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Quando fiz a antevisão da deslocação dos Dragões a Arouca tinha dito que era imperativo o Futebol Clube do Porto marcar cedo. E foi isto que aconteceu para o bem de toda a Nação Azul e Branca. Os Portistas ganharam num campo difícil onde os donos da casa não quiseram, em momento algum, mostrar a subserviência que mostraram num passado não muito distante.
Quanto ao jogo em si, eu digo sempre que o mais importante é vencer mesmo sem convencer e, basicamente foi esta a impressão com que fiquei após esta vitória Azul e Branca em Arouca. Isto porque, ao contrário de muito boa gente, não estou em crer que o FC Porto tenha realizado uma boa partida de futebol. Então na primeira parte do referido jogo o FC Porto quase não se viu em campo (assim como o Arouca). É verdade que desta vez os Portistas “mexeram-se” mais, foram agressivos q.b. e houve uma maior liberdade criativa (Lopetegui não “amarrou” tanto a equipa ao seu futebol de posse), mas os dois primeiros golos Azuis e Brancos surgiram de jogadas individuais e não da força do colectivo. Só o terceiro golo Portista é que surge de uma jogada com princípio, meio e fim. Ou seja, o problema é o mesmo de sempre e já dura há tempo a mais mas seria de bom-tom que se resolvesse de uma vez por todas pois vêm aí uma semana tremendamente complicada para os Dragões com a recepção ao Chelsea e Benfica. Não se pode, nem se deve, encarar os jogos á espera de um rasgo individual de um qualquer Jogador.
Quanto a Julen Lopetegui, sou da opinião que tanta “mexida” táctica num jogo onde se está a vencer não abona muito a favor da equipa. Este tipo de iniciativas “quebra” a unidade e ritmo de um colectivo que se quer forte e preparado para os jogos mais complicados. Assim como também não me agrada mesmo nada a ideia de se retirar um extremo para se colocar um médio de características defensivas em campo quando se esta a vencer por uma bola a zero. Por acaso a coisa em Arouca até que correu bem mas este tipo de pensamento poderá trazer muitos dissabores no futuro.
Relativamente aos reforços Mexicanos Miguel Layún e Jesús Corona penso que não há muito a dizer senão que cumpriram o seu papel. Corona deu nas vistas porque marcou dois golos mas ainda é cedo para se avaliar a real valia do Atleta. O mesmo, na minha opinião, se pode dizer de Layún que mostrou ser esforçado, Vamos com calma com este dois Jogadores e não entremos em euforias porque a malta adepta do Dragão vai do oito ao oitenta num abrir e fechar de olhos.
Chave do jogo: Penso que quase toda a gente saberá de antemão qual foi a chave desta importante partida. Para quem não sabe eu digo qual foi: a inclusão e Rúben Neves no onze inicial Azul e Branco. Com Rúben em campo a bola circula com uma segurança impressionante e o raio da pasmaceira do tiki taka acaba por ser atenuada porque Rúben sabe como e onde deve colocar uma bola jogável em perfeitas condições à disposição dos seus companheiros. Por mim Herrera passava a estar sempre no banco e Rúben ocuparia a importante posição 8..
Positivo: Neste campo destaco André André que fez um jogo brilhante e deu tudo o que tinha e não tinha nas mais variadas posições do meio campo e ataque em que Lopetegui o colocou ao longo dos 90 e poucos minutos da partida. Ainda neste âmbito destaco, mais uma vez, Aboubakar que voltou a calar muita gentinha maldosa que via nele um tremendo flop.
Negativo: Yacine Brahimi. Quer-me parecer que o Argelino rende muito mais na posição 10 no apoio aos avançados, mas um Jogador tem de estar na disposição de dar sempre o litro mesmo quando não está na sua posição preferida. Brahimi jogou pouco mas também fez pouco por melhorar durante o jogo. È verdade que é um erro colocar este grande Jogador como extremo, mas a atitude em campo é algo que todos necessitam de mostrar até porque o Futebol Clube do Porto não é um Clube qualquer.