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“Mundo é melhor sem Saddam Hussein”

por Pedro Silva, em 18.07.16

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"Apesar dos fracassos dos serviços de inteligência e de outros erros que já reconheceu, o presidente W. Bush continua a considerar que o mundo está melhor sem Saddam Hussein no poder" (in SAPO24)

 

Obviamente que o Mundo fica sempre melhor quando um Ditador e o seu Regime são derrubados. Obviamente que o Mundo está melhor sem Saddam Hussein. Mas o Mundo está longe – muito longe – de estar mais seguro. Não sei a que realidade se refere George W. Bush mas á que todos vivemos todos os dias não é de certeza.

 

Após a invasão do Iraque o Mundo não mais ficou seguro. Muito pelo contrário. E o sucedido em Nice na semana passada é mais um pequeno fragmento de tal. Atrocidades cometidas são hoje levadas a cabo por todo o planeta em nome da interpretação que uma facção do mundo árabe faz do Corão, facção esta que de há dez anos para cá tem ganho força e território à custa da decisão da “Troika” dos Açores (George W.Bush, Tony Blair, José Maria Aznar e Durão Barroso) de invadir o Iraque mesmo sem que para tal tivessem um mandato internacional.

 

Já não nos basta ter de lidar com os ódios criados por nós - Ocidentais - na altura das colonizações abusivas e exploratórias no Médio Oriente que impuseram fronteiras e ritos a Povos seculares, e temos agora de fazer a nossa vida sob a égide do medo porque a “Troika” dos Açores abriu caminho à facção violenta do mundo muçulmano que procura impor a sua lógica da única maneira que sabe. O exemplo mais recente de tal é o que vamos vendo na Turquia onde Recep Tayyip Erdoğan procura eternizar-se no Poder impondo pela força, pelas purgas, pelas prisões, pelos exílios políticos um País fechado na versão mais violenta e intolerante da religião árabe.

 

Efectivamente o “Mundo é melhor sem Saddam Hussein”, mas o preço que se pagou pela corrida ao ouro negro do Iraque - e arredores - patrocinado e financiado pela “Troika” dos Açores faz hoje do Mundo um sítio inseguro, difícil, obscuro e perigosamente intolerante.

 

Uma nota final sobre as sanções “simbólicas” da Comissão Europeia a Portugal e Espanha para dizer que Pedro Passos Coelho “tomou chá de sumiço” na altura em que as ditas sanções estavam a ser discutidas por causa de um orçamento do seu Governo para depois de passada a tempestade vir para a Praça Pública “mandar bitaites”. Realmente lata é coisa que não falta ao Pedro & Companhia!

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra

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publicado às 21:56


Festejemos Irmãos

por Pedro Silva, em 18.01.16

Imagem Crónica RS.JPG 

1 –  A 14 de Janeiro de 2011, uma multidão protestava pelas ruas de Túnis, capital da Tunísia, contra o Regime do Presidente Zine El Abidine Ben Ali, o que levou à queda do primeiro líder de um País Árabe por força da pressão popular. Esse movimento seria o epicentro de um terremoto geopolítico que mudou o Mundo Árabe, a chamada Primavera Árabe.

 

No passado dia 14 alguma da nossa Imprensa fez referência ao facto aproveitando para colocar imagens de regozijo pelo sucedido há 6 anos atrás. Mas será que existem mesmo motivos para olharmos para a Primavera Árabe com orgulho e satisfação? Ora vejamos.

 

A Tunísia é hoje em dia uma Democracia. Existem vários Partidos em Tunes, há liberdade de voto e liberdade de expressão. O País continua a ser moderado no que à Religião diz respeito (tal como era durante o Regime de Zine El Abidine) e as Mulheres são respeitas e tem um estilo de vida “à ocidental”. Mas nem tudo são rosas.

 

A corrupção continua em níveis bastante elevados. A Economia Tinosona depende única, exclusivamente, do Turismo o que reduz, e muito, o leque de opções de uma População que tem de lutar todos os dias para poder trabalhar. A taxa de analfabetismo é elevada e, tirando Tunes, o País tem infra estruturas débeis e a assistência social é uma miragem. Para além disto o asno de 2015 mostrou-nos que não é seguro passar férias nas belíssimas praias Tunisinas dado que nunca se sabe quando um maluco de metralhadora em riste se lembra de praticar tiro ao alvo com os Turistas Ocidentais.

 

Temos, então, que os Tunisinos não têm assim tantas razões para festejar a Primavera que criaram. E o resto do Mundo Árabe também não (já lá vamos). O facto de a Comunicação Social Europeia - e não só - não “andarem em cima” do que sucede na Tunísia (como fizeram em 2011) não altera, em nada, a realidade das coisas.

 

2 – À pacífica revolução de Tunes seguiu-se a queda de Muammar al-Gaddafi na Líbia. Gaddafi tinha chegado ao Poder em 1969, sem derramar sangue, através de um Golpe de Estado e acabou deposto pela força das armas após a clara ingerência da NATO num assunto interno Líbio.

 

Após a morte de Muammar al-Gaddafi a Líbia entrou num “pequeno” ciclo de conflitos internos disputados pelas várias trinos que tentaram reclamar para si o controle dos Poços de Petróleo. Contudo estes já tinham caído nas mãos da “Comunidade Internacional” que os receberá como moeda de troca devido à cooperação da NATO no derrube do Regime de Gaddafi.

 

A corrupção continua a ser uma enorme realidade na Líbia, o Povo é, na sua grande maioria, analfabeto e assistência social é também uma enorme miragem do vasto de4serrto que rodeia o Pais. O mais caricato é que a gasolina escasseia num País que é, somente, um dos maiores produtores de petróleo do Mundo inteiro.

 

Mas a Primavera Árabe não se ficou pela “libertada” Líbia…

 

3 – Após o sucedido na Líbia foi a vez da dita cuja passar pelo Egipto onde Hosni Mubarak se perpetuava no Poder como os antigos Faraós. Aqui o cenário foi muito parecido com o Líbio. A única grande diferença foi que a Comunidade Internacional resolveu manter-se à margem de tudo o que ia sucedendo.

 

A Revolução Egipcia “levou tudo à sua frente”. Mataram-se inocentes nas ruas do Cairo, fez-se o possível e impossível para afastar os Jornalistas Internacionais da Capital Egípcia (inclusive os Revoltosos até violaram uma jornalista Norte-americana). Hosni Mubarak acabou por ser deposto e preso. A Democracia entrou em cena e a Irmandade Muçulmana de Mohamed Morsi (um grupo de Radicais Islâmicos) alcança o Poder pela via do voto livre.

 

Eleito Presidente de todo o Egipto Morsi teve como principal preocupação a abolição de toda e qualquer liberdade religiosa no Egipto, apontou armas ao eterno inimigo Israelita e preparou a sua eternização no Poder. Foi neste clima de tensão crescente que mais tarde as Forças Armadas Egipcias entraram em campo para colocar fim ao Regime de Mortsi e instalar algo de muito parecido com o que existiu durante décadas com Hosni Mubarak.

 

Não obstante o Egipto ser hoje uma espécie de Ditadura Militar disfarçada a tolerância voltou a marcar presença nas ruas do Cairo, a liberdade religiosa é, novamente, uma realidade e o Turismo (principal fonte de receita do País) vai de “vento em popa”.

 

4 –  A caminhada da Primavera Árabe culminou na Síria e Iémen. De fora ficaram Estados como o Irão e Turquia onde se faz de conta que existe uma Democracia, mas este “ficar de fora” não estranha a ninguém.

 

O que sucedeu na Síria e Iémen é por demais conhecido. Duas guerras e nascimento do Daesh que reclamou para si parte do Iraque e Síria. No Iémen a Arábia Saudita é “forçada” a entrar no conflito para evitar o avanço territorial do Daesh.

 

Em suma a Primavera Árabe, uma “invenção” do Ocidente, trouxe ao Mundo Guerras, Estados Fascistas, Violações constantes dos Direitos Humanos, Crise de Refugiados, Conflitos Religiosos, terrorismo e por aí adiante.

 

Temos, efectivamente, múltiplas razões para relembrar a dita Primavera com satisfação e um enorme sorriso. Festejemos irmãos. Festejemos por termos feito do Mundo um lugar pior do que quando em certos Países existiam Ditaduras que mantinham a serenidade e compreensão entre os Povos numa Região tão complexa como o Médio Oriente.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 22:03


Outra Síria? Não, obrigado.

por Pedro Silva, em 11.02.15

Efectivamente o Inverno está a chegar ao fim. E como dou conta de tal facto? Não pelo tempo até porque hoje em dia a meteorologia é tudo menos natural graças ao aquecimento global.

 

Apercebo-me de que o Inverno está a chegar ao fim porque voltou em força o folclore da dita “crise” Ucraniana. Um mal que teve origem na mesquinhice Europeia que fez com que os Ucranianos tivessem dado um tiro na sua própria cabeça.

 

Não vou aqui voltar a comentar as tais Sanções à Rússia. Isto é tempo perdido. Apenas lamento que Portugal se meta nestas coisas que só nos prejudicam. Sim prejudicam, porque não precisamos do Gás Russo para nada dado que o nosso fornecedor é a Argélia e os embargos são tão bons para a nossa economia que acabaram somente com aquela que era a nossa maior Cliente de fruta (estas coisas não vejo o nosso Ministro da Economia a debate-las na Assembleia da República).

 

Contudo regresso a esta temática da Guerra Civil Ucraniana para dar conta de que estou de acordo com a Sra. Merkel. E não, o fim do mundo não está próximo nem eu me converti à Alemanha como fez o nosso Governo. Simplesmente sou também da opinião de que isto de fornecer armamento ao Exercito de Poroshenko não é, nem nunca será, a solução do problema que a Europa criou. Isto porque se os Estados-unidos e aliados fornecerem armamento ao Exercito Ucraniano, a Rússia vai responder fornecendo armamento aos Rebeldes do Leste da Ucrânia e tudo isto acabará numa enorme escalada de violência cujos resultados serão semelhantes ao que sucedeu, e sucede, na Síria.

 

Bem sei que os Norte-americanos são muito limitados em termos diplomáticos. Para eles é tudo à base da “cowboyada” para além de que o negócio das armas é altamente lucrativo, mas a Ucrânia não é o Iraque e os Rebeldes Pró-russos não são uns quantos maluquinhos de cara tapada que se atiram de carro contra os Soldados.

 

O problema Ucraniano é muito complexo. Bem mais complexo do que o da antiga Jugoslávia. Como já aqui disse, a Europa e a sua ganância fizeram com que os Ucranianos tivessem dado um tiro na cabeça ao terem derrubado à força e com o apoio de neo nazis o Governo legítimo de Viktor Yanukovich (e digo legítimo porquê este foi eleito pela maioria dos Ucranianos). Agora os Ucranianos estão a braços com um dilema que fracturou o País a meio e cuja solução será mesmo esta: “partir” o País em dois. Só assim a Paz voltará a reinar naquela região do Globo.

 

Seguir uma qualquer outra opção é puro suicídio. Para além de que a Europa e aliados têm violado sistematicamente os Tratados. Recordo que na década de 90 a Europa e aliados comprometeram-se a não anexar na NATO Países que faziam parte do antigo Pacto de Varsóvia. A ideia era a de se evitar situações como a crise dos Mísseis de Varsóvia que quase colocou o Mundo a ferro e fogo.

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publicado às 16:15


Isto de mandar limpar a asneira

por Pedro Silva, em 15.09.14

Confesso que tenho achado deprimente a forma como o Ocidente está a tratar o dossiê Estado Islâmico. Os civis continuam a sofrer e a morrer, as execuções sumárias da propaganda do dito Estado vieram para ficar, as crianças são forçadas a casar com Homens mais velhos, etc. Todo um conjunto de horrores que continuam fortes e bem vivos apesar da pressão mediática.

 

Ora a pergunta que se impunha era como acabar com aquilo de uma vez por todas. Ou melhor, como é que os seus criadores tencionam acabar de uma vez por todas com a sua criação.

 

Sim, os maluquinhos do Estado Islâmico não surgiram do nada. Foram armados e treinados pelo Ocidente. E isto porque, segundo o grande Polícia de nome USA/UK, na Síria existe um Regime maquiavélico que é apoiado pelo Irão/Rússia que tem de ser destruído a bem da Humanidade. Mas qual Humanidade? A dos próprios criadores do monstro e, pasme-se, de Israel.

 

Não é nada complicado concluir que toda esta triste história que estamos a ver e a viver tem como pano de fundo a manutenção de uma Paz podre onde Israel “estica os seus braços armados” ao seu bel-prazer e onde tanto Americanos como Ingleses se abastecem de Petróleo.

 

Naturalmente que a dita Paz não afecta de forma alguma os Países da zona que alinham neste jogo, como é o caso da Arabia Saudita onde os Direitos são só para alguns e os deveres para muitas. Estes não têm problema algum com os tais de Estado Islâmico e inclusive até os financiam. Ah, e não foram “abençoados” pela Primavera Árabe porque os ventos não deviam estar para aí virados.

 

No fundo e no cabo estamos a ver um embuste. Um cenário criado e pensado pelo Ocidente que ignorou a possibilidade de poderem aparecer uns atrasados mentais que se voltariam contra este num claro gesto de vingança… Não é por mero acaso que os pobres coitados que têm sido assassinados publicamente surgem vestidos com um uniforme laranja, o mesmo que foi utilizado em Guantánamo.

 

Agora vemos Estados Unidos e Grã-Bretanha muito empenhados em combater aquilo que eles apelidam de Demónios. Mas não vão eles para o terreno combater os Demónios. Querem mandar os outros, despejar umas bombas de avião e ir armando aqui e acolá quem faz frente aos Demónios. Mas ir armando os ditos sempre com alguma coisa em segunda mão, não vão estes virar-se uns contra os outros e aumentar ainda mais a confusão naquela zona do Globo, porque por norma é isto que sucede quando se mandam os outros limpar as asneiras do Ocidente.

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publicado às 18:08


Ora pois claro!

por Pedro Silva, em 11.08.14

Os Estados Unidos retiraram o apoio ao actual primeiro-ministro e prometeram aumentar o apoio militar se for formado um Governo mais inclusivo das várias tendências e etnias.

 

Dito de outra forma, em pleno Século XXI os Norte-americanos arranjaram ali uma rica Colónia.

 

Antigamente eram os Ingleses que faziam o que muito bem lhes convinha na região. Inclusiveapoiaram e financiaram regimes totalitários como o que existia no Irão. Hoje em dia são os seus amigos do outro lado do Atlântico a mandar naquilo tudo. Mudou apenas o sotaque!

 

Agora já todos perceberam porque razão o Saddam Hussein era a besta demoniáca dos cartoons Norte americanos.

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publicado às 19:07


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