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Ora aí está. Desde o primeiro jogo de Portugal neste EURO 2016 que venho dizendo que Portugal estava no bom caminho porque cedo percebeu que para se poder triunfar tinha de ser realista. Já foram muitos anos e muitas competições onde a nossa Equipa jogava muito, dominava mas depois tinha de se contentar com a vitória moral da praxe. Desta vez a história foi diferente e foi assim porque deixamos de ser o “Brasil da Europa” para passarmos a ser a equipa que em 2016 conquistou a Europa no coração desportivo de França. Grança que, diga-se de passagem, jogou em casa cheia de confiança e muita arrogância. Vamos por partes.
Quanto ao jogo em si, ao contrário de muita gente, eu queria a França como adversário na Final do EURO 2016. E isto porque se porventura a equipa adversária da Equipa de Todos Nós fosse a Alemanha muito provavelmente não estaríamos agora a festejar a conquista do nosso primeiro Título de Selecções A. Isto porque Portugal entrou em campo com a habitual “tremideira” e em muitos momentos sofremos a bem sofrer com a enorme pressão que o meio campo Gaulês foi fazendo na fase inicial de cada parte do jogo.
Muito passe falhado. Muita dificuldade em “segurar” Sissoko & Companhia. A França sabia bem o que tinha de fazer para baralhar por completo o jogo de Portugal e em muitas ocasiões até que o conseguiu com sucesso. Um bom exemplo disto mesmo é o lance em que Cristiano Ronaldo é lesionado por Payet que se preocupou em “bater” no joelho do nosso capitão. Felizmente em muitos momentos a força bruta francesa esbarrava por completo numa “parede” de nome Rui Patrício que liderou uma linha defensiva que soube sacrificar-se nos momentos mais difíceis.
Portugal demorou um pouco a perceber o que tinha de fazer para fazer frente a uma França que estava muito subida e pressionante no campo. A lesão de Ronaldo acabou por ter sido positiva dado que permitiu a que Fernando Santos modificasse o esquema táctico por forma a retirar um pouco de espaço à França. Mas os problemas mantiveram-se dado que a bola não chegava aos avançados Quaresma e Nani que tinham de medir forças com os “armários” defensivos dos Gauleses. O esquema táctico modificou-se mas faltava-lhe ainda qualquer coisa… A "qualquer coisa" estava guardada para o prolongamento dado que a estratégia principal da equipa técnica Portuguesa era a de ir degastando a França porque no prolongamento era certo e sabido que os Gauleses acabariam por sucumbir á pressão de terem de vencer dado que jogavam em casa.
E assim foi. Com alguma sorte à mistura (não esquecer a bola ao posto de Cignac) Portugal foi para o prolongamento e a qualidade de João Moutinho (que tinha rendido um guerreiro de nome Adrien Silva que lutou mais do que jogou) começou a vir ao de cima e com Éder como “farol” na frente de ataque Lusitana a nossa equipa foi para a frente, impos o seu futebol, passou por alguns calafrios até aparecer Éder e – num lance individual à ponta de lança -marcar o golo que fez a história que nós, Portugueses, já merecíamos viver há muito, muito, mas muito tempo.
Obrigado Portugal e parabéns a todos vós! Nunca deixei de acreditar em vós!
Chave do Jogo: Apareceu ao minuto 79', altura em que èdee4r entrou em capo para o lugar de Renato Sanches. Foi a partir desta altura que Portugal começou a impor o sue futebol e fazer chegar a bola jogável ao seu ataque dado que Éder “prendeu” a defesa Francesa ao seu meio campo diminuindo, assim, a forte pressão que os Gauleses fizeram durante quase todo o jogo.
Positivo: Rui Patrício. Éder pode ter sido - com justiça – o Homem do Jogo mas o Guardião Português foi quem mais fez pela equipa de Todos Nós numa altura em que só a França jogava.
Negativo: Mark Clattenburg. “Caseiriinho” q.b. Clattenburg permitiu á França todo e qualquer tipo de barbaridade.