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Jogo do nosso campeonato

por Pedro Silva, em 22.09.18

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imagem retirada de zerozero

 

Começo por dizer que me estou nas tintas para o que alguma da nossa Comunicação Social se tem preocupado em fazer “eco”. O grande objectivo do futebol é marcar-se mais golos do que o adversário. Hoje o Futebol Clube do Porto marcou dois golos e o Vitória Futebol Clube (mais conhecido por Vitória de Setúbal) não marcou nenhum.Concluindo; os Dragões venceram em Setúbal e somaram mais três pontos. O resto são – essencialmente - “bolos e bolinhos para se enganar tolos e tolinhos”.

 

Contudo, apesar de a “estrelinha de campeão” fazer parte desta cosia que se chama futebol, existem algumas ilações que Sérgio Conceição deve, a meu ver, retirar. A primeira é que este FC Porto continua, incompreensivelmente, a ter uma tremenda dificuldade em controlar um jogo que esteja a vencer. Os portistas já podem contar com os serviços de Danilo Pereira para ver se acabam de vez com esta “malapata” que já custou três preciosos pontos num passado não muito distante, contudo o internacional português está ainda longe da sua habitual forma e não creio que seja só ele a estar em “tão mau estado”. Otávio parece não ajudar nos processos defensivos e o capitão Herrera, outro dos elementos “vitais” do trio que compõe o meio campo portista, está muito abaixo do seu habitual desempenho mediano. Talvez tal explique muito deste Futebol Clube do Porto que insiste em dificultar o que não tem de ser difícil.

 

Outro aspecto sobre o qual me parece importante que Sérgio faça uma reflexão assenta na clara e manifesta dependência dos azuis e brancos dos rasgos individuais de Yacine Brahimi e Moussa Marega. Se o argelino e maliano não tiverem um “golpe de génio e/ou força”, o Futebol Clube do Porto desparece em termos ofensivos. Hoje tal ficou bem patente no primeiro golo dos Dragões. Marega teve uma das suas arrancadas, cruza para a área sadina, Maxi falha e na carambola Aboubakar marca o tento inaugural. Depois tivemos o habitual “apagão” ofensivo colmatado, aqui e acolá, por alguns lances de perigo na área da equipa de Lito Vidigal. Muito pouco para uma equipa portista que em breve terá de medir forças na Luz.

 

Como podemos verificar, os problemas deste FC Porto são reais. Tal não muda em nada o que disse no inicio, mas seria importante que Sérgio Conceição se concentrasse em procurar resolver estes problemas do que em esperar que eles se resolvam por si.

 

Ah. Um aparte. Na próxima Sexta os Dragões recebem o Tondela de Pepa. Uma equipa campeã do anti jogo. Sérgio Conceição que não tome as devidas cautelas e depois que venha para a Praça Pública queixar-se do óbvio.

 

MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. Foi dos pés de Marega que surgiu o primeiro golo portista. Não obstante tal, Moussa foi sempre uma tremenda dor de cabeça para um “durinha” defensiva sadina. A ver vamso se melhora a sua forma e volta a ser aquele Marega que na época transacta espalhou o terror nas defensivas adversárias.

 

Chave do Jogo: Apareceu no minuto 78´, altura em que Sérgio Oliveira marca o segundo tento dos portistas e sentencia, desta forma, uma partida onde a equipa da casa  lutou bravamente por um resultado positivo.

 

Arbitragem:  Há um lance que deixa muitas dúvidas no trabalho de Manuel Oliveira, esta noite, no Bonfim. O árbitro da AF Porto deixou seguir um lance entre Berto e Felipe, à passagem do minuto 20, mas parece de facto haver contacto. A única dúvida parece mesmo ser a cor do cartão que deveria ter sido exibido ao central brasileiro. 

 

Positivo: 3 pontos e liderança. Efectivamente o que se pode retirar de positivo é a vitória do FC Porto e a consequente liderança da Liga NOS. A ver vamos agora o que fazem Benfica e Sporting,

 

Negativo: Felipe. Prometeu muito no arranque da temporada, mas desde que foi convocado para jogar pelo Brasil o central parece ter perdido muita da qualidade que se lhe reconhece.

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publicado às 23:55


Para o Coentrão com amor

por Pedro Silva, em 10.12.17

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imagem retirada de zerozero

 

Após a vitória do Sporting Clube de Portugal no Estádio do Bessa, Fábio Coentrão, atleta do Real Madrid CF que está emprestado ao Sporting, veio para a Praça Pública dar uma de vidente- Ora segundo o Vidente Coentrão o Futebol Clube do Porto ia perder em Setúbal diante ad equipa local. Era um felling, dizia o entendido nestas coisas da adivinhação. Ora como sucede com qualquer outro vidente, Coentrão enganou-se no seu desej… (perdão) na sua previsão. Isto porque os Dragões ganharam em Setúbal e até que foram capazes de produzi um resultado tal que coloca o Sporting CP numa posição na tabela classificativa que nem deveria ser o seu dado que têm sido muitos e manifestos os “empurrõezinhos” para a frente que “amigos do apito” tem dado aos leões. Mas eu se fosse ao Coentrão voltava a tentar adivinhar o resultado final dos próximos jogos do FC Porto dado que tal façanha “coentriana” parece dar ênfase e força a este Futebol Clube do Porto.

 

Colocando de lado as patetices “coentrianas”, vamos então ao jogo do Bonfim.

 

Foi uma partida que se realizou em condições atmosféricas terríveis e num relvado que até que se aguentou razoavelmente bem não obstante a enorme quantidade de chuva e vento que se fez sentir durante os 90 e poucos minutos. Estes goram dois males que, à partida, deveriam ter prejudicado ambas as equipas. Contudo o Vitória FC (ou Vitória de Setúbal, como é mais conhecido) parece ter-se ressentido das más condições climatéricas e da ridícula estratégia que José Couceiro escolheu para este jogo. Couceiro já deveria saber que isto de se jogar com um autocarro na defesa/bola para a frente e Edinho que resolva funciona quando os minutos passam e a equipa adversária não marca. E tal também não funciona quando tudo se desmorona após o primeiro golo sofrido… O José que pense bem nisto em vez de vir para a Comunicação Social queixar-se de uma falta que mais ninguém viu (a não ser os “isentos” comendadores da SportTv e a cambada do “Benfiquistão”). Salvo alguma “prova” em contrário, o primeiro golo de Aboubakar é (perdoem-me a expressão) “limpinho, limpinho”. O resto é música.

 

E realmente o resto do jogo é mesmo música. Após o primeiro golo o Futebol Clube do Porto consegue assentar o seu jogo e o Vitória simplesmente desaparece. Mérito dos portistas que souberam aproveitar um lance de boal parada para se colocar em vantagem, mas era perfeitamente escusado terem passado por dificuldade até este tal golo. E também não percebo porquê razão se deixou de rematar de longe à baliza dos sadinos. Espacialmente depois de ter visto Danilo Pereira a fazer tal coisa com uma eficácia quase sublime (faltou ter entrado na baliza).

 

E mais não há para dizer de uma partida que Sérgio Conceição aproveitou – e bem - para gerir o esforço dos seus jogadores dado que na próxima Quinta-feira há que medir forças com o outro Vitória (este de Guimarães) em mais uma eliminatória da Taça de Portugal.

 

MVP (Most Valuable Player): Vincent Aboubakar e Moussa Marega. Dois “tanques” que espalharam o “terror” na defesa sadina. Nem as condições climatéricas adversas os conseguiram parar. Os 5 golos que marcaram foram o corolário de uma excelente exibição a todos os níveis.

 
Chave do Jogo: O golo inaugural do FC Porto marcado no minuto 31. Este golo acabou por ser o factor determinante de tudo o que viria a suceder até ao fim do jogo. Tal como no jogo anterior diante do AS Mónaco.

 

Arbitragem: Tiago Martins apareceu muitas vezes na partida, e isso não costuma ser um bom sinal. No lance do penálti portista, errou ao não expulsar Vasco Fernandes quando o próprio pensava que a partida para si já tinha acabado, mesmo depois de ver as imagens. Até admira o VAR ter funcionado num jogo do Futebol Clube do Porto. A ver se tal volta a suceder mas em situações bem mais complicadas do que esta.

 

Positivo: A vontade de vencer. Não sei se hoje o FC Porto entrou “picado” pelas declarações de Fábio Coentrão ou se este sabia que tinha de vencer para voltar a liderar isolado a Liga NOS, mas confesso que gostei de ver esta vontade de vencer.

 

Negativo: Tremedeira inicial (outra vez). Já aqui falei nisto e volto a tocar no assunto pois no futuro tal não pode (nem deve) acontecer numa equipa como o FC Porto. Tanto passe falhado no início da primeira parte diante de um adversário que pouco pressionava é incompreensível.

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publicado às 23:55


Venha mais um voucher sff!

por Pedro Silva, em 29.10.16

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Imagem retirada de zerozero

 

Efectivamente venha um voucher para João Pinheiro e sua equipa de arbitragem pelo excelente serviço prestado à nação benfiquista no Estádio do Bonfim!

 

 Ao contrário do que os “pseudo” comentadores - sempre muito ávidos no elogio ao “encarnado” - sou da opinião de que o Futebol Clube do Porto fez o suficiente para vencer em Setúbal, mas um cavalheiro vestido de “encarnado” (coincidências…) não o deixou ao não ter assinalado três (3!) grandes penalidades a favor dos Dragões! E como se não bastasse, eis que João Pinheiro deixou que os sadinos jogassem o seu futebol violento sem a mais pequena advertência… Só para que se tenha uma ideia, somente ao minuto 42 vimos o cavalheiro do apito a exibir um cartão amarelo a um jogador do Setúbal (jogador este que vinha cometendo faltas atrás de faltas). Mas pronto, havia que criar uma “almofada” para o caso de as coisas correrem mal ao SL Benfica na próxima jornada. Adiante.

 

Entrando agora no jogo jogado – aquilo que mais me interessa – mantenho o que disse. O FC Porto não jogou mal. Já o Vitória FC não jogou absolutamente nada (pergunto-me o que faz uma equipa destas na divisão principal do nosso futebol). Então o que poderiam os Azuis e Brancos ter feito de melhor? Ter sido mais eficazes na altura de empurrar a “redondinha” para dentro da baliza sadina. Era escusada tanta finta na hora de rematar à baliza… Se bem que tal se compreende porque tanto André Silva como Diogo Jota tinham de fazer tudo sozinhos porque o meio campo portista estava bem lá atrás a fazer pressão sobre um qualquer adversário imaginário… Demorar 20 e poucos minutos para começar a pressionar o Setúbal à saída da sua grande área é obra!

 

Não percebo a razão pela qual Danilo Pereira tem de estar sempre tão recuado (quase em cima da dupla de centrais)… O moço até que tem técnica e uma boa visão de jogo, pelo que acho que este teria sido de uma utilidade tremenda a um Oliver Torres - em baixa de forma - que não teve ninguém a ajudar na tarefa de combater o super povoado meio campo setubalense… Sim, o Óliver estava sozinho porque Héctor Herrera não entrou em campo (como sempre). Ora não admira, portanto, que depois tenhamos um Futebol Clube do Porto a lateralizar o seu ataque durante quase toda a partida (com tudo o que de mau e bom isto possa ter).

 

Quanto às substituições - tendo em consideração a forma como tudo estava a decorrer - não creio que Nuno Espírito Santo tenha estado mal. Jogou as cartas que tinha do baralho que escolheu levar para esta partida e não creio que pudesse fazer outra coisa. Tenho lido e ouvido os “comentadores” a dizer que Nuno deveria ter apostado em Depoitre dado que a elevada estatura do belga iria permitir ao FC Porto recorrer ao “chuveirinho”. Ora bem, esta tal de “solução” já foi tentada em Tondela e ficou bem patente que o belga não serve para este tipo de jogo… Mais alguma ideia brilhante Srs. “comentadores”? Não? Bem me queria parecer. É que ainda ontem ouvi um comentador criticar Jorge Jesus porque não é com muitos avançados que se ganha um jogo. Coerências.

 

Chave do Jogo: Inexistente. O Futebol Clube do Porto bem que teve várias oportunidades para sentenciar a partida (já o Vitória Futebol Clube não fez nada por isto), mas em momento algum o conseguiu fazer. Em suma; não houve lance algum que tivesse feito pender a vitória para qualquer um dos lados.

 

Arbitragem: Negativa. Péssima a actuação de João Pinheiro e a sua equipa de arbitragem neste jogo. Tolerou até ao limite o antijogo dos vitorianos, permitiu que a equipa do Vitória fosse violenta q.b. e não assinalou três grandes penalidades a favor dos Dragões.

 

Positivo: Iván Marcano. Quem diria que este Marcano é o mesmo que parecia uma “gelatina” nos tempos de Julen Lopetegui? Sempre muito bem posicionado e sem inventar na hora de fazer o corte. É isto que se exige a um central. Muito bem Marcano!

 

Negativo: Óliver Torres. Não pelo golo escandalosamente falhado mas sim porque parece estar a atravessar um mau momento de forma. Uma troca causal por Rúben Neves não lhe faria mal nenhum.

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publicado às 22:27


Vitória fraquinha ante um fraquinho Vitória

por Pedro Silva, em 19.03.16

imgS620I171867T20160319222253.jpg 

Imagem de zerozero

 

Começo a minha análise ao Vitória FC 0 x FC Porto 1 dizendo que o Dragão está a demonstrar uma tremenda dificuldade em erradicar de vez com as tretas “Lopeteguianas”. É que todas as semanas vou assistindo à mesma coisa: o Futebol Clube do Porto a entrar muito forte nas partidas para a partir do minuto 30 entrar numa espécie de “morronice” onde se passa a bola de um lado para a o outro na esperança de que alguém tenha um rasgo de génio que resolva o jogo. Hoje foi exactamente isto que aconteceu ante um Setúbal muito fraco… Diria até mesmo fraquinho! Fosse este Vitória uma equipa de categoria e os Portistas não teriam vencido no Estádio do Bonfim.

 

Em suma, o Futebol Clube do Porto teve hoje uma vitória igual - em todos os aspectos - àquelas que conquistava nos tempos de Julen Lopetegui. A diferença está no discurso final dado que Julen dizia sempre que tinha defrontado um adversário muito complicado (do nível de um Bayern, Real Madrid ou Barcelona), enquanto José Peseiro se congratula pela conquista dos três pontos sem no entanto se mostrar pouco satisfeito com aquilo que a sua equipa produziu em campo.

 

Para mim o grande problema do Futebol Clube do Porto – para além das patetices de Casillas e do raio do “tiki taka” de Lopetegui que tarda em desvanecer - está no meio campo. Bem sei que muita gente aponta o dedo à defesa Azul e Branca mas tivessem os Dragões um meio campo mais dinâmico que permitisse à equipa passar da defesa para o ataque (e vice versa) sem “burocracia” de certeza que equipas com a categoria deste Setúbal seriam derrotadas por números expressivos mesmo quando jogam na sua casa. E os Azuis e Brancos até que tem atletas de qualidade para poderem apresentar um meio campo que permita à equipa defender com qualidade e aproveitar as transições rápidas/contra ataques, mas isto de andar um ano e maio a fazer de conta que era o FC Barcelona acabou por dar nisto que todos vemos…

 

Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum do jogo ambas as equipas tiveram um (ou vários momentos) em que poderiam ter “matado” o jogo. Na primeira parte foram os Portistas a “estar por cima” e na segunda foi a vez dos Vitorianos fazerem idêntico papel.

 

Positivo. Chidozie, Sérgio Oliveira e Herrera. Chidozie mostrou uma enorme segurança no eixo da defesa e nunca comprometeu em momento algum, Sérgio Oliveira esteve simplesmente impecável em todos os aspectos num meio campo comandado por Herrera que está a realizar um final de temporada muito interessante.

 

Negativo: A falta de dinâmica da equipa Azul e Branca. Para se ganhar os jogos não basta andar devagar, devagarinho, com a bola em posse para trás e para os lados até que alguém tenha a felicidade de marcar o golo.

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