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imagem retirada de zerozero
Estive hoje no Estádio do Dragão para ver, in loco, a apresentação do Futebol Clube do Porto aos sues associados e adeptos. Se estava à espera de ver uma boa partida de futebol? Não. Claro que não. Estamos na pré-época. O que eu não esperava era por esta altura ver uma equipa azul e branca com boas ideias de jogo. O problema da partida de hoje esteve, tão simplesmente, na forma - ainda - algo atabalhoada como se processa o futebol portista ao longo dos 90 e poucos minutos. Ainda há muito “repelão”, alguma bola infantilmente perdida e uma lentíssima movimentação entre linhas. A juntar a tudo tivemos aquele azar “NESiano” na hora de se rematar à baliza adversária, pois se não era o guarda-redes a fazer o impossível, eis que surgia o poste ou a aselhice dos atletas de azul e branco vestido impediram que hoje os Dragões tivessem alcançado uma justa vitória.
Não quero ser optimista (e muito menos pessimista). Estes jogos de preparação valem o que valem é verdade, mas tenho de ser honesto e confessar que gostei de algumas coisas que vi. Repito o que já aqui disse, as ideias desta época de Sérgio Conceição parecem estar lá e tudo indicia que vamos ter um Dragão bem mais racional na hora de “atacar” a baliza da equipa adversária. Resta é saber se esta forma de estar em campo será suficiente para se vencer novamente o nosso campeonato e, ao mesmo tempo, fazer melhor figura na Europa do futebol do que na época transacta.
De resto creio que é uma boa ideia a aposta num onze com um lateral mais ofensivo (Alex Telles) e um lateral menos ofensivo (Maxi Pereira). Tal permite á equipa posicionar-se com outra segurança em campo, fazendo da circulação da bola a sua maior arma. O problema está naquilo que já aqui falei: maior velocidade nas transposições entre linhas. Tal pode muito bem ser apenas um mal próprio da altura da época em que nos encontramos, mas se o Sérgio conseguir melhorar este aspecto, então penso que iremos ter um Dragão bem mais forte esta temporada. Pelo menos mais racional e equilibrado entre sectores.
Vamos a ver como isto irá correr no próximo jogo (já a “doer”!) diante do CD Aves. Estas primeiras partidas “a sério” Vão ser determinantes para toda a nova época. O que não invalida que não tenha gostado do que vi hoje.
E já agora, se este mesmo Newcastle United FC jogar desta forma na “sua” Premier League, o mais normal é este “levar” (e de que maneira!) dos seus adversários. Ou isto muda ou então não me acredito que consigam a tão desejada manutenção.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Alvo de uma marcação homem a homem implacável, o internacional maliano destacou-se, essencialmente, pela sua enorme capacidade de trabalho. Capacidade que serviu para “fazer a cabeça em água” aos defensores da equipa inglesa que viram em Marega um perigo constante para a sua baliza enquanto este esteve em campo. Faltou-lhe o golo, mas hoje estava escrito que ninguém marcaria.
Chave do Jogo: Inexistente. O Newcastle United nunca mostrou ter capacidade para dominar o jogo e o FC Porto, por muito que tenha trabalhado para isto, não conseguiu verdadeiramente criar um lance que fizesse com que o desfecho final lhe fosse favorável.
Arbitragem: Arbitragem típica de jogo de pré temporada.
Positivo: Felipe/Diogo Leite (mais uma vez!). Mais uma excelente prestação da dupla Felipe/Leite. Se a equipa britânica foi muitas vezes obrigada a lateralizar o seu futebol de ataque foi muito porque esta dupla lhe barrou sempre o caminho na zona central.
Negativo: Ausência de Oliver. O pequeno internacional espanhol não é um portento em termos fiscos, mas tem uma qualidade de passe e leitura de jogo acima da média. Merecia bem mais oportunidades de comandar o meio campo portista do que o Otávio e o Herrera.
imagem de zerozero
Embora distante do Estádio do Dragão segui em directo o jogo de apresentação do Futebol Clube do Porto aos associados e confesso que fiquei – mais uma vez – muito satisfeito com esta nova versão do Dragão. A evolução parece ser mais do que óbvia, contudo falta ainda a confirmação que será feita na próxima Sexta-feira em Vila do Conde, altura em que os Portistas iniciam a época dando o pontapé de saída de uma Liga NOS que tem de ser conquistada pelos Portistas.
Do que gostei mais desta partida? Simples. Pressão e organização. Ao Futebol Clube do Porto de Julen Lopetegui faltou a pressão e ao de José Peseiro a organização. Ingredientes que nuno Espírito santo parece estar a implementar com sucesso. Digo “parece”, porque uma coisa são jogos de preparação, outra bem diferente são os jogos a sério. Para mais o mês de Agosto será um mês terrível para os Dragões, o que exige á equipa de Nuno uma melhor preparação e demonstração cabal de que as coisas estão a regressar aquilo que era normal no Reino do Dragão.
Outro aspecto que me agradou muito é o regresso das transições rápidas e contra ataques. Já há mais de três temporadas que não via o FC Porto realizar um contra ataque com cabeça, tronco e membros. Dito de outra forma; nos tempos de Julen os contra ataques eram invariavelmente realizados com um jogador isolado que tinha de “aguentar” a defesa adversária até que os seus colegas (que vinham a passo) o apoiassem. Coisa que com este FC Porto de Nuno não acontece (finalmente). De ressalvar que para tal funcionar é porque a defesa começa a ficar cada vez mais sólida e bem subida no campo… Ainda há muito a melhorar neste aspecto, mas as indicações que vão sendo dadas são manifestamente positivas.
Quanto aos jogadores, Otávio e André Silva voltaram a dar cartas. Começa a ser cada vez mais uma excelente aposta esta que Nuno faz ao colocar Otávio na posição de falso extremo dado que este faz diagonais fantásticas que abrem espaço nas defesas contrárias que podem ser aproveitadas pelos seus colegas de equipa. Marcano esteve muito bem e Felipe foi um autêntico “Patrão” (o que não invalida que não se contrate mais um central). Danilo foi simplesmente maravilhoso e Corona está cada vez melhor.
Uma coisa que me chamou á atenção é a tentativa de Nuno em ter mais do que um sistema táctico. Tem sido notório o maior à vontade que a equipa mostra num sistema de 4x3x3, mas confesso que me agrada muito ver o Futebol Clube do Porto a jogar num 4x4x2 dado que desta forma ganha uma maior consistência no meio campo e aproveita aquilo que de melhor Ádrian López pode fazer. Uma aposta que, a meu ver. Se deve manter mesmo quando não resultar (até porque é mais do que assumido que nenhuma equipa ganha os jogos todos que realiza).
Em suma; repetindo o que já disse no primeiro parágrafo, o Futebol Clube do Porto está a melhorar e que esta época poderá ser brilhante para o Dragão mas há ainda muito jogo pela frente e arrancar com uma vitória sobre o Rio Ave FC é vital para que este crescimento do Dragão continue a ser uma realidade.
Chave do Jogo: Neste ponto estou – mais uma vez – de acordo com o que escreveu o Jornalista do zerozero que passo a citar. Golo de André Silva Mais do que o refleto natural que teve no placard, deu confiança ao FC Porto para executar os processos que vinha mostrando desde o apito inicial.
Positivo: Um FC Porto cada vez mais à Porto. Organização, contra ataque, transições rápidas, defesa segura, ideias de jogo, ponta de lança, extremos, etc. A manter e a melhorar nos próximos jogos.
Negativo: Iker Casillas. Não complicou nem comprometeu mas escusava de ter feito uma pequena “brincadeira” em que a bola quase lhe fugiu das mãos. Tivesse este lance entrado na baliza dos Azuis e Brancos e se calhar estaríamos aqui a dissecar um injusto empate.
Por razões familiares não pude marcar presença no Estádio do Dragão para poder assistir ao vivo e a cores à apresentação do Futebol Clube do Porto aos seus Associados e Adeptos. Apenas pude ir ouvindo o relato da partida ante os Italianos do SSC Napoli e ver, de quando em vez, um ou outro lance pela televisão de um qualquer café.
Quer isto dizer que não posse ter uma opinião 100% segura sobre o que se passou hoje no Dragão. Mas pelo que ouve li a coisa não está mal nem bem. Ou melhor; está tudo como se exige para esta altura da época., Os jogadores parecem ter assimilado bem aquilo que Julen pretende que façam em campo, a bola circula com mais velocidade por todo o campo, as jogadas de ataque começam na defesa e não a partir da baliza (há males que vêm por bem e este de Casillas ser um terror com a bola nos pés foi a melhor coisa que poderia ter acontecido), há jogadas de desmarcação, a defesa sabe o que tem de fazer apesar de ainda lhe faltar algum físico mas a pontaria está ainda muito desafinada e, não obstante a quantidade e qualidade do meio campo Azul e Branco, continua a faltar quem paute o jogo dos Portistas
Basicamente parece haver ainda muitas arestas por limar, mas não creio que sejam preocupantes pois nenhuma equipa fica pronta na pré temporada. Para mais parece-me que ao contrário do que sucedeu na temporada anterior o Futebol Clube do Porto já tem um sistema de jogo e forma de estar bem implantados na equipa. Apenas precisa de o aprimorar e isto, meus amigos, só com os jogos “a doer” e com vitórias, pelo que será bom-tom que todos nós, Adeptos e Associados do Futebol Clube do Porto, tenhamos alguma paciência para que tudo não acabe por desabar (tal como sucedeu com Paulo Fonseca aquando da sua passagem pela Invicta).
Venha o Guimarães! E de preferência com uma vitória Azul e Branca mesmo que a equipa ainda só consiga mostrar bom futebol durante os 30 minutos iniciais da partida!