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Tem sido a temática do dia. Não há canal generalista (e não só) que não traga notícias sobre a crise que assola o Sporting Clube de Portugal. A razão de tudo isto resume-se a um só facto: invasão da academia do clube situada em Alcochete por um grupo de indivíduos violentos que tiveram, tão-somente., o único objectivo de fazer aquilo que tão bem sabem fazer. Dito de outra forma; tudo começou porque um grupo de “bandoleiros” invadiu o espaço do clube para espalhar o terror entre jogadores, equipa técnica e demais trabalhadores que se encontravam no local no fatídico dia.
O que se sucedeu foi o típico “arraial” português. Muito falatório e o Estado - sempre ele – a prometer tudo e mais alguma coisa como se não fosse ele próprio o autor moral de tamanha barbárie. Sim. Leram bem. O estado português é o principal autor moral dos incidentes de Alcochete. Claro que à cabeça podemos colocar a actual direcção do clube, mas o Estado português tem uma enorme responsabilidade no sucedido.
Porquê razão digo tal? Simples. Porque já existe uma vasta legislação e meios idóneos (e mais do que apropriados) para se minimizar o impacto da violência no futebol e, verdade seja dita, nada se faz e tudo se permite. O maior exemplo de tal é a benevolência que o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), organismo que é tutelado pela Secretaria de Estado do Desporto e da Juventude, nada faz relativamente á situação das claques ilegais do Sport Lisboa e Benfica que de Norte a Sul do país tem espalhado o terror em tudo quanto é modalidade desportiva. Se quem tem o dever de fazer algo sobre este tenebroso - e cada vez mais perigoso! - dossiê dá uma de “surdo, cego e mudo”, é, então, perfeitamente natural que o autor moral da invasão de Alcochete.
Não há volta a dar. Já diz o Povo na sua imensa sabedoria que “quem semeia ventos, colhe tempestades”. Se o Estado português, através dos seus vários Secretários de Estado do Desporto e da Juventude e Presidentes do IPDJ, optou por uma atitude passiva relativamente à – crescente! - violência no desporto, porquê razão há-de agora este mesmo Estado vir para a Praça Pública clamar pela paz no futebol (e afins) acenando, como se de uma cenoura para um burro se trate, com medidas legais e criação de organismos para combater esta mesma violência quando, pasme-se, este já dispõe de legislação e organismos para tal?
Vamos falar do Sporting? Vamos. Mas convêm não deixar o principal responsável pelo actual estado de coisas (convenientemente) de lado.
Termino com uma nota muito breve sobre a saída de Rajoy do poder em Espanha para aqui dizer que já vai tarde. Pedro Sanchez como Primeiro-ministro de Espanha é um sinal de esperança para a questão catalã. Questão que, ao contrário do que é maldosamente propagandeado pelos Órgão de Comunicação Social portugueses, não passa pela independência da região mas sim por um tratamento igual ao que Madrid dá ao País Basco. Vamos, finalmente, ter diálogo e promover a tão necessária revisão constitucional de um texto legal fundamental que já tem 40 anos de idade.
Artigo publicado no site Repórter Sombra (04/05/2018)
Confesso que podia seguir a onda mediática e opinar sobre as recentes “trumpalhadas”, mas não o vou fazer. E não o vou fazer porque não pretendo, de forma alguma, entrar no jogo de Trump, jogo este que consiste, tão simplesmente, no desvio das atenções do essencial.
E o que é essencial neste momento na política interna dos Estados Unidos da América? A resposta é simples: investigação às alegadas intromissões russas na eleição de Donandl Trump. Tal explica, e muito, a recente balbúrdia que Trump patrocinou no Médio Oriente. E confesso que me custa muito aceitar esta teoria de que Vladimir Putin tem muito a ganhar com Donald Trump no poder. E custa-me aceitar tal porque é um facto que a crassa maioria dos norte-americanos se identifica com Donald Trump e apoia todas as suas maluqueiras. Mas vamos deixar este assunto para outras núpcias. Concentremo-nos em algo que, a meu ver, é fundamental e que tem sido alvo de pouca ou nenhuma discussão no seio da nossa sociedade.
Pode parecer paradoxal, mas nos tempos modernos em que vivemos ainda há violência no futebol português. Violência protagonizada pelos adeptos que tem tido como alvo preferencial as equipas de arbitragem.
Tal não se deve, na sua totalidade, a uma questão de cultura. E muito menos podemos dizer que os principais responsáveis são os agentes do nosso futebol. Quem tem a fatia maior do bolo da responsabilidade é o nosso Governo que tem a obrigação de manter a Paz Social no desporto mas não o faz atribuindo as responsabilidades aos Clubes como estes fossem os coordenadores das Forças da Ordem (Policia) e os Legisladores por excelência.
Questiono vezes sem conta para que serve o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ). Tal Instituto existe para organizar eventos onde os membros deste (ou de qualquer outro) Governo marcam presença para “ficar bem na fotografia”?
No site do IPDJ podemos ler que uma das suas “missões” é a da “preservação da ética no desporto”. Se é mesmo assim, então onde esteve (ou estará) o IPDJ no sucedido em Coimbra e Aveiro há coisa de duas semanas (salvo erro)? Que se propõe o IPDJ a fazer na questão das claques ilegais do Sport Lisboa e Benfica? Que tem o IPDJ a dizer (ou a propor fazer) relativamente à problemática dos “casuals” (Hooligans) que esta época desportiva tem espalhado pós e após os jogos do SL Benfica?
A ideia que os sucessivos Governos e o IPDJ passam é que no mundo do futebol vale tudo. E o problema é que esta ideia vai continuar a vingar e fazer jurisprudência até ao dia em que no nosso futebol sê dê uma tragédia com as mesmas proporções das de Pedrógão Grande. É que ao que parece duas mortes nos estádios de futebol, uma quantidade assinalável de feridos e um punhado de agressões a diversos agentes desportivos (especialmente a equipas de arbitragem) não serão - ainda - suficientes para que quem nos governa assobie para o lado.
Artigo publicado no site Repórter Sombra (11/12/2017)
Pronto, acabou a Época 2014/15 para o Futebol Clube do Porto. E acabou de uma maneira que faz pena pois esta partida ante o FC Penafiel foi mais do mesmo. Atrevo-me até a dizer que foi até muita parecida com a da semana passada onde os Dragões empataram no Restelo só que a diferença para o jogo de hoje residiu no facto de que desta vez os Dragões marcaram e o adversário, embora tenha tentando, não conseguiu marcar nenhum golo.
A minha crítica vem sendo sempre a mesma: posse pela posse não resolve absolutamente nada. É preciso movimentar-se em campo para que a equipa possa ir progredindo no campo em posse. E já venho dizendo isto há muitos meses mas os resistentes do Dragão só agora começaram a perceber tal problema e resolveram ir hoje para o Dragão protestar com tudo e com todos (e eu que os ature).
Mais uma vez os Dragões deram uma parte de avanço à equipa adversária. Não jogaram absolutamente nada na primeira parte do jogo ante a pior equipa do nosso campeonato. Inclusive, como já aqui o disse, o FC Penafiel tentou fazer o golo e criou situações de grande embaraço para a defesa Azul e Branca. Defesa azul e Branca que alinhou com Reyes, o que explica muita coisa quanto a isto dos embaraços não obstante o Mexicano não ter estado muito mal (não reparei em algum disparate do Atleta).
Só para que o leitor perceba o quão difícil foi acompanhar este jogo no Dragão a certa altura o relato da rádio era mais ou menos assim: Danilo toca para Indi, este toca para Casemiro que a devolve a Indi. O Holandês toca a bola para Ángel que faz uma incursão pelo flanco esquerdo e cruza a bola que passa toda a área do Penafiel e sai pela linha final.
Sinceramente este tipo de futebol pode até ser suficiente para ganhar o Campeonato Português (já o foi num passado não muito distante), mas acho que ficou demonstrado que isto não chega… O Futebol Clube do Porto não pode, nem deve, estar dependente de jogadas individuais dos seus melhores Jogadores para resolver as suas partidas. Há que evoluir e de preferência para algo melhor que isto do toca para os lados e Brahimi que resolva.
Quanto a Julen Lopetegui, sou da opinião de que desta vez o Basco tentou fazer algo para melhorar a equipa. Em vez de andar feito maluco aos berros na sua área técnica Julen tentou mudar o rumo do jogo e fez as substituições certas para isto. O problema é que mudou os Jogadores mas manteve o sistema. Dito de outra forma, o FC Porto não tem um plano B para poder enfrentar jogos em que as coisas não estejam a correr de feição. Este é outro aspecto que Julen deve melhorar. E já agora se puder manter a mesma serenidade que mostrou hoje no banco a malta agradece e os Jogadores também.
Uma última palavra para o comportamento da Claque Super Dragões. Entendo e aceito que estejam chateados com a equipa. Tem este direito. Podem e devem manifesta-lo de uma forma ordeira como fizeram aquando das pás e picaretas e durante esta partida com o Penafiel. Agora não devem é num dia bater palminhas à equipa quando esta venceu um jogo de uma eliminatória ou quando esta regressa de uma derrota histórica de 6 a 0 e quando esta perde o Título ir demonstrar todo o vosso desagrado. Lamento mas tal gesto não vos fica bem.
Assim como também não fica nada bem à Claque em determinada altura do jogo no Dragão lembrar-se de ir embora em debanda provocando o pânico entre os Seguranças e demais Adeptos… É que eu e muitos outros que não são da Claque também temos o direito de estar no Estádio do Dragão e de ver o jogo sossegadamente… Se era para fazer este tipo de cenas tivessem ficado em casa.
A partida entre Atlético-PR x Vasco, jogo decisivo para a luta por vaga à Copa Libertadores e contra o rebaixamento à Série B do Campeonato Brasileiro, foi interrompida nos primeiros instantes do primeiro tempo por conta de pancadaria entre as torcidas. Neste domingo, em Joinville, grupos dos dois times entraram em conflito nas arquibancadas aos 17min da etapa inicial. Depois de cerca de uma hora e dez minutos, a arbitragem decidiu por retomar o jogo. Pelo menos três torcedores ficaram gravemente feridos e foram levados a um hospital local.
In: terra
Corro o sério risco de acabar por falar somente de futebol neste espaço que pretendo que seja diversificado, mas não posso ficar calado e quieto depois do que vemos relatado no excerto em cima.
Bem sei que isto da violência nos estádios de futebol Sul-americanos é o pão nosso de cada dia, assim como também estou perfeitamente consciente de que hoje em dia este assunto só toca a muitos porque para o ano o Brasil vai receber o Mundial de Futebol, mas não posso aceitar que a FIFA e a UEFA estejam tão “caladinhas” e “quietinhas” no seu cantinho e não tenham ainda se pronunciado sobre o assunto.
Para vir defender Lionel Messi, a falcatrua intelectual que é o FIFA Ballon d'Or, ajudar a selecção de França de todas formas e feitios e fazer pouco de Cristiano Ronaldo o Sr. Joseph Blatter e o Sr. Platini surgem logo na linha da frente prontos e ávidos para tudo e mais alguma coisa, mas quando o assunto é evitar que no futebol cenas ridículas entre adeptos sejam uma realidade estes dois beltranos “tomam chá de sumiço” (como se diz pelo Brasil).