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Pois é José…

por Pedro Silva, em 14.12.16

O Portal SAPO publicou ontem um texto de opinião da autoria de José Cabrita Saraiva que tem o seguinte título: Juntar carros e bicicletas não vai dar bom resultado

 

Como sou parte interessada (ando de Bicicleta todos os dias), eis que li o artigo e no final fiquei com a nítida convicção de que o autor do artigo de opinião desconhece muita da realidade do ciclismo na cidade. Não que o José não tenha razão em muitas das coisas que escreve, mas em muitos momentos este apoia a sua tese apocalíptica em teorias profundamente irrealistas que revelam um desconhecimento perigoso.

 

A certa altura o José diz o seguinte:

 

Faz sentido a aposta que está a ser feita nas ciclovias e o encorajamento do uso da bicicleta como meio de transporte em Lisboa. As bicicletas não poluem, podem ajudar a reduzir o trânsito e até fazem bem à saúde de quem anda nelas.

 

Inteiramente de acordo José. E não são as colinas (para todos os gostos e feitios aqui pelo Porto) que me impedem de fazer o meu trajecto diário casa/escritório - escritório/casa.

 

Mais à frente o José diz outra verdade com a qual concordo inteiramente.

 

Quer para os próprios ciclistas, que já assisti a comportarem-se como verdadeiros kamikazes, quer para os automóveis, que têm de se desviar dos pequenos veículos e assim aumentam o risco de acidentes. A verdade é que muitos ciclistas querem andar na estrada, mas acham que as regras do trânsito não são para eles. já assisti a comportarem-se como verdadeiros kamikazes, quer para os automóveis, que têm de se desviar dos pequenos veículos e assim aumentam o risco de acidentes. A verdade é que muitos ciclistas querem andar na estrada, mas acham que as regras do trânsito não são para eles.

 

Lamentavelmente muita da malta que circula de bicicleta tem mesmo a peregrina ideia de que o Código da Estrada não se lhes aplica.

 

Mas a partir daqui o José começa a disparatar...

 

Além disso, uma bicicleta vê-se mal e anda devagar. Muito devagar. O que para ela já é uma velocidade assinalável, 20 ou 25 km/h, para um automóvel é estar praticamente parado. Basta pensar no seguinte: se um carro de uma escola de condução já provoca o transtorno que provoca – e vai a 40 ou 50 km/h –, agora imaginem uma bicicleta a metade dessa velocidade…

 

José… Meu caro José… Primeiro que tudo nem todas as bicicletas estão preparadas para andar na estrada. Quem anda na estrada de bicicleta deve ter a preocupação de fazer um investimento considerável para adquirir uma bicicleta que lhe permita circular com segurança. Eu (e outros como eu) fiz este investimento. E como cumpro as regras de trânsito, procuro andar sempre devidamente sinalizado e equipado. Tal como muitos outros(as) ciclistas. Se não nos vês é porque precisas de ir ao oftalmologista com urgência José.

 

Mas é claro que é verdade que nós ciclistas andamos mais devagar do que os automóveis, mas que eu saiba é muito mais complicado ultrapassar um carro de uma escola de condução do que uma bicicleta. Pelo menos cá pelo Porto é assim. E a ruas da minha Invicta são bem mais pequenas do que as que tens aí em Lisboa.

 

Na parte final do artigo o José diz-nos o seguinte:

 

Bicicletas e automóveis são como água e azeite. Não existe uma forma harmoniosa de os misturar. Por isso, ao mesmo tempo que se fazem ciclovias e se criam melhores condições para os ciclistas andarem na cidade, devia desencorajar--se de forma muito séria o uso de bicicletas na estrada. Ou muito me engano – e espero sinceramente que sim – ou suspeito que, de outra forma, o número de acidentes vai disparar.

 

Ó José… Já não te bastou a “argolada” que meteste anteriormente e tinhas de concluir desta forma?

 

É que não vais acreditar, mas existe uma forma harmoniosa de misturar bicicletas e carros. Chama-se Código da Estrada! Uma coisa que desconheces por completo com toda a certeza. Pois se conhecesses saberias que não se pode andar de bicicleta a não ser na estrada sempre que não exista uma ciclovia. E sabes porquê? Porque o Código da Estrada diz que só quem tiver menos de 10 anos é que pode circular de bicicleta no passeio.

 

Pois é José... Isto das bicicletas e dos carros não poderem circular juntos não é bem como dizes. Para a próxima informa-te antes de escrever.

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publicado às 09:00


Hora Garfield (24)

por Pedro Silva, em 11.02.16

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publicado às 23:55


Quem quer respeito guarda-o

por Pedro Silva, em 24.04.15

Já aqui o disse e como tal não é novidade nenhuma para quem costuma ler o que aqui vou escrevendo, mas vou aqui voltar a dizer que durante a semana faço o percurso casa/trabalho/casa de bicicleta. Há quase um ano e meio que ando nisto e confesso que me tem feito muito bem á saúde e ao espirito.

 

Quando faço o dito percurso faço-o na estrada. E para o fazer em segurança tendo sempre seguir o Código da Estrada respeitado os sinais de trânsito e todos os comportamentos que são exigidos por este. Certa vez li algures que é aconselhável o Ciclista ter algum conhecimento do Código da Estrada para sua segurança e dos outros e aproveito para fazer a mesma recomendação.

 

Contudo eu deveria antes falar aqui em obrigação e não recomendação dado o comportamento errático da maioria dos Ciclistas que vou vendo por esta estrada fora. Se o sinal está vermelho, passam na mesma. Se há alguém a atravessar na passadeira, passam e só não atropelam o peão porque não calha. Mudam de direcção e não sinalizam como se o condutor/peão tivesse a obrigação de adivinhar o que vai o ciclista fazer. De noite andam na estrada sem uma única luz. O cúmulo dos cúmulos é do se ir a pedalar e a falar ao telemóvel ao mesmo tempo…

 

Meus caros amigos e amigas Ciclistas, se querem que a Bicicleta seja respeitada por todos e vista por todos como uma real alternativa aos meios de transporte tradicionais então façam o excelso favor de respeitar para sermos TODOS respeitados.

 

Antes de se fazerem à estrada em cima de uma Bicicleta leiam o Código da Estrada, tirem as vossas dúvidas e façam o impossível para que a segurança seja uma realidade para todos os que tem de se fazer á estrada para ir trabalhar (e não só).

 

Só assim poderemos impor o nosso direito de circular em pé de igualdade nas nossas estadas. Até porque diz o Povo que “quem quer respeito guarda-o”.

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publicado às 22:14


Dicas para Ciclistas Urbanos: Trajectos

por Pedro Silva, em 06.02.15

Hoje vou falar-vos de um importante aspecto que qualquer Ciclista Urbano deve ter em conta para que a sua viagem pela cidade seja o mais segura possível.

 

A escolha de um trajecto é de uma importância atroz. Se calhar pouca gente pensa assim, mas se nos lembramos que a bicicleta se move com a força das nossas pernas rapidamente percebemos porquê razão o trajecto é algo que tem de ser pensado antes de se iniciar um qualquer passeio de “Bicla” pela Cidade. Por muito que não queiramos a Bicicleta não é um carro. Não podemos passar por todo e qualquer sítio de Bicicleta. Existirão locais onde pedalar é um desafio que nem Rui Costa, Campeão do Mundo de Ciclismo, consegue andar.

 

Então que fazer antes de pedalar?

 

Muito simples: elaborar um trajecto. E um que não tenha passagens impossíveis. Se podermos evitar zonas muito congestionadas, subidas ingremes, ruas de uma faixa só e rotundas é excelente. Isto porque vamos conseguir ir da casa de partida ao nosso destino em segurança e com o menor constrangimento possível.

 

O Ciclista Urbano inteligente é aquele que estuda todas as possibilidades antes de se fazer à estrada. Por exemplo; é uma atitude sensata aproveitar uma rua que tenha uma descida seguida de uma subida, pois o balanço da descida irá ajudar a que se faça a subida com menos esforço e desta forma perturba-se o menos possível o trafego.

 

Nesta coisa de andar de Bicicleta na Cidade a sensatez é algo que deve estar sempre presente. Se porventura não houver nenhum trajecto alternativo sem ser aquele que nos leve a uma rua com uma grande intensidade de trânsito ou a uma subida muito inclinada (por exemplo), o melhor que temos a fazer é sair da Bicicleta, subir ao passeio e fazer o que nos falta do percurso a pé com a nossa miga de duas rodas ao lado. Afinal de conta não vale a pena fazer do passeio de Bicicleta uma Competição.

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publicado às 23:55

Depois de ter aqui feito notar qual a indumentária que acho que um Ciclista Urbano consciente deve utilizar para poder circular na Via Pública em Segurança e dentro da Lei, eis que agora venho falar de duas pedras chave para uma pedalada segura na Cidade. Falo, obviamente, da Paciência e da Boa Educação.

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E porque tem um Ciclista de ter paciência na estrada? A resposta é simples: Portugal. Estamos em Portugal, País onde a “esperteza saloia” tem lugar cativo.

 

Quem não anda na rua da sua cidade e se confronta com um individuo que não sinaliza quando vira para a direita/esquerda? Quem não já não teve que "travar em cima do acontecimento" porque o automóvel que seguia atrás de repente ultrapassa para logo de imediato parar sem dar sinal algum do que o vai fazer? E pior que tudo, quem não tem que infringir o Código da Estrada porque o beltrano/fulana foi ao “cafezinho” e deixou o “popó” estacionado no meio da rua ou em cima do passeio? E quem já não teve de se desviar do chico esperto que mesmo estando mal parado resolve abrir a porta do seu carro toda para trás como se porventura fosse um elefante a entrar na viatura (já agora, este é o maior perigo para quem pedala na estrada)?

 

E é aqui que entra também a Boa Educação. Uma vez que não vale a pena discutir com esta gente, e muito menos descer ao seu nível, tentemos, nós Ciclistas, cumprir com as Regras de Trânsito sinalizando sempre a nossa presença, mudança de sentido/via e agradecendo sempre quando um condutor de um veículo automóvel nos cede a passagem. Assim como será de bom-tom que, quando surgir oportunidade e segurança para tal, que o Ciclista encoste o mais possível à berma para deixar passar os carros que seguem atrás.

 

Convêm recordar que por muito bom que um Ciclista seja este nunca conseguirá de modo algum andar ao mesmo ritmo de um carro, pelo que nunca será de mais ser-se paciente e educado com os outros para que estes olhem para nós como mais um que vai na estrada e não como um empecilho que lhe está a atrasar o dia.

 

Boas pedaladas!

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publicado às 21:35


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