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imagem retrirada de zerozero
Já o disse e não me canso de repetir sempre a mesma coisa. Por muita história, conquistas e troféus internacionais que o Futebol Clube do Porto tenha a verdade é que devido ao seu orçamento e país da qual faz parte é preferível que este defronte equipas do estilo do Manchester City FC da forma como o fez hoje. Prefiro tal e que se vá alcançando objectivos do que estar a jogar de igual para igual, ser derrotado por uma margem bem grande de golos e colocar o objectivo em causa somente por uma questão de orgulho.
Claro que ninguém gosta de ver a sua equipa a jogar “à equipa pequena”. Para mais quem entra em campo a jogar para o ponto, por norma dá-se mal e acaba sem ponto algum. Contudo há que ser sincero. Não me pareceu que Sérgio Conceição tivesse “montado” a equipa para hoje somente “roubar” um ponto à equipa de Pep Guardiola. Não da maneira que esta lutou, trabalhou em campo e tudo deu para evitar que a arrogância inglesa e a parolice bacoca de Bernardo Silva tivessem levado a melhor em pleno Estádio do Dragão.
Os azuis e brancos jogaram com as suas linhas bem recuadas e era clara a ideia de ase apostar nas transições rápidas pelo centro do terreno. Existiu uma organização no sentido de fazer valer as armas que se tinha ao dispor para, sobretudo, apanhar o “gigante” de Manchester em contrapé dado que esse era muitas vezes convidado a subir em bloco e a descurar as suas costas. E a coisa quase que resultou em certos momentos que só não foram bem mais sucedidos porque a trapalhice de Marega e a lentidão de processos de um meio campo que se queria um tudo ou nada mais próximo da linha ofensiva na fase ofensiva impediam (e impediram) que Jesús Corona (Tecatito) conseguisse entrar em tabela na área de Ederson.
Estou em crer que hoje o único pecado capital deste FC Porto residiu no facto de não ter no seu plantel atletas com qualidade superior… Nem todos são como Zaidu que a cada jogo que passa tem vindo a melhorar e depois há a questão física e mental que faz com que nem sempre tudo saia como planeado. Sérgio Conceição fez referência a tal no final do jogo e, ao contrário de quem tem a felicidade de tecer comentário nas rádios e televisões, até que acho que este tem muita razão no que diz. Por exemplo, adoro Marega mas sei perfeitamente reconhecer que bola no pé não é o seu forte e foi muito por isto que num ou noutro lance os Dragões não conseguiram criar mais perigo à baliza deste Manchester, mas as alternativas que hoje entraram em campo (falo de Evanilson) também não fizeram muito melhor.
Para mais, convenhamos que se aceite de uma vez por todas que futebol é trabalho (muito trabalho) de facto, mas tem também a sua boa quantidade de sorte. Sorte e trabalho que determinam – como hoje - que Marchesín defenda um remate perigoso, esse vá à barra/trave da baliza e que depois seja bem anulado pela equipa de arbitragem por fora de jogo de um jogador do Manchester City. Por isto, deixemos de lado a famosa desonestidade intelectual que muitas vezes o raciocínio da muito boa gente que vai andar por aí fora a dizer “que tareia levou esse FC Porto”.
Vá. Adiante. Tácticas à parte, substituições idem e o mau perder de Pep Guardiola (o tal de gentleman… Prefiro mil vezes José Mourinho e o seu mau feitio), a verdade é que os portistas estão (outra vez) nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. E esta época o saldo é bem positivo dado que em 5 jogos o FC Porto tem uma derrota, um empate, 3 vitórias, 8 golos marcados e 3 sofridos (todos diante do City). Fora os milhões que já conseguiu juntar até à data nessa edição da UEFA Champions League. Há quem tenha muito mais “estatuto” e muito melhor plantel e esteja “quase a cair” na Liga Europa.
Melhor em Campo: Marchesín. Confesso que ia colocar aqui o conjunto portista dado que todos se bateram muito bem diante de uma equipa forte e com muita qualidade, mas a verdade seja dita o Guarda-redes internacional argentino fez três ou quatro defesas de um grau de dificuldade tremenda que deram o apuramento do FC Porto para a fase seguinte da Champions.
Pior em Campo: Pep Guardiola. Fica-lhe mal (mesmo muito mal) a forma aziada e depreciativa como saiu do relvado sem ligar a ninguém. Guardiola, é um treinador com estatuto e conhecedor do futebol. O espanhol já anda há muitos anos nisto para saber que deve ter sempre um comportamento à altura do seu estatuto e do clube que treina.
Arbitragem: Na minha opinião Kuipers perdoou e facilitou muita coisa ao conjunto inglês que se fartou de usar e abusar das faltas duras/durinhas. Teve lances de difícil analíse (choque de Ederson com Otávio na grande área do Manchester e golo anulado a Gabriel Jesus), mas no cômputo geral o holandês a sua equipa tiveram aquilo que se pode apelidar de trabalho positivo.
imagem retirada de zerozero
Fraco. Fraquinho. “Mauzinho”. Assim se pode designar a prestação do Futebol Clube do Porto em casa de um Clube Desportivo Santa Clara que até começou a partida praticando um futebol ofensivo, pressionante e bem interessante, mas rapidamente a equipa açoriana se remeteu à habitual “pequenez” muito típica do nosso futebol.
Claro que se pode – e se deve – fazer referência ao temporal que quase que instantaneamente se apossou do encontro mal esse começou para justificar a fraca exibição portista, mas esse não justifica, na minha opinião, o excessivo jogo lateral que o FC Porto utilizou e abusou sempre que pretendia atacar a baliza do Santa Clara. É que tal forma de estar em campo fez com que a linha avançada dos portistas praticamente não existisse tanto Taremi como Marega não conseguiram, em momento algum, explanar a sua qualidade e futebol.
Efectivamente, o ataque da equipa de Sérgio Conceição resumia-se a Luís Diaz que queria sempre fazer tudo sozinho como se o futebol não fosse um desporto colectivo, velocidade de Corona quando este estava para aí virado e cruzamentos para a área de Zaidou e Manafá que subiam em velocidade pelos seus respectivos flancos. Quis o acaso, sorte e técnica do internacional colombiano Diaz que um dos famosos cruzamentos à balda que Manafá produz jogo sim, jogo sim acabasse no fundo da baliza do CD Santa Clara. Manafá cruza e Luís Diaz disfere um pontapé de bicicleta e a isso se resume todo um jogo da parte de CD Santa Clara e FC Porto. Depois há quem fique muito admirado quando dizem que o nosso campeonato é fraco, fraquinho, fracote…
Num estádio pequeno, de relvado de pequena dimensão, com uma segunda parte em que o vento corria bem forte contra a baliza da equipa da casa e necessidade de se gerir esforço para o jogo da próxima terça-feira que pode ditar a passagem do FC Porto à fase a eliminar na Liga dos Campeões, questiono-me sobre a insistência dos Dragões nos cruzamentos pelo ar, a ausência de remates à distância à baliza açoriana e o usar e abusar de jogadores importantes como Otávio (por exemplo) que a certa altura andavam a “arrastar-se” por um relvado que a intempérie se encarregou de - rapidamente - tornar “pesado”.
Contudo, o treinador Sérgio Conceição é que sabe de facto. Ele é que trabalha com o seus jogadores todos os dias e, melhor do que ninguém, sabe qual a melhor forma de gerir esforço e moral dos seus comandados, mas coisas existem que até para o comum dos adeptos (como eu) é complicado de se entender de tão óbvias que (parecem) ser. Para mais, essas vitórias à moda “da estrelinha de campeão” dão 3 pontos, mantem a equipa azul e branca na corrida pela renovação do título mas não podem ser um hábito e muito menos toleradas porque um dia a coisa pode correr e mal e num campeonato equilibrado como o nosso tal pode vir a “morte do artista”.
Vamos a ver o que vai acontecer di9ante do City. Já dizia o falecido Reinado Teles que no futebol não existem impossíveis e um tal de Bernardo Silva e a “cambada de parolos” que o defendeu na altura bem que merecem “levar na cara”. Vamos a ver…
Melhor em Campo: Malang Sarr. Confesso que estou a gostar cada vez mais deste jovem central. Longe de ser agressivo, Sarr sabe como se posicionar no campo e o seu bom jogo de cabeça tornam muito difícil a tarefa de qualquer avançado de criar perigo para a baliza de Marchesín. A ver vamos se o atleta vai continuar a evoluir se bem que me custa saber que nja próxima época esse vai regressar à sua equipa de origem.
Pior em Campo: Marko Grujic. Começo a perguntar-me se o médio internacional sérvio é “peixe fora de água ou se é peixe fora do aquário”. Ainda não percebi muito bem em que posição do meio campo o jogador se sente mais confortável e rende aquilo que fez com que a direcção portista tivesse solicitado o seu empréstimo ao Liverpool, mas já sáo dois ou três jogos em que Grujic não joga absolutamente nada.
Arbitragem: Dúvidas no golo anulado ao Futebol Clube do Porto. De resto, tirando um ou outro lance, exibição discreta e correcta da parte de João Pinheiro e seus assistentes.
imagem retirada de zerozero
Não sou adepto de vitórias morais. Não gosto de olhar para uma partida de futebol e depois vir com o discurso derrotista por muito óbvio que as diferenças de capacidade, talento, organização e outras coisas tais sejam por demais evidentes. E aplico essa minha forma de estar a tudo na Vida.
Contudo depois de ver essa partida do Futebol Clube do Porto em Manchester diante do Manchester City de Pep Guardiola a primeira coisa que se me apetece dizer é que vingou a Lei do mais forte. E não penso tal somente porque a equipa inglesa tem melhor plantel e maior capacidade orçamental. Penso e digo tal porque o que resolveu hoje a partida a favor dos Citizens foi o simples facto de que a qualidade individual deste Manchester abunda e sobrepõe-se, quando é preciso, à falta de preparação de pré temporada provocada pela pandemia da Covid-19.
Creio ser ponto assente. Falta trabalho nesse Futebol Clube do Porto. Não estou com isso a dizer que os atletas dos azuis e brancos e Sérgio Conceição não trabalham. Pelo contrário. Esses trabalham muito. E fazem-no de tal forma que por vezes até “deixam a pele em campo”. Mas falta entrosamento e, mais importante do que tudo, falta um plano a, b e até mesmo c. Para mais, ainda não é visível no actual plantel dos Dragões alguém que tenha capacidade de “resolver” o jogo num lance individual.
Não estou com isso a afirmar que com o tempo não poderão aparecer os tais planos alternativos ao desenho inicial de Sérgio Conceição para os jogos, mas isso leva o seu tempo. O mesmo digo relativamente ao surgimento do tal “mago” que num lance consegue resolver uma partida. Mas até lá sempre que pelo caminho aparecer um Manchester City somente a capacidade de luta e vontade de dar tudo não chegam.
Tudo isso para aqui dizer que em momento algum o Futebol Clube do Porto foi inferior ao milionário e poderoso Manchester City. Pelo contrário! Os azuis e brancos momentos tiveram em que praticamente “empanaram a máquina inglesa” de Guardiola. Os Dragões chegaram, inclusive, a estar em vantagem até um erro grosseiro da equipa de arbitragem ter imposto um injustificado empate a uma bola. O mesmo sucedeu no lance do segundo golo dos britânicos que surge da execução de um livre que não foi falta.
Contudo o problema do FC Porto nesta partida não esteve, somente, na fraquinha prestação da equipa de arbitragem. Esteve no facto, isso sim, de faltar um plano b, c e d ao inicialmente pensado por Sérgio Conceição para esse desafio. A prova de tal é que o terceiro golo inglês é fruto de um desnorte e falta de concentração dos portistas que só se explicam pelo facto de a equipa estar ainda longe de estar pronta para jogar tudo aquilo que sabe.
Agora há que seguir em frente. Não vou aqui apontar o dedo a jogadores e muito menos criticar ou culpabilizar Sérgio Conceição pela derrota. Embora me apeteça perguntar a Conceição o que o levou a tirar de campo Luís Diaz quando esse até que estava jogar bem e a “prender” a defesa do Manchester City com as suas “arrancadas” em posse. E diga-se, desde já, que nem sou grande adepto do 3x4x3 (o esquema táctico da moda), mas a verdade seja dita que a jogar assim esse Futebol Clube do Porto até que esteve muito bem até ter sofrido o segundo golo.
Vá, siga para outra. Sábado há que voltar à luta pela renovação do título de campeão nacional e para isto há que derrotar o Gil Vicente no Dragão. Já a Champions, para a semana há mais.
Melhor em Campo: Luís Diaz. Grande jogo fez hoje o internacional colombiano! Muito veloz e sempre muito bem posicionado no terreno de jogo. Espalhou o pânico na linha defensiva dos ingleses e tivesse num momento ou noutro sido menos egoísta e teria realizado uma exibição perfeita.
Pior em Campo: Jesús Corona. Especialmente na segunda parte depois de o FC Porto estar a perder por 3 a 1. Enquanto esteve na posição de lateral direito, o internacional mexicano até que cumpriu, mas com a saída de Diaz e o adiantamento no terreno de jogo de Corona esse perdeu qualidade e em certos momentos parecia que estava desaparecido do jogo.
Arbitragem: Transcrevo a opinião do site de onde retirei a imagem desta publicação pois parece-me que essa reflecte na perfeição o péssimo trabalho do Sr. Andris Treimanis e Assistentes.
Nota negativa para a equipa de arbitragem, por uma série de razões, a maioria das quais prejudiciais aos portistas. Não nos parece haver razão para penálti tendo em conta o pisão a Marchesín logo antes e o critério disciplinar nem sempre fez sentido, como quando uma falta propositada a travar uma transição portista não deu em cartão.
E já agora, ainda sobre a arbitragem O Vídeo-árbitro (VAR) serve para quê concretamente?