Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
imagem retirada de zerozero
Derrota “natural” de um Futebol Clube do Porto em construção diante de uma equipa da Juventus FC que está consolidada há mais de cinco épocas. Não deixa é de ser engaçado que foi preciso reduzir o FC Porto a dez elementos para que a natural superioridade italiana viesse ao de cima nas duas partidas da eliminatória. Daí os ““ no natural.
Lamento mas eu não vou embarcar no discurso dos coitadinhos. É verdade que a equipa azul e branca está ainda em construção e que o embate com a Juventus era desigual, mas há que dizer que foi preciso expulsar um jogador do dragões em ambas as partidas(!) para que a Juventus ficasse por cima em ambas as partidas. E mesmo a jogar com 10 o FC Porto de NES foi sempre capaz de criar problemas à “toda poderosa” Juve.
É óbvio que a Juventus é mais forte do que o FC Porto. Mas há que dizer que este Porto de NES - tão criticado e mal tratado num passado não muito distante - foi capaz de lutar até ao fim pela passagem à fase seguinte da Liga dos Campeões. E isto quer dizer muita coisa, especialmente se tivermos em linha de conta que uma outra equipa portuguesa bem mais rotinada e apetrechada levou uma tremenda “tareia” do quarto classificado da liga alemã.
E pouco mais há a dizer sobre a partida de Turim. O Futebol Clube do Porto foi derrotado mas caiu de pé e com o sentimento de dever cumprido. E isto é de extrema importância pois vai ser fundamental dar a devida resposta no próximo domingo diante do Vitória FC no Estádio do Dragão.
MVP (Most Valuable Player): Felipe. Incansável, lutador, aguerrido e arrojado q.b. O central brasileiro foi hoje. Sem sombra de qualquer dúvida - o melhor em campo da parte da equipa portista. Felipe foi o “porta-estandarte” do Porto combativo que lutou até ao fim contra a Juventus. E era o moço tão criticado e rebaixado no início da época pelos “crânios da bola”.
Chave do Jogo: Se olharmos somente para a eliminatória tenho de dizer que a estúpida expulsão de Maxi colocou um ponto final na partida, mas no jogo jogado no Juventus Stadium não se pode dizer que tenha havido um qualquer lance que tenha resolvido a contenda a favor de qualquer um dos lados. Em suma; chave de jogo inexistente.
Arbitragem: Nada a apontar ao trabalho do Sr. Ovidiu Haţegan e restante quipá de arbitragem. Ao contrário do que tinha sucedido no jogo do Dragão, Ovidiu Haţegan procurou sempre ser o mais justo e imparcial possível no julgamento dos lances nesta partida de Turim. Maxi Pereira é bem expulso e a grande penalidade bem assinalada.
Positivo: Nuno Espírito Santo (NES) e adeptos do FC Porto. NES porque “montou” bem a equipa e “mexer” bem quando esta se viu reduzida a dez elementos. Os adeptos do FC Porto pelo apoio incansável à equipa do Futebol Clube do Porto.
Negativo: Maxi Pereira. Não quero individualizar a derrota do FC Porto, mas é de todo impossível não criticar o uruguaio por ter sido tão infantil no lance da grande penalidade. Maxi é um jogador internacional muito experiente que não pode – nem deve – fazer tamanha figurinha.
Estive no Dragão e no final da partida o sentimento de que o Futebol Clube do Porto poderia ter goleado o Arouca era generalizado. A verdade seja dita que a equipa de Pedro Emanuel não jogou absolutamente nada no Estádio do Dragão e a continuar assim de certeza que irá descer de divisão.
Não houve goleada, o jogo foi chato de se seguir ao vivo e a cores mas houve algo muito importante. Houve Porto! A vitória Portista foi fruto de muita entrega e dedicação de todos desde o Treinador aos Jogadores. É que há certas equipas que jornada sim, jornada sim jogam contra dez e há outras que tem de vencer os seus jogos depois de terem sido reduzidas a dez elementos e de ter ficado com uma Grande penalidade a seu favor por marcar.
Nada tenho contra a expulsão de Fabiano. O Brasileiro foi muito imprudente na forma como abordou o lance (já o tinha sido no jogo de Terça a contar para a Champions) a acebou por ser bem expulso. O problema é que uns minutos mais tarde Ricardo Quaresma viu a sua cara ser transformada em bola de futebol por Diego Galo e a equipa de arbitragem, que até estava bem posicionada, fez de conta que nada viu… O lance decorreu na grande área do Arouca. Tivesse o lance acontecido a semana passada e teria sido marcado Penalti. Adiante.
Já aqui falei de Fabiano que acabou por ser o único lance negativo da defesa Azul e Branca. Em quase todos os jogos a defesa mete água, mas desta vez até que esteve bem apesar de o Arouca quase nunca ter atacado durante os noventa e poucos minutos. Helton entrou em campo e desempenhou o seu papel de uma forma execpecional. O Capitão “ainda está aí para as curvas.
Quanto a Julen Lopetegui acho que não esteve tão bem como das outras vezes. É verdade que teve de lidar com a atitude ridícula de Fabiano mas tendo em consideração a forma como a equipa de Pedro Emanuel jogou não teria vindo mal algum ao mundo se o Basco tivesse optado por retirar um dos médios e colocado a equipa a jogar com três defesas. Optou por fazer de Casemiro um central/médio sempre que a equipa defendia/atacava e isto retirou alguma dinâmica e velocidade aos Dragões perante uma equipa que se preocupou mais em defender do que em fazer alguma coisa pelo ponto que desejava conquistar. Também não concordei com a troca de Oliver por Rúben dando desta forma um claro sinal de que era preciso defender a vantagem de uma bola a zero… Eu teria tirado de campo Aboubakar e/ou Brahimi que pareciam estar muito fatigados e apostaria num meio campo reforçado com Rúben Neves e um Tello e Quaresma na frente de ataque para manter a defesa do Arouca sempre em sentido, mas Lopetegui é que sabe e não é fácil ter de tomar este tipo de decisões em tempo real e com a pressão do jogo.
O que importa é que o Futebol Clube do Porto ganhou e continua a pressionar o SL Benfica. Venha o CD Nacional!
Se há coisa que mais detesto é falar de arbitragens. Os árbitros erram, são Humanos e nunca serão perfeitos por muito que lhes exijamos tal. Contudo quando o erro tende sempre para o mesmo lado com protagonistas diferentes a apitar não há paciência que aguente. Não dá e lamento ter de chegar a este ponto.
Se em Guimarães eu ainda fui como o outro e fiz de mercador quanto às queixas, pelos vistos válidas, dos Azuis e Brancos sobre o Homem do Apito, já nesta partida em casa ante o Boavista sou obrigado a ter de pensar e reagir de forma diferente.
Maicon é mal expulso e houve uma enorme dualidade de critérios uma vez que os Atletas do Boavista FC fartaram-se de fazer igual cena com a sanção a cifrar-se sempre num simples cartão amarelo. E pior é o cenário quando a expulsão do Brasileiro do FC Porto se dá quase no início da partida ante uma equipa do Bessa que não fez nada mais senão anti jogo.
É uma pena e uma tristeza que cá pelo Porto tenhamos de voltar ao velho lema do contra tudo e contra todos. Fica mal ao Futebol Luso este tipo de comportamento, mas quando da parte de quem tem o poder de decisão surgem cenas como estas em benefício claro de terceiros é natural que o radicalismo venha ao de cima. Quem fica a perder com tal é o Futebol Português que parece ter entrado numa lógica de que só pode ganhar quem melhor servir os interesses da Nação.
Quanto ao jogo em si, aquilo que deveria realmente interessar, resultado mais que injusto ante um Boavista que sempre esteve mais interessado em distribuir pancadaria do que em jogar futebol.
Nada tenho a apontar ao Treinador Basco dos Dragões que mesmo com dez conseguiu manter o equilíbrio da equipa. Só não soube lidar com o estado em que o relvado se encontrava, mas é preciso relembrar os mais esquecidos de que uma vez o Futebol Clube do Porto foi obrigado a ter de jogar na piscina da Associação Académica de Coimbra, mas estas são obras típicas do Futebol Português com as quais há que saber lidar e dar a devida resposta já na jornada seguinte em Alvalade.