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imagem retirada de zerozero
Em Copenhaga tivemos dois tipos de Futebol Clube do Porto. Na primeira parte tivemos um FC Porto que se comportou como a equipa da casa se deveria comprot6ar (na teoria) e na segunda parte os Dragões souberam impor o seu futebol mas, como seria de esperar, esbarraram numa fraquíssima eficácia, pouca sorte e pressão que se abateu – com naturalidade – sobre todos os jogadores de amarelo vestido (o FC Porto jogou de amarelo).
Graças a tal capitulam todas as hipóteses de se alcançar o primeiro lugar do grupo e adiam-se um possível apuramento para a última jornada onde os Azuis e Brancos terão de medir forças com o Leicester. Fossem outros os tempos e eu não teria grande receio desta última jornada onde tudo se vai decidir no que ao apuramento diz respeito, mas o Leicester é aquela equipa mediana que (tal como o Copenhaga) vai dar muita luta, fechar bem os caminhos para a sua baliza e – mais importante que tudo – marcar o seu golo mal tenha oportunidade para tal.
Não creio que o mal do Futebol Clube do Porto tenha estado no relvado. Acredito que o mau estado em que este se encontrava tenha beneficiado os dinamarqueses que sempre tiveram a clara ideia de empatar a partida. Onde me parece que esteve o grande mal deste FC Porto foi na postura do costume sempre que os azuis e brancos defronta equipas fortes fisicamente que querem empatar. Foi assim com o Tondela, Setúbal, Chaves e agora com o Copenhaga. E porque sucede tal? Porque os Dragões ainda não perceberam que devem entrar em campo decididos a pressionar o seu adversário do princípio ao fim e, sobretudo, procurar “mexer-se” rapidamente em campo por forma a criar linhas de passe que façam com que o desgraçado que esteja no ataque não tenha de fintar três ou quatro jogadores para poder fazer uma jogada que culmine no golo portista.
Eu bem que poderia dizer que a culpa é somente do plantel que é fraco e, por vezes, completamente alienado da realidade (jogar como jogaram na primeira parte deste jogo só mesmo para alienados), mas depois vejo as substituições que Nuno Espírito Santo (NES) vai fazendo no decorrer de uma partida que era importante (não crucial) vencer e tenho de mudar de opinião. Evandro para o lugar de Otávio? Quantos jogos mais Diogo Jota vai ter de fazer ao nível terrível que vimos hoje para ser substituído? E já agora, numa partida onde o adversário estava a defender com 6 elementos na sua grande aérea que raio de ideia é esta de manter Danilo Pereira “colado” aos centrais impedindo – desta forma – que Oliver Torres possa apoiar um ataque que muitas vezes era composto por três ou quatro elementos?
Em suma; todos aprendemos com os erros. Contudo NES e a sua equipa parecem não querer aprender e é por isto que eu começo a ficar cansado de escrever sempre a mesma coisa sobre jogos onde o Futebol Clube do Porto é claramente superior ao seu adversário.
Uma nota final; antes que comece a “masturbação Brahimi” há que dizer que para andar a rodopiar sobre si mesmo rodeado de três/quatro elementos da equipa adversária já chegam (e bastam) André Silva, Jesús Corona, Diogo Jota e Otávio. O problema não está na linha da frente (embora esta seja, muitas vezes, pouco eficaz). O problema é o FC Porto apresentar um meio campo que está insensatamente recuado e que não sabe levar uma única bola jogável a quem está na linha da frente.
Chave do Jogo: Inexistente. Em momento algum alguma das equipas foi capaz de criar um ou vários lances que fizessem pender a vitória para o seu lado.
Arbitragem: Milorad Mazić e a sua equipa de arbitragem toleraram em demasia o jogo físico da equipa dinamarquesa. Apesar de tudo a actuação da equipa de arbitragem não teve influência no resultado final.
Positivo: Jesús Corona. O mexicano foi o único que se esforçou por fazer algo pela sua equipa. Enquanto teve forças para tal foi o melhor em campo.
Negativo: O FC Porto e o FC Porto. Equipa que é manifestamente superior à outra não pode – nem deve - ter duas posturas em campo. Exige-se mais a este FC Porto.