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Melhor o resultado do que a exibição. Efectivamente é o que me apraz dizer sobre a vitória do Futebol Clube do Porto em Vila do Conde. E digo tal sem recorrer ao fatalismo que – quase de certeza – já se apossou da mente e coração de muitos Portistas. Isto porque ainda estamos em Agosto, e é natural que existam ainda muitas “arestas por limar” na equipa de Nuno Espírito Santo (NES).
Uma das coisas que menos me agradou nesta nova versão do FC Porto foi a quantidade de passes falhados. Bastava a um jogador do Rio Ave FC pressionar um pouco mais o portador da bola, e os Dragões lá perdiam o esférico com uma facilidade tremenda. Compreendo por esta altura os automatismos da tal “posse pela posse” da época passada sejam (ainda) uma realidade, mas já não o posso compreender quando vejo jogadores com qualidade de passe como André André, Herrera, Danilo e Otávio a fazerem passes disparatados atrás de passes disparatados o jogo todo. NES parece ter tomado nota deste problema e faço votos de que o resolva rapidamente.
O outro ponto negativo de que também não gostei tem a ver com certos aspectos defensivos da defesa Azul e Branca. Já todos percebemos que Iker Casillas entre os postes é o melhor do mundo, mas sempre que surge um cruzamento para a sua pequena área é um ai jesus tal que culmina (quase sempre) no golo da equipa adversária. Não estou com isto a dizer que o golo de Marcelo tenha sido culpa exclusiva do guardião espanhol (Felipe podia e devia ter feito mais), mas fiquei com a clara sensação de que se Iker tivesse saltado à bola muito provavelmente esta não teria entrado. Para mais é preciso ser-se muito “ignorante” para não se saber que Marcelo é um central goleador por causa do seu grande grau de aproveitamento dos lances aéreos de bola parada. Os treinos e visionamento de vídeos das equipas adversárias devem servir para alguma coisa (digo eu).
Mas nem tudo foi mau. Otávio voltou a estar bem embora não tivesse estado ao nível do que já nos mostrou na pré temporada e acredito que Brahimi se vá sentar no banco de suplentes por muito tempo. André Silva idem, aspas, aspas. Herrera também esteve bem não obstante alguns passes errados (faz parte do pacote) e o grande golo que marcou foi cheio de intenção dado que o mexicano soube aproveitar o adiantamento do guardião dos Vila-condenses.
O outro aspecto positivo deste Porto de NES reside no facto de a equipa Portista ter dado a volta a um resultado negativo com a maior das naturalidades, facto que já não acontecia no Reino do Dragão há já duas longas temporadas. A melhorar porque vão com toda a certeza existir jogos onde vai ser muita da garra que este FC Porto mostrou na partida de hoje.
Em suma; o Futebol Clube do Porto +podia e deveria ter jogado melhor? Podia. Mas não jogou mas venceu, começou a Liga NOS com os três pontos da vitória, mostrou raça e querer em muitos momentos da partida e isto é o que realmente importa. Venha a AS Roma.
Um pequeno aparte; se porventura Alex Telles jogasse no Benfica ou Sporting teria sido expulso pelo que fez? Claro que não, mas isto é o futebol português como disse um comentador da rádio.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 60´ do jogo para resolver de vez a contenda a favor do Futebol Clube do Porto. Foi nesta altura que André Silva marcou o 3 golo dos Azuis e Brancos através de uma grande penalidade deixando o Rio Ave FC sem grande capacidade de resposta.
Positivo: Jesús Corona. Corona voltou hoje a ser o “matador” que nas primeiras jornadas da temporada anterior espalhou magia e encanto nos relvados portugueses. Poderia ter sido considerado o Homem do Jogo não tivesse Hector Herrera marcado o “golaço” que colocou os Azuis e Brancos em vantagem na partida.
Negativo: Defesa. Uma casa em condições tem sempre bons alicerces. NES tem tentado construir uma boa equipa segundo este princípio, mas hoje ficou bem patente que os alicerces (defesa) da casa Azul e Branca necessitam de ser reforçados e revistos.
Ainda não foi desta que pide marcar presença no estádio do Dragão (férias ao que me obrigas), mas pude seguir com máxima atenção ao FC Porto 3 x Vitória Sport Clube 0 dado que tenho SPORTTV no local onde estou a descansar e confesso que gostei bastante desta nova versão do Dragão.
Foi um Futebol Clube do Porto mandão, agressivo e algo faltoso. Foi este o FC Porto que vi em pleno relvado do Dragão. E foi muito por causa de tal que o jogo de que Julen Lopetegui funcionou um pouco melhor. E isto porque pelo meio tivemos uma equipa Portista que variava o estilo de jogo quando era necessário. Inclusive já tivemos lances de contra ataque (aleleuia!), embora tais lances ainda necessitem de ser mais bem trabalhados.
Outro ponto positivo foi o facto de Julen não ter inventado. Optou por apresentar um onze esperado que assentou no habitual 4x3x3. Foi uma jogada inteligente dado que se tratava do jogo de arranque do campeonato e havia que vencer ou não estivesse já um tal de “colinho” a entrar em funções mesmo que a cor deste seja outra.
Foi notória ainda uma certa falta de entrosamento entre o trio Danilo Pereira/Herrera/Imbula, mas tal é normal nesta altura da época se bem que seria desejável que este trio não demorasse tanto a encontrar a sua ligação pois tal fraqueza ante um adversário mais poderoso poderia ter sido a “morte do artista”. Outro ponto que deve ser corrigido com urgência prende-se com a demora na correcção dos passes falhados e das desmarcações… Repito, ante um adversário bem mais forte que o Guimarães e tal poderia ter sido fatal.
Apesar de tudo Julen esteve muito bem ao recuar Herrera e ao ter entregue a construção do jogo a Imbula. O Francês esteve muito bem na ligação defesa/ataque enquanto teve pernas para tal. Danilo Pereira mostrou que a posição 6 está muito bem entregue e acaba até por ser um “Trinco” bem melhor que Casemiro dado que defende e constrói muito e bem. A minha nota negativa no que ao meio campo Azul e Branco diz respeito vai para Herrera que continua demasiado lento apesar de ser um Jogador tremendamente esforçado… Acabou pro ser muito bem substituído por Andre´André numa altura em que o Futebol Clube do Porto tinha perdido o controlo da partida (boa leitura de jogo da parte de Julen).
Uma palavra de apreço para Maicon. O Brasileiro tem sido muitas vezes acusado de só saber chutar a bola para a frente, mas a verdade seja dita que foi num dos seus chutos longos para o lado (que são trabalhados nos treinos) que surgiu o lance que deu origem ao primeiro golo dos Portistas. Já aqui o disse e volto a dizer: aleluia que este FC Porto de Julen Lopetegui varia o seu estilo de jogo durante os 90 e poucos minutos de uma partida. E já que estamos na defesa, nota super positiva para Marcano que está cada vez mais a afirmar-se como o patrão da linha defensiva Azul e Branca e nota positiva para o Uruguaio Maxi Pereira que soube atacar e defender quando tinha de o fazer com uma eficácia muito boa. Já Iker Casillas começou por estar algo nervoso aquando do arranque do jogo, mas depois lá acalmou e correspondeu às expectativas.
Quanto a Aboubakar, só fica surpreso com a exibição do Camaronês quem esteve sempre de má-fé relativamente a este. Já na temporada passada que vinha dizendo que Aboubakar é um Jogador com um enorme potencial., Este jogo ante o Guimarães apenas confirmou o que eu já sabia, mas não quero com isto dizer que está ali o sucessor de Jackson… A época é longa e muita coisa vai acontecer, pelo que interessa é que Aboubakar continue a “crescer” e a calar quem não percebe nada de futebol mas acha que percebe mais do que os outros.
Duas notas negativas sobre este jogo:
- Tello continua algo desinspirado e trapalhão. Bem sei que o moço esteve lesionado durante muito tempo, mas é bom que melhore. Acho que o Catalão vai melhorar mas se este voltar a mostrar a falta de empenho que mostrou hoje não me parece que vá longe. Há que trabalhar mais e melhor Tello;
- Os lances de bola parada ofensivos continuam a ser desperdiçados pelo FC Porto, e isto no futebol moderno pode ser fatal. Assim como também não me parece que colocar Silvestre varela a marcar tudo quanto seja livre traga algo de benéfico à equipa., São situações que Julen deve pensar em melhorar.
Chave do jogo: A substituição de Herrera por André André. Excelente a leitura de jogo de Lopetegui que rapidamente percebeu que o Vitória Sport Clube estava a tomar conta do jogo devido à falta de capacidade de reacção do meio campo da sua equipa. André André deu um novo folego ao Dragão quando este mais precisou e dai à vitória robusta por três bolas a zero foi um “saltinho de pardal”.
Depois de Arouca era expectável que Lopetegui tivesse aprendido a lição. E, olhando para o onze que defrontou o CD Nacional, o Basco parece ter aprendido alguma coisa. Digo alguma coisa porque, não obstante a vitória Portista, ainda há muito para melhorar neste Futebol Clube do Porto e já vamos em Novembro.
Lopetegui fez poucas mudanças na equipa. Mexeu na Defesa e no Meio Campo, mas mexeu pouco tendo Marcano cedido o seu lugar a Maicon e Herrera a Óliver Torres. Nada de mais e, por um lado, até se percebeu bem a ideia do Técnico que queria um Porto ofensivo e criativo para defrontar um Nacional que por norma joga à defesa quando tem de medir forças com um dos ditos “Grandes” do nosso futebol. E a fórmula resultou dado que cedo o Clube Azul e Branco marcou o seu golo e tudo parecia indiciar que o Estádio do Dragão ia ter uma noite tranquila.
Só que não há bela sem senão. O senão volta a ser o problema do costume: tiki taka.
Muitos dirão, com toda certeza, que estou a ser chato, mas a realidade já demonstrou por mais quem uma vez que o FC Porto não ganha absolutamente em querer sair a jogar em posse seja em que circunstância for. Tal enerva os Jogadores que depois cometem erros crassos que podem custar caro à equipa. Nesta partida ante o Nacional quase que sucedia o mesmo com Maicon, e só não se transformou no golo do empate porque Fabiano fez uma enorme defesa.
Depois há que dizer que Julen demora muito tempo a ler e perceber o jogo. É verdade que um bom Treinador segue a sua programação à risca, mas o futebol está longe de ser uma ciência exacta e a qualquer momento qualquer planeamento pode cair por terra com estrondo se nada se fizer. Ora, após o disparate de Maicon outros se seguiram com outros protagonistas, a equipa Portista enervou-se e perdeu o controlo do jogo, só o recuperando quando o Treinador fez entrar o Mexicano Herrera para o lugar de Quintero. Herrera trouxe tranquilidade e equilíbrio a um Meio Campo que a certa altura já estava a jogar para trás e para os lados. Daí ao segundo golo foi um saltinho de pardal. Tivesse tal acontecido ante uma equipa mais forte e estariamos agora a dissecar um mau resultado do FC Porto.
O último aspecto negativo que queria aqui trazer prende-se com Casemiro. Ao contrário de muito boa gente eu vejo muitas qualidades no Brasileiro. Mas não as vejo quando este joga na posição de Trinco (6), posição que o Espanhol insiste em colocar o moço a jogar. Casemiro não tem capacidades para poder antecipar o jogo do adversário, tal como fazia Fernando por exemplo, daí que muitas vezes seja obrigado a recorrer à falta para recuperar uma bola. Casemiro não sabe lidar com a pressão, pelo que nunca poderá ser ele o responsável pelo transporte da bola entre a Defesa e o Meio Campo dado que Lopetegui não gosta dos passes longos. O Internacional Canarinho é mais um 8 que um 6, um meio-termo entre o médio mais defensivo e o médio construtor. O ideal será colocar Rúben Neves na posição 6 e Casemiro na 8, tal como sucedeu no passado com muitos bons resultados.
E mais havia para se dizer. Contudo isto já vai longo. Os problemas ainda são mais que muitos e já estamos a entrar na fase crítica do Campeonato. Naturalmente que é muito mais fácil lidar com os problemas com vitórias, mas se isto não começar a tomar um rumo decente vai ser complicado.
A ver vamos se estes problemas, e outros, não surgem em Bilbau ante um adversário bem mais forte que Nacional.
Agora o Futebol Clube do Porto já é uma máquina de jogar futebol, o plantel é uma maravilha e o Treinador é um visionário. Quem entender esta gente que os compre.
Pelo menos os anti Paulo Fonseca e os anti Varela vão ficar caladinhos graças à enorme azia que terão durante a semana toda.
Quanto ao jogo de Vila do Conde, é caso para se dizer que os Dragões estiveram muito bem. Paulo Fonseca soube escolher bem o onze inicial e também mexeu bem na equipa quando teve de o fazer.
Apenas não entendo o porquê de se insistir em Herrera em vez de Josué. E já agora, ainda estou para perceber como é que o Paulo Fonseca demorou tanto tempo a descobrir o Carlos Eduardo e o Kelvin.
Venha de lá o Olhanense e mais um jogo igual a este. Uma boa semana de azia para os anti Paulo Fonseca e anti Varela (o Kompensan vai esgotar antes de Sábado).
Não obstante o mau resultado que o Futebol Clube do Porto alcançou, desta vez Paulo Fonseca teve coragem e soube fazer aquilo que lhe competia: mexer na equipa.
Otamendi tem estado a jogar mal e já há muito que se justificava a sua substituição por um Maicon que mostrou porque deve ser mais vezes titular juntamente com Mangala. No meio campo o trapalhão Herrera cedeu o seu lugar a Defour que ao menos sabe passar a bola, coisa que o Mexicano parece não saber fazer. Aliás Herrera faz-me lembrar o famigerado Tomás Costa que não deixou saudades no Dragão.
Contudo se não está por lá Otamendi para a brutal asneira do costume, está com toda a certeza Danilo.
Resultado final: empate a uma bola ante a equipa mais fraca do Grupo G da Champions.
Desta vez não vejo motivos para que se faça do Paulo Fonseca o mau da fita. É muito fácil criticar e atacar o treinador quando as coisas não correm como o esperado, mas quando este faz o que lhe compete e se tem um plantel onde habitam pseudo vedetas como o Iturbe, Danilo, Jackson e Fucile torna-se complicado fazer seja o que for.
Mas os adeptos do Futebol Clube do Porto são como os restantes. A culpa é sempre do treinador e só muito depois dos jogadores que andam pelo campo a passear o penteado…