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Muito se tem escrito e opinado sobre o caso BES. E muitas têm sido as soluções para o problema que afunilam numa só: nacionalização do Banco.
Pessoalmente não quero discutir a solução do BES. E isto porque a única solução viável para o Banco (nacionalização) é apenas mais um passo num círculo vicioso que muita gente não quer que tenha um fim.
Com a nacionalização do BES os Mercados vão tranquilizar, os Depositantes idem, os Investidores também e os causadores da gestão danosa vão ver o seu nome julgado na Praça Pública mas não sofrerão qualquer sanção Penal/Criminal e no final tudo ficará bem para os mesmos menos do costume. Já os Contribuintes terão de apertar o cinto em mais um esforço patriótico para se evitar o descalabro de um sistema que está preso por arames.
Este sistema do empresto dinheiro ao Joaquim e depois vou pedir emprestado ao Manuel sendo que o José cobra a este Juros altíssimos para poder pagar o que deve ao Joaquim colapsou.
Ou melhor dizendo, este funciona desde que existam meios que o mantenham a funcionar sobre rodas mesmo estando este completamente degastado e à beira do colapso. Tal é o que sucede nos Estados Unidos da América onde a Reserva Federal Norte-americana tem um papel interventivo muito grande na Economia e onde as Empresas de Rating actuam de forma a proteger os interesses do País.
Cá pela Europa o que faz o Banco Central Europeu em termos de regulação do Sector Bancário/Económico/Financeiro? Nada. Limita-se a baixar e a subir as Taxas de Juro na vã esperança de que a Economia da Zona EURO, e não só, dê sinais de retoma. Tudo o resto que vai desde a regulação/monitorização do Sector Bancário, passando pela Economia e terminando nas Finanças está nas mãos dos Reguladores de cada Estado-membro (no caso de Portugal tal cabe ao Banco de Portugal). Mas sucede que estas mesmas Entidades tiveram forçosamente de ceder a maior parte dos seus poderes ao Banco Central Europeu aquando da criação do EURO.
È por isto que eu disse no início que em vez haver esta obrigação de ter de se ir a correr para a Nacionalização de um qualquer Banco sob a ameaça do Armageddon, seria preferível que os Líderes Europeus começassem a “mexer o rabinho” com caracter de urgência porque qualquer dia não vão haver Contribuintes para salvar Bancos.