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imagem retirada de zerozero
Já começava a ser por demais evidente que Sérgio Conceição tinha de fazer alguma coisa. O factor comum nas duas partidas anteriores que os azuis e brancos perderam (2 a 1 com o Portimonense e 2 a 1 com o Lille) é que o tal sistema de “vamos para cima deles” agrada ao comum dos adeptos mas nem sempre é eficaz. Especialmente quando não se tem as “peças” necessárias para tal. Já o tinha dito e volto a repetir, isto de se ter uma equipa com laterais bem subidos nas faixas, a linha defensiva bem adiantada no terreno e os extremos e médios a apoiar os avançados resulta com Danilo Pereira em campo (e em forma). Sem Danilo a coisa é bem mais complicada… O Sérgio Oliveira “disfarça” um pouco o problema, é um facto, mas não é a solução do dito. Convêm que Sérgio perceba isto e – ao mesmo tempo, procure aperfeiçoar o seu sistema mais ofensivo pois este vai ser-lhe útil nos jogos do nosso campeonato
Ora como as coisas não estavam a correr bem e começava a surgir um certo burburinho na massa adepta do Futebol Clube do Porto, para esta partida diante do Everton FC de Marco Silva, Sérgio Conceição apostou naquele que, em princípio, será o sistema de jogo a adoptar nas competições europeias. É um sistema que passa, especialmente, por entregar o controlo de jogo ao adversário e a parte ofensiva fica a cargo do médio construtor de jogo, do médio «box to box» e aos extremos que procuram, sempre que possível, tabelar com o avançado para se criarem ocasiões de golo. Obviamente que os lances de bola parada revestem um papel fundamental nesta forma de estar em campo.
Esta “forma europeia” (vamos chamar-lhe assim) de estar do FC Porto terá baralhado as contas ao Everton de Marco Silva. A equipa inglesa teve sempre mais bola na primeira parte e chegou, inclusive, a criar alguns lances de perigo na baliza de Casillas. Mas o Everton nunca conseguiu ser verdadeiramente perigoso pois a “tripla” do meio campo portista colocava - quase sempre – em xeque a defesa inglesa. Muito por causa de Otávio que esteve excelente na construção de jogo ofensivo e de Oliver Torres que teve a dupla função de recuperador de bolas/construtor de jogo (contou com a preciosa ajuda de Sérgio Oliveira enquanto este teve “pernas”). Na frente de ataque Brahimi e Marega iam tabelando (cada vez mais perigosamente) com Aboubakar. Uma forma inteligente de estar em campo na minha opinião. Especialmente quando se tem a noção de que o adversário é mais forte. A vitória portista de hoje passou muito por aí.
Pessoalmente gosto mesmo muito desta forma de jogar. Gostei muito de ver este Porto mais racional e consciente das suas reais capacidades, contudo admito que para consumo interno esta forma de estar possa não vir a ser suficiente pelo que me parece imperioso que Sérgio Conceição aprimore a outra vertente táctica da equipa portista. O problema será ter um plantel que lhe permita ter esta dupla faceta dado que, insisto, para o lugar de Danilo Pereira só existe - efectivamente - Danilo Pereira.
No próximo sábado vamos ter um melhor esboço do Futebol Clube do Porto versão 2018/19. A apresentação aos sócios vai definir melhor qual será o plantel deste FC Porto, contudo ainda nada é definitivo dado que até 31 de Agosto muita coisa pode (e vai) acontecer. A partir de agora o mais importante é começar a época a vencer na Final da Supertaça e nas primeiras jornadas do campeonato. Algo que o Futebol Clube do Porto de Villas-Boas fez após uma péssima pré-época e que lhe terá entreaberto as portas do enorme sucesso desportivo da altura.
MVP (Most Valuable Player): Óliver Torres. Confesso que não gosto mesmo nada de ver o jovem internacional espanhol a ocupar a posição que, em princípio, será de Héctor Herrera, mas a verdade é que hoje Óliver esteve muitíssimo bem no desempenho das suas várias funções. Excelente a recuperar bola e a armar o jogo portista desde trás. A ver se o moço joga assim quando isto for a sério.
Chave do Jogo: Podemos dizer que tal terá aparecido com o golo de Marega. Tirando a fase inicial, raras foram as vezes em que vi a equipa de Marco Silva a criar verdadeiro perigo ao Futebol Clube do Porto, contudo sou da opinião que após o golo dos Dragões o Everton baixou em definitivo os braços e optou por deixar o tempo correr.
Arbitragem: Arbitragem típica de jogo de pré temporada.
Positivo: Felipe/Diogo Leite. Até que pode vir a não ser uma realidade, mas as recentes prestações da dupla Felipe/Leite tem sido um dos melhores aspectos desta nova versão do FC Porto.
Negativo: Relvado do Estádio do Algarve. Estamos na pré temporada, bem sei, mas a organização do Torneio do Algarve bem que poderia exigir um Estádio com um relvado em condições e não um que mais parecia um “toupeiral”.
Como cá pelo nosso pequeno Burgo à beira-mar plantado anda meio mundo histérico com a contratação de Jorge Jesus pelo Sporting Clube de Portugal eis que vou tecer os seguintes comentários:
1 - Dúvidas houvessem de que Bruno de Carvalho, actual Presidente do Sporting CP, tem a mesma “escola” de Vale Azevedo as ditas ficaram desfeitas depois de termos todos sabido que Marco Silva foi despedido por justa causa;
2 – Ainda sobre Bruno de Carvalho é do conhecimento público que este esteve muito empenhado na luta contra os fundos. Tem por isto a sua piada que este acabe por recorrer a algo de parecido, senão igual, aos ditos fundos para poder contratar os serviços de Jorge Jesus (e sabe-se lá o quê mais);
3 – Não dá para perceber como é que um Clube que não ganha absolutamente nada há anos despede o Treinador que recentemente “lhe deu” uma Taça de Portugal. Ainda se o Marco Silva tivesse entrado a meio da época (tal como sucedeu com Ricardo Sá Pinto que na altura substituiu Domingos Paciência no comando técnico do Clube de Alvalade) eu ainda era como o outro;
4 – Sou da opinião de que tanto Marco Silva como Jorge Jesus mereciam ter sido tratados com mais respeito pelos seus antigos Clubes. Ambos foram profissionais no desempenho das suas funções de Treinador nos respectivos Clubes. Para mais o SL Benfica tem muito a agradecer a Jorge Jesus dado que foi com ele no comando técnico que ganhou tudo o que havia para ganhar em Portugal, pelo que escusavam de lhe ter feito isto.
Quem me conhece sabe bem que não sou de cismas e também sabe que muito menos opino com base em antipatias/simpatias. Tento ver as coisas como elas são e daí retirar as minhas conclusões que depois partilho neste e noutros espaços.
E vêm esta introdução a propósito de quê? Do facto de Julen Lopetegui estar a melhorar jornada a jornada. Já venho dando conta disto mesmo de há umas crónicas para cá e esta partida ante o Sporting Clube de Portugal foi a confirmação desta minha ideia. O Futebol Clube do Porto banalizou por completo o Sporting de Marco Silva, e com isto Lopetegui calou muitas bocas foleiras que por aí andam.
Num Domingo chuvoso o Dragão mostrou um futebol poderoso onde, finalmente, a posse pela posse foi colocada de lado para dar lugar a uma posse pressionante que não deixa que os adversários consigam respirar e pensar o seu jogo. Se juntarmos a isto um Treinador que percebeu que o futebol Luso não é assim tão fácil como parece, eis que temos um Porto à Porto que luta contra tudo e contra todos como sucedeu ante o Clube de Alvalade.
Grande exibição colectiva da equipa Azul e Branca que assentou de vez num onze base e que jornada a jornada só faz uma ou outra “mexida” no onze do meio campo para a frente por opção do Basco Lopetegui. Foi difícil, mas os Azuis e Brancos começaram a tirar proveito do enorme potencial que o Plantel tem.
Vamos é a ver se ainda se vai a tempo de recuperar o Título. Eu ainda acredito que é possível até porque o SL Benfica não vai ter “sorte” toda a Vida e não terá muitas equipas à moda do Estoril pela frente. Alguma jornada a coisa vai correr mal ao Encarnados e o Dragão vai aproveitar para se aproximar perigosamente. O Clássico SL Benfica x FC Potro irá com toda a certeza decidir quem irá ser o Campeão desta Temporada.
Quanto ao Sporting de Marco Silva, só ficou desiludido quem se iludiu com pouco. Eu sempre disse que este Sporting iria incomodar Porto e Benfica mas que nunca seria capaz de muito mais do que isto. Aos Leões não lhes basta o Nani e mais dez. Precisam de muito mais do que isto. E já agora precisam também de uma Direcção que dê tranquilidade à Equipa Técnica e Plantel, coisa que o actual Presidente do Sporting CP não parece ser adepto. Mas isto é problema dos Viscondes…
Venha o SC Braga! E de preferência com uma arbitragem em condições e não com uma igual a esta do Porto x Sporting. Que a malta de Alvalade não tenha a distinta lata de vir queixar-se de Artur Soares Dias.
Antes de mais parabéns ao Sporting Clube de Portugal. Ganhou porque jogou bem e tem no seu banco um Treinador que sabe o que fazer, e como fazer, com o plantel que tem sem entrar em invenções. Marco Silva sabe como jogar e, mais importante que tudo, deixa que a sua equipa jogue livremente. Apenas se lamenta que o Clube seja presidido por um bueiro, mas isto não interessa absolutamente nada para o caso.
Quanto ao Futebol Clube do Porto, que é a parte que me toca e mais me interessa: Mau. Péssimo. Triste. Ridículo. Caricato. Estúpido. Não existem mais adjectivos para qualificar Julen Lopetegui.
Quantas vezes mais tenho aqui de dizer que o raio do tiki taka é um absurdo completo que não funciona na equipa Azul e Branca? Porquê razão os lances de ataque Azul e Branco tem obrigatoriamente de passar pelos pés de todos os elementos que compõem a defesa Portista? Porquê razão o meio campo está sempre a quilómetros de distância da defesa? Que raio de coisa é esta de em quase todos os jogos ao intervalo se “queimarem” duas substituições? Porquê carga de água Quintero e Oliver tem de jogar na posição de extremos quando ambos “explodem” na posição 10? Porquê razão Jackson e os restantes elementos do ataque Azul e Branco têm, quase que invariavelmente, vir do ataque ao meio campo para buscar a bola? Porquê razão não se pode ir à linha e cruzar uma bola para a área, sabendo, para mais, que Rui Patrício é fraco nos lances de bola pelo ar? Porquê razão nunca mais se resolve a “malapata” das Grandes Penalidades que continuam a ser falhadas?
Não sou treinador. Não o serei nunca porque não é isto que quero para a minha Vida Profissional, mas começo a ficar com a clara ideia de que com a minha experiência de Football Manager consigo fazer melhor que o Espanhol que treina o FC Porto.
Não tenho por hábito perder a paciência com os treinadores e não exijo a sua saída do Clube. Tem sido assim desde os tempos de Jesualdo Ferreira e foi assim com Paulo Fonseca na época anterior. Mas a minha paciência chegou ao fim. Ou isto muda ou então o Espanhol que vá treinar a “canalhada” em Espanha e o Dragão que comece a preparar a próxima temporada.
Finalmente vimos um Futebol Clube do Porto a jogar como deve ser. Mas não obstante a vitória táctica de Paulo Fonseca sobre um dos Treinadores mais talentosos da nossa Liga (Marco Silva) este Porto ainda “tremeu”. E confesso que não me agradou esta “tremideira”.
Isto porque a defesa Azul e Branca continua a ser aquela desgraça em certos momentos do jogo. Não se admite o espaço que Sebá teve para rematar à baliza e o golo do Estoril foi uma asneira fenomenal de Diego Reyes. Não percebo o que se anda a fazer nos treinos porque este problema é recorrente.
Confesso que também não gostei nada de ver Paulo Fonseca a bater palmas na altura em que o FC Porto sofreu o golo… Sofrer um golo daqueles merece um “olhar bem furioso à Mourinho” e não um “vamos lá que ainda está a começar”. Um aspecto que Fonseca tem mesmo de melhorar até porque os Jogadores abusam da boa vontade de quem os comanda.
E já agora, esta “Quaresmadepedência” também não me agrada nada. O “Ciganito” dá tudo por tudo em campo, luta, faz passes geniais, puxa pela equipa mas não pode ser sempre ele a fazer tudo sozinho.
Na segunda parte os Dragões entraram com uma atitude muito diferente.
A defesa deixou finalmente de fazer asneiras que nem os iniciados fazem e o meio campo começou a pressionar. Com a confiança em crescimento Paulo Fonseca “mexeu bem” na equipa tendo lançado Ghilas. Passou do 4x2x3x1 para o 4x1x3x2. Bendita a hora em que o fez dado que os Portistas encostaram o GD Estoril Praia à sua defesa e o golo do Argelino foi uma consequência natural.
Uma palavra de apreço para Hererra que fez um jogo muito bom. Espero que seja para durar esta melhora porque ainda estou muito céptico quanto à qualidade deste Jogador cujo passe foi demasiado caro para um Clube como o FC Porto.
Vamos a ver se contra o Paços de Ferreira o FC Porto joga tão bem como jogou na segunda parte deste jogo com o Estoril. Nada de muitas euforias se bem que hoje o Paulo Fonseca calou muitos egos inchados da sapiência futebolística.
Ah é verdade, Otamendi deixou o Dragão. Já vai tarde e não me deixa saudades nenhumas. Apenas lamento que o Daniilo não tenha ido no mesmo “pacote manhoso” em que meteram o Argentino.