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Falar sobre este jogo que o Futebol Clube do Porto realizou em Kiev é o mesmo que falar em dois tipos distintos de Futebol Clube do Porto. Isto porque os Dragões apresentaram um pobre e muito confuso futebol na primeira parte e na segunda emendaram a mão e dominaram um jogo que empataram por mera aselhice.
Para ser sincero não entendo a ideia que Julen Lopetegui tem de apostar em sistemas de jogo para os quais não tem a sua equipa preparada. O FC Porto entrou em campo numa espécie de 4x5x1/4x2x3x1 onde Danilo Pereira e Rúben Neves eram os pivots defensivos, Herrera e André André faziam a ligação entre os sectores e Brahimi vagueava de uma faixa para a outra do ataque no apoio a Aboubakar. Pelo menos na teoria terá sido assim que Julen terá pensado mas o que veio a suceder não foi isto dado que a equipa Portista andou completamente perdida em campo e o golo do Dynamo Kyiv foi um bom exemplo disto mesmo. Felizmente Aboubakar empatou quase de imediato a partida e salvou o FC Porto de males maiores.
Já na segunda parte os Azuis e Brancos entraram em campo mais arrumados e com uma clara ideia daquilo que tinham de fazer em campo. Como tal foi com a maior das naturalidades que o FC Porto chegou à vantagem. Os Dragões empurraram a equipa da capital Ucraniana para a sua metade do campo e obrigaram-na a ter de recorrer aos lançamentos logos na vã tentativa de explorar o adiantamento da defesa Portista. Tudo parecia estar a correr bem até a defesa Portista se ter esquecido de que só há fora de jogo quando a equipa de arbitragem o assinala. “Dormiu na forma” e sofreu o golo do empate (golo este que, salvo melhor opinião, foi marcado através de uma posição legal).
Julen Lopetegui estava na bancada do Estádio Olímpico de Kiev (o Basco estava suspenso para este jogo) e nem assim conseguiu fazer uma leitura do jogo como deve ser pois em vez de ter mandado Rui Barros apostar num Tello fora de forma, deveria antes ter apostado no reforço do meio campo defensivo do FC Porto que estava a perder “muito gás”. Não foi por aí que surgiu o golo Ucraniano, mas se os Dragões tivessem retirado de campo Rúben Neves (que nunca foi “talhado” para a posição de médio defensivo) e feito entrar Imbula para dar uma preciosa ajuda a Danilo Pereira talvez a coisa tivesse corrido melhor.
O FC Porto entrou na Liga dos Campeões a empatar. Se foi um bom ou mau resultado só o tempo o dirá se bem que nesta prova não perder fora de portas é meio caminho andado para o apuramento, mas é preciso ter-se em linha de conta que o cavalheiro que se segue dá pelo nome de Chelsea e não estou a ver o Maccabi Tel Aviv a derrotar/empatar na sua recepção ao Dynamo.
Chave do Jogo: Penso que ficou claro para todos os que assistiram ao jogo que o Futebol Clube do Porto entrou definitivamente em campo após a palestra ao intervalo. Até esta altura a equipa Azul e Branca parecia perdida em campo e sem saber bem o que fazer e como fazer. O intervalo serviu para assentar ideias e melhorar posições. Foi a partir deste momento que os Dragões tomaram conta da partida.
Positivo: Mais uma vez sou "obrigado" a destacar a exibição de André André. O Jogador Português mostrou serviço e uma enorme disponibilidade para jogar em qualquer posição do meio campo. Coube-lhe, muitas vezes, a dura tarefa de “carregar o piano” e este correspondeu da melhor maneira. Na segunda parte “apagou-se” um bocado mas tal deveu-se ao enorme esforço que o Atleta teve de fazer numa partida muito física.
Negativo: A defesa Portista (muito em especial Martins Indi). Martins Indi parece ter ficado muito em baixo após a sua última fraca prestação ao serviço da Holanda e hoje ao serviço do Futebol Clube do Porto não esteve nada bem. Foi ele o principal responsável pelo golo inaugural dos Ucranianos. Outro aspecto negativo prende-se com o facto de se colocar o destro Layún na posição de defesa esquerdo. Por vezes a ideia até que funciona mas na hora de defender/atacar os “calafrios” aparecem e foi muito por aí que o Dynamo atacou com bastante perigo.
Já há muito que não se fala da Ucrânia. Durante largos meses foram imensos os tendenciosos directos televisivos que relatavam o que sucedia naquele País do Leste Europeu. Os debates sobre qual seria melhor para a Ucrânia eram o pão nosso de cada dia e muitos foram os que apoiaram a propaganda do Regime que se encontra agora no Poder em Kiev.
Multiplicaram-se as sanções, na sua grande maioria com o carimbo da União Europeia, à Rússia porque supostamente esta leva a cabo um não provado apoio aos Rebeldes separatistas pró-russos que combatem os neo nazis que se encontram na outra metade do País. A União Europeia resolveu colocar de lado um importddante parceiro económico que poderia ajudar os Países do Sul a sair da crise em que se encontram para defender e apoiar gente que tem tiques ditatoriais como este que foi noticiado muito timidamente num site internacional.
Continue a ler o resto deste meu artigo no Repórter Sombra.
É aqui que entram alguns dos mais ferozes batalhões de voluntários ucranianos, que lutam ao lado do Exército oficial de Kiev – batalhões como o de Azov, que tem na sua bandeira um símbolo usado por divisões das SS nazis e que se prepara para liderar a defesa da importante cidade portuária de Mariupol na ofensiva que os separatistas deverão lançar nos próximos dias.
Tal como dezenas de outros destes grupos de voluntários, o Batalhão de Azov serve para colmatar as lacunas do Exército da Ucrânia – muitos deles estiveram na Praça da Independência em Kiev, durante os protestos contra o antigo Presidente ucraniano Viktor Ianukovich e foram depois lutar contra os separatistas pró-russos para manterem a unidade do território da Ucrânia.
O Batalhão de Azov é conhecido por ser um dos mais ferozes. O seu fundador e comandante é Andri Biletski, também líder da formação ultranacionalista Assembleia Nacional Social. A sua ideologia ficou patente num comentário citado pelo jornal britânico: "A missão histórica da nossa nação neste momento crucial é liderar as raças brancas do mundo numa cruzada final pela sua sobrevivência. Uma cruzada contra os sub-humanos liderados por semitas."
Num texto publicado no site da Assembleia Nacional Social (liderada pelo comandante do Batalhão de Azov), e citado pela AFP, fala-se em "erradicar perigosos vírus", numa referência que se pode ajustar a muitos dos líderes ocidentais que apoiam actualmente o Governo de Kiev: "Infelizmente, entre o povo ucraniano de hoje há muitos 'russos' (pela sua mentalidade, não pelo seu sangue), 'judeus', 'americanos', 'europeus' (da União Europeia liberal-democrata), 'árabes', 'chineses' e por aí em diante, mas não há muitos especificamente ucranianos."
A foto que vemos em cima, assim como os excertos, podem ser consultados aqui.
E não, não estão descontextualizados até porque eu não gosto de utilizar esta fraca artimanha (própria de políticos à moda de Durão Brosso e seus acólitos). Estão é quando muito selecionados porque é certo e sabido que a Imprensa alinha pelo Poder, e o Poder na União Europeia (Alemanha & friends) quer à força alargar a sua influência a Leste ou não estivesse o Mar Negro ali tão perto juntamente com a “autoestrada” para o petróleo e gás.
Reparemos bem no tipo de gente que o Ocidente pretende defender a todo o custo. Para esta malta, nós Europeus somos “perigosos vírus".
E ao contrário daquilo que é escrito pelo Jornalista da peça em questão, os elementos do tal de “Azov” fazem parte do círculo do Poder em Kiev ou não tivesse o Svoboda Ministros no actual elenco governativo Ucraniano. E vamos a ver se por lá não continuam à força depois das eleições.
Para mais se tanto o Presidente da Ucrânia como o Primeiro-ministro aceitam com naturalidade que entre as suas tropas combatam bestas (não merecem outra designação) que tem por missão histórica liderar as raças brancas do Mundo numa cruzada final pela sua sobrevivência, é porque são farinha do mesmo saco podre.
Descobriram a pólvora. Desde que o assalto neo nazi ocorreu em Kiev que eu vinha alertando para que era sempre melhor ter a Rússia como aliada do que como inimiga.
Os Políticos Europeus resolveram seguir o caminho da ganância em vez da razão. Inclusive entraram no “joguinho” dos Estados Unidos que não perdem uma oportunidade de chatear a sua velha inimiga Rússia, e agora estão literalmente “com as calças na mão” com tendência a piorar.
Tudo isto é uma bofetada enorme de realidade em todos aqueles que se deixaram levar pelas meninas Ucranianas de olhos azuis, cabelo loiro e face angelical que proclamavam por Paz e pela União Europeia no youtube e outros canais.
O que aconteceu em Maidan foi uma farsa. Um acontecimento anti democrático levado a cabo por forças extremistas que tem no racismo e ódio ao vizinho do Leste a base de toda a sua política. Política esta que foi apoiada e mantida em funções pelo actual Presidente da Ucrânia.
A União Europeia deu uma de “chico esperto” pois pensava que conseguiria finalmente controlar o Mar Negro e desta forma acabar de vez com o monopólio Russo/Iraniano do Gás e Petróleo, mas o tiro saiu-lhe pela culatra e agora quem vai sofrer na pele são os Cidadãos Europeus. E muitos destes Cidadãos já foram fortemente fustigados pelas Troikas, uma invenção do actual elenco político da União Europeia.
Tanto no panorama Internacional como a nível Interno a Europa mostra que não poderá nunca ser o tal Estado Federado que muitos alucinados desejam.
Para mais o actual estado das coisas terá tendência a agravar pois quando os Russos se lembrarem de fechar a torneira do gás e do petróleo, fazendo desta forma aumentar o preço dos mesmos, o processo de construção Europeu irá sofrer mais um duro revés fruto da contestação popular que terá muita razão para apontar o dedo a uma Europa cada vez mais perdida e arruinada por culpa própria.
Pouco mais se tem falado da Ucrânia senão que nos últimos dias tem existido manifestações violentas um pouco por todo o País com especial foco na capital Kiev. O motivo é simples: os Ucranianos querem uma maior aproximação ao espaço Europeu em detrimento das boas relações com Moscovo.
Os mais desatentos dirão que a este Povo do Leste apenas lhe interessa os fundos comunitários que darão o empurrão final para que a Ucrânia saia do marasmo em que está “atolada” há muitos anos, mas a coisa não é bem assim. Assim como não é estranho o silêncio das Instituições Europeias sobre os mais recentes acontecimentos nas terras de Chernobyl. Vamos por partes.
A Ucrânia foi sempre vista pelos Russos como uma colónia onde habita a mão-de-obra que faz os trabalhos que mais ninguém quer fazer. Os Russos sempre acharam que os Ucranianos são um Povo de preguiçosos. Estas teses foram um dos Mandamentos da antiga União Soviética que recorria aos Ucranianos para todo o tipo de trabalho sujo. Por exemplo; quando Estaline teve a brilhante ideia de invadir a Finlândia por uma questão de defesa (?), o contingente de soldados Soviéticos era composto quase na totalidade por Ucranianos, soldados estes que foram massacrados na gélida Finlândia. Escusado será dizer o que Estaline fez na Ucrânia durante a 2.º Guerra Mundial… E depois ainda tivemos Chernobyl.
Em resumo, a Ucrânia tem razões históricas mais que suficientes para voltar costas a Moscovo e afrontar a Rússia com uma aproximação ao Ocidente.
Contudo o Ocidente aqui representado pela União Europeia também não parece muito interessado em anexar mais um membro ao seu Clube. Isto porque a Ucrânia não é a Croácia, Bulgária, Roménia, Eslovénia, Eslováquia e Republica Checa. A Ucrânia tem tudo para poder ser uma das maiores potências Europeias e Mundiais sem ter de pedir licença a ninguém dado que recursos naturais não lhe faltam e extensão territorial também não.
A Sra. D. Europa (entenda-se Alemanha) não tem nenhum interesse em que venha agora a Ucrânia fazer-lhe sombra. Para mais com toda a certeza que a Alemanha não vai montar as suas fábricas de automóveis e de medicamentos a baixo custo em solo Ucraniano porque por lá a mão-de-obra é altamente qualificada. Convêm recordar que uma das melhores Universidades de Física Nuclear está sediada na Ucrânia.
Naturalmente que eu sou a favor de que a vontade do Povo se sobreponha à vontade dos Governantes. Se os Ucranianos querem que o seu País celebre um acordo comercial com Bruxelas e não com Moscovo, então que se celebre o dito acordo mas convêm não esquecer que cá pela Europa a “patroa” não está muito interessada no assunto. Resta-lhes Moscovo, mas depois é o que se vê…