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Prémio Nobel da Paz para Trump

por Pedro Silva, em 14.05.18

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Cada vez mais fico com a certeza absoluta de que a maioria da população Norte-americana se identifica com o seu grotesco Presidente. E cada vez menos percebo e pactuo com as teorias da conspiração que o Reino Unido se esforça por divulgar sendo que o fundamento de tal fica, invariavelmente, à porta da casa das instituições do aqui denunciante.

 

Isto tudo porque recentemente li uma declaração pública do actual Presidente sul coreano que defendia a entrega do prémio de Nobel da Paz a Donald Trump sob o fundamento de que o actual Presidente dos “States” é o autor supremo duma tal de pax romana na península coreana. Claro que percebo a posição de Moon Jae-in que - como representante de uma das partes belicistas que sempre promoveram o conflito - tem a necessidade de proferir este tipo de declarações, pois este sabe muito bem que o culto do ego (algo que era comumente utilizado pelos soviéticos) agrada, e de que maneira, a Trump e cidadãos norte americanos. Agora não se espere é que eu (e muitos outros) aceite tal declaração e a tome como minimamente razoável. A razão para tal é simples e só não a vê quem não quiser.

 

Desviemos por uns breves momentos os nossos olhares da península coreana onde a paz (que tudo indicia ser artificial e fruto da pressão chinesa) se está a instalar (será?) para o Médio Oriente. O que tem feito a administração Trump neste território nos últimos tempos?

 

Desde logo tomou partido por uma facção que quer, de uma forma astuta e traiçoeira, dominar a região não tolerando, de forma alguma, qualquer outra força dominante senão a sua. Para quem não percebeu, estou a referir-me, sem sombra de qualquer dúvida, à Arábia Saudita onde um príncipe herdeiro tem suado e abusado das patranhas e façanhas ao seu dispor para afastar quem está contra si (seja este seu familiar ou não).

 

Saindo do mundo árabe, eis que damos logo de caras com mais uma tremenda façanha Trump. Refiro-me, sem mais nem quê, ao apoio cego e incondicional que os Estados Unidos da América dão a Israel. Israel é um Estado soberano que tem o cabal direito à sua existência desde que dentro dos normais padrões da sã convivência e respeito mútuo. Coisas Benjamin Netanyahu, actual Primeiro-ministro de Israel, já deu mostras de não querer cumprir em nome do controle da região. Escusado será dizer o quão positivo é para a manutenção da Paz no Mundo e na região a recente mudança da Embaixada dos USA para Jerusalém. Uma decisão made in Donald Trump que tem o apoio incondicional dos seus concidadãos por - vejam lá! – “se tratar de um político que cumpre as suas promessas” (frase de uma cidadã norte americana).

 

Para último deixei a última grande obra pacifista de Donald: a guerra aberta com o Irão.

 

Ora face ao sucedido muitos dos aliados dos Estados Unidos deram e entender que irão manter a cooperação internacional com o Irão no que à não proliferação das armas nucleares dizem respeito, isolando, desta forma, Donald Trump nesta sua cruzada pela Paz no Médio Oriente. O facto de a decisão de Trump poder iniciar uma corrida ao armamento nuclear (foi o actual Governante da Arábia Saudita quem disse tal) é somente um pormenor que a academia sueca que atribui o galardão de Nobel da Paz não deve ter em linha de conta.

 

Em suma; Prémio Nobel da Paz para Trump. O resto é conversa.

 

Tal como é conversa a tremenda opressão espanhola na Catalunha. Um não assunto que deveria envergonhar qualquer cidadão europeu. Mas a este tal não assunto regressarei quando me for oportuno.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (14/05/2018)

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publicado às 21:30


A Maior Rede Social do Mundo

por Pedro Silva, em 15.01.18

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Cada vez mais me convenço de que os Estados Unidos da América já não são a Maior Democracia do Mundo. Os Estados Unidos da América são hoje em dia o país onde o populismo tomou conta de uma sociedade que em tempos sabia que a crítica e capacidade de pensar eram as peças fundamentais da Maior Democracia do Mundo.

 

Pior ainda é todos nós, cidadãos europeus (e não só), apercebermo-nos de que um país com o poderio militar dos USA ser hoje governado por uma pessoa que faz do twitter o seu gabinete, conselheiro político e gabinete de relações públicas.

 

Mas bem pior é todos nós nos vermos uma estrela televisiva norte-americana que conta com uma excelente equipa de assessores aproveitar-se de um movimento bem-intencionado na sua matriz para se apresentar ao Mundo como a possível e legítima concorrente de Donald Trump na próxima corrida eleitoral á presidência da Casa Branca.

 

Para quem ainda não percebeu, refiro-me à famosa  apresentadora de televisão, actriz e empresária norte-americana Oprah Gail Winfrey que depois de ter lido um discurso nos Golden Globes onde esta, descaradamente, aproveita o movimento #MeeToo para dar o pontapé de saída na política. Estranhamente, ou não, Oprah até já tem um movimento de apoio.

 

Dito de outra forma; já não basta a pobreza franciscana e o caos que tem marcado a política interna e externa dos Estados Unidos nos últimos tempos, a baixeza das jogadas de bastidores que tristemente definem os candidatos dos dois maiores partidos norte-americanos aos cargos públicos e temos agora um movimento que apoia uma personalidade que em quase tudo é igual a Donald Trump. Para tal bastou a Oprah um simples e hipócrita aproveitamento do #MeeToo.

 

Aquela que outrora se orgulhava de ser a Maior Democracia do Mundo é hoje a Maior Rede Social do Mundo. O pensamento crítico e a capacidade analítica que caracterizou, de uma maneira ou de outra, a Administração Obama acabaram no dia em que os norte-americanos optaram por ter no poder uma personalidade que de política e sensatez sabe zero. E pelos vistos no futuro estes vão continuar a querer ter mais do mesmo. E quem sofre, de uma forma directa e indirecta, somos todos nós que temos de viver na triste esperança de que o “twitteiro(a)”que governa os States não se lembre de começar uma guerra.

 

E já agora; Trump afirmou recentemente que a Coreia do norte quis dialogar com a sua vizinha do Sul por causa das suas intervenções. ´É caso para se perguntar: que intervenções? Os disparates infantis que Trump publica diariamente no twitter?

 

Ou será que o líder da Coreia do Norte viu nos Jogos Olímpicos de Inverno que este ano se realizam na Coreia do Sul uma oportunidade de travar mais uma série de batalhas da Guerra Fria que dura há largas décadas na Península Coreana?

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (15/01/2018)

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publicado às 21:30


A idiotice não se combate com idiotice

por Pedro Silva, em 14.08.17

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A semana que terminou, para além dos incêndios que não “largam” o nosso país, ficou marcada pelo jogo de forças entre o Estados Unidos da América de Donald Trump, o regime ditatorial norte coreano de Kim Jong-un, a “democrática” República Popular da China liderada por Xi Jinping e (como não podia deixar de ser) a Venezuela do tresloucado Nicolás Maduro. A primeira ilação que se retira de tal é que os Estados Unidos da América não aprenderam absolutamente nada com o passado dado que a Administração Trump insiste na batida tese made in USA de que o bullying compensa. Ora vejamos então o que se passa.

 

O que têm o regime de Kim Jong-un de Nicolás Maduro em comum? Ambos acreditam piamente na tese de que o Munda está contra eles e os quer eliminar a todo o custo. Tal explica a necessidade que a Coreia do Norte sente em fazer notar o seu poderio militar e tal explica, em parte, a força brutal de Maduro para com todos os que se lhes opõem no panorama internacional se bem que no caso da Venezuela a preocupação dos USA seja para com os poços de petróleo. Ora o recente discurso belicista de Donald Trump sobre ambos os regimes reforça, ainda mais, a necessidade destes em se “fechar” cada vez mais em si mesmo, reforçando, desta forma, a tese de que todos estão contra eles. Tal é um facto por muito que este discurso agrade à maioria dos norte-americanos e aliados.

 

A juntar a tudo isto temos a postura arrogante de Trump para com a China. Postura que não ajuda em nada à diminuição da tensão na península coreana.

 

Recorde-se na dita península impera um armistício que só não teve um ponto final porque a China vê na Coreia do Norte uma espécie de “almofada” que trava as intenções expansionistas de Japão e Estados Unidos da América na região. Isto para além, ora pois, do radicalismo sul coreano (estes não ficam mesmo nada a dever aos malucos do norte no que a fanatismo diz respeito).

 

Dito de outra forma; a China de Xi Jinping tem todo o interesse em que o regime de Kim Jong-un exista e perdure no tempo, Mas esta mesma China não tem interesse algum num possível retorno da guerra da Coreia. Isto porque tal terá um impacto económico-financeiro enorme muito negativo no Mundo devido aos elevados prejuízos humanos que acarreta. É muito por causa deste jogo duplo que a China tem apoiado e aplicado as mais variadas sanções internacionais à Coreia do Norte.

 

Ora face ao exposto até aqui, facilmente se percebe que não é com reprimendas, humilhações, discursos belicistas e venda de armas a regiões chinesas dissidentes como Taiwan que a administração Trump vai resolver os problemas Coreia do Norte e Venezuela. Embora o norte-americano na sua maioria discorde, não é com idiotice que se combate a idiotice.

 

Bem sei que tal com Donald Trump é impossível, mas tivesse havido um maior diálogo noutros tempos e algumas sérias cedências da parte de quem se acha o “Polícia do Mundo” e muito provavelmente o regime de Kim Jong-un e o de Nicolás Maduro não seriam um problema grave difícil de se solucionar.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (14/08/2017)

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publicado às 21:30


Vamos falar de coisas sérias?

por Pedro Silva, em 10.07.17

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Ao contrário dos fanáticos colunistas da direit(ol)a portuguesa eu prefiro escrever e opinar sobre coisas sérias. Claro que cada um tem direito à sua opinião e a torna-la pública, mas eu não preciso da desgraça de Pedrógão Grande e arredores e do assalto a Tancos para me fazer ouvir. Ainda se quem segue esta via trouxesse algo de novo que mudasse a governação de gabinete (já aqui falei sobre istro na semana passada), eu era como o outro e dava a mão à palmatória, mas como não o fazem vamos então falar de coisas sérias.

 

E falar de coisas sérias é falar sobre o que se está a passar na Venezuela. E não, não vou seguir o discurso gasto da direit(ol)a. Isto porque é por demais óbvio que a Venezuela esta momento refém de um regime corrupto completamente tresloucado. O que me perturba na Venezuela é olhar para o outro lado e verificar que a dita “solução do povo” é exactamente igual à que está no poder. A “oposição” a Maduro também se organiza e movimenta de forma violenta. Esta apela à violência nas ruas. Esta pactua com a violência. Ora perante tal cenário que futuro para a Venezuela? Provavelmente aquele que os interesses das grandes petrolíferas acharem melhor. Não se tenha a mais pequena dúvida de que a base de todo o problema venezuelano assenta na velha questão do ouro negro. E que faz a Comunidade Internacional? Faz de conta porque deve ser deveras divertido ver os venezuelanos a matarem-se uns aos outros em directo nos telejornais.

 

Falando sobre uma outra coisa muito séria é falar sobre o que se está a passar no Médio Oriente. Pode até parecer um paradoxo, mas hoje em dia olhamos para o Irão e dizermos, com profunda convicção, que este país é o único país moderado de uma região onde o conflito armado está prestes a “explodir”. E tudo por causa da política non sense da administração Trump. A recente venda de armamento norte-americano à Arábia Saudita veio desequilibrar os pratos da balança de uma região onde o equilíbrio de forças é muito ténue. Todos conhecemos a intensa rivalidade mortal entre iranianos e sauditas. Mas nada disto interessa a Trump e seus apoiantes pois a coisa como está é deveras “engraçada”. E é “engraçada” porque caso a tal base turca sediada no Quatar seja atacada pelos sauditas & amigos a NATO vai ter de entrar em cena para defender a Turquia, ou não fosse esta um estado membro da aliança onde vigora o princípio do ataque a um é um ataque a todos. Well done Donald!

 

 E já que falamos de coisa sérias, já todos repararam como o aumento da escalada de violência na península coreana aumentou desde que Donald Trump resolveu entrar numa guerra comercial com a China? E também todos repararam no vídeo que a Coreia do Sul colocou a circular? É um vídeo onde esta simula um bombardeamento da sua rival do norte. Mais uma vez well done Donald pois colocaste duas facções de doidos dispostos a matarem-se (outra vez) uns aos outros!

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (10/07/2017)

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publicado às 12:00


Orgulhosamente ignorantes

por Pedro Silva, em 24.04.17

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Pode custar a crer, mas em pleno Século XXI onde a informação está ao alcance de um pequeno “clic” há quem seja orgulhosamente ignorante. E a liderar este elitista e cada vez mais numeroso grupo estão os Estados Unidos da América cujo Presidente e respectiva equipa governamental são o expoente máximo do – lamentável - orgulho em de se ser ignorante.

 

Vir a público dizer que Adolf Hitler nunca gaseou o seu próprio Povo é um tremendo insulto à inteligência de cada um dado que o holocausto judeu também envolveu judeus de nacionalidade alemã. Pior do que dizer tamanha barbaridade em público é utilizar tal “argumento” para justificar um ataque unilateral à Síria por causa de uma barbárie cujo autor é ainda hoje completamente desconhecido. Mas o mais assustador é os Estados Unidos da América terem um Presidente ignorante e uma administração presidencial – também - ignorante que está nas mãos da famosa (e muito lucrativa) maquina de guerra norte americana.

 

O filme dos Simpsons que todos pudemos assistir no grande ecrã faz uma tremenda paródia em torno de um Presidente norte-americano que não sabe tomar decisões por si próprio. Alias, a dita personagem nem se preocupa com as consequências das decisões que não toma. Por mais incrível que pareça, Donald Trump é a encarnação – perigosa - da tal paródia. E afirmo tal porque não vejo outra razão para que Donald Trump e a sua ignorante administração tenham autorizado o lançamento da dita “mãe de todas as bombas”. Da mesma forma se pode entender e justificar o ataque cobarde ao território sírio e as ameaças à sempre perigosa Coreia do Norte.

 

Depois de no século passado se ter promovido o desarmamento gradual após a louca corrida ao armamento tendo por pano de fundo a Guerra Fria, eis que agora por causa da ignorância da Administração Trump vamos ter uma nova corrida ao armamento.

 

Não é com bombas e armadas poderosas que se resolverá a questão da Coreia. Se Donald Trump e a sua equipa não fossem orgulhosamente ignorantes e saberiam que as poderosas armadas e bombas dos Estados Unidos da América já sofreram uma tremenda derrota na península coreana. Fosse Trump e a sua equipa minimamente instruída e saberiam que naquela região do globo a inocência é coisa que não existe. Isto porque no século passado tanto sul coreanos como japoneses levaram a cabo autênticas barbáries contra chineses e norte coreanos.

 

Um pouco de história não fazia nada mal a Trump e - já agora – a muitos dos norte-americanos que o elegeram e que aplaudem de pé esta política tresloucada desta gente que agora gravita em torno da Casa Branca.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (14/04/2017)

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publicado às 15:00


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