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imagem retirada de zerozero
Efectivamente o Futebol Clube do Porto de Sérgio Conceição está em alta. E logo numa das fases de maior importância da época. Os Dragões lideram a Liga NOS e tem o assunto Champions quase que arrumado sendo que na próxima jornada, em pleno Estádio do Dragão, podem garantir a passagem à fase seguinte e podem ainda vencer o grupo. Melhor situação do que esta é impossível.
Antes de irmos ao jogo de hoje gostaria somente de dizer que para mim o que fez com que a realidade europeia do FC Porto mudasse de uma época para a outra reside, tão simplesmente, no facto de Sérgio conceição ter percebido que no campeonato tem de jogar de uma determinada forma e na Liga dos Campeões tem de jogar de outra forma. Esta época temos um FC Porto ofensivo, agressivo e muitas vezes quase que irracionalmente virado para a frente num claro 4x4x2 na Liga portuguesa e na europa do futebol temos um FC Porto mais cerebral, mais pausado, capaz de sofrer quando é preciso num 4x3x3 onde as transições rápidas são o “pão nosso de cada dia”. Embora eu goste muito mais da “fórmula” Champions, tenho de reconhecer que é muito por causa desta forma de gestão da equipa – e alguma sorte! – que por esta altura tudo parece correr de feição aos azuis e brancos.
Entrando agora no jogo que se disputou no Estádio do Dragão, achp que ficou demonstrado – mais uma vez – qie este grupo da Champions é tudo menos fácil. Isto porque o 4 a 1 a favor dos portistas é enganador. Não que durante os 90 e poucos minutos de um enorme dilúvio o FC Porto não tenha mostrado ser superior (em muitos aspectos) a um FK Lokomotiv que não procurou – nunca – abdicar da sua ideia de jogo que consistia, basicamente, no resguardar-se na defesa e sair em velocidade para o ataque. É muito por aí que se explica a vitória “gorda” dos azuis e brancos. No não saber abdicar de uma forma de jogar que em certos momentos obrigou o FC Porto a ter saber “sofrer”. O resto foi eficácia e aquela sorte dado que foram ainda algumas as oportunidades que a equipa moscovita teve de empatar a partida quando perdia por duas bolas a uma.
Ainda sobre o jogo gostaria, tão somente, de realçar que sou da opinião de que Sérgio Conceição deveria ter sido mais lesto a “mexer na equipa” quando na segunda parte o Lokomotiv se aproveitou de algum “desleixo” e “desnorte” dos Dragões que estavam em campo. Tardou em fazer tal e sofreu um golo. Felizmente os danos ficaram-se só por aí…
O que interessa é que agora o Futebol Clube do Porto venceu e está a um ponto do apuramento para a fase seguinte da prova milionária com o acréscimo de que pode vir a vencer o grupo. Para tal necessita de empatar em casa na próxima jornada diante do Schalke 04 para garantir o apuramento ou de vencer a equipa germânica para garantir o apuramento e a vitória no grupo a uma jornada do fim da fase de grupos da UEFA Champions League.
MVP (Most Valuable Player): Héctor Herrera. Estive para atribuir esta distinção a Moussa Marega por tudo o que este fez durante os 90 e alguns minutos da partida, mas tenho de nomear Herrera para o MVP desta partida pois este fez um excelente jogo em todos os aspectos para um jogador quem está com limitações físicas.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 67´, altura em que Jesús Corona teve um lance de génio que lhe permitiu marcar o terceiro golo portista e, desta forma, quebrar por completo todo o ímpeto da equipa russa que entretanto tinha reduzido o marcador para 2 a 1.
Arbitragem: Bom critério nos lances capitais do jogo, talvez algum exagero no âmbito disciplinar. No geral, prestação competente.
Positivo: Moussa Marega. Está de volta o Marega que foi responsável por muitas vitórias portistas na época anterior. Uma assistência, um golo e uma capacidade fantástica de no final do jogo de continuar a correr como se tivesse sido dado o apito inicial.
Negativo: Substituições tardias. A equipa portista entrou mal na segunda parte e permitiu uma maior pressão do Lokomotiv. Depois de os russos terem marcado exigia-se uma mais rápida intervenção de Sérgio Conceição para se evitar mais danos. Felizmente nada de muito mau aconteceu até Corona ter marcado o terceiro golo.
imagem retirada de zerozero
Vencer primeiro e convencer depois. Esta parece ser mesmo a ideia chave do técnico Sérgio Conceição para esta época. Confesso que até que sou apologista desta forma de estar no futebol pois, para mim, a conquista dos três pontos é muito mais importante do que a preocupação de se proporcionar um bom espectáculo a quem segue a partida.
Contudo existem limites. Limites razoáveis tais como (por exemplo) o saber-se controlar o jogo para se evitar que mesmo com menos um elemento em campo a equipa adversária consiga criar lances de real perigo para a baliza de Casillas. Este tal limite razoável de se controlar a posse da bola – e por conseguinte o jogo – também podia, e deveria na minha opinião, ser aplicado por este Futebol Clube do Porto desde o minuto inicial de cada jogo… Com tal podia (talvez) evitar-se as situações de grande calafrio com as quais Iker lidou hoje com uma mestria exemplar. Tal fica ainda mais difícil de se entender se tivermos em linha de conta que hoje os Dragões tiveram Óliver Torres em campo, pelo que não se percebe (pelo menos eu não percebo) a tremenda dificuldade que os azuis e brancos tem de controlar um jogo em que o adversário é de qualidade inferior. Um problema que tem sido recorrente esta temporada, diga-se de passagem. Somente no terceiro golo portista é que vi futebol no verdadeiro sentido do termo. Os outros dois golos foram, quando muito, fruto de erros da equipa moscovita que os atletas do FC Porto souberam - e bem - aproveitar.
Apesar de as razões - válidas - de queixa serem uma realidade, a verdade é que o Futebol Clube do Porto venceu hoje o Lokomotiv fora de portas e está com “um pé” na fase seguinte da UEFA Champions League e ainda tem fortes possibilidades de vir a vencer o grupo. Por isto espero que esta táctica do “tudo para a frente em busca do golo e o resto que se lixe” continue a colher os seus frutos até o apuramento portista para a fase seguinte da prova milionária ser uma realidade…
MVP (Most Valuable Player): Héctor Herrera. Confesso que me foi difícil encontrar o MVP portista deste jogo porque a equipa “brilhou” mais como um colectivo que foi fazendo o possível por vencer, mas o golo que Herrera marcou aliado a uma exibição q.b. no que ao capítulo do passe diz respeito fez com que lhe atribuísse este título.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum ambas as equipas foram capazes de criar um lance que fizesse com que a vitória pendesse em definitivo para o seu lado.
Arbitragem: Arbitragem segura de Bobby Madden, que foi firme e correto ao assinalar os penáltis e ao expulsar Kverkvelia.
Positivo: Iker Casillas. Defendeu com grande mestria uma grande penalidade e esteve sempre bem nas situações de maior perigo para a baliza portista.
Negativo: “Para a frente e o resto que se lixe”. Esta filosofia de jogo de Sérgio Conceição só serve para criar dificuldades onde elas não existem.