Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
imagem retirada de zerozero
Tenho para mim que mais importante do que jogar bem é vencer. E foi basicamente isto que o Futebol Clube do Porto fez hoje diante do Boavista Futebol Clube. Venceu, jogou q.b mas não convenceu porque o futebol que mostrou na segunda parte é elucidativo de como o Dragão está – ainda – longe de estar aprimorado.
Nuno Espíritos Santo (NES) tem tentado gerir (com relativo sucesso) um plantel que foi muito mal construído, daí a tremenda dificuldade que este Porto tem de “matar” o jogo. Mesmo quando os adversários são acessíveis como este Boavista. Espero, sinceramente, que em Janeiro tenhamos novidades em certos sectores (especialmente no ataque e defesa) caso o problema tenha sido minimizado.
Um dos grandes problemas do FC Porto de NES é a defesa. Posiciona-se mal e tem um guarda-redes conceituado que por vezes mais parece um guarda-redes dos Distritais. O golo dos Axadrezados é um bom exemplo. É verdade que o atleta Boavisteiro se encontrava em fora de jogo (só a equipa de arbitragem é que “não viu”), mas o posicionamento da defesa Portista é de bradar aos céus de tão má que foi. Para piorar o cenário é ver Iker Casillas a dar uma de “brinca na areia” numa segunda parte onde o FC Porto lhe deu para gerir esforço (por acaso a coisa não correu mal… Por acaso!).
O outro grande problema do FC Porto de NES é a estranha “necessidade” que este tem de gerir o esforço na segunda parte. Tal tarefa rapidamente se transforma num dos 7 trabalhos de Hércules quando se aposta numa espécie de 4x4x2 com o qual a equipa Portista não está – mesmo – nada habituada. Vá lá que do outro lado da barricada esteve uma equipa relativamente acessível… Mas o FC Porto que nem pense em fazer tal coisa em Leicester senão vai ser o fim do mundo!
Bem sei que as rotinas e entrosamentos se ganham durante a competição e que é mais fácil conseguir tal coisa ganhando os jogos mesmo sem jogar bem, mas com NES a mudar constantemente o onze inicial e com uma linha defensiva onde o disparate pode surgir a qualquer momento torna-se complicado aplicar com eficácia o 4x4x2 no FC Porto.
Apesar de tudo o mais importante é que os Azuis e Brancos venceram. Mas espero sinceramente – repito – que em Leicester a tal 2.ª parte de hoje não se repita. Contra as equipas inglesas não basta jogar q.b. na primeira parte.
Uma nota final. Marcar um Dérbi da cidade do Porto (que tem história no futebol português) para as 19H de uma Sexta-feira é uma tremenda falta de respeito para com os adeptos que se deslocam ao Estádio. Obrigar o adepto a ter de sair “à pressa” do seu local de trabalho para ver o Dérbi da cidade Invicta é um tremendo castigo. E tudo isto porque a SportTv entendeu que o Sporting CP x GD Estoril Praia deveria ser disputado às 21H deste mesmo dia… Como se o confronto entre Sporting e Estoril tivesse um interesse maior do que um duelo de eternos rivais. Depois queixam-se de que os estádios de futebol em Portugal estão vazios.
Chave do Jogo: Apareceu “tarde e a más horas” para resolver a contenda a favor dos Dragões. Isto porque no minuto 86´ o guardião dos Axadrezados, Kamran Agayev, fez um tremendo “frango”, introduzindo a bola na sua própria baliza. A partir daí toda a resistência e espírito de luta do Boavista FC “caiu por terra”.
Arbitragem: Razoável. Nuno Almeida esteve mal ao validar o golo do Boavista (em claro fora de jogo). Esteve bem na marcação de uma grande penalidade contra o Boavista por falta cometida por Henrique sobre Otávio. Tirando estes dois lances quase não se deu por Nuno Almeida e a sua equipa (o exigível a qualquer equipa de arbitragem).
Positivo: André Silva, Otávio & companhia. A melhorar e, se possível, com um André Silva sempre “matador”. Destaque também para Ádrian López que parece um “peixe na água” neste 4x4x2 de NES.
Negativo: Defesa. Equipa que quer ser campeã e competitiva na europa do futebol não pode continuar a cometer tantos erros de palmatória.
Imagem de zerozero
“Porto a dar a volta a um resultado ainda na primeira parte? Peseiro já fez mais que Lopetegui em ano e meio.lol.”
A frase que lemos em cima é da autoria de um amigo meu. E tem muita razão para afirmar tal coisa não obstante o mesmo ter sido feito num claro tm de brincadeira pois ainda há muito terreno para Peseiro “palminhar”.
Contudo do que fui vendo agradou-me. Agradou-me porque, finalmente, o Futebol Clube do Porto começou a jogar futebol. Algo completamente diferente da porcaria alucinada que Julen Lopetegui queria implementar no Dragão. Bem sei que ainda é cedo, muito cedo mesmo, mas hoje vi um FC Porto que jogava em posse quando tinha de o fazer, em contra ataque quando o jogo assim o exigia e feio sempre que era necessário. O Porto de Lopetegui parece estar a caminhar para o seu final e espero que esta tendência seja para manter. Maior bofetada que esta o Basco não poderia ter levado!
Confesso que me agradou o facto de os contra ataques já serem trabalhados. Foram várias as vezes em que os Atletas dos Azuis e Brancos recebiam a bola e tinham a quem passar dado que surgiam sempre dois ou três colegas a quem passar a bola. Agradável foi também verificar que a pressão sobre o jogador adversário voltou a ser uma realidade. Nãos e percebe porquê razão Julen Lopetegui não deixava que se fizesse o mesmo…
Mas nem tudo são boas notícias. AS defesa Portista “abana por todos os lados” sempre que é pressionada, Marcano continua a ser capaz do melhor e do pior de um lance para o outro, Casslllas continuara ser um zero à esquerda sempre que um cruzamento passa pela sua pequena área e o Futebol Clube do Porto não consegue defender em bloco obrigando a que a defesa tenha de ir recuando no terreno sem saber muito bem o que fazer. Não é pro mero acaso que digo, e repito, que ainda há muito trabalho para que este Porto volteb a ser o Futebol Clube do Porto.
Chave do Jogo: 18´ Vincent Aboubakar marca o seu 9º golo na prova e o Dragão desperta para a realidade. A partir deste momento só deu Porto. Os Azuis e Brancos passaram a dominar quase por completo a partida e acabou a gerir um resultado que ampliou, quando e como quis, na segunda parte.
Positivo: Miguel Layún. O Jogador Mexicano joga e faz jogar não obstante ser um defesa lateral esquerdo. Foi dos pés dele que nasceu o primeiro golo Portista e foi através dele que o Dragão recuperou a confiança. Um negócio à Porto que mostra a inutilidade de se contratar Imbulas e afins.
Negativo: Brahimi e Corona. Um jogo de futebol não é feito somente de ataque. Para mais sendo o futebol um desporto colectivo todos devem saber defender e atacar. Brahimi e Corona não estiveram para aí virados e foi muito por sua culpa que o Estoril conseguiu colocar-se em vantagem muito cedo na partida.
Finalmente vimos um Futebol Clube do Porto a jogar como deve ser. Mas não obstante a vitória táctica de Paulo Fonseca sobre um dos Treinadores mais talentosos da nossa Liga (Marco Silva) este Porto ainda “tremeu”. E confesso que não me agradou esta “tremideira”.
Isto porque a defesa Azul e Branca continua a ser aquela desgraça em certos momentos do jogo. Não se admite o espaço que Sebá teve para rematar à baliza e o golo do Estoril foi uma asneira fenomenal de Diego Reyes. Não percebo o que se anda a fazer nos treinos porque este problema é recorrente.
Confesso que também não gostei nada de ver Paulo Fonseca a bater palmas na altura em que o FC Porto sofreu o golo… Sofrer um golo daqueles merece um “olhar bem furioso à Mourinho” e não um “vamos lá que ainda está a começar”. Um aspecto que Fonseca tem mesmo de melhorar até porque os Jogadores abusam da boa vontade de quem os comanda.
E já agora, esta “Quaresmadepedência” também não me agrada nada. O “Ciganito” dá tudo por tudo em campo, luta, faz passes geniais, puxa pela equipa mas não pode ser sempre ele a fazer tudo sozinho.
Na segunda parte os Dragões entraram com uma atitude muito diferente.
A defesa deixou finalmente de fazer asneiras que nem os iniciados fazem e o meio campo começou a pressionar. Com a confiança em crescimento Paulo Fonseca “mexeu bem” na equipa tendo lançado Ghilas. Passou do 4x2x3x1 para o 4x1x3x2. Bendita a hora em que o fez dado que os Portistas encostaram o GD Estoril Praia à sua defesa e o golo do Argelino foi uma consequência natural.
Uma palavra de apreço para Hererra que fez um jogo muito bom. Espero que seja para durar esta melhora porque ainda estou muito céptico quanto à qualidade deste Jogador cujo passe foi demasiado caro para um Clube como o FC Porto.
Vamos a ver se contra o Paços de Ferreira o FC Porto joga tão bem como jogou na segunda parte deste jogo com o Estoril. Nada de muitas euforias se bem que hoje o Paulo Fonseca calou muitos egos inchados da sapiência futebolística.
Ah é verdade, Otamendi deixou o Dragão. Já vai tarde e não me deixa saudades nenhumas. Apenas lamento que o Daniilo não tenha ido no mesmo “pacote manhoso” em que meteram o Argentino.