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imagem retirada de zerozero
Jogo algo sonolento (ou então eu é que estou cansado) onde o Futebol Clube do Porto fez o seu trabalho sem ter sido, em momento algum, exuberante num relvado que mais parecia um pavilhão de tão duro e escorregadio que este estava fruto do gelo que abundava. Claro que a sorte também fez das suas e esteve do lado da equipa de Sérgio Conceição que alcança o 3 golo após uma embaraçosa escorregadela de Vaná Alves.
Contudo a verdade seja dita, os portistas podem não ter sido exuberantes mas mostram – cada vez mais – uma confiança tal que até se me atrevo a dizer que neste momento ninguém é capaz de fazer frente a este Futebol Clube do Porto. A capacidade de pressão do onze escolhido por Sérgio Conceição é de louvar pois tal forma de estar no campo faz com que, praticamente, as equipas adversárias “despareçam” do relvado. Tal a uma semana do clássico no Dragão com o SL Benfica é algo que me agrada a mim enquanto adepto e sócio do FC Porto, contudo estou longe (muito longe) de ficar plenamente satisfeito pois o 1.º lugar ainda está longe e há ainda muito para jogar.
Também há que aqui dizer que este FC Famalicão em nada tem a ver com o FC Famalicão quase europeu da época passada. Hoje aquela que na temporada anterior foi a equipa sensação começa, cada vez mais, a ser a equipa desilusão tal o futebol fraquinho que pratica. Os moços de Famalicão até que correm muito, aqui e acolá constroem jogadas interessantes e por vezes até chegam a criar real perigo à baliza adversária. Mas pouco mais do que isto. Assim de repente lembro-me de dois lances em todo o jogo em que os famalicenses obrigaram Marchesín a aplicar-se a fundo. Tirando a grande penalidade, o Famalicão praticamente quase não criou oportunidades de golo. Tal explica o facto de o Famalicão poder, a muito curto prazo, vir a ser o actual “lanterna vermelha” da Liga NOS.
Apesar de tudo, jogo sonolento, adversário fraco e outras coisas tais a verdade é que hoje os portistas fizeram o que se esperava deles ao terem vencido o jogo. E tal é bem importante pois numa luta a 3 (FC Porto, SL Benfica e Sporting CP) a questão da dinâmica de vitórias é fundamental. Especialmente se tivermos em linha de conta que desta vez serão os confrontos entre os ditos “três grandes” que vão determinar o campeão da época 2020/21. Isto na minha opinião, claro está.
Melhor em Campo: Mehdi Taremi. Devagar, devagarinho lá vai aparecendo um novo “matador” no reino do dragão. Ver o internacional iraniano a marcar mais do que um golo de azul e branco vestido começa a ser um hábito fruto do seu excelente posicionamento e capacidade de aparecer no momento certo a finalizar. Hoje Taremi marcou dois golos em três remates à baliza de Vaná… Pode-se pedir mais a Taremi?
Pior em Campo: Moussa Marega. Confesso que adoro Marega mas tenho a capacidade de olhar para o que este tem feito ultimamente e dizer, sem pudor ou reservas, que o maliano está numa fase má da época. Por vezes até parece que Marega “atrapalha” em campo. ,Não consegue dominar uma bola e hoje nem um único remate à baliza do Famalicão. Uns jogos no banco de suplentes podem ajudar Moussa a voltar a ser o que era.
Arbitragem: Rui Costa fez aquilo que se pode apelidar de arbitragem patética. Muitas dúvidas na grande penalidade cometida por suposta falta de Diogo Leite sobre Anderson (para mim não é penálti). Para mais, quando um árbitro dialoga muito com os jogadores em vez de se manter à distância e aplicar com critérios o devido poder disciplinar só pode dar em mã arbitragem.
imagem retirada de zerozero
Quando questionado sobre o primeiro lugar da Liga NOS, o atleta do Futebol Clube do Porto Sérgio Oliveira disse mais ou menos o seguinte: “mais cedo ou mais tarde, vamos lá chegar”. Isto após a oitava vitória consecutiva dos Dragões na Liga NOS, marco importante mas que “nem arrefece, nem aquece” que o mesmo Sérgio Oliveira desvalorizou pois se não se revalidar o título, marcos e recordes são bonitos não servem para nada.
Isso tudo para aqui dizer que concordo com Sérgio Oliveira quando diz que o primeiro lugar da Liga NOS será do FC Porto. É uma questão de tempo e, sobretudo, de se manter e melhorar essa forma de estar em campo. Se os azuis e brancos conseguirem continuar a jogar desta forma, não complicarem o que é fácil (Sérgio Conceição dixit, novamente) e não se darem ao aso de cometer disparates tipo deixar os seus flancos completamente desertos na hora de defender uma transição rápida da equipa adversária e não surgirem lesões complicadas em jogadores ditos “nucleares” é perfeitamente possível revalidar o título.
Quanto ao jogo de hoje, sou da opinião de que o FC Porto jogou bem, mas esteve longe de ter sido perfeito. Gostei de ver a pressão que os dragões exerceram sobre a linha defensiva do Moreirense FC. E também gostei de ver a velocidade e capacidade de criação de linhas de passe de forma a que os portistas conseguissem, quase sempre, sair em velocidade para o ataque. Para mais, gostei mesmo muito de ver este FC Porto a procurar variar o seu estilo de jogo e em fazer circular o esférico por todo o relvado. Claro que durante os 90 e poucos minutos da partida momentos houveram em que a equipa pareceu perder “algum gás” e eu já aqui o disse – e repito – que gerir uma vantagem de uma bola a zero é perigoso… Tivesse o Moreirense uma linha avançada com maior qualidade e não sei se estaria aqui a dissecar um amargo empate…
Uma palavra para a equipa minhota.
Primeiro para dizer que não se percebe a razão pela qual esta equipa muda tantas vezes de Treinador ao longo da temporada. Ainda se fosse por maus resultados, entendia-se (digo eu), mas segundo o que vem a público não é esta a razão. Pelo que se vai falando “à boca cheia” tem a ver como facto de a direcção do Moreirense querer imiscuir-se à força no trabalho dos técnicos e a ser assim tal é, diga-se desde já, um profundo disparate. Especialmente se tivermos em linha de conta que os cónegos até que são uma equipa interessante que pratica bom futebol para equipa que tem como objectivo a manutenção. Isto tendo por base, obviamente, o que vi hoje.
Segundo, o Moreirense está longe de ter qualidade no seu plantel, mas bem orientado e bem trabalhado pode muito bem vir a ser uma equipa que possa lutar por algo mais do que o “meio da tabela”. Hoje vi esta mesma equipa dita “pequena” a ser inteligente e sagaz o suficiente para aproveitar os espaços que o FC Porto ia deixando em aberto na sua linha defensiva e, inclusive, vi esta mesma equipa a causar muitas dificuldades aos azuis e brancos quando descia em velocidade pelos flancos. Sinal de que este Moreirense FC não é assim tão mau como parece e que a vitória portista não terá sido assim tão simples não obstante o 3 a 0 final a favor dos azuis e brancos.
Melhor em Campo: Sérgio Oliveira. Mais uma vez o incansável médio e capitão do Futebol Clube do Porto mostra a sua enorme qualidade. Um golo, uma assistência para golo e mais de uma meia dúzia de bolas recuperadas. Isto para alé,m de ser o criador de todo o futebol ofensivo do FC Porto.
Pior em Campo: Moussa Marega. Muito trapalhão na hora de dominar o esférico quando seguia em direcção à baliza dos cónegos. Muitas vezes mal posicionado no campo, o que “travou” e fez ”abortar” os ataques promissores dos Dragões. Mau jogo do Maliano que está num mau momento de forma. Vamos a ver se recupera rapidamente desta má fase.
Arbitragem: Arbitragem tranquila a de Manuel Mota e seus assistentes. Quando o árbitro não quer ter protagonismo e procura dialogar de forma calma e assertiva com todos, tudo corre pelo melhor. Já sobre o fora de jogo por 3cm que anulou o segundo golo do FC Porto, decisão correcta sendo que o único senão a apontar é que tal não aconteça nos jogos em que os “lesados” são SL Benfica e Sporting CP (vá se lá saber porquê).