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Isto de meter a foice em seara alheia

por Pedro Silva, em 15.10.14

Este foi um dos casos em que o futebol não foi mais forte que o resto. O Sérvia-Albânia, a contar para o Grupo I de qualificação para o Euro 2016, nunca seria um jogo pacífico, devido à história entre os dois países, e o que se passou nesta terça-feira em Belgrado só o provou. Perto do final da primeira parte, com 0-0 no marcador, um drone com a bandeira com o símbolo da Albânia começou a sobrevoar o relvado, o jogo parou e, quando o ex-benfiquista Mitrovic tentou puxar o engenho, foi empurrado por vários jogadores albaneses, situação que alastrou aos restantes jogadores e equipas técnicas, seguindo-se uma invasão de campo dos espectadores, para além de confrontos entre alguns adeptos e as forças de segurança.

 

Martin Atkinson, o árbitro inglês designado para a partida, ordenou que as equipas recolhessem aos balneários. Depois do intervalo, Dick Advocaat, seleccionador da Sérvia, ainda subiu ao relvado, mas o jogo, para o qual não foi permitida a entrada de quaisquer adeptos albaneses, já não seria retomado. 

 

In: Público

 

Kosovo, Kossovo, Cóssovo , Cossovo ou Cosovo (Sérvio: Косово; em Albanês: Kosova ou Kosovë) é um território em disputa parcialmente reconhecido na Península Balcânica correspondente, grosso modo, à região conhecida como Dardânia na Antiguidade. O território fez parte dos impérios Romano, Bizantino, Búlgaro, Otomano, Italiano e da Iugoslávia e, no século XX, passou para as mãos do Reino da Sérvia.

 

Após o falhanço das negociações internacionais para atingir um consenso sobre o Estado Constitucional aceitável, o Governo provisório do Kosovo declarou-se unilateralmente um País independente da Sérvia em 17 de Fevereiro de 2008, sob o nome de República do Kosovo, sendo reconhecido no dia seguinte pelos Estados Unidos e alguns Países Europeus, tais como a França, Portugal e a Alemanha. Porém, o "País" ainda é reivindicado pela Sérvia e não recebeu o reconhecimento de outros países como a Rússia, Brasil e Espanha.

 

O Governo Sérvio reivindica o território como parte integral da Sérvia, a Província Autônoma de Kosovo e Metohija (em Sérvio: Аутономна покрајина Косово и Метохија, Autonomna pokrajina Kosovo i Metohija, e em Albanês: Krahina Autonome e Kosovës dhe Metohisë).

 

A maior parte da população do Kosovo é de origem Albanesa. Existe uma minoria Sérvia que representa aproximadamente 5% da população Kosovar.

 

In: wikipédia

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Não me admira absolutamente nada o que aconteceu ontem na Sérvia. É nisto que dá o Ocidente dar uma de chico esperto e meter a foice em seara alheia para “chatear” a Rússia sob o pretexto de punir os Sérvios pelos seus crimes de Guerra.

 

Só para que se perceba o quão complicado é o ambiente entre Albaneses e Sérvios, na Capital do Kosovo a Comunidade Sérvia está separada do resto da população Albanesa por uma ponte. Mas lá está, o Ocidente é que sabe e toca a impor as suas regras.

 

Acho é uma piada imensa ao facto de este mesmo Ocidente e seu Polícia terem reconhecido à revelia o Kosovo e terem feito tanto barulho com o caso da Crimeia…

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publicado às 11:46


Hipocrisia contínua

por Pedro Silva, em 08.04.14

A Hipocrisia veio para ficar no que á questão Ucraniana diz respeito. Depois damos com coisas fabulosas como esta que foi publicada no site do jornal Expresso que aqui vou expor e comentar.

 

O Governo interino da Ucrânia parece ter sido apanhado de surpresa por movimentações separatistas em regiões do leste do país, historicamente próximas da Rússia, como Donetsk, Kharkiv e Lugansk.

 

Isto é porque andam entretidos em brutas de cenas de pancadaria no Parlamento da Ucrânia. Partidos neo nazis nunca se deram lá muito bem com Instituições Democráticas como a História nos demonstrou e continua a demonstrar.

 

Segunda-feira à tarde um pequeno grupo de russos proclamara a República Popular de Kharkiv. À semelhança do que ocorrera de manhã em Donetsk, exigiram a realização de um referendo para a região passar a fazer parte da Rússia, como aconteceu em março na península da Crimeia.

 

Em Kharkiv, como em Donetsk, os edifícios estatais acabaram por ser desocupados. Mas em Lugansk, porém, os pró-russos continuavam barricados no edifício das forças de segurança, esta manhã, segundo o jornal ucraniano "Kiev Post", tendo-se apropriado de armas de fogo e granadas. No sul do país, em Mykolayiv, uma tentativa semelhante fracassou.

 

Confesso que é tremendamente engraçado ver a cobra provar do seu próprio veneno. Não foi desta forma que os neo nazis impuseram aquilo a que orgulhosamente chamam de Governo Espartano? Governo com o qual o Ocidente até já celebrou Acordos Internacionais diga-se de passagem.

 

O leste e o sul da Ucrânia são zonas industriais e com maior concentração de falantes da língua russa, que se identificam com Moscovo. Rejeitam, maioritariamente, o Governo empossado após a deposição do Presidente pró-russo Viktor Ianukovitch (natural de Donetsk), em fevereiro.

 

Eu sempre disse que a tal facção Ucraniana que quer integrar a União Europeia á força é a mais pobre do País e a que tem a maior taxa de analfabetismo e outras coisas tais propicias ao aparecimento e crescimento de forças de extrema-direita. Assim como sempre disse que no dia em que as tais Cidades Industrializadas caírem nas mãos dos Russos a Ucrânia irá desparecer do mapa e ninguém lhe vai estender a mão porque já não dá lucro. Só um cego não vê isto.

 

O Ministério do Interior ucraniano diz ter detido 70 ativistas em Kharkiv, sem disparar um tiro. Para o ministro Arsen Avakov, tratou-se de uma "operação antiterrorista", na qual três polícias ficaram feridos. O Presidente interino da Ucrânia, Oleksandr Turchynov, reafirma que o Estado tratará os separatistas como "terroristas".

 

Já os que se apoderaram do Poder em Kiev depois de terem andado aos tiros aos seus apoiantes não eram terroristas. Eram Heróis de Guerra do tal Governo Espartano merecedores da Cruz de Ferro.

 

Um deputado do partido nacionalista Svoboda defende que a Ucrânia passe a exigir vistos aos russos, para "travar o fluxo de provocadores russos", a quem culpa pelo surto separatista.

 

Perdão, mas aqui o tradutor do Jornalista deve ter tido um “treco”. Porque a tradução correcta é esta: Um deputado do partido neo nazi de nome Svoboda (…)

 

O próprio Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano admite que a extrema-direita ucraniana esteja a enviar militantes para as zonas mais tensas, agravando os riscos de confronto aberto.

 

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros que diga ao Deputado do Svoboda para controlar as suas “manadas”.

 

O controlo das fronteiras parece essencial para evitar a entrada de agitadores, mas o Governo de Kiev tem resistido a reforçar a vigilância. A Crimeia, hoje sob controlo russo - embora sem reconhecimento internacional - pode ser um ponto de entrada de ativistas pró-russos, mas Kiev não quer fechar as fronteiras pois continua a considerar a península território ucraniano.

 

Além de serem neo nazis são burros que nem umas portas. Estão á espera que seja a Comunidade Internacional (USA, NATO e UE) a fechar a fronteira com a Crimeia na sua vez? Então esperem deitados e se possível à sombra de uma bananeira.

 

Mas as tensões também podem surgir mais a oeste. Na fronteira entre a Ucrânia e a Moldávia fica a região da Transnístria, oficialmente território moldavo mas "de facto" independente há mais de 20 anos.

 

Já há muito que venho chamando a atenção de que aquilo na Ucrânia não é tão simples como nos querem fazer crer. Existem muitas facções, muitos Nacionalismos, muitos ódios e outras coisas tais. A Ucrânia é muito mais que uma Nação de Ucranianos, mas continuemos a bater na Rússia que é o que está na moda.

 

Recentemente, uma ação de campanha europeísta foi mal recebida na aldeia urcaniana de Kuchurgan, perto da fronteira com a Transnístria.

 

Chamem-lhe burros! Era o que nós queríamos fazer cá pelo burgo, mas somos um Povo de brandos costumes e não nos chateamos com ninguém mesmo quando nos exploram e nos reduzem a nada.

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publicado às 16:22


Assim não Zé

por Pedro Silva, em 12.03.14

Tenho acompanhado a situação da Crimeia via telejornal da RTP. Não que seja adepto do Canal Público de televisão ou porque ache que o seu telejornal é mais apelativo e organizado que os dos outros canais (por acaso até acho), mas especialmente porque até uma certa altura havia um jornalista Russo a fazer o acompanhamento da tensão na República Independente da Crimeia/Ucrânia.

 

Como é sabido cabe ao Repórter levar a cabo a árdua tarefa de informar. E profissional é aquele Jornalista que informa sem tomar partido para qualquer dos lados. Moravitch, não obstante ser Russo, fazia tal na perfeição mesmo estando o seu País envolvido no tenso problema.

 

Mas pelos vistos alguém da Direcção da RTP achou que não se deveria continuar a pautar o acompanhamento da Crise no Leste Europeu pela informação. Havia que colocar um certo galo no poleiro. De preferência um que seja vaidoso, nada profissional e tendencioso.

 

E eis que agora nos passa a surgir em directo José Rodrigues dos Santos, enviado especial da RTP à Crimeia.

 

A partir daí tem sido um terror acompanhar o que se passa por tão conturbada terriola.

 

Quase todos os dias somos bombardeados com um Jornalismo de Investigação que mais parece propaganda a favor do novo Regime Ucraniano. Regime este, relembre-se, saiu violentamente das ruas onde, pasme-se, emergem com força Partidos Nacionais Socialistas (entenda-se neo nazis).

 

Nas intervenções de José Rodrigues dos Santos vale tudo. Tal como nos seus romances há um mau da fita, mau este que tinha claramente de ser protagonizado pela Federação Russa claro está, ou não fossem os Russos o produto maléfico que Deus deixou no Mundo. Perolas como camiões sem matrícula serem obviamente Russos. Os Soldados sem bandeira ou galões são das Forças Especiais Russas e até os Civis que interpelam o Jornalista e a sua equipa são, como não podia deixar de ser, Agentes Secretos Russos. Já dar provas de tudo isto que afirma o nosso grandioso Repórter de Guerra “chuta para o lado e marca o canto”, porque o espectáculo não pode parar.

 

Esquece-se o Zé da RTP que nem toda a gente gosta de ler os seus Romances e que numa qualquer box existe um canal estrangeiro que faz semelhante palhaçada. Basta procurar pela CNN e ver a forma ridícula como os “desgraçados” do microfone são “obrigados” a relatar o que se passa á sua volta como se de um jogo de futebol se tratasse sem nada perceberem do assunto nem do meio onde estão.

 

Efectivamente exigia-se muito mais de um canal que por acaso, mas mesmo só por mero acaso, é obrigatoriamente pago por todos nós.

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publicado às 11:33


Euro ceguetas

por Pedro Silva, em 10.03.14

O meu mal será o de tentar pautar as minhas intervenções pela sensatez. Não estou com isto a afirmar de forma alguma que por vezes não cometa excessos na defesa da minha visão das coisas, mas uma coisa é certa: não alinho em fanatismos de treta e não caio em esparrelas.

 

Vem isto a propósito daquilo que aqui escrevi recentemente sobre a Crimeia/Ucrânia. Por mero acaso dei com esta Crónica do Jornalista Daniel Oliveira que, tal como eu, é um Homem de Esquerda e um “Europeista” moderado. Deixo-vos aqui alguns excertos da mesma:

 

Em resumo, é isto: os snipers que atingiram mortalmente manifestantes e polícia na Praça da Independência, em Kiev, foram os mesmos e há fortíssimas suspeitas de não estarem ligados ao regime deposto. Pelo contrário, é mais provável que fossem agentes provocadores ligados aos revoltosos. Aquilo que parecia ser uma teoria da conspiração lançada pelos russos ganha assim uma nova credibilidade. Depois de explicar que as balas só podem ter sido disparadas pelas mesmas pessoas, Paet diz a Ashton, sobre a atual coligação governamental: "Há agora um cada vez maior entendimento de que, por de trás dos snipers, não estava Yanukovych, mas alguém da nova coligação".

 

(…)

 

A oposição ucraniana, agora no governo provisório, não é só - nem sobretudo - composta por democratas. A maioria está engajada em partidos tão corruptos e tão dependentes do poder dos oligarcas como o governo deposto. E estes são os melhorzinhos. Os outros, que tiveram um papel absolutamente central na EuroMaidan e na tomada violenta de vários símbolos do poder, estão ligados a organizações bem mais sinistras do que se possa imaginar. O método de eleição de alguns membros do governo provisório, baseado na "democracia de Esparta", pode parecer apenas ingenuidade e anedota. Mas não é. Corresponde a um movimento político antidemocrático que ganhou força nos últimos anos.

 

Vamos então conhecê-los. Um é o grupo paramilitar abertamente xenófobo Pravyi Sektor ("Sector Direito"), herdeiro do "Tryzub" (Tridente) e liderado dor Dmytro Yarosh. Durante a revolução, Yarosh foi acusado de pedir o apoio de Dokka Umarov, líder da fação da guerrilha techechena que está ligada à Al-Quaeda. A acusação está ainda a ser investigada (pode tratar-se duma fraude). Mas a sua organização, bastante violenta, teve um papel central no armamento das milícias paramilitares durante os protestos. Milícias que entretanto foram reconhecidas oficialmente pelo governo provisório. O Pravyi Sektor  prometeu ilegalizar o Partido das Regiões (que estava no poder) e o Partido Comunista. Outro grupo é a Assembleia Nacional Ucraniana-Auto Defesa do Povo Ucraniano (Una-Unso), fundamentalistas ortodoxos, nacionalistas, antissemitas e defensores de um governo autoritário para país. Os seus militantes estão organizados em brigadas voluntárias, com treino na luta da Tchéchénia ao lado dos guerrilheiros.

 

Mas a força política mais importante entre os radicais nacionalistas é, de longe, a União Pan-Ucrâniana "Liberdade", conhecida apenas por Svoboda ("Liberdade"). A Svoboda é assumidamente neonazi e foi fundada em 1991, com o sugestivo nome de Partido Social-Nacional da Ucrânia. Quem não chegue lá pelo nome pode sempre ver o seu símbolo  e ficar esclarecido. Na mesma altura em que várias organizações de extrema-direita do leste europeu fizeram o devido lifting, para estarem em condições de ser apoiadas ou pelo menos toleradas por algumas potências ocidentais, o PSNU foi transformado em Svoboda pelo seu líder Oleh Tyahnybok.

 

O Svoboda é considerado pela Centro Simon Wiesenthal o quinto partido mais antissemita do mundo. É abertamente xenófobo, defendendo a segregação de judeus e polacos. Também é, claro está, homofóbico. O seu deputado Igor Miroshnichenko, assumido admirador de Röhm, Strasser e Goebbels, declarou que "a homossexualidade será banida deste país, pois é uma doença que ajuda à difusão da SIDA". Este mesmo deputado descreveu, na sua página de Facebook, a atriz Mila Kunis (ucraniana de origem, com pai russo e mãe judia) como uma "zhydovka", termo insultuoso para referir mulheres judias. O Svoboda defende não apenas a ilegalização do aborto, mas a criminalização da sua defesa pública. Defende também a ilegalização de qualquer partido comunista, o direito universal a andar armado, o regresso da Ucrânia ao nuclear e o tal "democracia espartana". A tudo isto junta as adesões à União Europeia e à NATO, consideradas absolutamente condizentes com o seu posicionamento político. O que diz qualquer coisa sobre a imagem de exigência democrática que a União Europeia está a passar para fora.

 

(…)

 

Para tentar ganhar votos à muito pouco recomendável mas agora transformada eheroína do Ocidente Yulia Tymoshenko, o não mais recomendável Vicktor Yushenko chegou a dar o título de herói da Ucrânia a Bandera, retirando-o depois de indignados protestos das organizações judaicas internacionais. A mesma União Europeia que agora abraça os pupilos de Bandera condenou, na altura, Yushenko por esta homenagem.

 

(…)

 

Na "heróica" Lviv, onde começou a revolta contra o governo e de onde é o seu líder, os neonazis tiveram mais de 50% dos votos.

 

(…)

 

Depois dos protestos estes grupos quase sem paralelo na Europa Ocidental foram postos à margem? Pelo contrário. O Svoboda tem um dos vice-primeiro-ministros, Oleksandr Sych. O seu cavalo de batalha foi a ilegalização do aborto, mesmo em caso de violação. Quando esta sua posição foi contestada, defendeu que as mulheres "devem ter um tipo de vida que evite o risco de violação, incluindo não beberem álcool e não andarem com companhias pouco recomendáveis". Tem ainda o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, os ministros do Ambiente e da Agricultura e o Procurador Geral da Ucrânia. Isto para além do ministro da Defesa, o almirante Igor Tenjukh, que não sendo militante tem apoiado o partido nas suas iniciativas públicas. Já o Pravyi Sektor  tem o seu sinistro líder, Dmytro Yarosh, como vice-secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa. E o Una-Unso tem o ministro da Juventude e Desporto e a presidente da Comissão de Anticorrupção Nacional. Ou seja: três partidos à direita do PNR e da Aurora Dourada dirigem, num governo que ninguém elegeu, a Defesa, o combate à corrupção e a Procuradoria Geral. 

 

(…)

 

Perante o crescente poder dos nazis no aparelho de Estado ucraniano, a minoria russa tem boas razões para pensar que não terá lugar nesta nova Ucrânia. Quanto a mim, não sei se me agrada que a Ucrânia do senhor Tyahnybok e do seu Svoboda tenha lugar na União Europeia. Para pior já basta assim.

 

Não preciso de dizer mais nada pois não? Apenas gostaria de perguntar à Sra. Hillary Clinton se da próxima vez quer pensar quatro vezes antes de dizer asneiras em público.

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publicado às 10:38


Falemos então da Crimeia

por Pedro Silva, em 07.03.14

Muito se tem escrito e dito sobre a crise da Crimeia. E este muito é sempre tendencioso, nada objectivo e ridiculamente subjectivo. Lá com isto fala-se de tudo menos da verdadeira questão: Porquê raio a Rússia e a União Europeia/USA desejam tanto uma “coisa tão pequena” como a Crimeia?

 

A resposta é simples. Bem mais simples que o “simplex” de Paulo Portas que parece nunca mais ver a luz do dia- Tudo o que se está passar em torno daquela região do Mar Negro em nada tem a ver com a Ucrânia e o seu Povo e muito menos a preocupação se centra no seu direito de definir o seu futuro. Nada disso. Não senhor.

 

O que está acontecer é simplesmente um jogo cruel de sobrevivência. A Rússia e a Paz no Mundo falecem se o Ocidente conseguir conquistar para si tão importante zona do Planeta.

 

E não é nada de complicado perceber o porque de tão negra conclusão. É sabido que há décadas que o Ocidente (entenda-se aqui Europa/ UE) tenta construir um oleoduto/gasoduto que quebre de vez a sua dependência do petróleo e gás Eslavo. E é também sabido que os Norte-americanos querem ter na sua posse o maior n.º possível (senão todos) de poços de petróleo e de gás. Não é por mero acaso que o Reino Unido pretende que a Turquia (e os seus poços de petróleo e gás) ingresse na UE à força toda

 

Esta tal construção que aqui falei tem sido travada pela Rússia e pelo Irão alegando questões ambientais. E tal tem sucedido porque a Federação Russa é a potência dominante no Mar Negro.

 

Agora imaginemos que a Crimeia cai nas mãos do Ocidente. Não preciso de dizer qual o resultado de tamanha catástrofe pois não? E Deus nos livre de os Russos serem alguma vez encostados à parede …

 

Só não percebo como é que os “palermoídes” que estão em Bruxelas e em Washington não conseguem perceber que rastilho estão a acender.

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publicado às 18:49


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