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Procura-se Oposição

por Pedro Silva, em 17.07.17

PS_procuraseoposicao_destaque_destaque.jpg 

 Na política, oposição é o partido político que se coloca contrário ao governo, aquele que faz objeção, que combate as medidas do governo.

 

In Significados

 

Trouxe até aqui o conceito político de “Oposição” porque desde que o Governo da dita “Geringonça” tomou posse e iniciou funções de forma legítima e democrática a oposição desparecei do panorama político português. O que vemos hoje em dia não é Oposição. É antes a manifestação de vários desejos de que algo corra muito mal aos portugueses para se vir para a Praça Pública dizer que no nosso tempo é que era bom! Já o apresentar soluções alternativas aos problemas que a actual Oposição criou nos tempos em que foi Governo e ao que vai surgindo no natural desenrolar do dia-a-dia do país “vai no Batalha” (como se diz cá para o Porto).

 

Convenhamos uma coisa é “cavalgar a crise”. Outra bem diferente é andar semana sim, semana sim a desejar o mal de todos. Pior é desejar o mal de todos e ter estado há bem pouco tempo no Poder e nada ter feito para se evitar que o mal se torne de todos se torne uma realidade. Mas pior ainda é ter-se estado no Poder e ter-se feito de tudo para que o mal seja hoje uma realidade e dizer que incompetente é o actual Governo e quem o apoia. Esta tem sido a postura da actual Oposição portuguesa composta por PSD e CDS-PP. Se há quem discorde de tal, então que veja e reveja com olhos de ver as declarações de Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas após a tragédia de Pedrógão Grande- Recordo que Passos Coelho foi Primeiro-ministro e Assunção Cristas foi Ministra da Agricultura. Ambos nada fizeram para que Portugal tivesse mudado a sua política florestal. Ou melhor, fazer até que fizeram dado que abriram caminho à plantação sem “rei nem roque” do eucalipto. Descurando a necessária organização florestal e responsabilização dos pequenos e médios proprietários de terrenos.

 

O mesmo tipo de lógica se pode aplicar ao famoso roubo de Tancos. Que fez o Executivo liderado por Passos Coelho senão desinvestir – ainda mais - nas Forças Armadas e promover a saída em massa de efectivos militares? Como podem então PSD e CDS vir para a Praça Pública falar em falta de meios e de pessoal acusando o actual Governo de ser o responsável por tal?

 

Isto não é “Oposição” no sentido político do termo. O que PSD e CDS fazem é antes uma espécie de circo onde disparam para tudo o que se mexe e no final acabam por se ferir a si próprios. A questão está em saber como é que este tipo de gente consegue ter – ainda – credibilidade junto de tantos eleitores portugueses… O fanatismo tolda a razão de muito boa gente!

 

Oposição precisa-se. A nossa Democracia agradece.

 

E façam o favor de deixar o Bloco e o PCP em paz pois estes dois não fazem nada que PSD e CDS já não tenham feito nos tempos em que (des)governaram o País.

 

Artigo publicado no site Repórter Sombra (17/07/2017)

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publicado às 21:30

Omagem crónica RS.jpg 

in·de·pen·den·te 

  1. Que ou o que goza de independência.
  2. [Política]  Que ou quem não está filiado num partido político (ex.: deputados independentes; foram eleitos vários independentes).
  3. Que revela independência ou amor pela independência. = LIVRE ≠ DEPENDENTE
  4. Que tem autonomia. = AUTÓNOMO ≠ DEPENDENTE, SUBORDINADO
  5. Que não depende de um poder ou de uma autoridade exterior.
  6. Que exerce uma profissão por conta própria (ex.: trabalhador independente). ≠ DEPENDENT
  7. Que não tem um vínculo a uma grande editora ou produtora e tem geralmente características menos comerciais (ex.: editora independente; músico independente; realizador independente).

 

in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa 

 

Rui Moreira - actual Presidente da Câmara Municipal do Porto e candidato anunciado às próximas eleições autárquicas - tem-se escudado no termo “independente” na sua recente querela política. Não é uma estratégia nova dado que o autarca sempre que pretende firmar uma sua posição política perante a oposição e sociedade portuense recorre, inúmeras vezes, ao dito “independente”.

 

Mas será que podemos considerar Rui Moreira um independente no verdadeiro sentido do termo? Ou melhor; será que em política podemos ser verdadeiramente independentes? A meu ver não. Passo a explicar.

 

Em política é praticamente impossível ser-se independente no verdadeiro sentido do termo. Isto porque fazer política obriga a ter que angariar consensos para se obter o apoio de que se necessita para se candidatar e ser eleito para um determinado cargo.

 

Ora para se angariar estes consensos temos de negociar e tomar posições comuns em determinadas matérias que podem dizer mais ou menos respeito às organizações partidárias. Dito de uma outra forma; ninguém consegue estar no mundo da política de uma forma completamente isolada. Bem vistas as coisas, os chamados “independentes” da política tem sempre o apoio do partido político A, B ou C. Rui Moreira não foi - e pelos vistos não será – uma execpção à regra.

 

Não se percebe, portanto, que Rui Moreira utilize o termo “independente” como se de uma espada sagrada – estilo Excalibur - se trate para atacar os partidos políticos quando na verdade este é obrigado a fazer de conta (para o bem e para o mal) que é independente.

 

Nada me convence de que o actual autarca da sempre leal e mui nobre invicta cidade do Porto não tenha obtido da parte do CDS-PP e do PS os apoios de que necessita para se candidatar e governar a cidade sem que para tal tenha dado algumas garantias e contrapartidas a estes dois partidos políticos.

 

Repito, a política resume-se, tão simplesmente, à necessidade de se gerar consensos e tal impossibilita a que os políticos possam ser independentes ao ponto de não terem de prestar contas a ninguém. Rui Moreira não é, nem será nunca, a execpção à regra.

 

Artigo publicado a 24/10/2017 no site Repórter Sombra

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publicado às 16:21


Porque funciona a “Geringonça”?

por Pedro Silva, em 22.08.16

PS_porquefuncionaageringonca_destaque.jpg 

Porque funciona a “Geringonça”? Eis uma questão que todos já colocaram. Muito em especial nos momentos em que a dita “Geringonça” que nos governa foi submetida a uma maior pressão interna e externa. A resposta é simples e para tal basta que se siga a lógica do meu último artigo de opinião que foi publicado no Repórter Sombra.

 

O que sustêm a “Geringonça” e a faz trabalhar mesmo nos momentos mais complicados é o diálogo. Sim. Diálogo, aquilo que o PSD de Pedro Passos Coelho e CDS-PP de Assunção Cristas abominam por completo. Aliás, bem vistas as coisas a política é – na sua base e essência – a arte de bem dialogar, porque não existe outra forma de um político honesto e competente convencer o seu eleitorado senão através do diálogo.

 

Não é por mero acaso que os “Barões” do PSD começam a apelar a Pedro Passos Coelho para que deixe de ser o arrogante cínico que deseja o mal de Portugal para poder governar a todo o custo. Marques Mendes e outros já perceberam que a “Geringonça” está aí para durar e somente uma faciosa Comunicação Social (a facção aliada de Passos Coelho) é que teima em não aceitar a realidade das coisas.

 

Actualmente a Direita portuguesa está perdida e não sairá do tenebroso labirinto em que se meteu enquanto não aceitar que vai precisar de dialogar e não de hostilizar, radicalizar e culpabilizar para voltar a ter crédito junto do eleitorado. Para mais os últimos meses tem trazido à nossa realidade factos que não abonam em nada a favor de PSD e CDS. Até nos recentes incêndios que arrasaram a Madeira e alguns Distritos de Portugal continental o Governo Passos/Portas teve uma tremenda responsabilidade por causa da famosa Lei do Eucalipto.

 

Obviamente que dialogar não isenta a “Geringonça” de alguns sobressaltos. Mas estes sobressaltos são uma consequência natural da política porque dialogar exige, precisamente, a troca de ideias. É precisamente nessa trica de ideias que surge o “combustível” que faz com que a “Geringonça” funcione na perfeição. PS, BE e PCP fazem exigências e cedências para que Portugal continue num rumo sereno e, sobretudo, mais justo para todos os portugueses. Algo que Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas parecem não conseguir fazer, e graças a isto vão ficar - por largos anos - na oposição.

 

Uma última nota sobre a “embrulhada” da Caixa Geral de Depósitos (mais uma embrulhada que o Governo Passos/Portas deixou ficar para alguém resolver) para dizer o seguinte.

 

Ainda estou para perceber porquê razão o actual Governo insiste em querer nomear como Administradores do Banco público pessoas que já ocupam outros cargos. Como se isto de gerir um Banco fosse uma espécie de “frete” ou favor que nos fazem para o qual são bem renumerados. Não haverá por aí mais gente com capacidade e competência para recuperar a Caixa da trapalhada em que Passos e Portas a meteram?

 

Artigo publicado no Repórter Sombra (22/08/2016)

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publicado às 22:42


“Comer criancinhas ao pequeno-almoço”

por Pedro Silva, em 23.05.16

Imagem crónica RS.jpg 

Há indícios de que o glifosato do produto Roundup tenha efeitos nocivos sobre a saúde, como o aumento da incidência de certos tipos de cancro e alterações do feto por via placentária, gerando microcefalia . Além disso pode causar danos nos sistemas cardiovascular, gastrointestinal, renal, nervoso e respiratório. Também é uma substância bacteriogênica que impede a reprodução da flora intestinal. A substância também estimula o surgimento do autismo. Fonte: Wikipédia

 

Feita a apresentação do dito cujo químico produzido e comercializado pela Monsanto proponho agora ao leitor(a) que faça o seguinte exercício:

 

A Empresa A fornece água. Sucede porém que a dita empresa utiliza um determinado químico no processo de tratamento das águas que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem uma forte probabilidade de provocar uma série de complicações de saúde graves aos seres humanos que a bebam. Mas a Organização das Nações Unidas (ONU) fez também saber que a utilização do dito químico tem, na sua opinião, uma reduzida possibilidade de provocar doenças irreparáveis a quem beber a dita água.

 

Face ao exposto o leitora(a) beberá a dita água? Ou preferirá consumir a água da concorrência que, embora sendo mais cara, não é tratada pelo tal químico que divide os especialistas da OMS /ONU?

 

Na minha opinião acho que é preferível pagar-se mais caro por algo que não levante dúvidas sobre uma mera possibilidade. Sim, uma mera possibilidade. Não nos esqueçamos de que ambas as instituições internacionais concordam num ponto: a utilização do dito químico é prejudicial pata a saúde. O único ponto de discordância está na probabilidade maior ou menor de a sua utilização ser um risco fatal para a nossa saúde.

 

Ora o que se passa na polémica questão da utilização do pesticida glifosato é a mesma do exercício que expus ao leitor(a). E foi neste sentido que o Bloco de Esquerda (BE) apresentou na Assembleia da República um projecto de lei que proibia o uso do herbicida glifosato em espaços urbanos. Os Bloquistas defenderam esta sua intenção recorrendo à tese do princípio da precaução quando existem dúvidas acerca do risco para a saúde. Tese que, segundo o vimos anteriormente, faz um enorme sentido. O dito projecto de lei foi apresentado e votado na Assembleia da República na passada quarta-feira (18 de Maio) e foi chumbado com os votos contra de PCP (Partido Comunista Português), CDS-PP (Partido do Centro Democrático Social) e PSD (Partido Social Democrata).

 

A Direita votou contra alegando razões econômicas. No entender desta facção política o recurso a outro tipo de pesticida teria custos elevados paras as Autarquias e demais agricultores. O que não surpreende dado que para esta malta p erário público é para se gastar com o que não se deve e nunca com a saúde pública dos portugueses.

 

Já o PCP rejeitou veemente a proposta do BE porque - passo a citar - perante as dúvidas ainda existentes, têm de realizar-se mais estudos, de modo a obter mais informação científica para apoiar uma decisão política. Para além disto os Comunistas apresentaram também um projecto de resolução recomendando ao Governo medidas para controlar os filofármacos e sua aplicação sustentável, nomeadamente através da criação de uma comissão multidisciplinar para acompanhar esta área.

 

Tricando isto por miúdos para que todos entendamos a posição do PCP; como não fomos nós (PCP) quem teve a brilhante ideia de apresentar uma medida que serve os interesses de toda a população portuguesa eis que rejeitamos a proposta do BE e apresentamos a nossa que é “mais bonita e até tem um lacinho”.

 

Durante muitos anos o “povão” tinha a crença de que os Comunistas comiam criancinhas ao pequeno-almoço. Um disparate alimentado pelas forças da Direita num Mundo outrora bipartido em duas ideologias em confronto constante. Hoje a realidade é outra dado que os Comunistas não comem criancinhas ao pequeno-almoço. Comem antes o seu próprio eleitorado por razões meramente mesquinhas e sem sentido.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 20:07


O Pedro que anda a passo

por Pedro Silva, em 07.03.16

Imagem Crónica RS.jpe 

1 – Disse aqui em tempos que a “Direitola” tinha chegado ao fim. Na altura disse também que isto era motivo de regozijo para todos nós pois o Partido Social Democrata (PSD) tinha voltado a ser um Partido no verdadeiro sentido do termo e não uma espécie de grupo de fanáticos irredutíveis que se acham Srs. da verdade e de tudo e mais alguma coisa.

 

Contudo o tempo mostrou que eu estava redondamente enganado dado que o PSD voltou e eleger como Líder uma personagem que já disse publicamente querer ser Primeiro-ministro de Portugal sem eleições. E isto é somente a “ponta do icebergue” de um País que tem na oposição um PSD à “Direitola” e um CDS-PP à Social-democrata.

 

2 – Desenganem-se aqueles que tem por norma ler o que vou aqui escrevendo. Não sou a favor de nozes únicas embora me agrade, e de que maneira, um Governo de Esquerda/Centro-esquerda.

 

Tenho para mim que a Democracia só funciona no verdadeiro sentido do termo quando o debate constritivo de ideias surge na nossa Assembleia da República.

 

É muito por causa disto que critico fortemente a postura de Pedro Passos Coelho e da sua Direcção partidária porque ambos têm demonstrado publicamente, e por mais do quem vez, que só lhes interessa o Poder para poderem fazer o querem, como querem e quando querem contra tudo e contra todos.

 

3 – Foi constrangedor, e revelador, a posição que o PSD tomou aquando do debate do Orçamento de Estado para este ano. O Partido Social Democrata, através dos seus representantes na Assembleia da República e programas de debate televisivos, disseram que votariam contra o Orçamento na generalidade e na especialidade e que não apresentariam uma única alteração ao documento por uma questão de responsabilidade.

 

Uma clara demonstração de que o PSD se está a borrifar para Portugal e para os Portugueses. Uma posição que – pasme-se - o Partido Português de Direita (CDS-PP) não partilha dado que Assunção Cristas anunciou que os Centristas irão apresentar alterações ao Orçamento quando este for debatido na especialidade.

 

4 – Como se não bastasse a clara demonstração de que o Partido Social Democrata é hoje a encarnação da “Direitola” eis que tivemos o seu líder, Pedro Passos Coelho, a defender a maior “sacanice” que os políticos podem fazer ao seu povo.

 

Fica mal a Passos Coelho vir defender publicamente Maria Luís Albuquerque. E fica-lhe mal porque ele sabe muito bem, assim como todos nós, que a arrow não contratou a dita Sra. por causa das suas competências (que não nego que as tenha), mas sim pelo seu conhecimento de causa ou não fosse Portugal de hoje um País “atolado” em dívidas e crédito mal parado.

 

Em suma, o Pedro vai a passo e ainda não se apercebeu que todos lhe estão a passar à frente (o CDS-PP inclusive). Mas ele até que vai feliz. Feliz e de pin com a bandeira portuguesa na lapela.

 

Artigo publicado no Repórter Sombra

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publicado às 16:19


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