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imagem retirada de zerozero
Se há jogo treino que tinha tudo para correr mal foi neste onde o Futebol Clube do Porto empatou em casa com o Feirense. Os portistas podiam, e deveriam, ter feito mais – muito mais – diante de um adversário muito fraco que esteve sempre muito mais interessado em não perder a partida do que em disputa-la. Mas não o fizeram e o Feirense, sem saber muito bem como, saiu do Estádio do Dragão com um empate feliz e saboroso.
Para ser muito sincero estou-me a “borrifar” para a Taça da Liga. Trata-se de uma competição mentirosa feita à medida dos interesses dos ditos “3 grandes”, mas hoje exigia-se da parte dos jogadores do Futebol Clube do Porto uma outra atitude. Exigia-se, pelo menos, que tivessem feito por vencer o jogo. É verdade que em muitos momentos os dragões foram donos e senhores da partida, mas em muitos outros momentos os azuis e brancos passaram mais tempo a circular a bola a um ritmo muito baixo quando se tivessem acelerado um bocadinho teriam marcado um segundo golo e sentenciado a partida. Mas não o fizeram… E não só não o fizeram como também sofreram o golo do empate após a equipa visitante ter avisado num lance anterior que iria tentar marcar daquela forma!
Como já aqui disse, estou-me a marimbar para Taça da Liga mas incomoda-me a forma como o Futebol Clube do Porto -por vezes - não encara os jogos, em como não dá uma necessária sequência aos bons resultados que tem vindo a alcançar e, sobretudo, à tremenda falta de soluções que Nuno Espírito Santo (NES) tem ao seu dispor para poder dar a volta aos acontecimentos. Ou seja; sempre que NES necessita de ir ao banco para encontrar soluções que o ajudem a fazer face às lesões/ausências por causa das selecções/fraco rendimento dos jogadores é um tremendo problema. Pelo menos este foi o problema que, a meu ver, ficou mais à vista no jogo de hoje.
Mas note-se que não foram somente os jogadores do FC Porto os únicos responsáveis pelo empate diante da equipa da Feira. NES teve a sua quota-parte de culpa porque teve a brilhante ideia de colocar Depoitre sozinho na frente de ataque como se o belga tivesse velocidade e boa capacidade de movimentação na linha da frente. Depoitre é um “pinheiro” que nunca será um Jardel e, muito menos, um Falcao. Falta-lhe instinto goleador, sentido posicional e velocidade (muita velocidade). Já se NES quiser jogar em ataque apoiado através de tabelas com um “pinheiro” de costas voltadas para a baliza adversária a conversa é outra. Mas não foi nada disto que vi hoje dado que tanto Jesús Corina como Yacine Brahimi estavam praticamente “colados” às faixas, o que deixou Depoitre o “pinheiro” sozinho na frente de ataque na vã esperança de que alguma bola lhe batesse em qualquer parte do corpo e entrasse na baliza do Feirense.
Na próxima terça há mais um jogo treino para disputar e espero que desta vez o Futebol Clube do Porto mostre quem quer vencer (não precisa de convencer). È que é muito importante entrar em Paços de Ferreira com a moral em alta e é muito para isto que se fazem jogos treino.
MVP (Most Valuable Player): João Carlos Teixeira. Penso que ninguém deu pela falta de Oliver Torres no meio campo portista enquanto o João Carlos Teixeira teve “pilhas” para jogar. Excelente no passe. Excelente a pautar todo o jogo ofensivo dos azuis e brancos e, sobretudo, excelente no passe. NES deve apostar mais vezes neste jogador. Especialmente nos dias em que Óiiver estiver em baixo de forma.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 74´ para resolver a contenda a favor da equipa de Santa Maria da Feira. Nesta altura o Feirense empata a partida para depois a gerir, bastando-lhe para tal ir fazer frente a um ou outro ataque esporádico do FC Porto.
Arbitragem: A equipa de arbitragem liderada por João Pinheiro não marcou duas grandes penalidades a favor do Futebol Clube do Porto e na recta final do jogo pactuou com as perdas de tempo e anti jogo dos visitantes. Má arbitragem com influência directa no resultado final.
Positivo: João Carlos Teixeira. O MVP dest6a partida mostrou aos seus colegas de equipa como se joga bom futebol. Mesmo quando se trata de um jogo treino. Merece mais oportunidades de fazer parte do onze inicial do FC Porto.
Negativo: Willy Boly. Um central não defende nem ataca. Atrapalha. Péssimo nas antecipações e muito distraído nas marcações. Assim não pode ser. Ainda estou para perceber como foi o FC Porto pagar tanto dinheiro pelo passe deste jogador.
imagem de zerozero
Não me alongando muito sobre o último jogo do estágio do Futebol Clube do Porto na Alemanha queria começar por dizer que começam a surgir soluções mas o problema maior mantem-se. Dito de outra forma, foi com muito agrado que vi o regresso da pressão alta (coisa que Lopetegui tinha um asco daqueles), foi também com agrado que vi as rotinas de um mais do que provável 4x3x3 a serem cada vez melhores e é também com enorme agrado que vejo André Silva a afirmar cada vez mais como o “artilheiro” dos Dragões para a nova época, mas o problema da defesa que Lopetegui e Peseiro não conseguiram solucionar mantêm-se…
Começa a ser mais do que urgente a contratação de um central que imponha o respeito e traga alguma definição à linha defensiva Azul e Branca. Na imprensa desportiva há quem se4 “atire” a Felipe – que hoje voltou a estar mal no golo dos alemães – mas não creio que o problema resida num atleta que acabou agora de chegar ao futebol europeu. Para mim o problema está no facto de tanto Reyes como Marcano serem um “zero absoluto” em termos de centrais. São lentos, previsíveis e não tem técnica (o que os impede de ajudar a equipa nas saídas para o ataque). Chidozie não é - ainda – uma alternativa. Repito mais uma vez; é urgente contratar um central de qualidade!
Quanto ao resto há que dizer que o Futebol Clube do Porto 2015/16 começa a tomar forma. Nuno Espírito Santo está a tentar recuperar uma filosofia de jogo que fez de André Villas-Boas um Treinador de sucesso no comando do FC Porto, estão a surgir algumas aradáveis soluções para certos sectores onde habitavam algumas “primas donas” (Octávio e João Carlos Teixeira são disto exemplos), Bueno é cada vez mais (devagar, devagarinho) uma alternativa para a ligação entre o meio capo e o ataque, etc. Em suma Nuno está a “montar” uma boa equipa mas falta-lhe aquele “upgrade” que já aqui falei para que passe de boa equipa a equipa excelente capaz de lutar por todas as frentes com os seus rivais.
Agora uma coisa é certa, “Roma e Pavio não se fizeram num dia”. Convêm não esquecer que o Dragão esteve durante dois anos a praticar um futebol terrivelmente lento, pachorrento e altamente previsível e isto de se mudar processos no futebol é algo que leva o seu tempo e exige muito trabalho. Por isto deixem-se lá de fatalismos de treta.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 58´, altura em que Bayer Leverkusen empatou a partida. Até aí os Portistas estavam por cima na partida mas após o golo dos germânicos os Dragões perderam algum discernimento. Os alemães também não mostraram capacidade e querer para “quebrar” o empate pelo que o equilíbrio acabou por ser a nota dominante até ao fim da partida.
Positivo: Pressão alta. As grandes equipas não deixam que o seu adversário jogue o seu futebol. Finalmente o Futebol Clube do Porto tenta recuperar aquilo que perdeu há muito: a pressão alta. A continuar Nuno!
Negativo: Centrais precisam-se. Nunca é demais repetir que uma boa defesa precisa de um “patrão”. Não se espere que o recém-chegado Felipe seja o tal “patrão” pelo que há que ir ao mercado com urgência. De preferência antes do jogo com o Rio Ave.