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Na Inglaterra, a primeira vacinada foi simbolicamente uma idosa, nos EUA uma enfermeira, em Portugal foi um diretor. Somos um país de penachos, como sempre fomos nos últimos 48 e nos anteriores 48 anos. E um país de tolos, pelos relatos que oiço da invasão completa de hospitais por batalhões de jornalistas em total desorganização, entrevistando pessoas em salas de espera e nos corredores, perseguindo cada uma das pessoas que é vacinada. Em plena pandemia! Ninguém pensa. Ninguém prepara nada como deve ser, a não ser para o espetáculo mal amanhado do show-off televisivo. Que ridículo.
(...)
PS2: horas depois do início do processo, os jornalistas continuam nas salas onde são administradas as vacinas, invadem salas de espera em direto nos telejornais e passei-se nos corredores dos hospitais. Gostava de saber onde param as regras da DGS e qual o interesse disto, que põe em causa a saúde pública em vários dos principais hospitais portugueses.
Retirado algures do facebook
Depois de tudo isso querem mesmo que eu leve isto a sério?
Querem mesmo fazer-me crer que a pandemia nos ensinou alguma coisa?
Acompanho sempre o Telejornal da Tarde da RTP. Faço-o enquanto almoço e porque gosto de estar a par do que se vai passando no Mundo que me rodeia. Esta semana que está a terminar tenho sido sempre brindado com a prisão da Sra. D. Salomé na República Dominicana.
Ainda se a coisa fosse tipo dar a notícia, expor os factos, ouvir as partes e seguir em frente eu ainda era como o outro. O problema é que o caso da Senhora em questão está a ser alvo da habitual exploração mediática de um programa que dá pelo nome de Sexta às 9. O mesmo que se empenhou muito no caso do Meco, caso que depois de feitas as devidas averiguações pelas Autoridades Competentes acabou “por parir um tremendo rato”. Portanto por aqui vemos a qualidade e isenção do dito.
A Sra. D. Salomé tem sido tratada pela Comunicação Social Portuguesa como uma vítima. Até porque a verdade é que o que vende é este tipo de novela.
Contudo custa-me um pouco aceitar que alguém tenha na sua mala de viagem 50Kg de cocaína sem saber que tal estava lá. Assim como também me é complicado aceitar que tenham trocado a mala da Sra. e se tenham dado ao trabalho de deixar na mesma todos os indícios de que a dona da mala era a Sra. D. Salomé. E para mais a Sra. reside em Albufeira e por acaso, mas só mesmo por mero acaso, o Algarve é a porta de entrada da droga no nosso País.
Por isto desculpem lá a franqueza mas como ser pensante que sou não consigo aceitar a teoria da trama que a Sra. tem contado. E muito menos engulo a propaganda que a Comunicação Social tem feito a favor da Idosa.
Aceito de bom-tom que se manifestem contras as faltas de condições das celas de Punto Cana. Aceito também que se reclame por apoio da parte do Estado Português (que não poderá fazer mais que isto mesmo), assim como também percebo o papel de defesa que a Advogada da Sra. Salomé tem feito publicamente.
Agora não me venham para cá dizer que a Sra. D. Salomé está inocente. Bem sei que todos são inocentes até prova em contrário, mas os indícios contra a Sra. são por demais evidentes.
E apenas me pergunto se porventura a droga tivesse aparecido na mala do Zé Povinho num aeroporto qualquer de um País do Terceiro Mundo se teríamos o mesmo circo mediático que me invade o almoço todos os dias. Não me parece…
Fui Praxista durante quase toda a minha Vida Académica. Passei por todas as Hierarquias Praxisticas, participei em muitas actividades, tive os meus momentos de alegria, os meus momentos de tristeza, passei por situações complicadas e fáceis, fiz grandes amizades que ainda hoje perduram e foi graças à Praxe que terminei a minha Licenciatura em Direito na Faculdade de Direito da Universidade do Porto.
Contudo uma regra de ouro imperou sempre durante todo este período. Não fazer nada que não fosse do meu agrado e sobretudo evitar confrontações porque a Praxe vive-se, sente-se e passa-se á frente.
E assim foi. Nunca ninguém me obrigou a fazer nada com a qual eu não concordasse. Educadamente sempre consegui “driblar” as “ordens” que achava que não faziam sentido. E não foi por ter esta postura que fui colocado de lado, expulso ou rotulado de imprestável. A Praxe aceitou-me tal como eu era.
Vêm isto a respeito da perigosa generalização que a Comunicação Social está a fazer sobre a Praxe tendo por base o infeliz acidente da Praia do Meco.
Primeiro que tudo há que perceber que os jovens que faleceram foram para o dito local porque quiseram. Até prova em contrário não há nada que contrarie esta tese.
Segundo, só colocou pedras nos sapatos, deixou o telemóvel em casa e se aproximou perigosamente do mar quem quis. Como já aqui o disse é perfeitamente possível dizer não na Praxe. Só é “carneiro” quem quer.
Terceiro, na minha Faculdade era recorrente a Comissão de Praxe e o Conselho de Veteranos reunirem com todos os Praxistas para lhe passarem a mensagem muito clara de que há que ser responsável no momento de dar a “ordem”. Inclusive vi muita gente ser recriminada e punida por ter usado e abusado dos Caloiros. Não sei se tal se aplica à Praxe da Lusófona mas isto não invalida que os Caloiros desta Faculdade não possam recusar-se a fazer o que vai contra a sua vontade.
Quarto, a Comissão de Praxe não ameaça nas Redes Sociais que está a “vigiar” e que vão punir quem quebrar um “certo silêncio”. As Comissões de Praxe quando detectam um determinado comportamento que acham que necessite de ser chamado à atenção chamam o Praxista em questão depois de este ter cometido o erro. Muito menos tal Comissão se serve do disfarce do nickname da Internet para ameaçar. Por norma isto das ameaças internáuticas e dos nicknames é o comportamento normal dos anti Praxe.
Isto para concluir que entendo que os Pais dos jovens falecidos na praia do Meco queiram fazer justiça. Assim como aceito que possam ter existido comportamentos perigosos da parte dos Praxistas na noite em que se deu a tragedia.
Agora o que eu não aceito é que se faça um circo mediático em torno do caso com o claro objectivo de passar a ideia de que a Praxe foi a responsável pela morte dos jovens. Para mais nada está provado nas instâncias próprias.
A Justiça deve fazer o seu trabalho sem sofrer pressões, ingerências e outras coisas tais que possam influir no seu normal desempenho. É assim que as coisas são e devem continuar a ser. E lamento que tenhamos a triste Comunicação Social que temos.