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Desculpem lá mas não posso ficar calado perante mais um dia em que a nossa Comunicação Social em peso resolve voltar a bater na mesma tecla das Praxes Académicas.
Acho bem que se debata o assunto, que se penalize severamente quem incita às Praxes violentas, assim como sou totalmente a favor que as Autoridades Competentes (entenda-se Autoridades Competentes por Policia Judiciária e Ministério Público e não “detectives de algibeira” que criam contas de e-mail para investigar por conta própria) descubram o que realmente aconteceu na Praia do Meco.
Agora acho mal e revoltante que a nossa Comunicação Social tome partido pela facção Anti Praxe e opte pela generalização de todas as Praxes em detrimento do seu claro e estrito dever de informar. Isto porque nem tudo é igual em todo o lado. Existem Praxes boas, Praxes más, Praxistas bons e Praxistas maus. Generalizar é perigoso.
Custará assim tanto às nossas Televisões, Jornais e Rádios darem voz e corpo a ambos os lados da Praxe? Porquê razão insistem na Tese de que tudo o que tenha uma Capa e Batina é mau, bêbado, irresponsável e masoquista ao ponto de adorar humilhar o próximo? Uma moeda não tem sempre duas faces?
Para mais existem temas bem mais interessantes sobre os quais a nossa Sociedade deveria debruçar-se. O Blog 365 forte traz a lume algo muito mais importante que esta discussão de surdos, mudos e cegos que a Comunicação Social Portuguesa teima em dar força e visibilidade.
Lamento ter de voltar a comentar um assunto sobre o qual já expus aqui a minha opinião, mas este fim-de-semana foi penoso ser “bombardeado” por notícias e textos de opinião contra a Praxe. O Jornal Público passou o Sábado inteiro a publicar noticias e opiniões ante Praxe.
Li de tudo e fui insultado de todas as formas e feitios por aqueles que se dizem defensores da integridade humana.
As crónicas de opinião do Jornal Público apelidaram de mafiosos, bêbados, irresponsáveis, intolerantes, Salazaristas, Fascistas, etc. quem frequenta e frequentou a Praxe. E isto para não fazer aqui referência a espaços onde se insultou a Mãe dos Praxistas.
Mas que raio de Democracia é esta?
Mas agora temos de estar todos contra a Praxe porque faleceram 6 jovens na Praia do Meco sob condições que ainda estão por apurar?
E se porventura os jovens não fossem filhos de Pais com poder financeiro e com influência nos media teríamos este mesmo “circo”?
E já agora, se porventura o Ministério Público chegar á conclusão de que o sucedido na Praia do Meco em nada teve a ver com uma suposta actividade Praxística, em que ponto ficamos? Vamos afirmar que a Justiça em Portugal não funciona?
Confesso que acho uma certa piada à irresponsabilidade com que certas personagens da nossa Praça Pública falam de certos assuntos nacionais.
António Martins da Cruz, antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal resolveu tecer umas declarações no mínimo curiosas sobre a tensão Portugal/Angola.
Segundo este o pior já passou porque, passo a citar, uma diplomacia low-profile evitou a desconstrução das relações dos dois países, para desgosto de alguma imprensa e de alguns comentadores. Naturalmente que o Ministério Público Português também foi alvo de crítica porque não foi, passo a citar mais uma vez António Martins da Cruz, “crescidinho”.
Quer dizer se porventura eu, comum dos cidadãos, de um dia para o outro resolver “inundar” a minha conta bancária de dinheiro sem justificação para tal posso ser alvo de uma investigação do Ministério Público e ter de ficar calado, mas quando tal sucede com as contas bancárias sitas em Portugal de altos Dirigentes Angolanos é o aqui d'el rei em nome da boa relação com Luanda.
Desculpem lá mas eu não embarco neste ensaio sobre a cegueira. Critico obviamente a fuga de informação do Ministério Público (uma entre as milhares que ocorrem anos após ano sem solução á vista), mas não pactuo com a hipocrisia e subserviência só porque neste momento somos um País intervencionado.
Tenham lá santa paciência.