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imagem de zerozero
Não me alongando muito sobre o último jogo do estágio do Futebol Clube do Porto na Alemanha queria começar por dizer que começam a surgir soluções mas o problema maior mantem-se. Dito de outra forma, foi com muito agrado que vi o regresso da pressão alta (coisa que Lopetegui tinha um asco daqueles), foi também com agrado que vi as rotinas de um mais do que provável 4x3x3 a serem cada vez melhores e é também com enorme agrado que vejo André Silva a afirmar cada vez mais como o “artilheiro” dos Dragões para a nova época, mas o problema da defesa que Lopetegui e Peseiro não conseguiram solucionar mantêm-se…
Começa a ser mais do que urgente a contratação de um central que imponha o respeito e traga alguma definição à linha defensiva Azul e Branca. Na imprensa desportiva há quem se4 “atire” a Felipe – que hoje voltou a estar mal no golo dos alemães – mas não creio que o problema resida num atleta que acabou agora de chegar ao futebol europeu. Para mim o problema está no facto de tanto Reyes como Marcano serem um “zero absoluto” em termos de centrais. São lentos, previsíveis e não tem técnica (o que os impede de ajudar a equipa nas saídas para o ataque). Chidozie não é - ainda – uma alternativa. Repito mais uma vez; é urgente contratar um central de qualidade!
Quanto ao resto há que dizer que o Futebol Clube do Porto 2015/16 começa a tomar forma. Nuno Espírito Santo está a tentar recuperar uma filosofia de jogo que fez de André Villas-Boas um Treinador de sucesso no comando do FC Porto, estão a surgir algumas aradáveis soluções para certos sectores onde habitavam algumas “primas donas” (Octávio e João Carlos Teixeira são disto exemplos), Bueno é cada vez mais (devagar, devagarinho) uma alternativa para a ligação entre o meio capo e o ataque, etc. Em suma Nuno está a “montar” uma boa equipa mas falta-lhe aquele “upgrade” que já aqui falei para que passe de boa equipa a equipa excelente capaz de lutar por todas as frentes com os seus rivais.
Agora uma coisa é certa, “Roma e Pavio não se fizeram num dia”. Convêm não esquecer que o Dragão esteve durante dois anos a praticar um futebol terrivelmente lento, pachorrento e altamente previsível e isto de se mudar processos no futebol é algo que leva o seu tempo e exige muito trabalho. Por isto deixem-se lá de fatalismos de treta.
Chave do Jogo: Apareceu no minuto 58´, altura em que Bayer Leverkusen empatou a partida. Até aí os Portistas estavam por cima na partida mas após o golo dos germânicos os Dragões perderam algum discernimento. Os alemães também não mostraram capacidade e querer para “quebrar” o empate pelo que o equilíbrio acabou por ser a nota dominante até ao fim da partida.
Positivo: Pressão alta. As grandes equipas não deixam que o seu adversário jogue o seu futebol. Finalmente o Futebol Clube do Porto tenta recuperar aquilo que perdeu há muito: a pressão alta. A continuar Nuno!
Negativo: Centrais precisam-se. Nunca é demais repetir que uma boa defesa precisa de um “patrão”. Não se espere que o recém-chegado Felipe seja o tal “patrão” pelo que há que ir ao mercado com urgência. De preferência antes do jogo com o Rio Ave.
Desta vez irei somente partilhar algumas notas de realce sobre este último jogo de preparação do FC Porto. Isto porque, embora tenha assistido ao jogo do princípio ao fim, corro o sério risco de parecer um disco riscado e voltar a expor o que já aqui expus num texto anterior dado que os problemas se mantêm (vá se lá saber porquê).
Baliza: Neste sector confirma-se o que tinha pensando ainda antes da pré época arrancar. Iker Casillas é muito bom entre os postes e uma desgraça com s bola nos pés e a sair da baliza nos lances aéreos. Aspectos que devem ser melhorado com urgência dado que tudo indicia que Iker vá ser o dono da baliza Portista por Decreto. Por seu turno Helton mostrou uma muito maior segurança na baliza, o que tranquilizou a equipa na segunda parte e permitiu que esta subisse no terreno com maior à vontade;
Defesa: Marcano continua a calar muito boa gente e a dar sinais de que será o “patrão” que a defesa Azul e Branca tem procurado com uma candeia na mão nas últimas duas Temporadas. Muito seguro e concentrado. A ver vamos se O espanhol consegue apresentar este nível exibicional nos jogos a sério. O mesmo se pode dizer de Alex Sandro. Por sei turno Ricardo Pereira deu mostras de que não será uma boa opção como defesa lateral direito e Maxi demonstrou que tem ainda muito para aprender.
Meio campo: Tem muito potencial mas é notório que não sabe o que tem de fazer em campo. André André e Danilo Pereira trouxeram consigo um pouco da qualidade que se exige a um meio campo como o do FC Porto. Por seu turno Evandro e Sérgio Oliveira desiludiram dado que estiveram muito abaixo do exigido. Há que continuar a trabalhar, e com muita insistência, este sector do campo. E é bom que se faça tal com rapidez pois o jogo oficial contra o Guimarães está cada vez mais perto.
Ataque: É-me muito complicado tecer uma opinião sobre o que se passou neste sector do relvado. Isto porque a bola quase nunca chegou em condições aos avançados. Ora Brahimi insistia nas suas jogadas individuais, ora Aboubakar e Varela tinham de vir ao meio campo buscar jogo. As entradas de Tello e Bueno não mudaram muito este triste figurino. Bueno bem que tentou (e levou porrada q.b. por causa de tal), mas um Homem só não pode fazer tudo.
Sistema de jogo: Embora a transmissão televisiva não deixasse tirar grandes ilações, acho que os Portistas apostaram somente no seu habitual 4x3x3. Só que fizeram-no recorrendo à estapafúrdia e já por mim imensas vezes criticada posse pela posse. Uma equipa como o Futebol Clube do Porto não pode, nem deve, passar o jogo todo a trocar a bola por todo o campo e tentar entrar com ela pela baliza adversária adentro. Não dá, ponto! Será bom que se abandone tal maneira de estar no futebol dado que tal não nos leva a mais lado nenhum senão à satisfação efémera de que se teve uma grande percentagem de posse de bola. Também acho incompreensível que todas as jogadas ofensivas do FC Porto tenham obrigatoriamente de começar na defesa e passar por todos os elementos da dita. E também não percebo a razão de se lateralizar o jogo com passes longos se não existe velocidade de execução nos lances.
Efectivamente jogos a dias da semana são um sacrifício para mim, pois tenho quase invariavelmente de fazer uma “tremenda ginástica” para poder seguir a partida. Este jogo de preparação que os Dragões realizaram em Mönchengladbach foi, por isto, seguido aos bocados e isto impede-me de poder tecer uma opinião segura sobre o que se passou, mas assim que soube que o FC Porto se encontrava a perder por duas boas a zero rapidamente me veio á cabeça o velho problema deste Dragão de Lopetegui: a posse pela posse. E pelo que o zerozero diz na sua edição online não andei muito longe da realidade, senão vejamos:
Circulação inconsequente da primeira parte, que se tornou inofensiva pela incapacidade de os homens da frente acelerarem o jogo e encontrarem espaços de rutura.
Nem é preciso dizer mais nada. Apenas acrescento que foi mais ou menos isto que fui vendo nos “recortes” do jogo que consegui ir assistindo. Já vai sendo hora de se acabar com isto e de se adoptar uma postura completamente diferente. Especialmente quando a equipa se apanha a perder.
Rematar mais vezes à baliza em vez de se ir em tabelas até se entrar pela baliza adversária adentro e melhorar a eficácia dos cruzamentos são aspectos que Julen Lopetegui deve aproveitar para melhorar no estágio. E é bom que o faça rapidamente pois já não falta muito para que a bola comece a rodar a sério.
Ainda sobre a questão da posse pela posse falta dizer que sou da opinião de que seguir este sistema à risca pode muitas vezes ser um tremendo perigo. Isto porque ou a máquina está bem oleada ou alguém faz asneira e está o caldo entornado, basicamente foi o que sucedeu neste Borussia Mönchengladbach 2 x FC Porto 1. È que cá pelo nosso campeonato existem muitas equipas que jogam desta maneira e não hesitarão em fazer o mesmo que os Alemães fizeram aos Portistas.
Quatro notas finais:
- Continua a faltar velocidade de execução a este FC Porto. Este assunto já deveria estar mais do que corrigido;
- Os defesas laterais tem de melhorar o seu desempenho nos cruzamentos e é bom que o falam com urgência pois esta é a melhor altura para se melhorar o que está mal;
- Pareceu-me que Brahimi joga muito melhor, e mais à vontade, na posição 10 (como distribuidor de jogo) do que como extremo. Para mais com o Argelino nesta posição acabam-se os estapafúrdios lançamentos longos dos centrais para os laterais que depois não sabem o que fazer com a bola quando alcançam a linha de fundo da equipa adversaria;
- Por último fico satisfeito por saber que Julen Lopetegui está a estudar várias alternativas ao tradicional 4x3x3. Só falta acabar com a posse pela posse e colocar na equipa maior velocidade de execução e o FC Porto fica pronto para enfrentar a nova Temporada.
Dei ao acaso com este artigo num mural do facebook de uma pessoa amiga. Como o tema do dito me diz respeito eis que perdi um pouco do meu tempo a lê-lo.
Ao princípio até que partilhei dos pensamentos da Filipa Rebelo porque passei pelo mesmo processo que a Cronista descreve e sei dar o devido valor. Contudo o suspiro final da dita Crónica fez-me torcer o nariz de uma forma tal que acabei por desvalorizar tudo o que fora exposto atrás. Diz a autora que “Um dia, quando tiver filhos, vou-lhes dizer para não irem para Direito.” Frase mais hipócrita que esta não existirá no Mundo inteiro de certeza!
Para além de hipócrita a Cronista acaba por se contradizer. Em determinada altura a mesma diz que “A minha geração teve (tem) azar na altura em que acaba por entrar no “mercado de trabalho”: estava a começar a “crise”, aquela que dura até hoje. Mas a culpa de tudo aquilo por que passamos não foi só da crise, mas de todo um sistema que está errado desde o início, ou seja, desde o ingresso na faculdade, mas isso é outra história.”
Ora quem me garante que na altura dos meus Filhos terem de ingressar na Faculdade a crise não terá desaparecido e o tal de “sistema” sido alterado? Ou melhor, poderá a Filipa Rebelo garantir com certeza que nada mudou quando os seus Filhos terminarem uma Licenciatura em Direito? Ou será esta uma forma de lançar um aviso à navegação numa de não venham para Direito porque eu quero ter o meu espaço?
Vejamos fazer uma Licenciatura numa qualquer área é mais do que escolher algo com ou sem saída profissional. É o culminar de um processo que começa aos seis anos das nossas Vidas que se encerrará na formação numa área que nos moldará a Vida para todo o sempre. Ninguém vai para o Curso A ou B somente porque hoje em dia o dito tem muita saída. Para mais pode muito bem suceder que aquando do final da Licenciatura no tal “Curso com muita Saída” este não venha a ter saído alguma!
È um facto que no Direito as coisas não são fáceis. Exige-se muito do aluno na Faculdade, usa-se e abusa-se do Estagiário e quando nos inscrevemos na Ordem temos que lutar contra uma concorrência feroz e fazer face a muitas despesas que obrigam a que a ajuda de custo familiar se prolongue para lá da Faculdade, mas isto é assim para todas as áreas! Hoje em dia nem os Médicos têm emprego garantido cá pelo Burgo!
O que os nossos Filhos precisam é que os ajudem a fazer frente a um Mundo cada vez mais competitivo e insensível. O que estes precisam é que os ensinem a lutar pelos seus objectivos e a defender os seus ideais e não de alinhar na hipocrisia derrotista própria de um egoísmo Lusitano cada vez mais latente e ”cravado” na nossa Sociedade.
E pronto, eis que a nossa Selecção fechou com chave de ouro o seu estágio de preparação nos Estados-unidos. A República da Irlanda é uma equipa “fraquinha” que esteve sempre mais interessada em dar “pancadaria” do que em jogar à bola, mas tal não retira brilho algum a uma vitória "bem gorda" de Portugal.
Mas mais importante que o resultado foi a exibição e o sinal muito positivo que a equipa de Paulo Bento passou. O grupo de trabalho está unido, a vontade de trabalhar é muita e a humildade/racionalidade parece ter tomado conta de uma equipa que sabe muito bem quais são as suas limitações e o que quer tentar fazer no Mundial do Brasil.
Não sou grande fã de Paulo Bento, mas tenho de reconhecer que o Seleccionador conseguiu criar um bom ambiente na Equipa de Todos Nós e com isto seja quem for que entre em campo dá sempre o litro. Até Hugo Almeida e Silvestre Varela que costumam realizar exibições muito medianas mostraram bom serviço, baralhando positivamente as contas do Treinador no que ao onze que irá defrontar a Alemanha diz respeito.
Cristiano Ronaldo esteve em grande neste jogo. Nem parece que esteve lesionado! Assim como Meireles que também esteve muito bem.
O ponto negativo nesta partida, a meu ver, foi Rui Patrício que confia demais nos golpes de vista em certos momentos do jogo. Como tal não veria com maus olhos que o Seleccionador o sentasse no banco em detrimento de Beto ou Eduardo porque a Alemanha não é para brincadeiras.
Agora é manter os pés bem assentes na Terra. Portugal é um País demasiado pequeno para almejar conquistar o Título Mundial, mas é uma equipa que tem capacidade para estar entre os quatro melhores do Mundo. Mas para isto há que trabalhar muito e com bastante humildade.
Venha a Alemanha que está armada em importante. E atenção que a fase de grupos do Mundial só tem apenas três jogos!