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Obrigadinho Primavera

por Pedro Silva, em 07.05.18

sintomas-alergia-primaveral.jpg 

Todos os anos por esta altura o cenário repete-se… E ainda há por aí quem diga muito bem da tal de “Primavera”. Volta “Inverno” que estás perdoado!

 

Graças à “benfeitora” de muito boa gente, hoje não poderei publicar o artigo de opinião do costume.

 

Mandem cartas de reclamação à Primavera. Pode ser que desta forma esta pare de vez com a sua sádica dança do pólen…

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publicado às 23:07


Pois é José…

por Pedro Silva, em 14.12.16

O Portal SAPO publicou ontem um texto de opinião da autoria de José Cabrita Saraiva que tem o seguinte título: Juntar carros e bicicletas não vai dar bom resultado

 

Como sou parte interessada (ando de Bicicleta todos os dias), eis que li o artigo e no final fiquei com a nítida convicção de que o autor do artigo de opinião desconhece muita da realidade do ciclismo na cidade. Não que o José não tenha razão em muitas das coisas que escreve, mas em muitos momentos este apoia a sua tese apocalíptica em teorias profundamente irrealistas que revelam um desconhecimento perigoso.

 

A certa altura o José diz o seguinte:

 

Faz sentido a aposta que está a ser feita nas ciclovias e o encorajamento do uso da bicicleta como meio de transporte em Lisboa. As bicicletas não poluem, podem ajudar a reduzir o trânsito e até fazem bem à saúde de quem anda nelas.

 

Inteiramente de acordo José. E não são as colinas (para todos os gostos e feitios aqui pelo Porto) que me impedem de fazer o meu trajecto diário casa/escritório - escritório/casa.

 

Mais à frente o José diz outra verdade com a qual concordo inteiramente.

 

Quer para os próprios ciclistas, que já assisti a comportarem-se como verdadeiros kamikazes, quer para os automóveis, que têm de se desviar dos pequenos veículos e assim aumentam o risco de acidentes. A verdade é que muitos ciclistas querem andar na estrada, mas acham que as regras do trânsito não são para eles. já assisti a comportarem-se como verdadeiros kamikazes, quer para os automóveis, que têm de se desviar dos pequenos veículos e assim aumentam o risco de acidentes. A verdade é que muitos ciclistas querem andar na estrada, mas acham que as regras do trânsito não são para eles.

 

Lamentavelmente muita da malta que circula de bicicleta tem mesmo a peregrina ideia de que o Código da Estrada não se lhes aplica.

 

Mas a partir daqui o José começa a disparatar...

 

Além disso, uma bicicleta vê-se mal e anda devagar. Muito devagar. O que para ela já é uma velocidade assinalável, 20 ou 25 km/h, para um automóvel é estar praticamente parado. Basta pensar no seguinte: se um carro de uma escola de condução já provoca o transtorno que provoca – e vai a 40 ou 50 km/h –, agora imaginem uma bicicleta a metade dessa velocidade…

 

José… Meu caro José… Primeiro que tudo nem todas as bicicletas estão preparadas para andar na estrada. Quem anda na estrada de bicicleta deve ter a preocupação de fazer um investimento considerável para adquirir uma bicicleta que lhe permita circular com segurança. Eu (e outros como eu) fiz este investimento. E como cumpro as regras de trânsito, procuro andar sempre devidamente sinalizado e equipado. Tal como muitos outros(as) ciclistas. Se não nos vês é porque precisas de ir ao oftalmologista com urgência José.

 

Mas é claro que é verdade que nós ciclistas andamos mais devagar do que os automóveis, mas que eu saiba é muito mais complicado ultrapassar um carro de uma escola de condução do que uma bicicleta. Pelo menos cá pelo Porto é assim. E a ruas da minha Invicta são bem mais pequenas do que as que tens aí em Lisboa.

 

Na parte final do artigo o José diz-nos o seguinte:

 

Bicicletas e automóveis são como água e azeite. Não existe uma forma harmoniosa de os misturar. Por isso, ao mesmo tempo que se fazem ciclovias e se criam melhores condições para os ciclistas andarem na cidade, devia desencorajar--se de forma muito séria o uso de bicicletas na estrada. Ou muito me engano – e espero sinceramente que sim – ou suspeito que, de outra forma, o número de acidentes vai disparar.

 

Ó José… Já não te bastou a “argolada” que meteste anteriormente e tinhas de concluir desta forma?

 

É que não vais acreditar, mas existe uma forma harmoniosa de misturar bicicletas e carros. Chama-se Código da Estrada! Uma coisa que desconheces por completo com toda a certeza. Pois se conhecesses saberias que não se pode andar de bicicleta a não ser na estrada sempre que não exista uma ciclovia. E sabes porquê? Porque o Código da Estrada diz que só quem tiver menos de 10 anos é que pode circular de bicicleta no passeio.

 

Pois é José... Isto das bicicletas e dos carros não poderem circular juntos não é bem como dizes. Para a próxima informa-te antes de escrever.

2014-748991471-2014090535515.jpg_20140905-2.jpg 

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publicado às 09:00

Ponto prévio; não sou "megafone", "papagaio" ou "gravador" seja de quem for (Partidos inclusive), mas não podia deixar de ressalvar a crónica da Mariana Mortàgua que transcrevo em baixo porque esta reflecte o meu total desencanto por Rui Moreira. Ser-se Presidente do segundo maior município de Portugal é muito mais do que hostilizar Lisboa, gritar umas quantas palavras de ordem.e distorcer as opiniões contrárias. Posto isto passemos á crónica propriamente dita.

Sem Título.jpg 

Não se pode agradar a todos, Rui Moreira

O presidente da Câmara do Porto escreveu há dias um inflamado artigo contra o que apelidou de "Saque Mortágua". O que parece incomodar Rui Moreira é que a receita do imposto sobre imóveis de luxo reverte para o Estado e não para os municípios. Mas, como este argumento é fraco, o autarca do Porto juntou-se à vozearia da Direita que tudo diz para confundir e assustar milhões de pessoas que nunca serão visados por este imposto.

 

A parte divertida da crítica de Rui Moreira é a exigência de receber no município a receita do tal "saque" que veio denunciar. No mesmo artigo, ainda se queixa do Governo porque impediu um aumento do IMI. Resumindo: para Moreira, taxar quem detém prédios avaliados nas Finanças acima de 500 mil euros ou até de 1 milhão de euros, isso é um saque! Mas aumentar o IMI a todos os habitantes do Porto, sejam ricos, remediados ou pobres, isso é uma medida justa.

 

Se Rui Moreira estivesse preocupado com a atual carga fiscal de todos os seus munícipes - e não apenas dos muito ricos - já podia ter feito uma coisa muito simples: através da Câmara do Porto, podia devolver 5% do IRS aos seus habitantes, tal como muitos autarcas decidem fazer por todo o país. Mas a verdade de Rui Moreira é que preside a um dos municípios que saca para si a totalidade desta percentagem de IRS que poderia distribuir. Como diria Rui, é o "saque Moreira"..

.

Das duas uma. Ou o autarca do Porto não se opõe à taxa adicional sobre o património de luxo proposto pelo grupo de trabalho sobre assuntos fiscais estabelecido entre o Partido Socialista e o Bloco de Esquerda e só queria assegurar que arrecadava mais esta receita na Câmara; ou Rui Moreira só quer proteger o grande património, mas não lhe custa nada taxar a classe média do Porto através do IMI e do IRS.

 

Redistribuir a riqueza por via fiscal é assim mesmo. É preciso escolher. Para baixar o IRS de quem recebe 900, 1500 ou 2000 euros de salário é necessário pedir um contributo a quem tem património muito avultado. Por isso este escândalo todo, nunca visto quando o anterior Governo decidiu cortar em todos os apoios sociais, no subsídio de desemprego, e ainda aumentar impostos sobre os trabalhadores pobres. O violento ataque da Direita a esta medida mostra bem que, desta vez, se está mesmo a tocar nos interesses dos mais poderosos. Não se pode agradar a todos.


in Jornal de Notícias (20/09/2016)

 

N.B. O sublinhado e negrito são da minha autoria.

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publicado às 11:38

Imagem Crónica RS.jpg 

Confesso que já ando nisto da opinião publicada há uns anos. E uma coisa que tenho notado e que é praticamente a todos este meus anos de escrita é que os Portugueses, na sua grande maioria, reagem mal à opinião publicada. Especialmente os da chamada Praça Pública que se esquecem (com relativa facilidade) de que também opinam e que em muitas das suas opiniões - também elas publicadas – existem contradições, enganos, erros, equívocos e outras coisas tais que podem, ou não, ser propositados(as) porque um texto de opinião é isto mesmo: uma opinião cujo grande objectivo é o debate da temática sobre o qual este assenta. A defesa intransigente de uma qualquer posição é algo que se resume somente aos Tribunais onde existe alguém com poderes e capacidades para julgar a posição que cada parte defende.

 

Ora vem isto a respeito da forma agressiva como certos sectores da sociedade Portuense reagiram à minha última crónica publicada aqui no Repórter Sombra.

 

É um facto que eu deveria ter procurado aprofundar certos aspectos da minha argumentação. O assinar graciosamente (com o meu próprio nome) um artigo semanal no Repórter Sombra não justifica tudo e cá estou para me retratar publicamente do erro, mas a verdade que a história nos conta é a de que o êxodo para fora da Cidade do Porto começou com o Dr. Fernando Gomes. Tal pode não se ter devido directamente ao IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) mas a verdade é que o antigo Presidente da Câmara Municipal do Porto “perdeu” a batalha para as Cidades limítrofes da Invicta no que a este grave problema diz respeito.

 

Podemos não aceitar as coisas como elas são e procurar esconder a realidade recorrendo à mais vil das formas que a retórica nos disponibiliza, mas o facto é que tanto o Dr. Fernando Gomes como todos os seus sucessores não conseguiram contrariar o “esvaziamento” da cidade do Porto.

 

Lamento., Mas contra factos não há argumentos. Assim como lamento profundamente que algumas pessoas tenham recorrido ao insulto gratuito como forma de resposta aos factos. Inclusive tal técnica foi, inclusive, utilizada por aquele que tem hoje em dia sérias responsabilidades para com os munícipes do Porto.

 

O porquê de tal iniciativa? Não sei mas presumo que tenha sido numa vã tentativa de camuflar um grave problema cuja solução actual discordo.

 

Repito aquilo que tinha dito na minha crónica anterior: não é a transformar a Baixa da cidade do Porto num Bar gigantesco/Hotel de Luxo/“Condomínio de Luxo” que se revitaliza uma cidade.

 

Em suma; tal situação justifica que se passe de imediato o rótulo de “ignorante” a quem, como eu, tem uma opinião contrária à política seguida para a revitalização da cidade Invicta?

 

Ainda sobre o assunto gostaria somente de deixar algumas notas finais:

 

1 – Custa-me a aceitar que um Presidente da Câmara não faça o possível e impossível para defender os interesses do Município Portuense. O Dr. Fernando Gomes, Engenheiro Nuno Cardoso e o Dr. Rui Rio procuraram sempre a melhor solução para o problema do “esvaziamento” do Porto. Os resultados finais é que acabaram por não ser satisfatórios dado que o problema se manteve e em certas zonas da cidade agudizou-se tremendamente;

 

2 - Não me parece que o argumento dos Privados sirva como justificação para o que está a suceder na Baixa Portuense. Assim como também me parece manifestamente pouco que a Câmara Municipal do Porto diga que não pode fazer nada perante os Privados. Não concordo com esta argumentação porque me custa um pouco a aceitar que os Privados tenham estado “adormecidos estes anos todos e somente agora (altura de crise profunda na Banca) se tenham lembrado de fazer investimentos na Baixa Portuense. As Câmaras têm mil e umas formas de incentivar/travar o investimento em determinadas zonas da cidade. Só assim se explica que na minha rua tenha surgido um estaleiro de obras encravado entre duas zonas habitacionais (com todo os prejuízos paisagísticos e de saúde que daí advêm);

 

 3 – No Porto existem Habitações Sociais. E muitas destas foram reabilitadas para que sejam, cada vez mais, dignas e proporcionadoras de condições de habitação a quem por lá mora. O problema é que estas mesmas Habitações se situam na periferia da cidade criando, desta forma, Portuenses de primeira, de segunda, de terceira e até de quarta. E não admira que seja cada vez mais complicado habitar em certos Bairros tal é a distância entre estes e a cidade. Mas pelos vistos há quem goste desta fórmula porque assim “não se estraga a paisagem” que é para Turista ver e comprar.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 17:05


O fatalismo da Direita

por Pedro Silva, em 26.04.16

Imagem Crónica RS.jpg 

Obviamente que tenho o dever de respeitar a opinião de cada um. E faço-o porque sei que não sou, nem nunca serei, o dono da verdade absoluta e porque é na troca de ideias e de opiniões que poderei evoluir como cidadão pertencente a um mundo cada vez mais globalizado. Contudo não posso aceitar tudo e mais alguma coisa que se vai dizendo sobre o actual estado do nosso mundo porque, tal como tudo na Vida, ou aquilo que dizemos/escrevemos faz algum sentido ou então entramos numa espécie de guerra do disparate onde toda a gente se insulta.

 

Ora sendo esta a minha forma de estar acaba por ser tremendamente complicado aceitar aquilo que apelido de fatalismo da Direita. E quando falo aqui de “fatalismo da Direita” refiro-me aquelas teses da Direita que nos dizem que isto é irremediavelmente assim porque tem naturalmente de ser.

 

Dito de outra forma; para esta ala política as offshore existem porque sem elas alguns Países não teriam capacidade de sobreviver como Estados soberanos que são, Portugal (e outros) são pobres e como tal tem de ser pobres para todo o sempre sob pena de se endividarem até ao fim dos tempos.

 

Meus amigos e amigas afectos da Direita, lamento mas acreditem que estão a disparatar quando optam pela via do fatalismo para defesa da nossa visão do mundo.

 

Sim. Estão a disparatar porque quando dizem que ou o Panamá opta pela offshore porque de outra forma colapsará como País estão a legitimar as offshore europeias que tem contribuem, e muito, para o vosso outro fatalismo: o de que Portugal é um País pobre e que terá de ser pobre para todo o sempre.

 

Ou será que me vão dizer que Holanda, Áustria, Luxemburgo, Inglaterra e França só poderão sobreviver como Países se forem e/ou promoverem offshore?

 

As offshore são a maior “porcaria” que o mundo alguma vez poderia ter produzido. Um mal que é aproveitado pelo lado obscuro das nossas Sociedades para se manter no comando dos destinos do mundo. Em suma estas “aplicações financeiras” sevem somente para que os mesmos de sempre se mantenham nos lugares de topo. O exemplo disto mesmo tem sido bem visível naquilo que hoje denominamos de zona euro onde o Norte da Europa tem “esmagado” o Sul da Europa em todos os sentidos.

 

Ou será que os meus amigos e amigas afectos da Direita acham que é legítimo, por exemplo, a Holanda poder ser uma offshore e Portugal não? Mas porquê razão? Porque Portugal é fatalmente pobre e a Holanda fatalmente rica?

 

Mas pensem bem na resposta que irão dar a esta minha pergunta e se porventura tiverem resposta pronta para a dita sugiro que percam um pouco do vosso tempo e assistam ao filme “A Queda de Wall Street” ("The Big Short") do Realizador Adam McKay e vejam onde a teoria do fatalismo da Direita colocou o mundo.

 

p.s. Offshore e Paraíso fiscal na prática são a mesma coisa. É só para não me virem dizer que a Holanda, Áustria e Luxemburgo não são offshore. Estes Países têm um regime fiscal muito “apetecível” (o Grupo Jerónimo Martins – aka Pingo Doce - que o diga!).

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 20:43


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