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imagem retirada de zerozero
Efectivamente o futebol é um coisa muito engraçada. Aquando da primeira passagem pelo Futebol Clube do Porto, Moussa Marega foi apelidado de tudo e mais alguma cosia pelos adeptos portistas. O internacional maliano teve, inclusive, de sair do clube no final da temporada. Este saiu pela porta pequena na altura. Hoje Marega é, somente, o atleta que terá hoje dado o título de campeão ao Futebol Clube do Porto.
Deixando os pormenores de parte, quanto ao jogo da Madeira sou da opinião de que era desnecessário ter-se sofrido tanto. Especialmente quando o CS Marítimo ficou reduzido a dez unidades por expulsão do seu Guarda-redes Amir. Isto porque para fazer entrar o Guardião Charles Daniel Ramos, treinador da equipa madeirense, retirou do campo Cléber (o melhor em campo do Marítimo na minha opinião) e com isto entregou, por completo, o jogo aos Azuis e Brancos tendo dado um claro sinal à sua equipa de que o empate era o resultado pela qual os seus pupilos deveriam lutar. Caberia a Sérgio Conceição ter arriscado um pouco mais em vez de insistir no jogo afunilado que a dupla Otávio e Brahimi promoviam. Admito que a ideia de Sérgio até que era boa, pois a colocação de Brahimi e de Otávio no meio campo permitia ao FC Porto um maior controlo do meio campo, mas fazer tal diante de uma equipa que só pensou – quase em exclusivo – no empate é um desperdício de tempo. Por aí se explica a razão pela qual a partida chegou ao intervalo empatada a zero.
Apesar de tudo Conceição soube ir “mexendo” na equipa por forma a melhorar um futebol que mais parecia o de um miúdo (entenda-se FC Porto) a chutar a bola contra uma parede (falo, obviamente, do CS Marítimo). O problema é que estas “mexidas” pecavam por tardias… Jesús Corona pode não ter entrado bem no jogo, mas a verdade é que este colocou um ponto final no afunilamento ofensivo que aumentava (cada vez mais) a moral do “muro” defensivo do Marítimo. A entrada (muito tardia na minha opinião) de Óliver para o lugar de um “estourado” Sérgio Oliveira ajudou a colocar um ponto final numa partida que eu já acreditava que ia terminar empatada a zero. O que também me pareceu ter sido uma perda de tempo foi a aposta na frente de ataque Soares/Marega. Ambos são muito esforçados. Tiquinho e Moussa deixam tudo em campo, mas penso que o futebol de Marega se dá muito melhor com alguém cujo estilo de jogo se parece muito com o de Aboubakar que joga de muitas vezes de costas para a baliza em tabelas com os colegas de equipa. Falo, obviamente, de Gonçalo Paciência e acredito que a aposta no internacional português ao lado de Marega poderia ter evitado tanto sofrimento portista no Estádio dos Barreiros.
Contudo, opiniões à parte, a verdade é que o Futebol clube do porto venceu hoje num campo tradicionalmente complicado e está um pequeno passo de se sagrar campeão. E tudo isto graças a um “tosco” chamado Moussa Marega.
Um aparte. Espero que após a vitória portista na Madeira a palhaçada das denúncias anónimas (cujo autor é bem conhecido de todos nós) tenha um fim. Já chega de ridicularizar a Justiça e os seus Agentes. Quem de direito que assuma de uma vez por todas os seus erros. Erros que estão prestes a ditar o fim de um determinado “Penta” (e vamos a ver se não ditam a perda de mais alguma coisa).
MVP (Most Valuable Player): Óliver Torres. O internacional espanhol não entrou de início (só jogou na segunda parte), mas foi - de longe - o melhor em campo dado que foi ele o único capaz de “destruir” o muro defensivo do CS Marítimo com a sua visão e capacidade de passe.
Chave do Jogo: Surgiu com a entrada de Óliver Torres em campo para resolver a contenda a favor da equipa portista. A entrada de Óliver fez com que a resistência maritimista começasse a ter um fim, tal a dinâmica ofensiva que o internacional espanhol trouxe ao meio campo e ataque do FC Porto.
Arbitragem: Carlos Xistra acertou no lance mais complicado do jogo. Expulsão de Amir Abedzadeh correta. Decisão também certa ao anular um golo ao FC Porto no início da segunda parte por falta de Marcano.
Positivo: Yacine Brahimi. Autor de uns quantos lances de génio, Brahimi foi quem mais tentou “desatar um nó” que a equipa da casa insistia em tornar cada vez mais forte e apertado.
Negativo: A jogar contra dez diante de uma equipa que só pensava no empate, exigia-se mais rapidez na tomada de decisões por parte de Sérgio Conceição.
imagem retirada de zerozero
Hoje o Futebol Clube do Porto teve pela frente uma partida onde tudo poderia ter corrido mal. Só não correu porque a equipa adversária ficou reduzida a dez elementos ainda na primeira parte do jogo e porque os madeirenses não quiseram, nunca, outra coisa senão o empate.
Efectivamente os Dragões não se “podem colocar a jeito” diante de equipa de valor como este Clube Sport Marítimo. Isto de o Marítimo ter equilibrado a contenda logo após ter sofrido o golo poderia ter ditado algo de muito mau para as aspirações portistas. Bem sei que conta é o resultado final e que os portistas até dominaram o jogo quase que por completo (também contra dez…), mas preocupou-me a tremenda falta de organização defensiva que este FC Porto evidenciou no lance em que sofreu o golo do empate. Onde raio esteve o meio campo azul e branco neste lance? A tomar café na esplanada? Já que rever isto Sérgio até porque nem sempre a sorte protege os audazes. Especialmente contra equipas de qualidade como este CS Marítimo.
Preocupante foi também a imensa lentidão com que a equipa portista entrou no jogo. Confesso que gosto muito mais e ver a defesa do FC Porto com Maxi dado que este traz algum equilíbrio defensivo à equipa - Maxi não sobe tanto no campo como Ricardo Pereira e Alex Telles -, mas este equilíbrio defensivo tem de ser compensado com um meio campo muito mais veloz na gestão da posse da bola sob pena de o FC Porto apresentar um futebol altamente previsível e dependente dos “rasgos individuais” da linha da frente. Por exemplo; se um colega de equipa se encontra desmarcado na faixa, porquê razão se passa sempre a bola para o centro do campo para só depois a tentar passar para uma das faixas onde dantes estaca o jogador desmarcado? Tal contra equipas, repito, de valia como o CS Marítimo pode dar muito mau resultado.
Felizmente João Gamboa foi imprudente e acabou expulso. Tal deitou por terra toda a estratégia maritimista que passava por empatar no Estádio do Dragão. A partir deste momento os Dragões tomaram conta do jogo e impuseram o seu futebol diante de um Marítimo que se limitou a defender.
Eis então que o Futebol Clube do Porto termina o ano cível de 2017 na liderança da Liga NOS. Uma liderança merecida que bem que poderia, e deveria, ser mais “gorda” não tivessem Sporting CP e SL Benfica as “ajudas do costume”. Seguem-se agora dois jogos treinos referentes à Taça da Liga. Um puro desperdício de tempo e dinheiro.
MVP (Most Valuable Player): Moussa Marega. È impossível não se colocar como MVP um jogador que marca três golos numa partida bem complicada. Só foi pena num ou noutro lance Marega não ter tido aquela técnica que lhe permitisse ter dado um outro fim a alguns lances promissores na área maritimista.
Chave do Jogo: Surgiu no minuto 39' desta partida. João Gamboa é expulso por Manuel Mota e a partir daí os Dragões tomaram conta, por completo, dos destinos da partida sendo que os madeirenses se limitaram a defender o empate que entretanto tinham alcançado.
Arbitragem: Boa arbitragem de Manuel Mota e dos seus auxiliares. Aqui e ali algumas falhas, mas nada de considerável. Bem na decisão de expulsar João Gamboa, que foi imprudente.
Positivo: A avalanche ofensiva da segunda parte. Dá gosto ir ao Estádio e ver futebol de ataque. Especialmente quando a equipá mais forte se impõe sobre a equipa mais fraca através de lances de bom futebol. A manter e a melhorar FC Porto.
Negativo: Horário do jogo. Jogo da Liga NOS marcado para uma Segunda-feira às 21H não só é uma estupidez como é um tremendo insulto aos adeptos que se deslocam aos estádios. Só em Portugal se assiste a tamanha palhaçada.