio dado é que isto que nos faz evoluir enquanto seres pensantes – prefiro ver o problema de outra forma. Prefiro ir pelo caminho mais difícil e não pelo atalho que muitos escolheram seguir colocando-se, sem apelo nem agravo, do lado dos burocratas de Bruxelas.

 

Quando olho para a problemática do Orçamento italiano de 2019 e para a forma como o governo de extrema-direita sediado em Roma reagiu à “nega” que Bruxelas deu ao dito, vem-me rapidamente à memória as sucessivas violações dos tratados orçamentais que tanto a França como a Alemanha levaram a cabo nos últimos anos. Especialmente nos tais anos do “ajustamento” levado a cabo nos países da Europa do Sul.

 

Claro que quem defende os burocratas de Bruxelas e os seus “Tratados” se escuda no argumento de que o actual governo de Itália é populista e radical. E até que são argumentos válidos. Contudo não se pode apelar a uma parte do problema quando que devemos é antes procurar resolver o dito como um todo.

 

Isto porque a Itália é – tão-somente – a terceira maior economia da Europa. À sua frente estão a França e a Alemanha, países que, repito, no passado violaram sem apelo nem agravo os tais de “Tratados Orçamentais”. E não, o argumento de que tanto a França como a Alemanha não tiveram a postura agressiva da Itália de hoje não singra. E não singra porque está mais do que provado que na Europa dos tempos que correm o velho brocado de “em Roma, sê romano” não se aplica. Basta que para tal se seja dono de uma das maiores economias da Europa. A Grécia de Tsipras é a prova viva de tão enfadonha realidade.

 

Ora face a tal, concluindo, depois há quem fique muito admirado e olhe com uma natural cumplicidade para todo este retrocesso político europeu que está aos poucos a “abrir” as portas ao regresso em força da extrema-direita e das ideias fascistas.

 

Artigo publicado no site Repórter Soimbra (30/10/2018)

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publicado às 21:30


Caminhando orgulhosamente para o abismo

por Pedro Silva, em 09.07.18

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Em Portugal perde-se tempo precioso a discutir o vazio em vez de olhar para o essencial. Dito de outra forma; estar a debater se porventura a plataforma de apoio ao governo de António Costa é a mais pura perda de tempo. Bem sei que existem muitos jornalistas e analistas políticos da nossa Praça que querem espalhar o pânico porque sabem que assim “vendem mais” e fazem-se ouvir, mas fora do nosso pequeno país estão a acontecer coisas terríveis. E a uma velocidade incrivelmente medonha. Tão incrível que custa a crer que tal não seja objecto da mais profunda análise por parte de quem se debruça sobre política em Portugal.

 

O Orçamento de Estado de 2019 vai ser aprovado. Ponto final! Se vai haver um certo e necessário teatro durante a sua discussão? Vai. Mas que interesse tem isto para nós enquanto cidadãos? Zero! Já o que se está a passar no espaço europeu é gravíssimo e deveria merecer muito mais da nossa atenção. Nunca a União Europeia esteve tão próximo do fim. Mas quem lê as notícias e as opiniões dos comentadores políticos fica coma clara e errada ideia de que «no passa nada». Passa-se algo e o que vou vendo é toda uma Europa a caminhar orgulhosamente para o abismo.

 

As recentes revindicações e imposições italianas no que á política europeia de acolhimento de refugiados, a perseguição criminosa que a Hungria promove a todos os refugiados e a quem os ajuda mesmo que tal ajuda seja, tão-somente, no preenchimento de um qualquer impresso, a crise democrática que se vive na Polónia, o avanço das forças de extrema-direita na Europa Central/Norte que aos poucos está a ocupar o vazio político que os últimos anos de governação europeia franco-germânica criou, as recentes convulsões políticas na Alemanha e, inclusive, o já famoso «Brexit» são sintomas de que algo não está mesmo nada bem na Europa. Raras são as vezes em que concordo com Marcelo Rebelo de Sousa, mas recentemente este afirmou que quem olha hoje para a Europa vê muito da Europa antes do eclodir da 2.ª Guerra Mundial.

 

Confesso que tal estado de coisas me assusta. Especialmente o ar normal que muitos de nós fazemos quando olhamos para este cenário e acabamos a debater se a Alemanha está, ou não, a mandar mais ou menos na nossa Europa. Como se o cerne da questão não fosse precisamente o de se ter retirado a Democracia do espaço europeu para no seu lugar se implementar – mesmo que à força dos ditos “mercados e afins” – uma espécie de dictat germânico.

 

È precisamente este mesmo dictat que fez com que tudo esteja como está- A Sra. Merkel deve mandar no seu país. Tal como cada governante de cada Estado-membro da União deve mandar no seu país. Querer seguir outra via que não a do diálogo e busca de soluções adequadas aos tempos que correm é, repito, caminhar orgulhosamente para o abismo.

 

E em jeito de remate final gostaria de fazer notar que o «Brexit» não será péssimo somente para os britânicos. Tendo em consideração a forma como a Europa está e o sectarismo que a Alemanha da Sra. Merkel protegeu durante anos (tal foi do seu agrado e conveniência), vai acabar por ser mais um prego no caixão do projecto europeu.

 

Por isto continuemos a debater o folclore do próximo Orçamento numa de vingança para como o Governo de Costa. Não despertemos para o que realmente interessa antes que seja tarde demais. Continuemos assim que estamos bem.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (09/07/2018)

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publicado às 21:30


Falar demais é pecado

por Pedro Silva, em 18.06.18

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Começo por recordar os mais esquecidos de que Portugal optou em 76 pelo sistema constitucional semi presidencialista. E, para quem não sabe ou não quer saber, este sistema não dá, de forma alguma, poderes executivos ao Presidente da República. Dito de outra forma; ao contrário do que sucede em França (por exemplo) onde o Governo é liderado pelo Presidente da República tendo o Primeiro-ministro (e restantes elementos do executivo) de prestar contas directamente a este, em Portugal o Governo não tem de prestar contas ao Presidente da República. Apenas o tem de fazer quando o Presidente entenda que está em causa o interesse nacional e mesmo nestas situações o Presidente da República apenas pode dar orientações ao Governo que poderá – ou não – acatar as ditas. E, em jeito de complemento, o veto presidencial é muitas vezes acatado pela Assembleia da República e Governo por uma questão de bom relacionamento entre instituições dado que basta a estas duas figuras legisladoras insistir novamente com a sua intenção legislativa para que o Presidente da República seja quase que obrigado a promulgar o dito.

 

Ora tudo isto para aqui dizer que o Sr. Presidente da República Portuguesa, distinto Professor Marcelo Rebelo de Sousa, passa a muitos portugueses uma ideia completamente errada sobre o actual estado de coisas na política portuguesa. E com isto acaba por alimentar (intencionalmente e sem intenção) polémicas sem sentido. A última está relacionada, ora pois, com o próximo Orçamento de Estado. O último da actual Legislatura e que muitos dos nossos comentadores políticos anseiam ardentemente que a sua discussão seja polémica. Marcelo, com a sua mania de falar demais sobre tudo e mais alguma coisa, alimenta este mesmo anseio quando o que este deveria era antes apelar ao bom senso de todos para que não voltemos aos tempos conturbados de um triste passado “cavaquiano”.

 

Para além disto há que colocar em cima da mesa uma importante questão. O próximo Orçamento de Estado (repito, o último desta Legislatura) vai ser aprovado na Assembleia da República com os votos favoráveis de PS, PCP, BE e contra do CDS. A única dúvida quanto a esta temática é, tão simplesmente saber qual vai ser o posicionamento do PSD de Rui Rio dado que a mensagem política do actual líder do centro direita tem sido a de que os interesses do país estão à frente dos do partido que lidera.

 

Só não vê tal quem não quiser. É claro que tanto o Bloco de Esquerda como o Partido Comunista Português vão fazer o habitual “teatro” aquando a discussão do dito Orçamento. E é natural que o façam, pois estes têm linhas programáticas a seguir e eleitores a conquistar, mas daí à irritante postura de “Disciplinador” e de que está atento a tudo e mais alguma coisa que Marcelo tenta passar para o público em geral vai uma tremenda distância.

 

Falar demais é pecado. Tal como é pecado ser-se Humano quando os microfones e câmaras de televisão marcam presença. Mas isto é tema para outra conversa. Para já fico por aqui.

 

E já agora um aparte. Marcelo Rebelo de Sousa vai ser recebido por Donald Trump na Casa Branca. Espero sinceramente que o nosso Presidente da República não vá para lá com a sua “retórica” dos afectos… Trump despreza tudo e mais alguma coisa que esteja relacionada com tal e não perderá a oportunidade de rebaixar um Chefe de Estado de um Estado-membro da União Europeia que faz parte da zona euro.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (18/06/2018)

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publicado às 21:30


De que se ri Passos Coelho?

por Pedro Silva, em 07.11.16

imagem Crónica RS.jpeg 

Pode ser falta de sorte da minha parte ou até mesmo uma pequena – grande – impressão, mas sempre que tenho a oportunidade de ver Pedro Passos Coelho nas bancadas da Assembleia da República (AR) tenho o azar (ou sorte, como preferirem) de o ver às gargalhadas enquanto algum elemento do actual Governo discursa e/ou responde às intervenções dos Deputados.

 

Obviamente que Pedro Passos Coelho bem que poderia aproveitar as parcas vezes em que se apresenta ao trabalho na AR para dar uma outra imagem de si e do partido que lidera, mas não quero ir por este caminho porque já é público que elegância, boa educação e postura digna de um líder de um partido não é com este Pedro. O que me realmente me aguça a curiosidade é a razão pela qual Passos se ri com tanta vontade. Estarão os Deputados, Primeiro-ministro e restantes Ministros a dizer anedotas a toda hora ou será que Passos acha uma piada imensa ao estado lastimável em que entregou o nosso País a António Costa e seus pares? É que, convenhamos, os debates do Orçamento do Estado e do estado da nação são assuntos de uma importância tal que por decerto não terão piada pelo que não se percebe a imensa graça que Pedro Passos Coelho parece achar às ditas temáticas

 

Passos Coelho deveria aproveitar o facto de ser líder da oposição a um Governo fortemente “amarrado” por tudo e todos para demonstrar que a melhor opção teria sido a de continuar a sua governação. Mas não. Pedro Passos Coelho está muito mais preocupado em publicamente fazer troça daqueles que hoje nos governam com inteira legitimidade. E é muito por isto que Pedro Passos Coelho se “afunda” cada vez mais nas sondagens.

 

Para mais não percebo a boa disposição de Passos se tivermos em consideração aquilo que este fez nos últimos quatro anos em que esteve nos comandos dos destinos de Portugal. É verdade que José Sócrates e o seu “governo sombra” começaram a abrir o buraco em que Portugal viria a ser enfiado, mas Pedro Passos Coelho e a sua fabulosa equipa de neo liberais não só escavou ainda mais fundo o dito buraco como tudo fez para que o nosso país nunca mais saísse do dito.

 

Uma nota final para falar um pouco sobre as recentes polémicas em torno da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

 

Primeiro queria aqui dizer que é uma vergonha e um tremendo insulto o ordenado que o Governo de António Costa acordou pagar ao novo Presidente do aqui referido Banco. Em tempos de vacas magras o Estado não deve pagar salários milionários a um gestor que vai acumular o dito com prémios e uma pensão. E não me venham cá com a historieta da competência, pois basta olhar para o actual estado da banca portuguesa para se chegar à conclusão de que competência no que à gestão de bancos e afins é coisa que cá pelo nosso pequeno burgo não existe.

 

Segundo, não era necessária tanta polémica e tanta demagogia barata da parte de PSD e CDS em torno da questão da obrigatoriedade de o Presidente da GGD apresentar as suas Declarações de Rendimentos (IRS) ao Tribunal Constitucional. O grande objectivo de tal é, tão-somente, o de se indagar se durante o período correspondente ao seu mandato não existem indícios de enriquecimento ilícito. “Quem não deve, não teme” pelo que se o cavalheiro indicado por António Costa para a administração da CGD não o quer fazer é porque tem “algo na manga” e nós (Contribuintes) já estamos fartos de pagar os “algo na manga” dos competentes gestores da nossa banca.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (07/11/2016)

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publicado às 16:33


O Pedro que anda a passo

por Pedro Silva, em 07.03.16

Imagem Crónica RS.jpe 

1 – Disse aqui em tempos que a “Direitola” tinha chegado ao fim. Na altura disse também que isto era motivo de regozijo para todos nós pois o Partido Social Democrata (PSD) tinha voltado a ser um Partido no verdadeiro sentido do termo e não uma espécie de grupo de fanáticos irredutíveis que se acham Srs. da verdade e de tudo e mais alguma coisa.

 

Contudo o tempo mostrou que eu estava redondamente enganado dado que o PSD voltou e eleger como Líder uma personagem que já disse publicamente querer ser Primeiro-ministro de Portugal sem eleições. E isto é somente a “ponta do icebergue” de um País que tem na oposição um PSD à “Direitola” e um CDS-PP à Social-democrata.

 

2 – Desenganem-se aqueles que tem por norma ler o que vou aqui escrevendo. Não sou a favor de nozes únicas embora me agrade, e de que maneira, um Governo de Esquerda/Centro-esquerda.

 

Tenho para mim que a Democracia só funciona no verdadeiro sentido do termo quando o debate constritivo de ideias surge na nossa Assembleia da República.

 

É muito por causa disto que critico fortemente a postura de Pedro Passos Coelho e da sua Direcção partidária porque ambos têm demonstrado publicamente, e por mais do quem vez, que só lhes interessa o Poder para poderem fazer o querem, como querem e quando querem contra tudo e contra todos.

 

3 – Foi constrangedor, e revelador, a posição que o PSD tomou aquando do debate do Orçamento de Estado para este ano. O Partido Social Democrata, através dos seus representantes na Assembleia da República e programas de debate televisivos, disseram que votariam contra o Orçamento na generalidade e na especialidade e que não apresentariam uma única alteração ao documento por uma questão de responsabilidade.

 

Uma clara demonstração de que o PSD se está a borrifar para Portugal e para os Portugueses. Uma posição que – pasme-se - o Partido Português de Direita (CDS-PP) não partilha dado que Assunção Cristas anunciou que os Centristas irão apresentar alterações ao Orçamento quando este for debatido na especialidade.

 

4 – Como se não bastasse a clara demonstração de que o Partido Social Democrata é hoje a encarnação da “Direitola” eis que tivemos o seu líder, Pedro Passos Coelho, a defender a maior “sacanice” que os políticos podem fazer ao seu povo.

 

Fica mal a Passos Coelho vir defender publicamente Maria Luís Albuquerque. E fica-lhe mal porque ele sabe muito bem, assim como todos nós, que a arrow não contratou a dita Sra. por causa das suas competências (que não nego que as tenha), mas sim pelo seu conhecimento de causa ou não fosse Portugal de hoje um País “atolado” em dívidas e crédito mal parado.

 

Em suma, o Pedro vai a passo e ainda não se apercebeu que todos lhe estão a passar à frente (o CDS-PP inclusive). Mas ele até que vai feliz. Feliz e de pin com a bandeira portuguesa na lapela.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 16:19


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