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tanto-se-falou-de-treinadores-e-este-foi-decisivo. 

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Jogos existem que, pela sua natureza e tradição, são complicados. E há jogos que não obstante o que disse anteriormente, são mais complicados por força das decisões técnicas de quem dirige as equipas. Dito de outra forma para que todos percebam onde quero chegar; já todos sabíamos que a partida do Futebol Clube do Porto na Madeira ia ser complicada, pelo que Sérgio Conceição escusava de a ter tornado ainda mais complicada ao ter feito alinhar um onze que foi – “simplesmente” - anulado pelo técnico da equipa do CS Marítimo até à entrada de Otávio em campo.

 

Penso que difícil era não se ter uma ideia, mais ou menos clara, que a equipa madeirense ia entrar em campo para “lutar pelo pontinho”. Especialmente se se tiver em linha de conta dois factores: a posição em que o marítimo se encontra na tabela classificativa da Liga NOS e a forma como o FC Porto de Sérgio Conceição joga no nosso campeonato. Cláudio Braga “montou” a sua equipa num de 3x4x3 defensivo que “engoliu” um meio campo portista onde Danilo Pereira tinha a função de recuperar jogo e Óliver Torres de construir o dito. Ou seja; este CS Marítimo de pendor defensivo e sem extremos que apostava, sempre que possível, nas transições rápidas para o ataque conseguia não só criar lances de perigo na área portista onde Iker (mais uma vez!) brilhou e – pasme-se! – teve ainda a destreza de fazer com que a equipa portista tivesse sido uma perfeita nulidade no que à construção ofensiva diz respeito durante uma parte inteira.

 

A certa altura tornou-se evidente que para este FC Porto vencer hoje e, desta forma, aumentar a vantagem pontual para SC Braga e aproveitar a derrota caseira do SL Benfica com o Moreirense, era preciso algo mais do que um Marega em força, um Tiquinho em velocidade e um Brahimi/Corona a apostar tudo na jogada individual. Ora face a tudo isto a entrada de um médio (no caso Otávio) era algo mais do que natural e exigível. Especialmente tendo em linha de conta que o Marítimo atacava sem extremos e que o meio campo portista era manifestamente inferior em número e capacidade (não em qualidade, sendo que neste aspecto era muito superior) para fazer face ao poderio da equipa insular que tinha como cabal objectivo a conquista do “pontinho” ou, de uma “magra” vitória caso a Deusa da Fortuna lhe sorrisse.

 

Tudo isto para se concluir que era perfeitamente desnecessário os Dragões terem “deitado ao lixo” uma parte inteira de uma partida que poderiam, e deveriam, ter tornado fácil. Pessoalmente prefiro que Sérgio Conceição apostasse na “fórmula” táctica que aplica nos jogos da Champions e depois, caso seja necessário, alterar o sistema táctico para a vertente mais ofensiva de que o Sérgio tanto gosta, mas o técnico portista prefere fazer o oposto e tal forma de estar tem-lhe valido as recentes vitórias e a liderança isolada da Liga NOS. Espero sinceramente que isto cont6inue a ser assim, mas a verdade é que os treinadores das equipas adversárias não estão assim tão a lés como se pode pensar.

 

O primeiro exigente teste de uma semana competitiva e bem complicada para as aspirações azuis e branca está ultrapassado com sucesso. Vamos agora ver como tudo corre na próxima quarta-feira diante dos russos do Lokomotiv.

 

MVP (Most Valuable Player): Iker Casillas. Perante um adversário que tinha em mente o “pontinho” ou o golo fortuito (que até procurou em certos momentos, diga-se desde já) foi de extrema importância os azuis e brancos terem na sua baliza um Casillas inspirado e disposto a dizer “presente” nos momentos mais difíceis. Otávio pode ter dado o tal “impulso” que permitiu ao FC Porto vencer hoje, mas tal não teria sido possível sem um Iker Casillas num grande plano.

 

Chave do Jogo: Já aqui o disse e volto a repetir, a entrada de Otávio para o lugar de Maxi pereira foi o que permitiu ao Futebol Clube do Porto “virar o jogo a seu favor” e alcançar a vitória final.

 

Arbitragem:  Acertou em vário lances de eventual mão na área do Marítimo na primeira parte. Errou num amarelo a Lucas Áfrico, devia ter sido vermelho por uma entrada sem nexo e duríssima sobre Corona. Ficam algumas dúvidas na grande penalidade, mas aceita-se a marcação.

 

Positivo: Sérgio conceição. Apesar de tudo o que dito há que ser justo e reconhecer que foi muito positivo para as aspirações portistas o técnico Sérgio Conceição ter mudado a sua ideia inicial de jogo quando colocou Otávio no lugar de Maxi.

 

Negativo: Insistir no erro. Uma parte inteira e mais alguns minutos da segunda é, a meu ver, tempo a mais para se dar a volta a um jogo cujo adversário “amarrou” tacticamente a equipa do FC Porto.

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publicado às 19:58


Marega o “Tosco” – quase – campeão

por Pedro Silva, em 29.04.18

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imagem retirada de zerozero

 

Efectivamente o futebol é um coisa muito engraçada. Aquando da primeira passagem pelo Futebol Clube do Porto, Moussa Marega foi apelidado de tudo e mais alguma cosia pelos adeptos portistas. O internacional maliano teve, inclusive, de sair do clube no final da temporada. Este saiu pela porta pequena na altura. Hoje Marega é, somente, o atleta que terá hoje dado o título de campeão ao Futebol Clube do Porto.

 

Deixando os pormenores de parte, quanto ao jogo da Madeira sou da opinião de que era desnecessário ter-se sofrido tanto. Especialmente quando o CS Marítimo ficou reduzido a dez unidades por expulsão do seu Guarda-redes Amir. Isto porque para fazer entrar o Guardião Charles Daniel Ramos, treinador da equipa madeirense, retirou do campo Cléber (o melhor em campo do Marítimo na minha opinião) e com isto entregou, por completo, o jogo aos Azuis e Brancos tendo dado um claro sinal à sua equipa de que o empate era o resultado pela qual os seus pupilos deveriam lutar. Caberia a Sérgio Conceição ter arriscado um pouco mais em vez de insistir no jogo afunilado que a dupla Otávio e Brahimi promoviam. Admito que a ideia de Sérgio até que era boa, pois a colocação de Brahimi e de Otávio no meio campo permitia ao FC Porto um maior controlo do meio campo, mas fazer tal diante de uma equipa que só pensou – quase em exclusivo – no empate é um desperdício de tempo. Por aí se explica a razão pela qual a partida chegou ao intervalo empatada a zero.

 

Apesar de tudo Conceição soube ir “mexendo” na equipa por forma a melhorar um futebol que mais parecia o de um miúdo (entenda-se FC Porto) a chutar a bola contra uma parede (falo, obviamente, do CS Marítimo). O problema é que estas “mexidas” pecavam por tardias… Jesús Corona pode não ter entrado bem no jogo, mas a verdade é que este colocou um ponto final no afunilamento ofensivo que aumentava (cada vez mais) a moral do “muro” defensivo do Marítimo. A entrada (muito tardia na minha opinião) de Óliver para o lugar de um “estourado” Sérgio Oliveira ajudou a colocar um ponto final numa partida que eu já acreditava que ia terminar empatada a zero. O que também me pareceu ter sido uma perda de tempo foi a aposta na frente de ataque Soares/Marega. Ambos são muito esforçados. Tiquinho e Moussa deixam tudo em campo, mas penso que o futebol de Marega se dá muito melhor com alguém cujo estilo de jogo se parece muito com o de Aboubakar que joga de muitas vezes de costas para a baliza em tabelas com os colegas de equipa. Falo, obviamente, de Gonçalo Paciência e acredito que a aposta no internacional português ao lado de Marega poderia ter evitado tanto sofrimento portista no Estádio dos Barreiros.

 

Contudo, opiniões à parte, a verdade é que o Futebol clube do porto venceu hoje num campo tradicionalmente complicado e está um pequeno passo de se sagrar campeão. E tudo isto graças a um “tosco” chamado Moussa Marega.

 

Um aparte. Espero que após a vitória portista na Madeira a palhaçada das denúncias anónimas (cujo autor é bem conhecido de todos nós) tenha um fim. Já chega de ridicularizar a Justiça e os seus Agentes. Quem de direito que assuma de uma vez por todas os seus erros. Erros que estão prestes a ditar o fim de um determinado “Penta” (e vamos a ver se não ditam a perda de mais alguma coisa).

 

MVP (Most Valuable Player): Óliver Torres. O internacional espanhol não entrou de início (só jogou na segunda parte), mas foi - de longe - o melhor em campo dado que foi ele o único capaz de “destruir” o muro defensivo do CS Marítimo com a sua visão e capacidade de passe.

  

Chave do Jogo: Surgiu com a entrada de Óliver Torres em campo para resolver a contenda a favor da equipa portista. A entrada de Óliver fez com que a resistência maritimista começasse a ter um fim, tal a dinâmica ofensiva que o internacional espanhol trouxe ao meio campo e ataque do FC Porto.

 

Arbitragem:  Carlos Xistra acertou no lance mais complicado do jogo. Expulsão de Amir Abedzadeh correta. Decisão também certa ao anular um golo ao FC Porto no início da segunda parte por falta de Marcano.

 

Positivo: Yacine Brahimi. Autor de uns quantos lances de génio, Brahimi foi quem mais tentou “desatar um nó” que a equipa da casa insistia em tornar cada vez mais forte e apertado.

 

Negativo: A jogar contra dez diante de uma equipa que só pensava no empate, exigia-se mais rapidez na tomada de decisões por parte de Sérgio Conceição.

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publicado às 23:25


Ponto ganho ou ponto perdido, eis a questão

por Pedro Silva, em 06.05.17

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imagem de zerozero

 

Começo esta minha análise ao empate do Futebol Clube do Porto no terreno do CS Marítimo pela ausência de Layún. Com Maxi suspenso muitos foram os que acreditaram em Miguel Layún como dono e senhor da posição de defesa lateral direito para esta partida da Madeira. Nuno Espírito Santo (NES) contrariou tudo e todos ao abdicar do mexicano em detrimento de um miúdo de apenas 20 anos de idade da equipa B. A aposta à partida parecia arriscada, mas depois do que se viu no jogo de hoje penso que se pode dizer que NES encontrou uma alternativa interessante a Maxi Pereira. Isto porque Fernando esteve muito bem tando no plano defensivo como ofensivo, não tendo acusado - em momento algum - a pressão de ter disputado pela primeira vez um jogo deste calibre. Uma lição (mais uma) para os tais “portistas” que andaram a apregoar desgraças antes do moço ter entrado em campo.

 

Contudo ainda sobre a ausência de Layún gostaria de dizer que sou da opinião de que NES poderia ter aproveitado o jogador de uma outra forma. Uma vez que Jesús Corona parece estar – novamente – em baixo de forma, Miguel Layún poderia ter sido uma excelente alternativa dado que a posição de extremo direito não lhe é nada estranha dado que já a desempenhou, por mais do que uma vez, na selecção do México. Mas, ressalvo aqui um importante pormenor; somente NES sabe como e quando pode contar com os seus jogadores e em que posição estes podem e devem actuar, pelo que esta minha opinião pode não corresponder, na prática, à realidade. Mas é muito por aí que passa a razão do empate de hoje.

 

Era ponto assente que a partida de hoje seria tido menos fácil para o FC Porto. E a equipa portista sabia bem disto e até que o demonstrou em campo durante a primeira parte. Não foi de estranhar que os azuis e brancos estivessem a vencer na primeira parte do jogo. O CS Marítimo reagiu ao golo sofrido e nunca “deitou a toalha ao chão”. E faço aqui um pequeno desvio para dizer que este jogo foi muito interessante dado que a equipa da casa nunca deixou de lutar pelo seu objectivo que passava por pontuar diante dos Dragões. Os portistas foram respondendo à audácia maritimista até uma certa altura do jogo. Até uma certa altura em que – mais uma vez – a sua linha defensiva “adormece” num cruzamento para a área de Casillas e o Marítimo não desperdiça a oferta. Estava feito o empate e a partir daí foi frustrante ver o FC Porto a tentar dar a volta a um empate que até que lhe assentou bem tendo em consideração aquilo que fez em campo.

 

Ora é no lance do empate da equipa madeirense e na incapacidade demonstrada hoje por este FC Porto em dar a volta ao rumo dos acontecimentos que está o cerne da questão.

 

Já não é a primeira vez que a defesa portista sofre um golo destes. E se tal sucede é porque, ou NES não tem capacidade para preparar a sua equipa para que esta não cometa este mesmo erro, ou então os jogadores que tem à sua disposição não tem qualidade suficiente para estar ao serviço do Futebol Clube do Porto.

 

Relativamente à questão da incapacidade portista demonstrada hoje em ter dado a volta ao empate esta prende-se, a meu ver, com um enorme abaixamento de forma das “pedras chaves” deste Futebol Clube do Porto. Yacine Brahimi está muito em baixo de forma, Jesús Corona idem e Oliver já nem sequer consegue ser titular nesta equipa. Eu sei que Francisco J. Marques não gosta que se diga tal, mas o actual plantel do FC Porto é desequilibrado se bem que NES poderia, e deveria, ter lidado com estas situações de outra forma (já aqui falei numa delas uns parágrafos mais acima).

 

Como não sou derrotista nem gosto de discursos de treta, digo-vos que enquanto for matematicamente possível o título ainda é possível, mas só depois do resultado de Vila do Conde é que vamos todos poder dizer que este empate na Madeira foi um ponto ganho ou perdido na luta pelo dito cujo. E convêm não descurar a mais do que provável aproximação do Sporting CP de Jorge Jesus.

 

MVP (Most Valuable Player): Héctor Herrera. O “patinho feio” do actual Futebol Clube do Porto foi hoje o melhor em campo da parte dos azuis e brancos. Longe de ter estado perfeito na construção de jogo ofensivo, Herrera foi apesar de tudo o principal responsável pela boa primeira parte do FC Porto ao ter praticamente “secado” todo o meio campo do CS Marítimo. Faltou-lhe um pouco de mais capacidade no passe (um problema crónico neste atleta).

 

Chave do Jogo: Surgiu no minuto 69´ desta partida para resolver a contenda a favor da equipa da casa. Foi nesta altura que a equipa maritimista chegou ao tento da igualdade, resultado que esta depois se limitou a gerir com maior ou menor dificuldade.

 

Arbitragem: Não creio que a equipa de arbitragem tenha estado mal neste jogo. È verdade que aqui e acolá terá pactuado com o anti jogo do CS Marítimo (especialmente após o golo do empate), mas não me pareceu que tivesse surgido algum lance polémico que ditasse um qualquer outro resultado final. Arbitragem razoável esta que Jorge Sousa e seus pares levaram a cabo no Estádio dos Barreiros.

 

Positivo: A primeira parte do Futebol Clube do Porto. Equipa concentrada e a dar tudo em campo. È este o Futebol Clube do Porto que quer ser campeão e lutar até ao fim pela título.

 

Negativo: A segunda parte do Futebol Clube do Porto. Na segunda parte desta partida a equipa azul e branca esqueceu-se de tudo o que tinha feito tão bem na primeira parte.

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publicado às 23:30


Claro que correu mal!

por Pedro Silva, em 28.03.17

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Não há que esconder. O teste diante da Suécia correu mal. Não adianta nada estar a retocar o que não deve ser retocado. É que os próximos jogos da nossa selecção são oficiais, e uma derrota pode muito bem colocar um ponto final no apuramento directo para o Mundial da Rússia.

 

E o que falhou? Simples. O meio campo. Uma coisa é jogar com um meio campo com Renato Sanches, Moutinho e Danilo Pereira. Isto porque Renato Sanches, não obstante a sua qualidade futebolística, parece ainda não ter aprendido que no futebol não é tudo para a frente (surpresa?)… Há que vir atrás buscar a bola Renato! Quem fazia este papel na perfeição era Danilo Pereira e - por vezes – João Moutinho. Na segunda parte este papel de complemento ao Renato coube ao “pastel de nata” William Carvalho e ao vulgaríssimo Pizzi (este último só é bom no Benfica… Porquê será?). Jogar sem um “fui condutor” no meio campo, Portugal passou a optar pela bola para a frente e Éder e/ou Gélson Martins/Ricardo Quaresma que resolvam. Os suecos - nada habituados a estas coisas do futebol directo – agradeceram. A completar o “ramalhete” eis que a equipa de Todos Nós apresentou na baliza um tal de Marafona que sempre que uma bola vinha cruzada pelo ar (outra característica de jogo que os suecos não gostam mesmo nada) era o “ai Jesus, nosso Senhor!”

 

Apesar de tudo o jogo até que teve factos positivos. Para além do ambiente que foi fantástico, há que dizer que uma frente de ataque composta por Cristiano Ronaldo, Gélson Martins e Berardo Silva é “dinamite pura”! A utilizar em jogos futuros mas, repito, há que fazer tal com um meio campo que saiba transportar a bola. Especialmente quando do outro lado do campo estiver uma equipa como esta Suécia.

 

MVP (Most Valuable Player): Danilo Pereira. Danilo Pereira em forma é uma peça fundamental para qualquer equipa. Fernando Santos que o diga e anote a negrito no seu bloco de notas para que no futuro coloque no banco o William “pastel de nata” Carvalho e aposte num atleta que é actualmente dos melhores do mundo na recuperação de bolas.

 

Chave do Jogo: Não é preciso ser-se um génio do futebol para se perceber que Portugal perdeu este jogo ao intervalo. Fernando Santos “mexeu mal” no onze ao intervalo e o resultado foi o que se viu. O próprio seleccionador nacional reconheceu este seu erro na conferência de imprensa.

 

Arbitragem: Não há nada a apontar ao trabalho da equipa de arbitragem. A partida foi tranquila e ambas as equipas procuraram levar a cabo um jogo limpo.

 

Positivo: Gélson Martins. Enquanto teve a boa companhia de Ronaldo, Bernardo, Danilo e Moutinho, Gélson “partiu a louça toda” tendo mostrado qualidades fantásticas para um jogador tão jovem.

 

Negativo: William “pastel de nata” Carvalho. As razões já foram aqui mencionadas, pelo que não me parece que deva repetir tufo novamente. Acrescento somente que é muito por causa destas coisas que o Sporting CP está como está.

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publicado às 23:01


Dragão “meteu a quarta”

por Pedro Silva, em 15.12.16

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imagem retirada de zerozero

 

Futebol Clube do Porto 2 x Clube Sport Marítimo 1. E com esta os Dragões “meteram a quarta”. O FC Porto vai na quarta vitória seguida e muito por culpa da recuperação de uma confiança que parecia perdida. Efectivamente – repito – a vitória caseira diante do SC Braga fez mesmo milagres… Quem diria que esta equipa ia voltar a jogar bem e a impor o seu futebol tendo, inclusive, aquela sorte de que qualquer equipa profissional necessita em certos momentos de uma partida de futebol?

 

Esta partida diante do Marítimo foi mesmo isto. Uma clara e inequívoca demonstração de força por parte de um grupo de atletas que parecia condenado ao fracasso. E começa a ser notório que de nada vale às equipas jogarem o seu “futebolzinho” de “autocarros” diante da sua baliza porque desta vez as bolas entram mesmo. Os jogadores do FC Porto lutam para as meter dentro da baliza adversária. Veja-se, a título de exemplo, o golo inaugural desta partida que foi marcado por Yacine Brahimi. O moço não desistiu em momento algum de lutar até ao fim, e viu este seu esforço ser devidamente recompensado.

 

Parece-me que agora no Dragão voltou a existir um grupo e não uma “manta de retalhos” onde se esperava que o génio deste ou daquele atleta resolvesse a partida. A filosofia “Lopeteguiana” do devagar, devagarinho e bola para os aldos e para trás está, aos poucos, a desvanecer-se mas foi preciso um tratamento de choque… E que tratamento! Vamos é a ver se a coisa melhora e se esta “boa onda” se mantêm pois a sorte não vai proteger para todo o sempre o conjunto de Rui Vitória.

 

Apesar das vitórias e de haver melhoras aqui e acolá ainda existe muito por fazer neste FC Porto de Nuno Espírito Santo (NES). Especialmente nos processos de ataque dado que diante dos insultares foi notória alguma trapalhada e muita hesitação na altura de rematar à baliza de Gottardi. O Marítimo facilitou um pouco quando os Azuis e Brancos estavam na posse da bola na zona central da área, mas muitas destas facilidades foram aproveitadas de uma forma deficiente pelos Portistas porque ora se atrapalhavam com a bola. Ora atiravam com a “redondinha” para as pernas de um seu colega de equipa. Acredito que tal se deva a alguma falta de maturidade da linha ofensiva da equipa Azul e Branca, mas com trabalho e com a confiança em alta acredito que tal aspecto vá melhorar.

 

E já agora, o que deve melhorar (já em Janeiro se faz o favor!) é a qualidade de opções dum plantel para que NES possa gerir o esforço dos seus pupilos com eficácia e alguma tranquilidade (algo que não aconteceu hoje e que esteve na origem do golo dos madeirenses).

 

Uma nota final para dar aqui conta de que terminou – finalmente – o recorde de imbatibilidade da baliza de Iker. É sempre muito mais importante ter a defesa preocupada em trabalhar para conquistar pontos que permitam ao FC Porto amealhar títulos do que em trabalhar para recordes que só servem para aumentar o ego. Mas atenção! Há que dizer que o golo dos Maritimistas foi precedido de uma péssima abordagem de Rúben Neves à bola e de uma falta provocada pelo jogador da equipa insultar…

 

MVP (Most Valuable Player): Yacine Brahimi. Um golo e uma assistência para golo. Em suma; Brahimi foi o mentor da vitória Portista de hoje. Excelente na forma como marcou o primeiro golo e fantástico na assistência para o segundo golo do FC Porto. Yacine mostrou que está aí para trabalhar e dar o seu melhor pelo clube. Efectivamente ter estado uns quantos meses no banco de suplentes e na bancada foi “remédio santo” para o argelino que até já colabora nos momentos defensivos da equipa!

 

Chave do Jogo: Inexistente. Tudo parecia resolvido a favor do Futebol Clube do Porto após André Silva ter marcado o seu golo, mas no minuto 85' Donald Djoussé aproveitou uma aselhice de Rúben e a “vista grossa” de Bruno Esteves para marcar um “golão” e colocar, desta forma, a incerteza no marcador até ao fim da partida.

 

Arbitragem: Bruno Esteves e a sua equipa de arbitragem levaram a cabo aquilo que se apelida de “arbitragem habilidosa”. Sempre que possível decidiu a desfavor do FC Porto (muita pancada o André Silva levou sem a devida punição dos infractores) e ainda está por explicar os descontos de tempo nos descontos de tempo pois não houve lance algum que obrigasse a que o jogo se tivesse prolongado para lá dos 3 minutos extra dados pelo árbitro.

 

Positivo: Jesús Corona. O mexicano esteve simplesmente genial na partida de hoje e só ficou “atrás” de Brahimi porque o argelino foi quem “construiu” – quase em exclusivo - a vitória Azul e Branca.

 

Negativo: Horário do jogo. Que os clubes queiram antecipar os seus jogos até que se entende, mas ao menos tenham a decência de os agendar para horas decentes. Jogo do campeonato numa Quinta-feira às 20h30 é fazer pouco de quem tem de trabalhar todos os dias.

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publicado às 23:30


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